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História Através das Lentes - Capítulo Único


Escrita por: vernope

Notas do Autor


OLÁ, GENTE LINDA!
Essa é a minha PRIMEIRA fic f/f de Mamamoo e a primeira no geral que posto aqui, então realmente espero que esteja boa!
Ela é bem meiga num geral mesmo (o que sai bastante do que tô acostumada a escrever), e foi feita pensando em todas as pessoas que, assim como eu, tão completamente secas por f/f e de saco cheio de crossover com bgroups... Sendo assim, dedico essa fic para as minhas anjas: Fifs, Eirin e Lele que sempre me aguentam enchendo o saco com fics, e também para a Linzinha, que vive atrás de fics f/f como eu. E, Anne, você também! (achou que ia te esquecer né, rá)

Espero que gostem, boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único


O céu brilhava com os raios fortes de verão, aos poucos a claridade iluminava o verde das árvores de maneira intensa e, se não fosse por uma leve brisa refrescando o parque, possivelmente seria um dia quente demais para que qualquer um se aventurasse a passear pelo local.

Hwasa caminhava confiante, os tênis vermelhos contrastando no verde da grama em passos leves, mal tocando o chão abaixo de si. A garota observava os mínimos detalhes do ambiente ao seu redor, olhos rápidos vagando do chão ao céu azul acima de sua cabeça, a procura de alguma coisa ㅡ qualquer uma ㅡ que lhe chamasse atenção. Não sabia ao certo o que tanto queria encontrar e, depois de uma hora caminhando pelo parque, Hwasa já começava a sentir o peso da câmera em seu pescoço. O dia estava perfeito para a missão pessoal que havia proposto a si mesma, no entanto, a garota era exigente na hora de fotografar. 

Acreditava que a fotografia era capaz de conter muito mais que simples imagens, podendo registrar a alma e o sentimento do que era fotografado, ou até mesmo daquele que se dispunha a fotografar. Portanto, não se entregava as imagens fáceis ao redor, Hwasa preferia o desafio de captar um momento único de emoções alheias, um gesto que qualquer pessoa ignoraria ㅡ mas que ela, através de suas lentes ㅡ daria atenção e destaque. Talvez parecesse metida em suas escolhas, como uma daquelas pessoas que acham que sabem demais sobre tudo, no entanto, a garota nutria um amor pelas coisas diferenciadas. 

Era uma amante de momentos simples e secretos.

Cansada devido ao calor, Hwasa decidiu abrigar-se na sombra de uma das árvores do parque, sentando-se na grama de forma que seus galhos formassem um teto sobre si. Ao olhar para cima, observou as frestas de galhos e folhas, como um emaranhado de cordas onde os raios de Sol mal conseguiam passar ㅡ e os poucos que conquistavam tal feito desmanchavam-se graciosamente, refletindo seu brilho no verde do parque. Encantada com as formas e desenhos que conseguia observar, permitiu-se fotografar seu abrigo.

Ao olhar a foto, sorriu satisfeita e encostou a cabeça no tronco atrás de si, fechando os olhos em silêncio. Gostava de como o ambiente do parque era capaz de acalmá-la, mesmo se não conseguisse boas fotografias hoje, a sensação de renovação iria valer o passeio.

Foi então que ouviu uma voz. Inicialmente ignorou o som pensando ser um rádio que alguém havia levado ao parque, no entanto, aos poucos a melodia graciosa que ouvia pareceu perto demais. A voz cantava uma música que Hwasa não conhecia, as notas ㅡ mesmo que estranhas ㅡ eram perfeitamente melódicas e, por um minuto, a garota pensou que estivesse ouvindo a voz de um anjo.

Quando abriu os olhos e encontrou a origem da melodia que ouvia, teve certeza que anjos realmente eram reais.

Não muito longe da árvore que estava, uma garota estava sentada no Sol sob uma toalha colorida. Seu cabelo loiro brilhava como fios dourados na luz, caindo pelos seus ombros e chegando em sua cintura em ondas bagunçadas, emoldurando seu rosto delicado concentrado na canção que cantava. Seus olhos estavam fechados, dando a impressão de que cada nota que saía de seus lábios era sentida profundamente por ela, mesmo assim, a garota não parecia se esforçar para cantar. 

