História Attraction - Introdução

Após Shikamaru, Sai, Sakura, Hinata e Naruto terem impedido Toneri de destruir a humanidade, Sasuke volta para Konoha. Enquanto os heróis estavam na lua, o ninja vingador protegeu a vila dos meteoritos que estavam sendo lançados.

Os cinco shinobis informaram do sucesso da missão para Kakashi, quem os agradeceu imensamente por defenderem o planeta.

- Vocês tiveram sucesso em mais uma missão, estou muito orgulhoso!

Eles estavam dentro da sala do Hokage quando Sasuke entrou. Todos olharam espantados e incrédulos. Naruto sentiu um alívio em ver o amigo novamente, sua primeira reação foi abrir um enorme sorriso no rosto.   

- Pessoal, queria informá-los que Sasuke está de volta e nos ajudou a proteger a vila. Como forma de perdão, ele ficará aqui e realizará tarefas que pagarão os delitos que cometeu. Peço a vocês que o deem boas-vindas.  

- Bem-vindo de volta. – Falaram todos. Menos a garota de cabelos rosados, onde se encontrava no canto, encostada na parede.

- Sasuke!!! – Grita Naruto empolgado – Não acredito que está de volta!

- Pois é. – Diz Sasuke, com o mesmo olhar frio de sempre.

A equipe se retirou do lugar. Receberam alguns dias de descanso, por isso, caminhavam para casa com um objetivo principal: dormir. Isso porque reduziram os horários de repouso na missão passada, devido a pressa de salvarem o mundo dos planos do Otsutsuki.

Antes de sair do lugar, Naruto quis conversar com Sasuke, não tinha vergonha de admitir que sentia saudades do velho companheiro.

- Quando você resolveu voltar? O que aconteceu? O que andou fazendo durante esse tempo?

- Estava resolvendo certos assuntos.

- O que o Kakashi-sensei disse para você?

- Disse das atividades extras que terei que fazer para a vila, os anciões concordaram com a minha volta desde que eu cumpra isso.

- Foi um trato muito bom! Vai para casa agora? O que acha de darmos uma volta? Queria conversar.

- Não posso. Combinamos depois.

- Ah entendo, nos vemos depois então.

O jinchuuriki se retirou da sala, queria conversar com Sakura sobre esse fato ocorrido. Tinha percebido que ela não havia ficado muito satisfeita, nem boas-vindas falou. No caminho para o apartamento dele, ele a encontrou.

- Sakura-chan, estava procurando você. O que acha de ir no parque comigo?

- Não sei Naruto, estou muito cansada. – Disse Sakura com um rosto abalado.

- Queria falar com você. Sei que está triste, queria só conversar.

- Ah...ok. Mas não posso demorar.

Os dois amigos ao chegarem na praça, sentaram-se nos mesmos balanços de costume. A garota parecia confusa e irritada, pela primeira vez Naruto percebia isso, estava muito nítido.

- Eu sei que era para eu estar feliz com toda essa situação, afinal, conseguimos tudo que queríamos. Mas, sei lá, não consigo engolir as coisas feitas por ele, além disso, os meus sentimentos... eu o amo. Odeio me sentir dessa forma! Durante todos esses anos o amor não desapareceu, como pode ser possível isso?

- Olha Sakura-chan, sou o pior para falar desses assuntos e você sabe o porquê. Mas de uma coisa eu sei, a sua ligação com Sasuke é muito forte. Com essa volta, acredito que várias coisas vão mudar, inclusive o jeito dele. Não fique assim, vou ficar sempre do seu lado, pode contar comigo!

 Após todo esse discurso elaborado do garoto dos olhos azuis, Sakura parecia um pouco mais aliviada, ficou feliz em escutar aquilo. Passaram mais alguns minutos e eles foram para casa, se encontravam extremamente exaustos.

Enquanto isso, o Uchiha estava em seu apartamento. Organizava o quarto, quando olhou para a foto da equipe sete que guardava na gaveta do criado. Ele era orgulhoso demais para dizer que estava arrependido e com saudades dos amigos. Entretanto, não podia ser levado por esses sentimentos antigos, tinha o objetivo de se redimir, voltar para casa livre, somente isso. Depois de arrumar o cômodo, deitou para dormir, pronto para o próximo dia.

Na manhã seguinte, a Haruno decidiu ir para o hospital, ajudar os médicos no tratamento dos pacientes feridos, causado pelo ataque de meteoritos. Mesmo cansada, ela não se conteve, era uma obrigação para ela fazer aquilo.

