1. Spirit Fanfics >
  2. Através dos seus olhos, e do seu coração >
  3. O poder do amor.

História Através dos seus olhos, e do seu coração - O poder do amor.


Escrita por: cassia_inez

Capítulo 7 - O poder do amor.


Fanfic / Fanfiction Através dos seus olhos, e do seu coração - O poder do amor.

Juliana

 

Estávamos quase chegando na casa da minha mãe, quando ela ligou dizendo que a tia Edite, já tinha passado la para busca-las para irem ao sitio. Olhei no relógio, e já passava do meio dia, e eu sentia a minha barriga reclamar, espero que tenha comida por la.

Fiz o retorno, e segui para a parte mais rural de Araxá, em direção ao sitio do meu tio Jose, lugar onde passei boa parte das minhas ferias escolares, onde eu ralei muito, e não só os joelhos. Onde eu briguei pela primeira vez, onde beijei pela primeira vez um dos meus primos, o Andre, filho da minha tia Rosa, e irmão de vandinha, ou no caso Vanderleia, a prima piriguete da família. Toda a família tem a sua prima que é a piriga da historia, sempre tem o primo que voce já deu nem que seja um selinho, e tem o primo ajuizado, que é ela, no caso da Lucinda, a noiva.

Chegamos no sitio, e a primeira pessoa que vi foi a dona Maria, senhora minha mãe, com a minha pequena Izy, nos braços. Alertei ao Rey, que imediatamente olhou em sua direção, e pareceu ficar estático ao ver a filha. Sai do carro, e parei ao seu lado, quando ele já estava completamente fora do carro. A minha mãe parou no meio do caminho me encarando com cara de "o que esta acontecendo?"

-Que carro e este menina?-minha mãe intercalava o olhar entre a minha face, e o carro atras de nos.

Não respondi, e apenas me aproximei, pegando uma sorridente bebe que veio em meus braços imediatamente agarrando o meu pescoço. Beijei a minha filha, sentindo o seu cheirinho, e matando a saudade que estava dela. Olhei para um Rey, que estava com os olhos marejados, o nariz vermelho, e se segurando para não desabar no alto dos seus dois metros de altura. Me aproximei dele com ela em meu colo.

-Bebe da mamãe?-beijei a sua testa, e ela me olhou curiosa. Papai!-sorri olhando para frente, e ela fez o mesmo.

Ele respirou fundo, e se curvou um pouco para olhar melhor para ela. A minha pequena olhou para mim, e eu sibilei novamente, "papai" ela deveria estar estranhando, já que ela só o tinha visto por fotos. Ele elevou a sua enorme mão, acariciando os seus cabelos, que quase cobria-lhe a cabeça de tão grande, e ela olhou novamente para ele e esticou os bracinhos lhe pedindo colo, que foi imediatamente atendida, por um pai emocionado, e pelo o que vi dele, será muito babão.

Ele a acolheu em seus braços, e ela grudou em seu pescoço, eles pareciam matar uma saudade que certamente não sabiam da existência. Fiquei boba os observando, vendo como ela tinha realmente ido com ele logo de cara, sem estranhar, eles se reconheceram de imediato, mesmo nunca tendo se visto pessoalmente. E coisa de sangue, de sangue e amor!

Ela se afastou um pouco, e ele segurou-lhe as costas, provavelmente com receio de que pudesse cair de seus braços. Ela pegou uma mexa de seus cabelos que estavam soltos, e elevou contra a luz do sol, sorrindo, e ele beijou-lhe a face arrancando um sorriso gostoso de nossa filha, que como se olhasse para a tela do computador, disse "papa" Ele olhou para mim, e eu sorri limpando as lagrimas de mamãe babona ao lado de minha mãe, que também olhava a sena completamente encantada.

-Ela disse papai!-sorri, e ele a olhou parecendo surpreso, e sorriu.

-Meu amor!-sorriu um sorriso largo, e emocionado.

-Ele e muito alto filha!-minha mãe disse baixinho ao meu lado, quebrando o clima como só ela, me fazendo sorrir.

-Sim!

-E muito lindo!

-Mãe?- a olhei sorrindo.

-O que? E mesmo!-sorrimos. Onde voce o encontrou?

-Ele me encontrou! Mais uma vez, ele me encontrou!-sorri vendo ele beijar-lhe o pescoço provocando as gargalhadas de nossa pequena Izy.

-Cade o sono que a mocinha estava?-minha tia apareceu ao nosso lado. Querida, que bom que chegou!

-Tudo bem tia?-nos cumprimentamos com um abraço.

-Sim! Nossa quem e o espetáculo de homem?-olhou para eles.

