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História (AU)Aliumtale- uma nova era - Pequena briga.


Escrita por: JojoCapri e N01_Bagre

Notas do Autor


Bom, oi eu sou a Titia Chara(não a da fic), e eu e a minha amiga, a Titia Frisk(não a da fic), e não se preocupem, eu não vou matar ninguém, talvez.....

Frisk_Pacifist: Você fez a promessa.

Chara_Neutral: Eu sei... hunf!

Bom, o Francis, a Pepita, a Daphiny e o Croinne são personagens meus, já a Cinn é da Frisk_Pacifist ^^, o link da aparência deles vão estar lá nas notas finais ^^ e sim, isso é uma AU(de minha autoridade e da minha amiga! então só pode fazer fic ou comic disso pedindo pra gente!)
Na capa do cap são as almas humanas, nas notas finais vou deixar um negócio que explica melhor ela nessa AU.

********

28/02/2017

Oii! Tia PaciFrisk aqui! Então, eu editei o capítulo (dei umas pequenas melhoradas)
Espero que gostem!

~Frisk_Pacifist-_-

Capítulo 1 - Pequena briga.


Fanfic / Fanfiction (AU)Aliumtale- uma nova era - Pequena briga.

   A BARREIRA FOI DESTRUÍDA.

-Vamos logo!! Vem gente!!- grito, sorrindente, vendo o fim do subsolo à nossa frente. A luz do nascer do Sol no horizonte nos alcança, quase como uma expressão sorridente de que...

A aventura havia chegado ao fim.

Asgore foi primeiro, e logo em seguida, Papyrus, Undyne, Alphys, Sans e Toriel seguiram, sorrindo, empolgados com a liberdade tão esperada.

No entanto...

Senti que ainda... Faltava alguma coisa. Duas coisas.

Me virei, e a vi ali, parada na saída. Seus cabelos castanho-claros estavam espalhados, as botas marrons estavam com os cadarços desamarrados e o suétes verde-limão com uma única listra amarela estava finalmente sendo iluminada pela luz do Sol. Ela estava... Chorando. Colocava o ante braço em frente ao olhos, reprimindo um soluço, mas enfim... Pela primeira vez... Estava dando um sorriso sincero.

-Ei...- falei, me aproximando- Você não vem? Todos estão finalmente livres! Vem logo, a gente conseguiu, Ch—antes que eu terminasse, ela se virou e começou a voltar para o Undergroud, sumindo aos poucos. A segui, mesmo ouvindo a voz de Toriel me chamar logo atrás.

           Segurei sua mão antes dela sumir totalmente, então acabamos por nos teletransportar para o começo das ruínas. Na cama de flores douradas. Onde a figura triste e repousante olhava para baixo, sentado entre tantas das outras flores. Era Asriel.

           -Asriel...- ela sussurrou. Os olhos brilhantes de Chara, cobertos de lágrima, se fecharam com força, e as lágrimas se intensificaram. Ele ouviu o choro e se virou, pronto para falar algo, mas então... Viu que era Chara quem estava ali. Ela continuou- m-me desculpa... Me desculpa por tudo...- e cobriu os olhos com o braço, para que ninguém visse suas lágrimas.

           -Chara...- ele se levantou rapidamente das flores douradas e correu em sua direção, a dando um abraço cheio de saudades. Ela no começo, paralisou, se surpreendendo, mas então o abraçou com a mesma saudade. Sorri um pouco.

           -Senti sua falta Chara...- ele disse e vi pequenas lágrimas escorrendo por seus olhos- promete que nunca mais vai me abandonar...?

-He, eu prometo... seu bebê chorão...- ela disse, o abraçando com mais força.

Ficaram assim por um tempo, e então eu senti um leve aperto no peito, mas sorri. “Controle-se Frisk”, falei pra mim mesma, enxugando o rosto. “Já estamos quase lá.”

Depois, eles se soltaram do longo abraço, sorrindentes, mas Chara ainda soluçando um pouco. Então ela olhou dos olhos de Asriel, e tirou de seu peito... Sua alma.

