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História Através dos seus olhos, e do seu coração - Nossa verdade!


Escrita por: cassia_inez

Notas do Autor


Ola meus amores, e muita cara de pau a minha voltar aqui depois de quase um ano, eu sei, sinto muito, mas e que a minha vida esta completamente em off.
Tudo mudou por aqui, não e mais como antes, então eu estou passando em todas as minhas historias inacabadas, prometendo tentar continuar um dia, espero que me perdoem por isso!
Desta historia eu tenho ate o capitulo 8 que e ate onde eu vou postar hoje, espero que me desculpem um dia.
Bjs, e ate...

Capítulo 5 - Nossa verdade!


Fanfic / Fanfiction Através dos seus olhos, e do seu coração - Nossa verdade!

"Eu te amo!"

Eu parei de ouvir tudo, e qualquer coisa quando ouvi esta frase, quando ouvi de sua boca, tudo o que eu jamais pensei ouvir de seus labios, ou de qualquer um outro homem que eu realmente gostasse.

Ele estava aqui, estava aqui na minha frente, lindo, cheiroso, gostoso, o Deus Grego que ele sempre foi para mim. Eu também o amo, eu o amo tanto, tanto que chega a doer. Mas, como eu disse, o meu orgulho e maior do que eu. Eu sei que ele não leva a nada, mas mesmo assim, eu não consigo, as palavras do seu amigo ainda rondam a minha cabeça, me relembrando da pior lembrança que poderia ter trazido de Londres.

"Ele não conta para as mulheres que e podre de rico, para que vocês não se aproximem dele por interesse. Sabe como é, tem muita mulher interesseira por ai!"

Estou com ódio de mim, ódio de ser orgulhosa, e de neste momento ter um puta receio de dizer a ele que eu também o amo, que esta tudo bem, que eu estou aqui, que sou dele, que sempre fui, e ao longo destes dezoito meses, nunca, nunca deixei de pensar nele, de amar ele, e de ser dele. Mas, tudo tem o seu tempo, e eu vou ter que esperar ate o meu orgulho se dissipar.

Encarei os seus olhos quando as lagrimas que escorriam dos meus resolveram cessar. Os seus olhos eram duas orbitas avermelhadas, e pelo pouco que ainda me lembro dele, provavelmente ele estava fazendo o possível para não deixar os seus sentimentos virem a tona.

-Você não tem nada a me falar?-me encarou.

-Tenho!-respirei fundo, me aprumando na cadeira. Eu prezo, e respeito muito os seus sentimentos, mas eu não te conheço Rey, eu não sei absolutamente nada sobre voce, e ficar assim, no escuro como estou em relação ao homem na minha frente, e desesperador!

-Não seja por isso, podemos muito bem resolver isso!-esticou a mão em minha direção, em forma de cumprimento. Prazer, me chamo Reymound Scott!-elevou as sobrancelhas, quando não retribui o seu aperto, e serio que ele esta fazendo isso, e assim?

-Prazer!-sorri aceitando o seu cumprimento por fim. Juliana Diniz.

-Eu sou um filho da puta muito fodido!-recolhemos as nossas mãos, e eu sorri. Sou CEO de uma empresa na qual queria muito estar longe, mas, só estou la por amor a uma mãe que no passado cagou, e andou para mim. Mas como e a minha mãe, me colocou no mundo, e esta muito doente, eu estou la, para não deixar a unica renda da família ir para o buraco! A proposito, tenho um passado muito fodido também!-ele parou por um instante, e olhou para os lados parecendo desconfortavel, e encolheu os ombros.

-Deve ser um assunto muito difícil para voce, não precisa...

-Eu quero, é só que...-mais uma vez olhou para os lados, juntou as sobrancelhas evidentemente desconfortavel.

-Bom, voce quer falar, e eu estou muito interessada em ouvir. Portanto, se queremos mesmo dar um ponto final em tudo isso, e dar o proximo passo, eu te proponho sair daqui, vamos para a minha casa, la sera reservado, e poderemos conversar a vontade! Você esta de acordo?