Havia algo em como ela se posicionava que era mágico, entre o verde das folhas ao redor, ela brilhava em dourado e branco, mais do que isso, a melodia que cantava sem deixar que vergonha alguma a impedisse, pintava o cenário das mais belas cores. Quando Hwasa olhava para a garota, ela enxergava raios violeta e turquesa a envolvendo como uma bolha.

Seus dedos moveram-se sozinhos encontrando com agilidade a câmera em seu pescoço, sem pensar muito, fotografou a cena a sua frente, esforçando-se ao máximo para que pudesse capturar toda a energia que o Anjo do Parque emitia.

Hwasa conseguiu tirar três fotos antes da garota silenciar seu canto, discretamente, tentou segurar a câmera em suas mãos de modo que a outra não notasse ㅡ caso olhasse para ela ㅡ que a fotografava. Quando suas fotos eram de pessoas, a garota gostava de sinceridade, portanto, apenas pedia autorização após tiradas as fotos (caso a pessoa negasse, apagava todas no mesmo instante).

Em silêncio, continuou a observá-la. Hwasa estava tão encantada com a garota cantando, que mal notou que um cachorro estava deitado ao seu lado, dormindo preguiçosamente na toalha que dividia com sua dona. O Anjo do Parque ㅡ Hwasa iria chamá-la assim até que descobrisse seu nome ㅡ agora sorria com a força de mil Sóis, fazendo com que uma pequena covinha aparecesse em suas bochechas. 

Ela era extremamente adorável e Hwasa pode sentir seu coração dar um pulo dentro de seu peito, o que só piorou quando a garota iniciou uma conversa extremamente animada com o cachorro ao seu lado. O Anjo parecia contar uma história ao seu parceiro, vez ou outra enrolava uma mexa de seu cabelo entre seus dedos, como se estivesse perdida entre muitos pensamentos. 

Um sorriso formou-se nos lábios de Hwasa, aquela garota definitivamente era algo. O vestido branco que usava reforçava a imagem de um anjo, porém, suas ações eram marcadas por pequenos gestos e maneirismos que a transformavam em humana. Palpável e real.

Sem exitar, deixou-se levar pelas sensações que sentia observando a estranha e fotografou mais algumas vezes a mesma, rindo ao notar que a garota agora entretinha-se em fazer cócegas no cachorro. O quão adorável alguém poderia ser? A cada momento que Hwasa se perguntava esta questão, o Anjo fazia questão de lhe provar que não conhecia limites, mexendo mais e mais com a fotógrafa que a observava em silêncio.

De acordo com que a tarde passava, Hwasa pode tirar fotos e mais fotos daquela que observava. A cada sorriso que era desenhado nos lábios da estranha, podia sentir os seus curvando-se também, ela era contagiosa mesmo a distância e, por mais que tentasse evitar, Hwasa desejava saber mais sobre ela. Queria saber qual era a música que havia cantado horas antes, qual era sua cor favorita e pedir para que cantasse mais vezes, para que ela pudesse ver aquelas cores tão lindas novamente.

Ela emanava vida e graça, atraindo para si cada parte de Hwasa e confundindo a garota, que agora, já não sabia mais dizer se seu interesse era apenas artístico. Jogando a cabeça de encontro a árvore que estava, fechou os olhos suspirando, o cansaço lhe tomando o corpo pouco a pouco e a levando para longe. Quando percebeu, estava em um mundo ilustrado em tons turquesa e violeta na companhia de uma garota encantadora e seu cachorro.

~*~

"Não, Pudim! Você vai acordar ela!"

Uma voz distante falava entre risadas, aos poucos, Hwasa começou a mover-se e sentiu seu corpo reclamar em protesto. A posição na qual havia dormido não era a das melhores, seu pescoço estava latejando em dor e suas costas possivelmente desejavam uma massagem, no entanto, parte do cansaço que sentia antes havia desaparecido. Abrindo os olhos devagar, percebeu que o Sol já havia ido embora, fato que comprovava apenas que seu cochilo repentino fora maior do que o esperado.

Por outro lado, não teve muito tempo para apreciar os arredores, pois a poucos centímetros de seu rosto um cachorro a olhava curioso, seus grandes olhos negros em contraste com o pelo dourado brilhavam e Hwasa sentiu um impulso para acariciar sua cabeça. 