-Este e o meu genro!-minha disse toda cheia de si.

-Mãe, ele...

-Verdade? -minha tia me interrompeu eufórica. Nossa, que sorte em minha filha?-deu dois tapinhas em minhas costas, e saiu de perto.

-Pronto, agora o sitio inteiro vai saber de algo que não e verdade!

-O que não e verdade minha filha?

-Ele só e o pai da minha filha mãe!

-Se ele despencou la da terra da rainha,ate aqui onde o judas perdeu as botas só para te ver, voce ainda tem duvidas de que ele não gosta de voce? Deixa de correr da sua felicidade minha filha, voce o ama, e esta escrito na sua testa! E se ele esta aqui, bom...-ela deu de ombros e começou a se afastar.

-Mãe!-ela me olhou. Obrigada!

-De nada! A proposito, vocês vão ficar no quarto que eu e o seu pai sempre ficávamos quando vinhamos pra cá!

-Mas e a senhora?

-Eu fico no outro! Vocês são um casal!-mais uma vez ela sorriu se afastando.

A minha mãe era assim, sempre me protegendo, tentando abrir os meus olhos para as coisas que eu não quero, ou finjo não ver. Ela sempre me protegeu, e a unica coisa que eu quero de verdade, e poder ser para a minha Izy, pelo menos 10% do que ela foi, e é para mim.

Olhei para os meus amores, e agora ele mostrava a ela algo no pequeno lago que tinha na lateral direita da casa, ele estava agachado com ela de pé entre as suas pernas, enquanto ele a segurava com a mão em sua barriga, eles sorriam gostoso de alguma coisa. Não sei como eles podem se entender, ela nos entende falando em português, mas em inglês, acho zero de probabilidade. E bom, ele não entende uma palavra em português, não sei como esta comunicação vai fluir.

Reparei bem nos dois, e vi ele apontando para algo, e ela agarrou novamente o seu pescoço pedindo colo, e logo ele estava de pé, e caminhando para mais proximo do lago, onde ele sentou na grana, com os pés bem próximos a água, e eu sabia que ali, ele tinha conquistado de vez o meu peixinho. A Izy adorava uma água, e a hora do banho, era sempre uma bagunça, e a mais demorada também.

-Priminha!-ouvi a voz enjoada da Vanderleia, a minha prima, quando estava terminando de retirar as minhas bolsas, e a do Rey, do porta malas.

-Vanderleia!-disse de proposito, ela odiava ser chamada assim.

-Vandinha, Juliana, Vandinha!-entortou os labios.

-Claro, Vandinha!-ela me abraçou, e eu usei a desculpa de estar segurando as malas para não retribuir. Não gosto dela!

-Fiquei sabendo que se deu bem, e arrumou um bofe gringo!-o seu olhar já percorria em volta do carro. Cade o gato, não vai apresentar para a família?-sorriu com a sua cara de puta.

-Eu vou! Mas no momento ele esta curtindo um pouco a filha!

-Entendi! A minha mãe falou que ele e simplesmente lindo, e voce sabe, falou em homem bonito, falou comigo mesma!

-E, eu sei!

-Meu amor, ela esta te procurando!-ouvi a voz grossa do Rey, atras de mim, e vi a expressão de "Eu quero este homem pra mim!" que a Vanderleia fez.

-Oi minha princesa!-olhei para eles.

-Mama!-soltei as bolsas, e a peguei no colo, ela ainda mamava no meu seio quando lhe dava na telha.

-Vamos, que a mamãe vai cuidar de voce! A proposito, Rey, esta e minha prima, Vandinha!-ele simplesmente acenou, e ela logo se empolgou.

-Oi, muito prazer em conhece-lo!-ela praticamente agarrou a mão dele no ar, para cumprimentar. Seja muito bem vindo ao meu sitio, e do meu pai, mas, pode se considerar meu! -ela agora gesticulava como um controlador de trafego. Fique a vontade, e qualquer coisa, e só me chamar, eu estarei a sua disposição...

-Acredite Vanderleia, ele não esta entendendo uma virgula do que esta falando!-ela olhou para ele meio incrédula, e ele torceu os labios.

-Desculpe!-lamentou.

-Tudo bem!-sorriu sem graça. Vandinha, ao seu dispor!-esticou a mão para ele novamente. Mas esta vaca e oferecida.

-Va... Van...-sorri, Rey, e a sua dificuldade com abreviações de nomes.

-Vandinha!-insistiu.

-Ah, Vadiah!-sorriu, e eu gargalhei alto a deixando sem graça, e ele confuso. Não, errado?-me encarou.

