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História Através do Tempo - Adeus


Escrita por: chimfairy

Notas do Autor


OIE! Tudo beeem?
Não me matem! Boa leitura <3

Capítulo 16 - Adeus


Fanfic / Fanfiction Através do Tempo - Adeus

(POV'S VIOLETTA)

Acordar nos braços da pessoa que mais amava era realmente reconfortante. Ainda de olhos fechados, sorri ao sentir seu cheiro e me lembrar de onde eu estava. Virei-me para vê-lo e vi que ele também já estava acordado. Da mesma forma que eu o observava, ele me observava sem dizer nada. Apenas sorrindo. 

Mas logo a tristeza nos invadiu. Pois já sabíamos o que viria a seguir.

- Bom dia, León. - disse, depositando um beijo em sua boca. 

- Bom dia, meu amor. - Quando ele disse isso, senti a nuca arrepiar. Por que ele me torturava tanto me chamando assim? - Precisamos levantar...

- Eu não quero... - estremeci - Pois já sei o que virá agora...

- Podemos tomar um café da manhã gostoso, podemos nos despedir calmamente, e só depois eu vou, Vilu. - Era a primeira vez que ele me chamava pelo apelido. Abri um sorriso involuntário. 

- Sei que não podemos fugir disso... - falei. 

Ambos nos levantamos, e, um de cada vez, fomos tomar um banho para esfriar a mente. Vesti-me e coloquei a mão no pescoço, quando senti o colar que ele havia me dado. O coração de ouro com nossas iniciais na parte de trás do mesmo. Era tão lindo. Eu nunca havia dado nada para ele. Então me lembrei que, um pouco antes de adormecemos, ele me contou que ontem era seu aniversário. Pensei em comprar algo para León hoje. Algo muito significativo. Queria que ele levasse para sua... Casa. Era estranho dizer isso.

- Vilu... - León disse, despertando-me de meus devaneios. Olhei para o mesmo, e vi que ele estava saindo do banheiro, com a toalha enrolada na cintura. Seu abdomen perfeitamente traçado, e seus cabelos molhados bagunçados. Uma lágrima ameaçou sair quando me lembrei que era a última vez que o veria. - Você está bem? 

Quando me dei conta já estava chorando. Ele se sentou ao meu lado, deixando os braços envolta do meu pescoço. Apoiei a cabeça em seu ombro, liberando todas as lágrimas.

- Vai ficar tudo bem. - León dizia, mas acho que nem ele mesmo acreditava nas próprias palavras.

- Só é... difícil. - Murmurei. 

- Eu sei, meu amor. Mas temos que lidar com isso. 

Descemos para tomar o café da manhã. Pedimos algumas coisas leves para comer, e suco para beber. 

Não falamos muito durante, acho que ambos estávamos meio depressivos para falar alguma coisa. Até que ele começou a dizer algo.

- Preciso passar no colégio - dizia enquanto mordia seu salgado. - para pegar meu cofre, onde estão minhas poções e minhas coisas. 

- Ok. León, você precisa de dinheiro ou alguma coisa?

- Não Vilu, tenho um pouco aqui ainda. - Ele sorriu.

Deixei minha comida de lado e o encarei, sorrindo.

- Posso te perguntar uma coisa?

Ele assentiu.

- Por que de repente você começou a me chamar pelo apelido? Quer dizer, você nunca chamou.

- Eu acho que já era a hora. - Ele riu. - E também, não te chamava pelo apelido, porque claramente Violetta é mais bonito. 

Ambos rimos. 

- Enquanto você vai para o colégio, eu vou comprar seu presente.

- Como é que é? - ele engasgou.

- Ontem foi seu aniversário, e bom... Não te dei nada. Dezenove anos já, León? - Ele assentiu e eu abri um sorriso. 

- Não precisa me dar nada, Violetta... 

- Quero que você guarde algo para se lembrar de mim.

- Eu sempre vou me lembrar de você. - Ele colocou sua mão sobre a minha, segurando-a com delicadeza. 

[...]

Fui a todas as lojas possíveis. Não achava nada. Uma blusa era algo simples demais para a ocasião, afinal, seria a última vez que nos veríamos, não daria uma roupa! Um perfume tampouco. Era capaz de ele se quebrar durante a viagem de volta. 