"Eu disse que você ia acordar a moça, Pudim" 

A voz pareceu acordar de vez Hwasa, voltando-se para aquela que falava, a garota quase deixou seu choque transparecer em seu rosto. Em pé observando a cena, o Anjo do Parque estava de braços cruzados enquanto um sorriso adorável repousava em seu rosto, apenas iluminada pela luz da Lua, a garota parecia quase mística. Hwasa estava começando a pensar que ela não era real e apenas um fruto de sua imaginação.

"Você está bem? Faz pelo menos umas duas horas que você dormiu" A garota continuou, abaixando-se na frente de Hwasa "Sabe, eu amo a natureza, mas o tronco de uma árvore não é o lugar mais confortável do mundo"

Qualquer palavra que Hwasa um dia aprendeu pareceu desmanchar em sua língua e, tudo que era capaz de fazer, era encarar a garota a sua frente com olhos estatelados. Ouvir a voz do Anjo ㅡ e poder vê-la tão perto ㅡ lhe causava uma estranha euforia, pela primeira vez, Hwasa pareceu entender o conceito de borboletas no estômago e só pensava em como se livrar de todas elas. 

"Desculpa, eu devo estar te assustando, né? Minha mãe diz que eu preciso parar de me meter na vida de estranhos, mas eu te vi o dia inteiro aí e também te vi fotografando, então senti como se já fossemos íntimas. Tem sentido? Não sei, mas quando você dormiu fiquei preocupada, afinal alguém podia ter roubado a sua câmera ou... Desculpa, eu fiz de novo, minha mãe já me falou que eu falo demais quando tô nervosa"

Hwasa não conseguia falar, mas a garota a sua frente não conseguia ficar quieta e, em questão de minutos, começou a despejar frases apressadas e emboladas. Ela parecia falar mais para si mesma do que para alguém, suas mãos mexiam em muitos gestos que os olhos de Hwasa achavam difíceis de acompanhar, então a garota decidiu interromper a outra o mais rápido que podia.

"Ei, tá tudo bem eu só... Não sabia como reagir"

A garota quis bater em si mesma após as palavras deixarem sua boca, mas o Anjo sorriu e pareceu relaxar, estendendo uma mão para Hwasa em seguida. Sem jeito, a garota aceitou e juntas levantaram da grama, frente a frente não pode deixar de notar que a outra era pouco mais baixa que si e isso a fez sorrir.

"O que foi?" O Anjo perguntou deixando a cabeça cair de lado da maneira mais fofa do mundo ㅡ não que Hwasa estivesse completamente encantada com qualquer ação da garota.

"Eu sou mais alta que você" Hwasa riu "Quando te vi sentada mais cedo achei que você era ainda menor, na verdade"

As palavras mal haviam sido ditas quando Hwasa se arrependeu profundamente, não só estava agindo como uma boba sem jeito na frente da garota, como também acabara de admitir que a observou durante a tarde. Pode sentir suas bochechas esquentarem quando o sangue lhe subiu ao rosto, aquilo tudo era estranho para ela, uma garota acostumada a estar no controle das situações. Agora, parecia completamente perdida e tola perante qualquer ação que a outra executava.

"Você... Você é fotógrafa, não é?" O Anjo falou, seus olhos negros brilhavam e Hwasa apenas assentiu com a cabeça antes da garota continuar "Você por acaso teria me fotografado?"

Quando Hwasa não respondeu, a garota riu nervosa e acrescentou:

"Ah, me desculpa! Isso foi meio egocêntrico não foi? Por que você iria me fotografar a gente nem se conhece-"

"Não!" Hwasa respondeu rápida, olhando para o chão em seguida "Na verdade, eu tirei algumas fotos de você, mas eu posso apagar se quiser"

A garota esperava por qualquer reação, menos a que recebeu. Mãos encontraram-se com as suas e, quando Hwasa voltou seu olhar para a outra, um enorme sorriso ㅡ brilhante o suficiente para cegá-la ㅡ estampava seu rosto. Ela parecia realmente animada com a ideia de uma estranha a fotografando e isso deixava a garota curiosa, que tipo de pessoa não sairia correndo chamando a polícia? 

"Você ouviu isso, Pudim? Ela tirou fotos da gente"

'Ah sim, uma pessoa que fala com o próprio cachorro' ㅡ Hwasa pensou sorrindo, ainda não sabia direito quem era a garota mas seu jeito estranho lhe encantava, assim como as caretas que fazia para falar. De perto, a garota pode notar algumas sardas no rosto da outra, e sentiu um estranho impulso para apertar suas bochechas.