-Esta tudo bem!-toquei em seu braço.

-Depois nos tentamos novamente!-ele olhou para ela claramente confuso.

-Tenta sim!-sorri amarelo para ela.

Simplesmente sai de perto, ouvindo o Rey, fechar a mala do carro, provavelmente a deixando com cara de tacho. Parei nas escadas para espera-lo, e quando ele se aproximou, seguimos para o quarto que a minha mãe disse que ficaríamos.

Subimos os dois lances de escadas que nos levava ate o segundo andar da enorme casa, onde ficava os principais quarto, e o quarto onde meus pais sempre ficavam. Eu com a nossa cria nos braços, e ele com as nossas bolsas, queimando as minhas costas com os seus olhos, que o flagrei olhando a minha bunda enquanto subia a escada. Gringo Safado!

Abri a porta do quarto,e senti uma sensação gostosa, diferente do que eu pensei que iria sentir quando entrasse aqui novamente depois da morte de papai.

Coloquei uma Izy sonolenta na cama, que imediatamente protestou por seu mama. Sorri tocando de leve em seu nariz, e me sentei no encosto da cama, observando um homem enorme caminhando pelo quarto ao acomodar as bolsas em um dos cantos, e fechar a porta. O seus olhos estavam do lado de fora da janela, e vi um sorriso se formar em seus labios, quando senti uma mãozinha puxando o meu decote. Peguei a minha filha nos braços, retirando o seio do aperto do sutiã, lhe oferendo, e ela imediatamente o sugou com vontade como sempre que lhe era oferecido. Não era mais por alimentação, obvio, era mais por saudade, carinho, vontade de estar pertinho da mamãe como eu adorava estar pertinho da minha florzinha.

A sua mãozinha apoiando o seio que sugava, puxando a minha pele devagar enquanto olhava em meus olhos, contato, amor, acho que era isso que este momento ainda nos transmitia.

Levantei os olhos, e vi um par de olhos azuis em nossa direção. Olhar intenso, olhar que me fazia arrepiar fácil. Olhar que me deixava de pernas bambas, mas que la no fundo, ainda tinha aquele maldito bicho da desconfiança, do medo, do receio, na realidade, eu via os meus olhos nos seus, e isso me incomodava. Eu me incomodava comigo mesma.

Ele se aproximou sentando ao nosso lado na beirada da cama, acariciou o braço da filha, que soltou o meu seio olhando para o pai, ao seu lado. Seio este no qual eu o cobri antes que os seus olhos o alcançassem, eu acho que ainda não estou preparada para esta vulnerabilidade estando tão próxima do Rey.

Ele se aproximou beijando a filha que depois de receber o beijo do pai protestou o seu alimento de volta, e eu o cedi novamente. Ele soltou um suspiro longo, e baixou a cabeça, mexendo os dedos como se estivesse profundamente incomodado com algo. Eu conheço ele, pouco, mas conheço, sei que que ele esta incomodado com algo, e de certa forma também me aflige.

-Quer falar algo?-perguntei baixinho, sentindo os olhinhos de Rey, em miniatura olhando diretamente para mim com a boca grudada em seu seio.

-Eu... Eu me sinto mal!-relaxou os ombros.

-Mal? Mal por que?

-Eu deveria estar aqui, eu deveria ter estado aqui com voce!-confessou baixinho.

-Rey, eu...

-Ju, eu perdi tanto, perdi tanta coisa! Perdi a sua barriga crescendo, os seus enjoos, não pude realizar os seus desejos, não pude massagear os seus pés quando incharam, não pude estar la quando a nossa filha veio ao mundo, não ouvi o seu primeiro choro. Eu perdi todo o processo, perdi o contato, não dei o carinho que voce, e a nossa filha deveriam receber de mim. O que eu sou aqui?-me olhou e os seus olhos estavam vermelhos. Os meus? Desaguando.

-O que voce e aqui? Você e o pai, voce e o homem que ela mais vai amar, e o seu super herói! Você só perdeu o inicio, ainda tem o muita coisa pela frente Rey, ela só tem oito meses, tem a vida inteira pela frente! Você ainda tem muito tempo para mimar a nossa filha!

-Você vai voltar?-me encarou segurando mãozinha de Izy.

-Não esta nos meus planos!

-E como eu vou recuperar este tempo Juliana? Pelo Skype? Por aplicativo de mensagem? Fotos, videos? E isso?-os seus olhos transmitiam panico, incerteza, insegurança.

-Olha, não vamos entrar nestes detalhes agora! Você vai ficar ate quando?

-Umas duas ou três semanas!