Quando já estava desistindo, passei em frente à uma joalheria. Parei na frente dela e fiquei olhando o logotipo enquanto pensava. Dar algo para ele de jóia não seria bem um presente masculino, quer dizer, o que vou dar? 

Até que pensei numa coisa perfeita. Adentrei o local, e chamei o vendedor. 

- Vocês têm anéis de compromisso?

(POV'S LEÓN)

Após pegar todo o necessário no colégio, e enfiar em duas mochilas diferentes, decidi que o certo seria eu me despedir dos meus amigos. Eu me sentiria completamente mal se fosse embora e não me despedisse das pessoas que fizeram parte da minha vida nos últimos meses.

Chamei Federico e Ludmila para virem em frente ao portão do colégio. Diego, Broduey, Maxi e até mesmo as amigas de Violetta: Camila, Francesca e Nathy, que seriam pessoas que também deveria me despedir, estavam em aula. Era para Federico e Ludmila também estarem, mas eles precisaram abrir uma exceção. Afinal, eram os mais próximos de mim, exceto Violetta. 

Os dois chegaram em frente ao portão como combinado. Seus semblantes eram um pouco confusos e preocupados. 

- León! - Federico gritou, chegando perto de mim.

- Onde você estava?! - Ludmila o alcançou.

- Eu estava preparando minhas coisas. - Pude perceber o olhar confuso dos dois. - Vou embora, pessoal. 

- O quê? - Ambos disseram em uníssono.

- Eu vou voltar para casa.

- Na Europa? - Ludmila perguntou incrédula.

- Mais ou menos isso... Eu preciso ir, e vim me despedir. Não chamei os outros porque estão em aula e vocês são... Basicamente os mais importantes. - ri.

- Cara, você não pode ir... - Federico dizia, cabisbaixo. - Você é meu amigo.

- Nosso amigo. - Ludmila corrigiu. - Ele está certo, León... Você não pode...

- Eu não queria, mas preciso. E não tem outro jeito senão aceitar... 

Ludmila deixava escorrer algumas lágrimas, e Federico permanecia com o semblante bem triste. 

- Queria agradecer vocês dois, por esses meses e por estarem junto comigo. Eu quero que vocês sejam muito felizes. 

- Obrigada, León. Você foi o primeiro amigo que eu pude chamar de irmão.. - Federico indagou.

- Ah meu Deus... - Ludmila dizia entre as lágrimas.

Abracei um de cada vez. Logo, saí pelo portão.

- Ei, León! - Federico gritou, fazendo-me olhar para ele. - Boa viagem, amigo. 

- Nós nos veremos de novo! - Ludmila gritou.

Dei um sorriso, e disse "Assim espero", por mais que seja quase impossível. Entrei no táxi e fui para o lugar combinado com Violetta. Parece que o que eu tinha escrito no papel e enterrado junto com os meninos naquela noite "D'O Imaginário", havia se tornado realidade...

Havia combinado com Violetta de nos encontrarmos em um lugar afastado da cidade, afastado de tudo, para caso ocorresse algo não afetasse a população. Ao chegar, dispensei o táxi e adentrei o lugar. Era um campo gramado com uma larga extensão. Havia preparado uma espécie de cápsula alguns dias antes e a trouxe para cá, pude avistá-la e, ao seu lado, estava Violetta. 

Corri rapidamente, e cheguei ao seu lado. Ela estava linda como sempre. Rosto delicado, cabelos loiros voando pelo vento, olhos brilhantes e rosto perfeitamente traçado. Desviei o olhar e vi que carregava uma caixinha um tanto pequena em suas mãos. Estava embrulhada, e, acho que era o meu presente.

- Então, esta é a cápsula que você vai entrar? - Ela perguntou, olhando para a mesma, que estava ao nosso lado.

- Sim. - Respondi com firmeza. - É meio feia, mas o que vale é a intenção. - Ri - Afinal, Deus me livre de mais radiação neste tempo. Pedi para Mark preparar a minha cápsula para quando eu chegar em 2220. Quando eu entrar, é melhor você ficar mais longe. 

Ela assentiu, e logo começou a deixar as lágrimas rolarem.

- Você precisa ficar calma, Violetta... - Pedia, mas sabia que era impossível. Eu segurava para não derramar as minhas, porque não queria vê-la chorando mais. 

