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História Através da Estrada. - Don't Worry Baby.


Escrita por: GiovannaPotter

Notas do Autor


EU VOLTEI!!!
A saudade de escrever para vocês bateu e aqui estou novamente. Espero que gostem desse projeto Original! Pensei muito tempo nele e agora, decidi por em prática...
Espero que gostem! <3

Capítulo 1 - Don't Worry Baby.


Fanfic / Fanfiction Através da Estrada. - Don't Worry Baby.

Quando nossos pais perguntam o que queremos ser quando crescer, eu não imaginava que seria tão difícil. Digo, aprendi com a Barbie que eu poderia ser o que quisesse, mas ela não me ensinou que jornalistas não levam uma vida tão simples.

Optar entre o que se gosta e o que dá dinheiro nunca foi uma opção para mim. Ou eu faço o que quero realmente ou grandes decepções em relação a minha pessoa irão rolar aos olhos de quem me vê. Então, ao invés do acalentador direito do papai ou da engenhosa engenharia da mamãe, escolhi meu sonho. Escrever.

Uma profissão que exige apoio, isso é verdade. Ser o que eu sou hoje é no mínimo difícil de se fazer sozinha.

Por isso agradeço por ter Hélio (ou H) na minha vida, mesmo que ele não entenda tão bem meu sonho e meu amor pela escrita, sempre esteve ali para dizer o que eu preciso ouvir. Foi meu primeiro namorado de verdade. O conheci no primeiro ano de faculdade, eu tinha dezessete e ele tinha dezenove, quase vinte. Claro que no início minha mãe Helena e meu pai Jorge contestaram. Achavam que eu teria que me envolver com alguém da mesma idade que eu e, mesmo num casamento de seis anos de diferença, um homem três anos mais velho para mim seria encrenca. Pura bobagem. Hoje, quase somos uma verdadeira família.

Bem, divagar enquanto vou para o fórum sempre me faz desviar dos problemas, ou nesse caso, puro estresse e ansiedade. Talvez eu entre em contato com um psicólogo. Ou não, isso também custa dinheiro.

Não que eu esteja reclamando claro, nunca aceitaria ser sustentada por alguém. Meu noivo é médico já formado, sempre estudando mais e mais. Trabalha em um grande hospital local que é muito famoso na região, um dos melhores. Para meu orgulho, ele é um dos chefes cirurgiões. Como eu me sentiria se só ele trabalhasse em nossa relação? Aliás, quem diria que um dia eu poderia chamar um homem desses de amor? E ainda ser correspondida? Deus me ama, só pode ser isso.

Os faróis parecem estacionar no vermelho quando temos pressa, mas sem problemas, eu consigo lidar com isso. Apenas preciso parar de suar tanto, isso não é tão apresentável.

Olhei-me no espelho do carro. Meu cabelo levemente ondulado estava... Digamos que aceitável. O contraste do preto dos fios com o verde dos meus olhos sempre foi uma característica que amei em mim. Por isso nunca sei se fico ou não de óculos. Seria ele um complemento ou um exagero?

Meu Deus Clara, se trate e foque no trânsito!

(...)

Depois de um longo tempo dentro do transporte, acabo por chegar no trabalho. Agora só torceria para ser um dia no mínimo agradável, ao invés de ouvir a chatice de sempre do Lucas, meu chefe. Sempre tem alguma crítica aos meus textos. Uma hora sou expressiva demais, outra ora não entendi o espírito da coisa. Na verdade, ele sempre quer dar uma opinião contrária a minha.

Ao menos o grupinho de colegas é bem agradável. Temos Roberta, setor das notícias, uma ruiva que é exageradamente animada; Daniel, ala do esporte, o sonhador. Sua única vontade é sair da mesa da redação e publicar seus livros mirabolantes. E temos Marissol, ramo da moda,  a louca dos signos com o nome mais criativo da rodinha. Já eu, trabalho na área de entretenimento. Juntos, somos os jornalistas mais "bacanas" de SP.

Chego e todos estão concentrados em algum texto, mas me dão um leve sorriso de "olá". Sento-me no meu pequeno compartimento e tiro da bolsa meu notebook, meu celular e minha garrafa térmica com café. O dia iria ser longo e ainda nem eram dez horas da manhã.

(...)

Nada de muito diferente aconteceu hoje. Ninguém derrubou café em algo, Lucas só passou por nós uma única vez e depois se trancafiou no seu escritório (Daniel e Roberta apostaram que era ressaca. Eu e Marissol temos quase certeza que ele brigou com o marido, de novo). Hélio conseguiu me mandar uma mensagem, mas era apenas para dizer que cobriria um turno maior (até as 19h). Pelo menos ele mandou um coração. Minha mãe me ligou no meu horário de almoço. Disse que teria que agendar mais provas de roupa e degustações para o casamento.

Tudo parecia normal.

Apenas queria que o relógio sinalizasse 14 horas e aí eu poderia ficar em casa, assistindo minhas séries e descansando um pouco, para depois passar bastante tempo com H. E não é que quando fui ver, já estava na hora de retornar para minha casa?

Tive vontade de gritar: DEUS É BOM ou ÓTIMO DIA PARA ESTAR VIVA, mas apenas arrumei minhas coisas e contentei-me em dizer "até amanhã, inúteis"

- Tenha uma boa noite, Clear - brincou Daniel.

- Boa noite, Tédio. - respondi. Era muito amor envolvido.

- Até amanhã, escorpiana! - Marissol se despedia dessa forma. Eu apenas mandei um beijo.

Roberta estava bem concentrada, então apenas acenou.

Mais um dia comum. Saio do grande prédio e retorno ao estacionamento, onde deixara meu carro mais cedo.

Ao adentra-lo, sinto o cheiro do aromatizante de hortelã que Hélio insistia em colocar na minha propriedade (já me acostumava com essas ideias).

O trânsito estava tranquilo para o horário em que me encontrava dirigindo. Peguei a estrada que sempre pego, liguei o rádio na minha estação favorita e apenas continuei a pensar em todos os meus afazeres.

Quando ia saindo da estrada, ouvi uma sirene de polícia por perto, mas não vi nenhuma viatura, então não dei atenção.

Tudo ia muito bem. Sempre gostei de dirigir. Nunca tinha sofrido nenhum grande problema com o carro.

Talvez por isso o grande susto, no cruzamento, um carro não parou na placa "Pare". Ele simplesmente continuou, acertando meu automóvel em cheio. Destino ou não, nesse momento tocava Don't Worry Baby, dos Beach Boys. Música antiga, até.

Depois do meu carro capotar duas ou três vezes, eu apenas olhei envolta.

Através da estrada havia um campo. Um lindo campo com flores. E então, eu apaguei.

 


Notas Finais


Então, estou meio insegura em relação ao meu texto, mas digam aí se devo continuar ou não. Estou feliz por ter voltado, beijos <3


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