-Tudo bem, ate la, nos vamos resolver isso!-nos encaramos, e ouvimos batidas na porta. Pode entrar!

-Desculpa interromper, mas e que vocês devem estar com fome, não e?

-Eu estou! Você esta com fome Rey?-ele me olhou novamente e maneou a cabeça que sim.

-Estou!

-Então vamos descer, a sua tia Rosa fez um banquete, parece comida para um mês!-sorriu.

-Vamos sim mãe! Só vou esperar a Izy, terminar de mamar, ela provavelmente ira dormir, e nos descemos.

-Tudo bem! Tomara que ele goste da comida, a sua tia fez frango ao molho pardo, frango com quiabo, vaca atolada, tutu de feijão, eu tentei faze-la parar, mas segundo ela, estava cozinhando para um batalhão!-foi impossível não sorrir.

-Tudo bem mãe, já vamos descer!

-Ta bom, não demorem!

-Ta legal!-ela fingiu que foi, mas voltou. Filha, ele e assim mesmo? Quieto?-sorri.

-Ele só não entende nada que a senhora fala!

-Nada?

-Nada!

-Coitado!-gargalhei tão alto que roubei a atenção de todos. Esta tudo bem mãe, vamos dar um jeito!-cobri o meu seio novamente. Rey, eu não te apresentei, mas esta, e a minha mãe!-ele arregalou os olhos, e se levantou, olhando diretamente para a minha mãe, incorporando uma postura totalmente formal. Mãe, este e o pai da Izy, Reymound Scott!

-Mas que nome chique!-sorriu se aproximando. Uai, me da um abraço filho!-ela abriu os braços, o abraçou de supetão, certamente ele ficou sem entender nada, já que me olhou meio confuso, e eu apenas sorri. Seja muito bem vindo a família, espero que aprenda logo a falar português! Ele e alto pra mais de metro sô!-sorri, a minha mãe fica com o sotaque mais do que carregado quando vem para Minas.

-Muito prazer em conhece-la!-ela me olhou e sorriu.

-Isso ai mesmo que ocê falou fio!-sorrimos quando ela colocou as suas mãos nas laterais de seu rosto.

-Vai la mãe, já vamos descer!-a Izy se jogou nos braços do pai.

-To indo, não demorem! -deu as costas indo para a porta, mas novamente fingiu que foi, e não foi. Gostou do quarto?

-Amei mãe!-sorri apenas.

-Eu fiz baba de moça que ocê gosta pra sobremesa fia!

-Obrigada mãe!- enfim, ela se foi.

Olhei para o Rey que estava com a nossa filha em seus braços, olhando para a janela novamente, ela estava com a cabecinha na curva de seu pescoço, enquanto ele balançava o corpo a ninando devagar, respirei fundo ao ouvi-lo cantarolar algo bem baixinho. Eu não conseguia ouvir o que ele cantava, mas eu não estava muito a fim de me aproximar, e acabar estragando este momento tão lindo entre pai e filha.

Me sentei na cama, que dividiríamos nas próximas duas noites, e simplesmente os observei. Observei  quem sabe o futuroa minha frente. Observei um pai que eu jamais imaginei que ele poderia ser. Imaginei quando ainda não sabia de seu passado, imaginei quando ainda não o conhecia, quando conhecia apenas a superfície, apenas o Rey, de vitrine, o Rey de estoque, e bem mais complexo, bem mais completo, bem mais... Admirável.

Olhei para as suas costas largas e musculosas, se balançando de um lado para o outro, tendo em seus braços o fruto de nossa paixão, de nosso amor, de nosso carinho, respeito, tendo um pedaço de nos dois, o pedaço mais precioso de nós dois.

Se eu tinha duvidas que ele poderia ser um bom pai? Sim, mas certamente elas estão ficando por terra a cada momento em que os vejo juntos.

Ele veio, ele esta aqui, ele esta aparentemente feliz, eu estou feliz, a nossa filha só desgrudou dele para mamar, e assim que terminou, voltou para os seus braços, então, ela deve estar feliz também.

E a minha pergunta é, como será o nosso futuro daqui por diante?

***

Ainda estávamos na metade das escadas, e já era possível se ouvir a baderna que era a hora da refeição quando a família Diniz estava junta. Sim, mesmo o casamento sendo no inicio da manha de amanha, e os preparativos estarem deixando todos os envolvidos completamente loucos, ainda arrumamos tempo de nos reunirmos em volta de uma mesa enorme repleta de gente, que no fundo se amava, de muita comida, e um único gringo no qual todos poderíamos xingar que ficaria alheio a tudo, e todos. Mas ai de alguém falar um ai dele.

Eu mato!