"Você deu o nome do seu cachorro de Pudim?" Perguntou rindo com a suposta cara de brava que a outra fazia.

"Pudim é um nome que combina perfeitamente com ele!"

"E por que? Ele gosta de Pudim?"

"Não, lógico que não! Cachorros não comem pudim, bobinha" O Anjo respondeu revirando os olhos "O Pudim chama Pudim porque ele se parece com um pudim"

A garota a olhava com expectativa e Hwasa não conseguiu segurar a risada para si, os últimos minutos talvez tenham sido os mais confusos de sua vida, porém, certo magnetismo inexplicável a atraía a outra. Talvez ela não precisaria se livrar das borboletas ㅡ estas rodopiavam alegres a cada sorriso do Anjo ㅡ e, por isso mesmo, quando a garota lhe convidou para um café, ela aceitou.

~*~

Hwasa ria enquanto uma garota de longos fios dourados a puxava para uma dança, não havia música ao fundo, mas as duas fingiam ouvir as mais maravilhosas notas e a melhor melodia de suas vidas. Suas risadas misturavam-se e enchiam uma a outra de sentimentos que ainda não sabiam explicar, mas que existiam e eram reais, concretos. 

Enquanto rodavam, Hwasa tirou um minuto para observar seu Anjo ㅡ mesmo sabendo seu nome, um ano depois, ainda gostava de pensar em Wheein como um ㅡ dançando ao seu lado. Seu cabelo dourado estava completamente bagunçado, os fios emaranhados caíam por cima de uma blusa velha e larga (que mais parecia um vestido), entretanto, parecia tão encantadora quanto na primeira vez que Hwasa a havia visto.

Segurando as mãos da garota entre as suas, a puxou para mais perto de si, rindo quando Wheein quase perdeu o equilíbrio.

"Você tá com muita cara de boba agora, sabia?" Wheein falou batendo na ponta do nariz de Hwasa com o dedo "Tá pensando em que?"

Hwasa fingiu pensar antes de responder "Não sei, mas não se preocupe, não era em você" 

Wheein a olhou forjando ofensa, antes de virar de costas para a outra que a puxava, agora com seus braços entrelaçados em sua cintura. Quando Hwasa puxou a garota consigo, ambas caíram rindo na cama espaçosa da fotógrafa e, por alguns minutos, ficaram assim: abraçadas em silêncio, as costas de uma no peito da outra. Quando Wheein se soltou dos braços de Hwasa, a garota rolou para a cama até seu rosto ficar a centímetros da outra.

As duas se encararam em silêncio, depois de tanto tempo juntas, haviam aprendido a se comunicar com os simples olhares e derretiam-se em sorrisos sentimentais, perdidas demais em um mundo que haviam construído juntas e só a elas pertencia. Era confortável observar Wheein, mesmo depois de um ano, Hwasa não se cansava de notar e listar cada um de seus detalhes mais sutis, que apenas a fazia se apaixonar novamente pela garota todos os dias. Em um ano, a estranha garota havia entrado em sua vida da mesma forma que os raios de Sol atravessavam a janela toda manhã: gentis, mas poderosos, iluminando tudo que podiam. 

Juntas, descobriram o melhor que podiam uma da outra e Hwasa sentia orgulho em dizer que ㅡ após tantos anos de exigências fotográficas ㅡ Wheein era sempre a perfeita fonte de inspiração que precisava. Não importava a ocasião ou momento, a garota sempre conseguia despertar a magia artística que Hwasa exigia em suas fotografias, as paredes de seu estúdio cheias de fotos de Wheein nas mais variadas ocasiões eram uma prova. 

"Você tem ideia de como é linda?" Wheein falou de repente, cortando os pesamentos de Hwasa "Sabe, você vive me fotografando quando a verdadeira arte aqui é você"

A garota sentiu as bochechas esquentarem e acariciou a bochecha de Wheein com uma de suas mãos.

"Eu sou a fotógrafa aqui, é meu trabalho fazer com que os outros vejam a beleza que eu vejo" Sorrindo, deu um pequeno beijo na testa de Wheein "E, no caso, você é a arte mais linda que já registrei"

De repente, Wheein se levantou e deixou Hwasa na cama confusa, voltando logo em seguida segurando uma de suas câmeras na mão e usando um de seus melhores sorrisos. 

