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História Através do Tempo - "Já se esqueceu de mim?"


Escrita por: chimfairy

Notas do Autor


OLÁAAAA <3
Postando o capítulo cedo hoje, uhuuul!
Gente tô muito feliz, sério, o BTS (grupo de k-pop) confirmou turnê no BR AAAAH, eu vou morrer (nada a ver com a fic, mas precisava compartilhar minha felicidade).
BOM, beijos para todos e boa leitura!! <3

Capítulo 22 - "Já se esqueceu de mim?"


Fanfic / Fanfiction Através do Tempo - "Já se esqueceu de mim?"

(POVs LEÓN)

Todos estavam me olhando com grandes sorrisos, contudo, ainda era possível ver um certo medo em seus semblantes. 

Depois de todos os olhares, Havens foi o primeiro a se pronunciar.

- Então, Leonard, o que estamos esperando? - Ele ergueu uma de suas sobrancelhas, abrindo um largo sorriso. - Temos uma viagem para preparar.

Soltei pela primeira vez, um grande sorriso sincero. Sabia como era difícil para todos que me amavam me ver ir novamente, mas sabia que eles me deixariam ir porque me amavam. E eu era grato por todos me apoiarem dessa forma, saberem que eu estou indo para construir uma nova vida. 

Terminamos nossos cafés, e entramos no carro de Mark. Todos iríamos ao Laboratório de Pesquisa para me preparar, e preparar as poções. 

Chegando lá, Mark retirou a minha única poção restante do cofre, levando-na para a sala principal, a sala que eu e Mark trabalhávamos, onde havia a cápsula contra radiação. 

Mark colocou-a na mesa, e todos - Olívia, Havens, Mark e eu -, encarávamos a mesma. 

- Então... - Carl franziu o cenho. - Vai viajar com isto mesmo? Não seria melhor criármos uma máquina do tempo, como a que eu utilizei, acho mais eficiente.

- Não... Já tenho uma grande história com estas poções e quero viajar com elas. - Disse sorrindo, ao me lembrar de que foi com elas que eu pude conhecer Violetta.

- Tudo bem... - Ele disse, balançando a cabeça. 

- Então, o que falta fazer? As poções estão aí, e bem... É só utilizá-las. - Oli disse, um pouco relutante. 

- León, acho que você quer se despedir de sua família. Vá à sua casa, pegue suas coisas, as necessárias, e diga adeus para sua família. Acho importante você fazer isso. Vou preparar a cápsula e cuidar de mais alguns preparativos. 

Assenti. Antes de me virar para ir, olhei-os mais uma vez. Eles pareciam um pouco tristes, não me refiro a Havens que mal me conhecia, mas sim aos meus amigos. 

- Obrigada - disse, despertando a atenção de todos. - Por fazerem isso por mim. 

Então, sorrisos habitaram novamente seus rostos. Virei-me, e fui para casa. 

[***]

Peguei somente o necessário. Algumas mudas de roupas, um pouco de dinheiro, meus documentos falsos de 2016 e algumas fotos de mim e de minha família, também de mim e Olívia, e com Mark. De momentos que todos passamos juntos. Precisava tê-las. 

Quando já estava saindo do quarto com a mochila nas costas, lembrei-me de algo. Adentrei novamente o mesmo, e abri minha gaveta. Lá estava a carta de Violetta, e o anel que me dera. Os peguei, guardando a carta na mochila, e colocando o anel no dedo. 

Então desci as escadas. Elena e minha mãe me esperavam na sala, com as lágrimas já rolando. 

Fui até elas. 

- Obrigada por me deixarem ir. Eu as amo demais, demais... - Dizia, já soltando mais lágrimas. 

- Você precisa construir sua própria vida, meu filho. E ser feliz - minha mãe me deu um abraço apertado. 

- Eu te amo, León. - Elena dizia, abraçando-me. 

- Também te amo, meu filho. - Minha mãe disse.

- Eu amo vocês mais ainda. Pode ser que demore, o tempo que for, mas eu as encontrarei de novo. Eu prometo. 

- Só... Só viva uma vida normal. Sei que tem muito pra viver. - Minha mãe falou.

E ficamos assim por mais alguns minutos, dentre abraços, chorando. Era o meu último momento com elas, sabe-se lá por quanto tempo. E mesmo que estivéssemos longe, sabia que as teria para sempre comigo. 

[***]

Cheguei nos Laboratórios. Encontrei os três ainda ali, só que dessa vez, parecia que tudo já estava pronto.

- Então, acho que chegou a hora... - Falei, dando um suspiro tenso. 

- Que ano você deve ir agora, León? - Mark perguntou.

- Passaram-se um ano. 2018. 

- Como você fará para chegar lá? Como funciona? - Oli perguntou. 

- Tomarei o líquido, e pensarei em coisas que me atraiam para o ano. Simples assim. - disse.

- Tudo bem - Mark disse, entregando-me o vidrinho com a poção. - Aqui está. 

- Obrigada. 

Dei um passo em direção à Havens, ficando frente à frente com ele. 