-Azzy, isso... Isso é pra você- e esteendeu sua alma para Asriel, que parecia surpreso.

-Mas... O que que...?- ele olhou Chara e então olhou pra mim. Nós duas demos uma leve risada.

-Digamos que um amigo me deu... – ela sorriu de lado- pode absorve-la, assim você não precisará das almas humanas para viver. Afinal de contas... Elas também merecem ser salvas- disse, sorrindo. Asriel no começou ficou hesitante, mas então, deixou que Chara pudesse em suas mãos a sua alma, e ela a absorveu, lançando uma aura avermelhada pela sala.

Nesse momento, as almas humanas que ainda estavam em Asriel, aos poucos, sairam dele. Ele cambaleou um pouco, aparentemente meio tonto. Ao olhar ao redor, vi que as almas não estavam em sua forma normal: Elas viraram seres de energia, com aparência humana (seria como eles eram quando vivos?), mas ainda assim, com suas cores transparentes de sua respectiva alma. Olhei para eles, e foi... Legal saber que eles me reconheceram. Me ajudaram tanto...

-Acho que agora sim podemos voltar lá pra fora- eu disse, segurando a mão de Chara, que pegou a mão de Asriel. Olhgei para trás e vi que azs almas ainda estavam me encarando. Estendi a mão para elas, que pareceram meio relutantes. Mas então a alma azul escura (integridade?) se aproximou aos poucos, e pegou minha mão. As outras almas, pouco a pouco, foram se tanto as mãos, algumas sorrindo, outras meio melancólicas, mas todas felizes. Finalmente felizes.

Saimos todos juntos do subsolo, vendo as silhuetas de nossos amigos a diante.

Trouxemos o nosso tão esperado final feliz.

 

                                                                      ****

 

Abro meus olhos com força, assustado. Minha respiração estava ofegante. Esfreguei as mãos no meu rosto. Heh... Foi apenas outro pesadelo. Caramba, já era a terceira vez essa semana, e sempre com o mesmo lugar. Bem, não posso reclamar. Afinal, eu já tive piores.

 

            Levanto com preguiça, e bocejo. Olhei para o espelho do armário do meu quarto. Céus, ter um espelho na sua cara logo que você acorda não é nada bom para a auto estima. Encarei meu refleto por um tempo. Cabelos levemente cacheados e cheios, branco-pratas, que descendiam ao castanho nas pontas. Olhos com pupilas pretas e íris quimeras: A esquerda azul e a direita laranja. Pele meio pálida, e pescoço (pescoço?) esquelético. Assim como os braços.

            “Pelo menos eu não tenho 6 braços” Pensei e ri de leve “Nem um par de chifres...”

            Olhei para o relógio ao meu lado no criado mudo. 7:13.

            Ahhhhh droga.

            Me olhei para o espelho com uma clara expressão de “shiiiiit.” E sai correndo me arrumar pra escola. Eu não poderia chegar atrasado denovo!

   Eu troquei de roupa, colocando meu colar de coração de meio humano, minha blusa preta de manga comprida, minha blusa de manga curta azul com uma listra grande verde e listras na manga, minha bermuda jeans, meus óculos, meus tênis azuis, pegando a mochila e correndo para a cozinha, para pegar algo para comer no caminho da escola, já que não ia dar pra eu tomar café.

Desci as escadas correndo, vi meu pai na cozinha, tranquilo, comando seu café. Nossa, ele, acordado à essas horas? Seu moletom azul já estava meio desbotado, e ainda assim, ele não tirava aquilo de jeito nem um.

-Por que a pressa filho?- meu pai perguntou, com seu sempre sorriso no rosto, meio relaxado.

-É que eu tô atrasado pai- falei, pegando uma maçã e notando algo num papel ali- cadê a mamãe?- perguntei na porta da cozinha.

-Ela teve que ir resolver algumas coisas no castelo com a sua tia- ele disse pegando o jornal e lendo.

-Oh, entendo...-disse triste, eu não gosto de sair sem dar tchau para ela e para o papai.

