Asriel colocou a mão sob os ombros de Toriel, guiando-a até o banco que estavam sentados, Chara abriu espaço para que a mesma sentasse, batendo com a mão no banco, indicando-lhe para sentar-se. Toriel respirou fundo, era bastante coisa pra processar. Nenhum dos dois disse uma só palavra, queriam dar um tempo para a albina colocar a mente no lugar antes de dizerem algo. Toriel fechou os olhos, suspirando, e procurando as palavras certas para dizer.
— Há quanto tempo... Isso acontece? — Perguntou, calma.
— Praticamente, uma semana. — Chara disse.
— E quanto mais iriam esperar pra me contar isso? — Questionou.
— É que nós, não tínhamos certeza de nada, por isso não contamos... — Disse coçando a nuca, desajeitado.
Toriel apenas riu, deixando os dois confusos. Ela ria como se tivesse ouvido a melhor piada do mundo. Era um riso alegre, divertido, meigo. Ela ria com a mão em seu peitoral, como se estivesse se segurando para não cair, até finalmente parar de rir aos poucos, enxugando uma lágrima do canto do olho.
— Ai meu Deus, vocês tinham que ver a cara de vocês! — Riu fraco.
— O quê? Como assim? — Chara indagou.
— Crianças, quando vocês eram menores, Asriel me disse que queria casar com você! Vocês eram e são muito grudados, o que aconteceu entre vocês dois, seria inevitável! Eu e seu pai já dizíamos isso desde que vocês tinham sete anos!
— Então... Você não tá brava? — Asriel questionou.
— Mas é claro que não! Venham aqui! — Toriel disse dando um abraço coletivo nos dois. — Independente das decisões que tomarem, eu sempre vou amar vocês! A mesma coisa com a Frisk! Entenderam? — Disse sem se soltar do abraço, dando um beijo na testa dos dois. — Vamos entrar, Sans já está chegando! — Disse soltando-se do abraço e levantando-se, indo em direção a porta, enquanto Chara e Asriel a acompanhavam.
[...]
— Frisk! — Sarah disse abrindo os braços para um abraço enquanto aproximava-se da garota.
— O-oi Sarah! — Cumprimentou, retribuindo o abraço, desajeitada.
— Quanto tempo, o que tá fazendo da vida? — Questionou.
— Bem, eu, vou fazer faculdade no ano que vem, então no momento, nada. E você?
— Ah, estou trabalhando numa revista, sou a editora-chefe! — Sorriu confiante. — Bom te ver, Frisk! — Disse e saiu, indo em direção a Papyrus.
— O que acabou de acontecer aqui? — Disse num tom audível para que só a mesma pudesse ouvir.
— Bu! — Chara gritou, apoiando as mãos nos ombros de Frisk.
— AAAH! Chara! Por que me assustou?! — Questionou, batendo de leve na irmã.
— Foi mal, Frisk! É que você tava tão distraída que tive de aproveitar a oportunidade! — Disse rindo. — O que estava conversando com ela? — Perguntou.
— Nem eu sei. Ela só chegou aqui me cumprimentou, e saiu. — Deu de ombros.
— Se eu fosse você, ficava de olhos abertos com ela.
— Qual é, Chara. Ela parece ter mudado... Já se passaram vários meses!
— Ok, não precisa ser rude, mas também não seja ingênua, Frisk. — Disse, e em seguida foi até Asriel.
[...]
Sans continuava andando pela rua escura, cantarolando uma música que não saía de sua cabeça, estalando os dedos e assoviando. Ainda faltava muito para chegar na casa de Papyrus, se tivesse usado o teleporte, teria sido muito mais rápido, mas tinha feito uma promessa ao seu irmão. A lua estava maior do que de costume, depois que buscasse Frisk, provavelmente a levaria para observá-la, estava linda.
As estrelas davam um brilho a mais no céu, uma garoa rasa caía sobre sua cabeça. Imediatamente usufruiu do capuz de sua jaqueta, para evitar se molhar, embora a chuva não estivesse tão forte. Um vento gelado percorreu sua espinha, um barulho de freada tomou conta de sua audição, uma luz forte tomou conta do local. Um carro vinha em sua direção numa velocidade surreal.
— Desculpa, Pap. — Disse, e usou seu atalho, indo para o outro lado da rua, antes que o carro o atingisse, o mesmo passou, correndo cada vez mais rápido, até virar a esquina.
— Essa foi por pouco. — Disse suspirando.
[...]
Alguém batia na porta, todos ficaram em silêncio, esperando ser Sans. Todos se esconderam, Muffet foi atender, dando de cara com:
— Oi pessoal, desculpa o atraso. — Disse coçando a nuca.
— Entra aí, Grillby! - Frisk disse, fazendo um sinal para que o mesmo adentrasse a casa, Muffet fechou a porta, sem jeito.
— Quem convidou ele? — Questionou.
— Sabe que não faço ideia?! — Disse sarcástica. Muffet revirou os olhos. — Ele é um dos melhores amigos do Sans, eu tinha que convidar! — Defendeu-se. — A propósito, vai lá conversar com ele! — Disse empurrando Muffet, que se chocou de leve contra Grillby, que estava de costas. Muffet dirigiu seu olhar a Frisk, com uma expressão irritada, Frisk apenas piscou, apontando para Grillby, que encarava Muffet confuso.
— Foi mal, Grillby. Tropecei sem querer. — Disse sem jeito.
— Tudo bem. Não foi nada demais. - Disse pegando um dos doces da mesa, e dando uma mordida. — Uau! Isso aqui tá muito bom! Você que fez? — Questionou.
— S-sim! Fui eu! Você gostou?
— Se eu gostei? Eu adorei! — Sorriu, deixando-a corada. — Ainda tá de pé o jantar, ou quer conversar sobre aquilo agora? — Indagou.
— E-eu... Quer saber? Hoje é dia de comemoração, vamos deixar os assuntos do trabalho pro jantar. — Sorriu.
[...]
As horas passavam e nada do Sans chegar... Onde ele estava? A última vez que ela o viu ele estava em casa! A distância da casa dele para a de Mettaton não era longa! Estava se esforçando ao máximo para não desconfiar de nada, mas tinha que admitir que era um pouco paranoica... Encarava o relógio da parede, impaciente, tudo o que queria era ligar e perguntar onde ele se encontrava, mas ele poderia desconfiar e ela não queria isso.
Os outros conversavam, enquanto Frisk apenas batia os pés, ansiosa para a chegada do namorado, que provavelmente tardava a acontecer. Brincava com os dedos, a espera estava sendo longa, ela estava entediada. Pensou em conversar com alguém, mas sinceramente, ela só queria passar um tempo sozinha com Sans, assistindo algum filme, ou fazendo algo clichê de casal embora não fosse muito fã. Novamente, alguém batia na porta, Frisk sorriu animada.
— Pessoal, se escondam! Deve ser ele! — Alertou, todos assentiram, se posicionando em seus lugares.
Frisk foi até a porta, com um sorriso enorme em seu rosto, abrindo a porta lentamente, mas não era Sans quem estava do outro lado.
— Frisk? É você mesmo? — O homem parado na porta indagou.
— Peter?
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