-Estou! A não ser que ele ache ruim!-a sua expressão se fechou completamente.

-Ele quem?-o encarei confusa, afinal, todo este tempo eu me referia a nossa filha como sendo o meu grande amor.

-Seu namorado, marido, não sei...

-De onde voce tirou isso?-sorri o encarando.

-Você disse que amava alguém...

-Disse, mas não significa que seja um namorado, ou ate mesmo que seja "ele".

-Você virou...

-Não!-sorri abertamente. Temos muito o que conversar, e bom, estou decidida a te contar o que voce tem, e precisa saber!

-Muito bem, vamos?-abriu uma aba de seu paleto, enfiando a mão em um dos bolsos.

-Eu pago, faço questão!-peguei a minha bolsa.

-Não precisa Juliana...

-Faço questão! Alias, voce já comprou alguma moeda brasileira?-ele contorceu a face em uma careta.

-Não muito, troquei poucos euros!-sorriu, e eu elevei as sobrancelha, indicando um "viu".

Paguei a conta, e saímos do cafe andando lado a lado. As vezes sentia o seu toque quente em minhas costas, fazendo a minha pele se arrepiar levemente. Senti falta disso, só eu sei como senti falta deste homem.

Meu Deus, me ajude a manter a minha sanidade diante deste gringo gostoso!

Voltamos para o prédio da revista, e no caminho mandei uma mensagem para o Sergio, dizendo que iria para casa, para manter um dialogo decente com o pai da minha filha, e que prometia voltar a tempo para fazer as fotos com o executivo espanhol.

"Não vai passar a tarde toda metendo, e esquecer do trabalho em mocinha? Alias, não quer que eu arrume outro fotografo para te cobrir? Sergio"

"Não, e não!"

Respondi apenas, enquanto entravamos na garagem.

Foi impossível conter o sorriso, quando vi a expressão de Rey, diante do meu polo, ele parecia ter o dobro do tamanho do meu carro, e eu tenho certeza de que ele estava calculando para saber se realmente conseguiria entrar no carro.

Depois de um pouco de malabarismo das duas partes, em abaixar banco, recuar banco, dobrar joelhos, se encolher no acento do carona, vi um Rey, com a expressão em divertimento, enquanto encolhia um pouco mais os ombros, para que não invadisse a área do motorista.

-Quem manda ser enorme?-resmunguei um pouco mais baixo contendo um riso.

-Mas voce gosta mesmo assim!-olhei para ele de canto de olhos, e ele encarava algo do lado de fora, eu apenas esbocei um sorriso contido, e dei partida no carro.

Durante todo o trajeto do meu trabalho ate em casa, eu estava pensando em como ele iria reagir ao chegar em minha casa, e dar de cara com todas as fotos de Izy, que eu tenho espalhadas pela casa inteira. Tirando os brinquedos espalhados, que mesmo que eu juntasse todos, algum aparecia do nada, para me lembrar da saudade que eu já estava da minha princesinha.

Em algumas paradas de sinal vermelho, nos pegamos a nos encarar, ora ele me olhava, ora eu o olhava. Estava muito feliz por te-lo novamente aqui ao meu lado, mesmo que seja por pouco tempo. Afinal, não sei como sera a sua reação diante da noticia de que já e pai de uma doce, e muito esperta menina de quase oito meses.

Afastei estes pensamentos quando parei em frente a garagem, o porteiro abriu o portão de correr para que eu acomodasse o meu carro na garagem. Sorri com o seu suspiro de alivio quando Rey, saiu do carro, se alongando, e esticando as costas.

-O que voce quer insinuar com este alongamento?-o encarei sobre o teto do carro.

-Insinuar? Nada! Eu somente estou tentando dizer ao meu corpo, que estamos livre da lata de sardinha!-me encarou, sorriu, e eu serrei os olhos.