-Ei filho- ele olhou pra mim- não fica assim, ok? Ela realmente não queria ir, mas precisavam mesmo dela lá no castelo, então não fica assim.- ele disse um pouco preocupado, eu apenas assenti.

-K... Bom, tchau pai, tenho que ir agora. Não quero levar outro puxão de orelha da diretora...

-Que no caso é a sua vó...

-... e ser zoado denovo por que cheguei atrasado.

Ele sorriu.

-Zoado pela srta. “Chega cedo sempre”? – ele me lançou um sorriso sugestivo.

-Exato. – falei, desviando o olhar, já sabendo de que ele estava falando- e eu tenho que ir. Tchau pai- puz a mochila nas costas, saindo de casa.

Eu estava no caminho da escola, quando senti um tapão nas minhas costas, e quase fui lançado pra frente.

-E ai, mini saco de ossos? Atrasado denovo?- era Daphiny, rindo da minha cara. Ela era filha adotiva de tia Alphys e tia Undyne. Seus cabelos eram loiros e compridos, sempre presos um rabo de cavalo, e uma franja caia no rosto. Ela usava uma camiseta azul clara, com listras amarelas; saia marrom-escura e botas compridas. Seus dentes eram levemente afiados e ela tinha um sorriso engraçado. Seus olhos eram quimeros, como os meus, só que amarelo e verdes.

-Ei cala boca que você também se atrasou- disse sorrindo de maneira debochada dela, ela apenas emburrou a cara. Eu ri.

Chegamos na escola correndo, vendo os corredores vazios, e nossos passos apressados ecoavam por toda a escola. Chegando na sala de aula, Daphiny basicamente arrombou a porta.

-DESCULPA PROFESSOR NOS ATRASAMOS ISSO não vai mas se repetir.-ela falou numa respirada só, e todos da sala olharam pra ela. Entrei logo atrás, acenando levemente, quase morrendo de rir de vergonha alheia.

-Certo. Vocês dois- o professor falou. Ele era alto, sua pele era amarelada e escamosa, e tinha uma barbatana amarela-ocre que ia do topo da cabeça até o fim da cauda. Ele parecia mais um dinossauro. Ele nunca revelou seu verdadeiro nome, mas gosta de ser chamado de Monster Guy. Ele nos encarou.- se se atrasarem novamente, eu vou levá-los à diretoria, como fiz na última vez. E todos aqui sabemos como a diretora é, não é mesmo?- ele agora estava falando tanto pra mim quanto para o resto da sala, que se endireitou nas carteiras. O professor suspirou- vão para seus lugares.

Olhei para a sala silenciosa que nos encarava. Alguns eram monstros, outros humanos, e outros, híbridos. Alguns inimigos, alguns neutros, e alguns, amigos. Crownnie foi o primeiro que avistei. Ele estava sentado, meio relaxadamente na carteira, me olhando com um sorriso travesso. Ele tinha cabelo roxo escuro que ia num topete para o lado. Sua pele era lilás e ele tinha não dois, não quatro, mas cinco olhos (sendo que um ficava na testa). Dois de seus braços serviam de apoio pra cabeça, outros dois repousavam sobre a carteira e outros dois aficavam relaxados para os lados. Seu olhar era algo de “Ooooohhhh, vacilão, atrasou denovo”. Ele era filho de Muffet, rainha das aranhas (como gosta de ser chamada), e definitivamente meu melhor amigo.

Logo depois, na carteira ao lado dele, vi Pepita. Ela era um esqueleto, com olhos grandes e sorriso gentil. Vestia uma camiseta rosa, com listras escuras, shorts jeans e calça legging por baixo, e botas marrons. Ela era magra e uma das garotas mais bonitas (e com certeza mais estilosas da escola), já que é a filha de ninguém menos que meu tio, Papyrus, e o tio Mettatton, do qual eu acho engraçado. Ela era minha prima, e vivia me trollando. Tirando isso, era sempre gentil e positiva, levantando sempre nossa moral. Ela me lançou um olhar meio preocupado, e ao mesmo tempo, travesso.