- Obrigada pela ajuda. - Agradeci com sinceridade. - Que você seja muito feliz. 

- Por nada, Sr. Vargas. Desejo-lhe o mesmo. - Ele sorriu. 

Dessa vez, fui para o lado, ficando frente à frente com Olívia. 

- Obrigada Oli, por me ajudar tanto quando mais precisei. Você é a melhor amiga de todas. 

- E você o melhor de todos. Sabe... Eu nunca pensei que isso aconteceria. Que te perderia assim. Mas não posso ser egoísta. Você merece ser feliz com quem ama. Te amo, irmão. - Ela disse, deixando as lágrimas rolarem pelo rosto. 

- Eu também, vem cá, Oli. - Puxei-a para um abraço apertado, e senti suas lágrimas apreensivas sendo liberadas em meu ombro. 

Nos afastamos, e chegou a vez de Mark. 

- O que dizer de você, cara? - Disse, rindo um pouco, mas chorando também. - Você é meu melhor amigo, como um irmão mais velho, sempre me ajudando em tudo. Me ajudando com minhas doideras, me divertindo... Você esteve comigo há mais tempo que qualquer um. Não vai ser fácil perder você. Não vai ser fácil perdê-los. 

- Ah, León, León... Aonde fui me meter?! - Ele me abraçou. - Se cuide, viu. E acima de tudo, seja muito feliz.

- Te desejo o mesmo, amigo. 

Afastei-me deles e fui em direção à cápsula. Antes de entrar nela, olhei mais uma vez para meus amigos ali. Mark e Olívia se permitiram liberar a dor através das lágrimas. 

Eles foram tão especiais para mim, e eu os amava muito. Acenei como uma reverência final, e eles acenaram de volta. 

Então entrei na cápsula, e ela se fechou, tampando a minha última visão dos meus amigos. 

Tomei o líquido, sentindo aquele gosto amargo novamente. Pensei em tudo que foi possível: 2018. Violetta, com os cabelos louros e pele clara, com aquele sorriso lindo que transmitia tudo do mais belo. Pensei em Federico, meu velho amigo, que me fazia rir diversas vezes. Pensei em Ludmila, a loirinha com o jeito patricinha, mas por dentro tinha muito conteúdo e realmente se importava com as pessoas. Pensei no colégio, como era aquele século e tudo que tinha visto. 

Senti-me sugado novamente. Lá vou eu, viajar através do tempo outra vez. 

(POV'S VIOLETTA)

Fechei os livros de medicina. Não aguentava mais ver o mesmo assunto por três dias seguidos. Estava estudando repetidamente para meu exame da faculdade, num ritmo que só Deus aguenta.

Debrucei-me sobre a cama, e senti Tomás ao meu lado. Ele ainda estava lá. 

Havia pedido para ficar sozinha, mas ele insistia em continuar aqui. Esfreguei as mãos no rosto, e soltei um resmungo. 

Levantei-me da cama, deixando-o sozinho ali. Fui para a sacada do meu quarto, tomar um pouco de ar. Encostei-me no para-peito, enquanto observava a paisagem. O céu estava limpo, azul como o mar, e o sol estava preenchendo todo o dia. Por um momento, olhar aquilo tudo, fez-me sentir mais leve e menos exausta. 

Não sei explicar ao certo, mas desde que comecei a namorar novamente, sentia-me presa a todos os instantes. Sei que Tomás me amava e só queria estar comigo, mas eu não me sentia tão confortável. 

Meus devaneios me levavam à loucura. 

Foi quando eu olhei para o céu, que vi uma coisa surpreendente: uma luz sendo emitida de um ponto fixo no mesmo, uma luz muito forte, que tampou minha visão por alguns instantes. Logo fui arremessada para dentro do quarto, caíndo de costas, ao sentir algo me empurrando para longe. 

Levantei-me com cautela, colocando a mão na cabeça. Foi então que exclamei algo:

- Não pode ser!

- Amor? - Uma voz resmungou atrás de mim, e pude ver que era Tomás. - Você está bem?

Sem explicar nada, levantei-me correndo e peguei as chaves do carro. 

Dirigi em alta velocidade até o campo afastado da cidade em que tinha me despedido dele

Poderia estar delirando, mas ao mesmo tempo, podia ser verdade. León poderia estar aqui? Parei o carro e abri a porta, sem ao menos me importar em fechá-la, corri no meio do campo. Foi como se tudo estivesse em câmera lenta, eu correndo, procurando algo que nem mesmo podia estar aqui. 

Não sei porque me iludi acreditando em algo que nunca aconteceria de novo. Deixei uma única lágrima escapar pelo meu olho. 

Em passos lentos, estava voltando para o carro, quando ouço uma voz que jamais me esqueceria, atrás de mim. Uma voz, que eu achei que nunca mais ouviria. 

- Já se esqueceu de mim? 

Quando me virei para trás, cambaleei um pouco, sem acreditar no que estava vendo. Era ele. Era León. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado! :*
Espero pelos comentários de todos, quero saber o que estão achando! Leio e respondo todos!!
Beijooos e até o próximo!


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