No decorrer dessa situação, Sasuke realizava encargos dados para ele pelo Rokudaime. De início ele faria missões classe C, como ajudar na reconstrução das casas e dos prédios. O ninja se dirigiu ao centro, onde estava os construtores para orientá-lo sobre o que teria que fazer.

Com o passar do dia, tanto Sakura quanto Sasuke trabalhavam duro, contudo, a rosada estava quase no limite.

De noite, Haruno estava voltando para casa a pé, esgotada por ter trabalhado tanto. Repentinamente, ela se sentiu tonta e com o corpo pesado, sabia que iria desmaiar. E foi o que ocorreu, a garota caiu no chão desacordada.

Por sorte, o Uchiha passava por lá no mesmo momento. Visto que a antiga companheira de equipe estava desmaiada, pensou em deixá-la no apartamento dele até ela acordar. Não sabia onde Sakura morava, pelo que soube tinha se mudado. Então o jeito era fazer aquilo mesmo.

- Tomara que não demore muito para acordar. – Pensou.

Abriu a porta e a colocou na cama. Ficaria acordado até ela recuperar a consciência.

Durante isso, o garoto de olhos negros reparava nela. Não tinha notado na mudança da Haruno. Havia ficado muito bonita e forte, os cabelos cresceram de novo, as curvas do corpo dela aumentaram, mantinha o mesmo rosto delicado de sempre, mas com traços maduros. Como podia estar a admirando? Não deveria fazer aquilo, os pensamentos dele poderiam levá-lo ao desejo. Pensava se era conveniente conversar com ela, contudo, a coragem era pouca, ao contrário do orgulho que havia de sobra.

Sakura demorou oito horas para despertar. No momento em que acordou e viu onde estava se assustou. O coração batia acelerado, estava nervosa, pois conhecia o lugar em que estava. Sasuke estada sentado na poltrona à esquerda, dormindo. Ela se levantou e colocou a sapatilha, iria sair dali sem ele perceber. No mesmo instante que abria a porta para ir embora, sentiu uma mão no ombro dela e se arrepiou.

- Onde você pensa que vai? – Disse o homem.

- Para casa. – Falou gaguejando.  

- Não vai nem agradecer pela ajuda?

O sangue da Haruno ferveu, não acreditava na arrogância dele.

- Você é muito cara de pau. Acha mesmo que depois de tudo que fez merece um obrigado?

- É o mínimo que deveria fazer.

- Você não mudou nada, não sei como Kakashi teve a coragem de te ajudar a se redimir com a vila.

- Você não sabe de nada, é muito irritante.

- Posso não saber de muita coisa, mas consigo reconhecer um covarde. – Falou a rosada. Não acreditava que tinha conseguido dizer aquilo, se sentiu mal.  

- Tsc. – Resmungou o Uchiha.

Ele se irritou, não tolerava aquelas palavras. Entretanto, entendia muito bem o que ela estava sentindo, por isso, recusou-se a continuar aquela discussão. Pela primeira vez teve a capacidade de permanecer calado. Ao olhar os olhos verdes dela se derreteu, nunca sentiu isso antes. Uma sensação diferente, inexplicável, estava afogando na vontade de poder beijá-la. O que deu na cabeça dele? Não tinha o direito de pensar em fazer aquilo.

- Desculpa. – Disse Sasuke, sem perceber o que tinha acabado de falar.

Sakura chorou, chorou como se sentisse uma dor insuportável, uma dor de coração. O Uchiha a abraçou. Ela começou a dar socos no peito dele, mas ele não se importou, a apertou mais forte, aproximando ainda mais os corpos. A Haruno não entendia o porquê de ele estar fazendo isso. De certa forma tinha gostado, ela o amava, mas não podia se deixar levar pelos sentimentos antigos.

No segundo em que se desgrudaram, as lágrimas pararam de escorrer na face dela.

- Por que você fez isso? - Disse ela.

- Não sei. – Falou confuso.

- Eu não entendo. O que você pretende? Você sabe como me sinto, não pode brincar comigo desse jeito.

- Não tive a intenção de brincar com você.

- Qual foi a sua intenção? Eu não suporto isso mais Sasuke, você me fez sofrer muito durante esses anos.

- Eu sei Sakura, me desculpa.

- Para de se desculpar! Não vai resolver as coisas, são só palavras.

Naquele momento, o ninja colocou as mãos dele na nuca da Haruno e, antes de pensar no que estava prestes a fazer, a beijou.