- Ah - ela secava as lágrimas com a mão - eu trouxe seu presente.. - Ela sorriu.

Ela estendeu a caixinha embrulhada, e me entregou. Peguei a mesma e comecei a abrir delicadamente, por mais que o tempo fosse prioridade, eu não me importei. Era a última vez que a veria, então nem que eu levasse todo o tempo do mundo para me despedir. 

Abri a caixinha, e lá, encontrei dois anéis de prata. Anéis não: alianças. Peguei-as e observei. Dentro de uma estava escrito "Amor através do tempo. León" e a outra "Amor através do Tempo. Violetta".

- Violetta, você sabe que não podemos usá-las... - Deixei as lágrimas rolarem. 

- Você gostou? 

- Se eu gostei? Eu amei, Violetta. - Disse, abraçando-a.

- Não vou pedir que você use, porque é injusto. Não usarei também. - Violetta disse - Eu quero que você a guarde. Porque quero que tenha uma recordação do nosso amor.

- Eu farei isso. Mas quero chegar no meu tempo com ela em mãos, literalmente. - Ri dentre as lágrimas. 

Ela colocou em minha mão direita a que estava com seu nome, e eu coloquei em sua mão direita a que estava escrito o meu. 

- Quando eu disse que você foi a melhor coisa que aconteceu pra mim, eu não minto. - indaguei, sorrindo.

- Você foi o que me tirou da dor também, León. Eu... 

- Vamos guardar isso para o final - Acariciava seu rosto delicadamente. - Violetta, quero te pedir uma coisa.

Ela assentiu para que eu prosseguisse. 

- Sei que o que sentimos agora é forte. E acho impossível... Ah Deus - olhava para o céu, tentando encontrar uma forma de falar isso. - Eu acho impossível parar de te amar. Eu nunca vou parar. Mas nós não podemos nos prender no passado, igual eu fiz com Mary. Você e eu... Precisamos seguir enfrente. Quero que você vá a festas, que você se divirta, faça faculdade, estude o que goste... E conheça alguém. Alguém que te ame como eu amo. 

- León, o que você está me pedindo... - Interrompi ela, colocando meu dedo indicador em seus lábios. 

- Por favor. Quero que você, Violetta Castillo, viva intensamente... Você é a melhor pessoa que já conheci. Espalhe o que tem de ótimo pelo mundo, e seja feliz. 

- Eu não sei se consigo... - Ela dizia entre soluços.

- Você precisa. - Abri um sorriso para confortá-la.

- Que você também seja feliz, León Vargas, e faça de suas palavras as minhas... Mesmo que seja doloroso. 

Segurei sua cintura e a colei junto ao meu corpo. Beijei Violetta como nunca tinha a beijado antes, com muita paixão e amor. Podia sentir toda suas emoções somente através daquele beijo. Eu a amava, meu Deus como a amava! Suas mãos percorriam loucamente meu cabelo, massageando-os, enquanto eu massageava suas costas no nosso longo e último beijo caloroso. Terminamos com um selinho rápido. 

- Eu te amo mais que tudo! - Disse, afastando-me.

- Eu te amo como nunca amei alguém. - Ela respondeu. 

Chegou a hora. Olhei mais uma vez para seu rosto perfeitamente desenhado e inteiramente para a mulher que amo. Virei de costas e andei em direção à cápsula. Adentrei a mesma, olhando para Violetta, e pude ver que ela já correu para longe. Mas ainda sim consegui vê-la chorando como nunca. Eu também estava assim. 

Fechei a cápsula, ficando no breu. Peguei minha poção, e disse para mim mesmo "Lá vou eu". Bebi o líquido e comecei a pensar no meu ano: 2220. Pensei em como eram as casas, as árvores, as cidades, as tecnologias, e por fim, em minha família. Em minha mãe, minha irmã, Mark Clanet, até mesmo em sua esposa, Amanda Clanet.

Logo senti ser sugado, como da primeira vez. 


Notas Finais


Trisssssste, mas faz parte! :(
Espero que tenham gostado (ou não né hahaha) e obrigada por lerem até aqui.

Aliás, não, a fic não acaba agora, vai demorar um pouquinho haha
Se vocês gostaram, agradeceria se deixassem um comentário pra mim saber o que vocês estão achando haha! Leio e respondo todos!

Até sábado que vem, beijos!! <3


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