-A sua sorte, e que não e meu Uno, se fosse acho que teríamos que arrancar o banco para que voce entrasse!

-Por que fabricam carros tão pequenos?

-Por que ninguém e exageradamente grande como uns e outros!-comentei enquanto caminhava para o elevador.

-Esta insinuando que sou grande demais?

-Não, estou afirmando mesmo! E impressão minha ou voce esta ainda mais alto desde a ultima vez em que nos vimos?-o olhei de cima abaixo.

-Dois centímetros!-disse normalmente encarando o letreiro luminoso do elevador.

-Como...? Deixa pra la!-balancei a cabeça em negação, e pude ver pelo canto do olhos, ele sorrindo.

O elevador chegou, entramos e eu apertei o terceiro andar que era onde o meu apartamento de dois quartos, sala, cozinha, e banheiro ficava. Eu gostava do meu cantinho, era demasiado pequeno, mas eu gostava, afinal só quem morava ali eram eu, minha mãe, e minha filha. Minha mãe veio pra cá depois que o papai morreu, e foi muito bom para mim, afinal eu não precisei deixar a minha filha em alguma creche, ou colocar alguém para cuidar dela, ela tinha a mim, e a sua avó.

-A quanto tempo mora aqui?-questionou-me um pouco mais serio.

-Talvez uns seis ou sete anos!

-Talvez? Como não sabe?

-Não sei, sou péssima em guardar estas coisas!-saímos do elevador. -Por que?

-Tudo aqui parece ser tão pequeno. -olhou ao redor.

-As coisas não são pequenas, e impressão sua! Você se destaca com sua altura onde quer que vá, por isso tudo parece ser tão pequeno para voce!-paramos em frente a minha porta, e quando não disse nada eu o olhei. Estou mentindo?-ele sorriu, e negou com a cabeça.

-Chegamos?-apontou para a porta atras de mim.

-Sim!-baixei o olhar, pensando como iria falar para ele. Bom, eu tenho algo muito serio para falar com voce...

-Você disse isso, vai falar aqui no corredor?

-Não! Na realidade, eu não vou falar, vou deixar voce ver!

Me virei para a madeira maciça, e destranquei a fechadura abrindo a porta aos poucos. Acendi a luz já que as cortinas estavam fechadas, e entrei dando-lhe passagem para entrar em minha casa, em meu recanto. Rey, com a sobrancelha direita levantada, adentrou em meu pequeno lar, mas em momento algum retirou os olhos dos meus, e isso me deixou tensa. Sera que ele não estava querendo ver o que tinha ao redor, não estava curioso para ver o que eu tanto queria lhe falar?

Estiquei o braço em direção ao interior da casa, e ele apenas se virou, me dando a visão de suas costas largas, sentindo o seu delicioso, e inconfundível cheiro amadeirado. Com passadas contidas, ele adentrou a minha sala, e só ai elevou o olhar ao seu redor, parecendo vasculhar em cada minimo detalhe o que eu deveria falar com ele.

-Não era eu quem deveria falar?-disse com o olhar provavelmente distraído, já que não poderia vê-lo.

-Eu sei que primeiro as damas, mas eu realmente preciso que voce saiba de tudo antes.-ele sorriu ruidosamente, balançando a cabeça em negação.

[Ele ficou por alguns segundos parado, ou talvez minutos, não sei bem, mas ele estava apenas olhando]

Ele ficou por alguns segundos parado, ou talvez minutos, não sei bem, mas ele estava apenas olhando. Eu estava tensa, sentindo o meu peito palpitar, e a minha boca ressecar. Olhei diretamente para o porta retratos ao lado da TV, ali tinha uma foto recente de Izy, talvez ela tivesse algo entre o final dos cinco, ou inicio dos meses. Também haviam outras espalhadas pela sala, como a do dia de seu nascimento, ela mamando em meu seio, na hora do banho, o primeiro dentinho, nos duas tirando uma selfie, enquanto ela dormia. Enfim, ela estava ali, mesmo não estando.

