História Attraction - Quinta-feira longa

Era manhã de quinta-feira, Naruto estava deitado na cama pensando em Hinata. Não tinha conversado muito com ela depois do que aconteceu quando derrotaram Toneri. Mesmo tendo certeza dos sentimentos dele e, principalmente, dos dela, estava inseguro. Com a volta de Sasuke, as memórias retomaram na cabeça, junto com as tristezas que passou, estava meio depressivo.

No entanto, não conseguia parar de imaginar o beijo da Hyuuga, na boca macia, na pele delicada dela...muito linda. Ele iria procurá-la hoje para conversarem. Não tinha certeza do que falaria com ela, improvisaria na hora.

Levantou-se e entrou no banheiro. Tomou uma ducha. Lavou o cabelo. Escovou os dentes. Escolheu uma roupa.  As etapas mais bem-feitas da vida dele. Queria estar arrumado e cheiroso para impressionar a garota. Afinal, na missão sempre estava sujo e soado, não queria passar a ideia de ser um cara desleixado.

Ao sair de casa percebeu que esqueceu de um detalhe. Como iria encontrá-la? Sabia que não poderia bater na porta da mansão Hyuuga, não o atenderiam, eram muito reservados. Iria entrar sem perceberem, mesmo sendo arriscado não ligava, tinha que falar com ela de qualquer maneira.

No caminho para ir na casa da morena, passou pelo centro, na frente do prédio que Sasuke ajudava a reconstruir.

- Sasuke! – Gritou.

O Uchiha o olhou e acenou com a mão. Naruto fez o mesmo. Seguiu em frente, faltavam quatro quarteirões. Cada passo o nervosismo aumentava, o coração acelerava, as pernas bambeavam. Deveria manter a calma.

Hinata ficava em um quarto com uma varanda, por isso, o loiro pensou em subir por lá e bater na porta de vidro para ela a abrir. E foi isso que fez, pulou até a sacada utilizando as habilidades ninja. Tocou na vidraça, esperou alguns minutos. Lá estava ela, a princesa do byakugan.

- Na-naruto-kun... – Antes que pudesse terminar a frase, o loiro a beijou intensamente. Os lábios dela, eram como a comida preferida dele. Viciante como droga.

- Estava com saudades de você. – Disse o loiro.

- E-eu também. – Ela estava toda corada, confusa.

Tocaram os lábios novamente, estavam afoitos. O clima estava fogoso, deitaram na cama de casal da Hyuuga. O jinchuuriki por cima dela, continuavam a se beijar.

- Antes de continuar...queria falar uma coisa. – Disse o garoto.

- Pode falar Naruto-kun. – Disse a morena, deu toda a atenção do mundo para ele, como sempre.

- Depois daquele beijo, eu não consegui parar de pensar em você. – Improvisava nas palavras, parecia estar dando certo. – Você se tornou uma pessoa muito especial para mim, me ajudou em tudo e acreditou em mim. – Ela corou. – Hinata eu te amo...quero ficar com você.

- Na-naruto-kun, eu também te amo... – Abriu um sorriso meigo e sincero. Havia ficado feliz com aquelas palavras simples e diretas, sabia que eram verdadeiras.

No mesmo momento, continuaram o que estavam fazendo. Apaixonados, demonstravam pelas ações, pelas palavras, pelos mínimos detalhes. Aquilo era o início de muitos anos que irão passar juntos.

Enquanto isso, lá estava Sakura, no hospital. Curava um shinobi que havia sofrido um corte profundo na barriga. O ataque que Toneri fez causou muitos problemas: destruição por boa parte da vila, feridos e órfãos. Por sorte, conseguiram impedi-lo.  Ele não tinha intenções maldosas, queria seguir o caminho que acreditava que a família Otsutsuki queria. Tanto que, ao descobrir a verdade, se redimiu.

Redimir...até uma palavra, um verbo a fazia lembrar de Sasuke. Inacreditável, a ação dele sobre ela era muito forte. Será que o encontro do dia seguinte seria agradável? Não se tocou ainda que sairia com Sasuke Uchiha, aquele que ela amou desde a primeira vez que o viu.

A reconstrução do prédio era um trabalho chato, não poderia falar cansativo. Isso porque para Sasuke tudo é muito fácil, é um dos shinobis mais fortes da vila, capaz de ser melhor que o Hokage.

O dia para ele custava a passar, inclusive pela parte de estar ansioso em encontrar a rosada amanhã.

Na hora do almoço, a Haruno foi almoçar com a Ino, quem ajudava os pacientes no hospital também. As duas sempre foram amigas, de forma superficial eram rivais, entretanto, estavam dispostas a fazer tudo uma pela outra. Rivais, disputavam pelo amor do antigo nukenin, se não fosse trágico, seria cômico. Nunca tocavam nesse assunto, causava brigas e a última coisa que queriam era isso.

As garotas comiam na churrascaria que Asuma levava a equipe 10. Sakura não era muito fã de carne, porém, comia lá com a Yamanaka, pois sabia que ela gostava do lugar. Lembrava do sensei falescido e dos amigos dela, que antes viviam juntos. Havia sido uma época boa para ela.

- Falei para você que estou saindo com o Sai? – Falou a loira.

- Não! Sério? Desde quando?

- Desde semana passada. – Riu meigamente. – Depois de Gaara ter terminado comigo, precisava de alguém.

Sakura não falaria para ela do encontro de amanhã, pelo menos não naquela ocasião. Não sabia se daria certo, o melhor era esperar.

- Que bom Ino! Fico muito feliz por você..., mas me conta uma coisa. – Gargalhei de forma maldosa. – Foi ele que te convidou ou você que o chamou?

- Claro que foi ele né! – Disse ela. Como Sakura percebia as coisas com facilidade notou a mentira naquela frase. Deixaria quieto, afinal, se ela mentiu não queria contar a verdade sobre quem chamou.

O horário de almoço acabou, a hora de ir para casa estava próxima. Ficou feliz em saber disso, amanhã estava chegando. Passou uma hora, passaram duas horas, passaram três horas...o dia mais longo da vida da shinobi!

Sasuke continuava no trabalho braçal, soado e com calor. Se esforçava para terminar a estrutura do edifício colocando os pilares. Quando estiver pronto, passará por ali e se lembrará daquele momento.

O relógio marca 19:30, ambos caminham para irem para casa. Na mesma rotina de sempre: tomar banho, comer, escovar os dentes, dormir. A única coisa que mudava era o que dominava os pensamentos dos dois, digo, QUEM dominava. O desejo de se verem, poderem conversar e se tocarem, era enorme, quase incontrolável.

“ Será que ela está da mesma forma que eu? “

“ Será que ele está da mesma forma que eu? “