-Que bom que vocês desceram! Temos uma variedade de sabores para apreciarem!-minha tia, a mãe da Vandianha, nos recepcionou com um enorme sorriso.

-Obrigada tia, estava com saudades do seu tempero!

-Então aproveitem!-estava orgulhosa de si pela bela mesa a nossa frente.

-Tem algo de especial que chamou a sua tenção?-perguntei de forma intimista ao Rey, que estava sentado ao meu lado na enorme mesa.

-Sinceramente, tudo parece ser muito gostoso! Quem sabe, eu não saia da dieta, e coma um pouco de tudo?-me olhou com um sorriso no canto dos labios.

Não sei se era a sua intenção, mas fez o meu coração acelerar, e a minha boca secar. O seu olhar foi intenso em direção a mim quando mencionou comer um pouco de tudo. Sera que eu entendi bem, ou provavelmente eu estava inclusa no seu "comer um pouco de tudo"?

Nossa senhora das gordinhas saudosas, me de sanidade para resistir a este homem!

Ai voce me pergunta, por que resistir se parece que os dois estão com vontade? Simples, vontade e coisa que dá e passa!

E bem, depois que eu tive a Izy, comecei a ponderar mais sobre as minhas atitudes, e bom, a minha insegurança não vai mudar com uma noite de sexo com o Rey. A minha insegurança não vai simplesmente evaporar se eu me entregar por poucos minutos que forem para ele.

-Aqui esta o seu prato Rey!-Vandinha coloca apenas um prato em sua frente, e me deixa sem. Desculpa prima, este e o ultimo!

-Não tem importância!-sorri, ela esta me testando.

Me distrai em servi-los, dando prioridade ao Rey, já que nada conhecia da nossa culinária. Lhe apresentei os pratos, e servi um pouco de tudo o que tinha a mesa, e o apreciava comer com gosto.

Tínhamos terminado de almoçar, estávamos esperando a minha mãe, e as minhas tias colocarem as variações de sobremesas quando a minha querida prima resolveu achar que pode me provocar, dando a sua total atenção para o Rey.

Alguém diz a ela -mais uma vez- que ele não entende uma palavra do que ela diz?

Pelo o que pude reparar, ele gostou bastante das comidas, bom, pudera, a minha mãe, e tias, tem mãos de fadas. E claro, ele ate que se interagiu bastante, mesmo me usando como tradutora oficial, e claro, mas bateu um ótimo papo com todos a mesa, e inclusive, elogiou bastante o tempero das matriarcas da família.

-Você não vai comer?-ele me encarou diante de uma bela variedade de doces a minha ferente. Cade o seu prato?

-Eu pretendo, mas segundo a minha adorada prima, acabaram-se os pratos!-olhei para ela, que me sorriu. Sínica.

-Toma, pode usar o meu!-empurrou o seu prato em minha direção.

-E voce não vai comer nenhum docinho? Vai perder a melhor parte do almoço?-sorri o encarando.

-Bom, voce deve se lembrar que doce não e a minha praia, mas, confesso que aquele doce ali na travessa, esta me deixando tentado!-apontou justamente para a baba de moça, que a minha mãe tinha feito.

-Bela escolha, foi a minha mãe quem fez, e é o meu favorito!-sorri.

-Então come comigo, podemos dividir o prato?-os seus olhos azuis profundos mais uma vez me fizeram perder o foco.

-E claro que sim!-sorri.

Peguei o prato, e nos servimos de uma porção de baba de moça, e depois de falar do que o doce era feito, ele deu a primeira colherada, e sorri satisfeita como se eu mesma o tivesse feito quando ele fechou os olhos em forma de apreciação. Ele me olhou acenando que estava uma delicia, e encheu a colher novamente, mas desta vez a elevando ate a minha boca, e bom, de inicio relutei, mas acabei cedendo, e isso despertou o olhar de alguns dos nossos familiares, principalmente e uma certa prima.

Mas quem e que liga?

Bom, eu não!

Ainda estávamos á mesa, conversávamos paralelamente, e como estava sendo ultimamente, eu estava traduzindo tudo para ele, quando ouvimos um gritinho estridente vindo do andar de sima, e eu sabia que era a minha princesa, afinal,eu tinha deixado a porta aberta. Quando eu ia falar para o Rey, que era a nossa filha, ele já não estava mais ao meu lado, e apenas ouvi os seus passos acelerados pela escada, subindo de dois em dois degraus para chegar mais rápido ao seu destino.

Definitivamente, eu não poderia estar mais tranquila, e feliz com este Rey, que eu não conhecia. O Rey, pai.


Notas Finais


u.u


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...