Coloquei as chaves na bancada da cozinha, e quando ouvi a sua respiração sendo expulsa de seu corpo de forma pesada, eu sabia que ele tinha visto de fato as fotos. Ele se aproximou da foto em que eu a amamentava. Izy, deveria ter no máximo uma hora de vida, ela estava linda, e ao contrario do que pensei, imaginei, e esperei, ela não tinha cara de joelho, ela já era linda como o pai, desde a hora que nasceu. Graças a Deus!

Ele pegou a foto, e ficou por longos segundos a olhando, se mantinha de costas para mim, e eu mantinha a respiração controlada ao passar por ele abrindo a cortina, deixando a luz do dia entrar. Era como se a cada movimento que ele fazia em completo silencio, o meu coração fosse explodir de ansiedade.

-Você teve uma filha?-disse um pouco mais baixo do que eu esperei.

" Eu tive? Não meu amor, nos tivemos!"

-Sim!

-Linda! E ela que voce ama mais do que tudo?

-Sim!

-Justo!-ficou mudo novamente.

Andou por alguns cantos da minha sala, e todas as fotos ele pegou, e observou bem de perto cada uma. Sera que ele não iria notar que ela lembrava muito a ele. Eu achava que sim, e todos que viram a foto dele, e olhavam para ela, achavam o mesmo. Ele pegou a foto mais recente que eu tinha dela, e ainda de cabeça baixa apontou para o sofá como se perguntasse se eu o autorizaria a se sentar. Eu apenas concordei, com um "sim" quase inaudível. Eu estava tensa, queria ver o seu rosto, saber a sua reação. Confesso, esta ansiedade esta me matando.

Ele colocou o porta retrato em sima da mesa de centro, e recostou no sofá, respirando fundo encarando a foto a sua frente. Sem conseguir me conter, me aproximei, sentando ao seu lado no sofá, cruzei as pernas, e ficamos ali, os dois, olhando para a mesma foto.

-Onde ela esta?-a sua voz baixa, quebrou o silencio.

-Com a minha mãe!

-Ela tem quanto tempo?

-Tem oito meses!-vi o seu maxilar, se contrair.

O silencio mais uma vez se instaurou entre nos, deixando a sala fria, e bastante desconfortavel. Céus, que ansiedade, que tensão, isso era agoniante, e eu estava começando a ficar com dor de barriga esperando a sua maldita reação que nunca chegava. Estava esperando por qualquer coisa, um esbravejamento, um xingamento, uma acusação, qualquer coisa, menos a porra do seu silencio, menos este maldito silencio que ele estava fazendo questão de manter. Eu sou uma pessoa inquieta, sou espaçosa em vários sentidos, e gosto de manter diálogos, por isso, resolvi que eu mesma iria acabar com esta palhaçada de jogo do mudo.

-Fala algo, por favor!-a minha voz era calma, e receosa.

-Ela e linda!-sorriu.

-Sim, e linda!

Observei a sua feição, e ele, mais uma vez se perdeu em seus pensamentos. Se inclinou para frente, e pegou mais uma vez o porta retratos. Mordi a parte de dentro dos meus labios, sentindo a tensão emanar entre os nossos corpos. Na realidade, acho que ela vinha apenas do meu.

Olhei diretamente o rosto do homem ao meu lado, e vi uma mistura de expressões, que me deixou bastante intrigada, ele franzia a testa, juntava as sobrancelhas, abria um pouco os labios, fechava espremendo os mesmos entre os dentes, na realidade, ele era a confusão em pessoa. Eu consegui sentir pena dele neste momento, tamanha era a sua aparente confusão.

-Ju!-ele puxou o ar com força.

-Oi!-a minha voz era baixa, e muito contida.

-Ela... Ela e minha... Minha filha não é?