"Então deixa eu te mostrar a beleza que eu vejo, Hwasa"

A mente da fotógrafa ficou em branco, antes que pudesse reagir, Wheein já estava com a câmera pendurada no pescoço e seu dedo no botão. O primeiro click veio com uma surpresa e Hwasa ficou sem saber o que fazer, levantando e indo mais para o centro da cama, a garota cobriu o rosto com vergonha e sem jeito. Suas ações não pareceram incomodar a outra, pelo contrário, Wheein se juntou a ela na cama sorrindo e continuando a bater suas fotos com determinação.

Click. Click. Click.

"Wheein, não! Eu não sirvo para ficar na frente das lentes!" Hwasa falou cobrindo o rosto com as mãos e braços, mas seu sorriso ainda era evidente "Você é a fotogênica aqui, não eu"

A outra lhe mostrou a língua antes de responder "Bobagem, você é a verdadeira arte entre nós, só assim seria capaz de transformar tudo ao seu redor através de fotografias"

Sem jeito, Hwasa tirou o rosto de seu esconderijo e olhou Wheein. Ela estava séria e ㅡ se tratando de alguém que vivia em permanente estado de brincadeira ㅡ aquilo dizia muito, talvez mais do que qualquer palavra pronunciada. Então, a fotógrafa percebeu o que aquilo significava para a outra. Era mais do que uma de suas ações estranhas ou piadas, para Wheein, fotografar Hwasa era uma prova de seus sentimentos por ela, de passar através de fotografias casuais tudo que seu coração dizia quando a olhava.

Então, Hwasa sorriu de verdade, sentindo seus olhos encherem de lágrimas e seu peito aquecer em sentimentos. Quando Wheein a fotografou novamente, ela não tentou se esquivar e muito menos posar para a foto, apenas sorriu para a mulher que amava na esperança que ela sentisse o que queria dizer e, ela sabia, que Wheein sentiria. 

Aos poucos, deixou-se levar pelos sentimentos que inundavam seu ser, e a cada foto tirada por Wheein uma sensação nova ligava as duas. Sorrisos estampavam ambos rostos e, pela primeira vez, Hwasa se sentiu confortável o suficiente para se entregar do outro lado das lentes. Wheein a transformava em arte e ela apenas era capaz de agradecer.

Quando deitou na cama e sentiu Wheein em cima de si para a fotografar de outro ângulo, Hwasa achou que seria capaz de explodir por tudo que queria dizer. Os últimos minutos haviam lhe dado tanto e ela só queria ser capaz de falar isso, proclamaria mil versos de amor para Wheein se fosse boa com as palavras, mas ela não era. Hwasa havia nascido para falar através de suas fotos e Wheein havia aprendido a ler sua linguagem como ninguém.

"Eu te amo, Wheein" 

As palavras saíram de sua boca tão singelas e delicadas que seriam capazes de acariciar a outra, suas mãos foram de encontro com os quadris de Wheein (ainda acima de si) e ali ficaram até que esta abaixasse a câmera. Sem pressa, levou seu rosto ao encontro de Hwasa e quando seus lábios se tocaram, as duas puderam sentir o mundo desaparecer e cada célula de seus corpos gritarem pela presença da outra.

Quando se separaram, não havia nada além de sorrisos e calma entre elas, o mundo havia congelado para apreciar a existência do amor que sentiam.

"Eu também te amo, Hwasa" Murmurou Wheein antes de beijar novamente a garota.

Hwasa sempre fora exigente com suas fotografias, no entanto, Wheein foi capaz de provar que as mais simples dos momentos podia ser perfeito e digno de moldura, se estivessem juntas, qualquer foto seria maravilhosa. Talvez o que Hwasa precisasse não era sua exigência, mas sim, Wheein.


Notas Finais


Bom, finalmente posso dizer que dei vida a esse au, mas me digam vocês se ele foi bem trabalhado ou não dksahdkjas Juro, escrever essa fic foi uma das coisas mais leves e deliciosas que fiz, preciso escrever mais de Mamamoo (btw BUY DECALCOMANIE ON ITUNES)

Obrigada mesmo por quem leu, eu ainda pretendo postar mais dessas rainhas e sim eu shippo todos ships possíveis stay tuned! <3


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