A sua pergunta me deixou mais aturdida do que eu imaginaria que pudesse ficar. Mais uma vez eu estava ali, imóvel, sem saber o que lhe dizer. Mesmo sabendo exatamente o que dizer a ele, eu estava completamente muda. Eu abria a boca, mas as palavras infelizmente não saiam, um no se formou em minha garganta, as palavras faltaram em meus labios, e o meu apartamento parecia que estava girando.

Não que eu nunca imaginei que este momento não fosse chegar, eu imaginei de varias formas possíveis, principalmente com ela o reconhecendo, afinal, eu sempre lhe mostrei as fotos de seu pai, nunca abdiquei que ela o conhecesse desde pequena, mesmo sendo com as fotos que eu tinha da viagem, ou com as mais recentes da internet, e por conta disso, desde já, ela sabe exatamente quem e, e como e o pai dela.

-Ju?-tocou em minha mão, retirando-me de meus pensamentos, me fazendo olhar para ele. Ela e a minha filha, não é?-apenas balancei a cabeça em concordância.

Ele voltou o seu olhar para o porta retratos, e eu vi as suas mãos se apertarem contra o vidro transparente. A sua face mais uma vez se contorceu em uma expressão de dor, e foi ai que eu comecei a duvidar de que teria sido uma boa ideia dizer a ele que agora, era pai.

-Por que...? Por que não me disse antes?-ele não me olhava.

-Eu senti medo!

-Medo?-me olhou. Medo de que?

-De que? Você já se esqueceu o por que eu sai de la? O por que eu vim embora?-ele fechou os olhos baixando a cabeça. Se eu falasse para voce que estava gravida, corria o risco de ser acusada de dar o golpe da barriga!-me levantei não conseguindo mais ficar ao seu lado.

-Por favor Juliana, isso jamais iria acontecer...

-E quem me garante?-o encarei.

-Me desculpa, a culpa foi minha em relação a esta sua insegurança! Mas eu tinha o direito de saber que seria pai, eu gostando ou não, voce achando que seria acusada de de golpe, ou não...

-Ate parece que eu iria sim, aceitar ser possivelmente humilhada...

-Eu quero conhece-la! Quero conhecer a minha filha!-vi um sorriso brotar em seus labios.

-Você me disse também uma vez, que não queria ter filhos. Me lembro como se fosse hoje, de voce falando que não queria, estava tão certo de suas palavras, que foi mais um motivo para que não soubesse de Izy!

-Izy?-me encarou. Ela se chama...

-Maria! Ela se chama Maria Elizabeth Diniz!-ele abriu um sorriso lindo, olhando novamente para a foto.

-Minha princesinha!-a sua sobrancelha se transformou em apenas uma, enquanto ele olhava, e acariciava a foto da filha em suas mãos. Ela tem o mesmo nome da minha mãe, voce...

-Eu achei que colocando nela o nome de sua mãe, que por acaso, eu só sei, por que voce mencionou apenas uma vez, eu não iria me sentir tão injusta dela não ter contato com o pai, ou a família dele!

-Obrigado! Eu nem sei o que dizer!-me olhou com os olhos avermelhados.

-So não brigue comigo!

-Por que eu brigaria? Você foi, e é a mulher que mais me desnorteou, mas e a que eu mais amei, e amo!-se levantou, colocando toda a sua grandeza diante de mim. Você e a mulher que me resgatou, que acabou de me dar mais um motivo para querer estar aqui, para querer viver novamente! Por que me escondeu ela?

-Já disse, por causa do medo de ser acusada de tentar dar o golpe da barriga, e também, por voce dizer uma vez que não queria filhos!-repeti novamente, usando tudo de minha paciência. Jamais iria te obrigar a ser pai, sendo que não era de sua vontade! 

-Entendi!-baixou o olhar balançando a cabeça em negação. Acho que agora e a minha vez de lhe ser sincero.

-Por favor!

-Bom, esta situação de golpe acho que e totalmente desnecessária, eu já disse tudo em relação a isso, foi por causa da empresa, da vida que levava, enfim, eu já te expliquei...

-E eu já entendi!

-Pois bem, a outra parte, a parte de não querer ter filhos, e de ter me tornado um cara fechado para mim, e para mundo, foi por que...-ele respirou fundo, segurou em minha mão, e seguimos ate o sofá novamente. Bom, a quase seis anos atras eu sofri um acidente de carro, estava tendo um péssimo dia. Sabe aqueles dias que voce preferia não ter se levantado da cama?

Memoria do Rey on...

-Para com isso Rey, ele só estava sendo gentil!-ela me encarava incrédula.

-Gentil? Ele estava cheio de mãos para o seu lado Sabrine!-a encarei, estava furioso.

-Por favor amor, pelo menos no dia de hoje, no dia do meu aniversario! Ele e só o meu primo!

-Primo e o caralho! Ele e um merda, que entrou na sua família, depois de mim, e voce o trata como primo!Eu não gosto dele, ele me irrita, e falso! Ele gosta e de me provocar!

-Ele sabe que voce tem ciumes de mim...

-Sabrine minha princesa, volta pra festa, ela esta ótima!-olhei em direção aquele idiota.

-Agora não Jay!

-Por que não meu amor?-foi a gota d'água.

-QUAL E A SUA SEU FILHO DA PUTA? NÃO TEM AMOR A SUA VIDA NÃO É, COMO VOCÊ VEM CHAMANDO A MINHA MULHER DE AMOR? DESDE QUANDO VOCÊ TEM ESTAS CONFIANÇAS?-esbravejava enquanto me aproximava dele sobre os protestos de Sabrine.

-DESDE QUANDO ELA ME DEU ESTAS CONFIANÇAS!-ele rebateu.

-JAY!-ela o olhou horrorizada.

-Seu desgraçado!

Acertei um soco em cheio em sua mandíbula, que ele foi a nocaute na hora, tamanha era a minha raiva daquele filho da puta, ele caiu como uma laranja podre do pé.

-Rey, olha o que voce fez?-ela se aproximou dele, que estava desacordado.

-Você ainda fica do lado dele?

-Você o desmaiou!

-Foda-se!

Dei as costas e segui para o carro. Ela veio atras de mim, e mesmo comigo mandando ela voltar para a sua festa, ela disse que eu era o noivo dela, o homem que ela amava, e ela iria ficar comigo. Enfim, decidimos seguir para a nossa casa, para mim a festa tinha acabado ali mesmo.

Seguimos o caminho inteiro discutindo, aquele cara era muito petulante, e eu sentia o ódio correndo nas minhas veias, não tinha sido a primeira, a segunda, ou a terceira vez que ele fazia este tipo de insinuações com ela, e mesmo já tendo o alertado varias vezes que não gostava, ele continuava fazendo, parecia gostar de me ver extremamente irritado.

Em uma curva mais fechada a caminho de casa, eu fui fechado por um caminhão, que me obrigou a desviar dele, e no que fiz isso, só vi o farou alto em nossa direção. Foi como se o mundo ficasse em câmera lenta.Eu perdi o controle do carro, e ele rodou varias vezes na pista depois de levar uma batida no lado do carona, foi uma batida leve, mas o carro se desestabilizou devido a pista estar molhada pela nevasca.

-CUIDADO REY!-ela gritou desesperada.

Eu sai da pista, e o carro bateu com o lado do carona em uma arvore, e eu desmaiei imediatamente quando bati com a cabeça no volante. Eu recobrei a consciência alguns segundos depois, acho que só desacordei com o choque, mas logo recobrei a consciência, e quando olhei para a Sabrine, ela ainda estava com vida me olhando com o rosto ensanguentado, eu entrei em desespero.

-Meu amor, olha pra mim?-pedi quando ela fechou os olhos de relance.

-Rey, eu estou presa!

-Eu vou chamar um resgate!-peguei o celular no porta luvas que estava entreaberto devido ao choque, e por sorte ainda estava funcionando mesmo com a tela toda rachada, e liguei imediatamente para a emergência. Por favor, eu preciso de uma ambulância, eu bati com o carro, e a minha mulher esta presa nas ferragens!-eu estava em panico, e fiquei ainda mais quando senti o cheiro forte de combustível.

-Rey!-a sua voz era tensa e necessitada.

-Calma meu amor, eles já vão vir!-tentei acalma-la apos dizer a eles tudo o que precisavam saber para nos encontrar. Esta tudo bem!-acariciei o seu rosto ensanguentado, e senti a minha cabeça dar uma pontada, e quando passei a mão pela região também tinha sangue, bastante na realidade.

-Amor, eu estou preocupada com o nosso bebe!-passou a mão pela sua barriga de cinco meses.

-Vai ficar tudo bem!-eu disse, mas no fundo também estava em panico.

O cheiro de gasolina tinha aumentado, provavelmente o tanque de combustível tinha sido afetado. Ela me olhou com o semblante de profunda tristeza, mas eu vi que ela estava tentando não se desesperar.

Eu tentei, tentei de todas as formas, eu juro! Mesmo com uma puta dor na região das costelas, que mais tarde eu tinha descoberto ter fraturado quatro delas, eu fui ate o outro lado, e como sempre fui forte, eu tentei retira-la de la, mesmo sabendo que seria perigoso, para nos dois, e principalmente para ela que certamente teria fraturado uma, ou as duas pernas, e poderia prejudica-la ainda mais. Mas, isso já não me importava no momento, o importante seria ela estar comigo, longe daquele carro, que por si só, anunciava um desastre, com o odor forte de combustível que ele exalava.

Mas, o que eu não esperava, mas se anunciava, infelizmente aconteceu.

Eu já escutava as sirenes do resgate, quando passei pela frente do carro, na hora que o sistema elétrico, deu curto, e eu apenas senti. Senti como se tivesse sido empurrado por uma força sobre humana para frente, e senti o meu corpo se chocar com o chão de asfalto duro, e as minhas costas ficar quente, muito quente. A minha roupa estava pegando fogo. Mas, o choque foi tão intenso, que eu não tive forças para me levantar, ou sequer rolar o corpo para tentar apagar o fogo.

A ultima coisa que me lembro, foi a voz de Sabrina chamando pelo meu nome.

Memoria do Rey off.

-Rey!-eu chorava copiosamente diante do relato dele, diante de tudo o que ele passou.

-Eu só me lembro de acordar duas semanas depois em um hospital. Eu estava com ataduras por todo o peito, estava de barriga para baixo, por causa de algumas bolhas que ainda insistiam em permanecer nas minhas costas.

-Eu nem sei o que dizer!-ele respirou, fundo, e baixou a cabeça.

-E por isso que eu não retiro a minha camisa, tenho vergonha das marcas que este maldito dia me deixou!

-Não sinta Rey!

-Como não?-me encarou. Eu sinto vergonha de mim quando me lembro que causei isso, que matei a minha noiva, e o meu filho!-vi as primeiras lagrimas rolarem pelo seu rosto, e ele virou a face.

-Você não os matou!-coloquei a mão em seu ombro.

-Eu sei, mas o pensamento, e a certeza de que foi eu, são maiores!

E ali estávamos nos dois. Ele tinha me contado o que tanto lhe afligia, e eu tinha contado o que eu tinha resguardado dele ate hoje.

Eu poderia imaginar tudo, sobre ele não querer retirar a blusa enquanto transávamos, em ele ter perdido a noiva, e o filho que ainda estava em seu ventre, mas nada estava me preparando para isso.

O puxei para um abraço, e mesmo relutante ele veio. Beijei a sua face, e ali ficamos por alguns minutos, ate as lagrimas que agora jorravam dos nossos olhos cessassem. 


Notas Finais


a menininha da ft no inicio, e a Izy .

u.u


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