Já no fundo, que era perto de onde eu sentava, tinha ela. Ela olhava para a janela do fundo, em direção ao monte Ebott. Cinnamon tinha cabelos castanho-canela, meio desgrenhados, e orelhas que iam até os ombros. As pontas as orelhas eram de um pelo branco macio, e o resto do cabelo era um pouco mais curto. Seus olhos eram vermelho-sangues, intensos, e sua pele era levemente pálida, e suas bochechas, coradas. Ela tinha um par de chifres brancos, meio amarelados, que iam de trás da cabeça e tentavam se encontrar na ponta, parecendo com os chifres da minha vó, só que maior. Usava seu abitual suéter verde-limão, com três listras (uma fina, uma maior, e outra fina) amarelas e shorts marrons, e botinas marrons que iam até o meio das panturrilhas. Ela usava seu colar de alma híbrida: a forma de uma alma humana, mas quebrada no meio, e uma metade vermelha, e outra branca.

Semelhante ao meu, mas o meu tinha a forma de uma alma monstro.

            Assim que me viu, ela apenas me lançou um olhar meio emburrado. “Atrasado DENOVO”, parecia me falar. Eu ri, e sentei no meu lugar, que era próximo ao dela. Cinn era filha do tio Asriel e da tia Chara, e ali, era a minha melhor amiga... Eu acho.

            Somos amigos, certo? Quer dizer, não é como se eu quisesse...

            Não, esquece.

            A aula continuou normalmente, e como sempre, meio chata. A única coisa que anivama era a troca de bilhetes entre mim, Crownnie, Pepita, Daphiny e Cinn, sobre coisas aleatórias, ou piadinhas internas. Depois de duas horas e meia quase eternas, o sinal do intervalo bateu.

            -VÃO, SEUS BANDO DE ESFOMEADOS!- o professor falou, gerando alguns risos em parte aos alunos quase se matando para sair da sala.

            -Hey cara- Crownnie veio- você deveria ter visto a corrida de ontem, meu, os caracóis estavam mais velozes que o normal! Acho que o sr. Blook deu alguma vitamina especial pra eles! Perdeu de ver.

            -Mals, eu fui dormir mais cedo. E não adiantou de nada. Adivinha?- falei, guardando os cadernos no armário- outro maldito pesadelo.

            Crownnie olhou pra mim surpreso.

            -Outro? Não é, tipo, a terceira vez na semana?

            Eu ia responder que sim, mas então Pepita e Daphiny chegaram.

             -Vamos logos, seus palermas- Daphiny falou, delicada como sempre.- hoje tem especial na cantina, sushi mais barato!

            Nós três encaramos Daphiny. Ela olhou pra gente meio estranhando

            -Qual o problema? Eu gosto...

            -Canibal- Crownnie tossiu, meio rindo.

            -Olha quem fala, você toma chá feitos de ARANHAS!

            -Ei gente, cadê a Cinn?- perguntei, olhando ao redor.

            -Sei lá- Pepita falou- eu acho que ela ficou na sala.

            -Certo... Hey, podem comprar um lanche pra mim?- dou um pouco de dinheiro pra Pepita, que me lança um olhar torto.- ...por favor?

            Eu faço uma carinha pidona, e ela suspira.

            -Certo então, mas é a última vez hein?

            -Eu sabia que podia contar com você, priminha- sorrio, e vou andando contra a maré de gente que sai da sala, deixando os três irem para o refeitório. “Droga, é muita gente”, pensei, então me teletransportei para a sala mesmo. Uma coisa engraçada, é que nós temos quase três anos de diferença (2 anos e alguns meses), mas eu me atrasei para entrar na escola 2 anos, já ela, se adiantou 1 ano. Então.. ficamos na mesma sala.

            Cinn estava sentada com os pés na mesa, com o caderno no colo (desenhando alguma coisa) e ouvindo música em seus fones de ouvido, que eram ocultados pelas suas orelhas que desciam até os ombros. Ela estava realmente desligada do mundo exterior.

            Ao me aproximar, até pude ouvir algum trecho da música que ela estava ouvindo, já que ela sempre deixa no máximo do volume.

        “And all the people say
         You can't wake up, this is not a dream
         You're part of a machine, you are not a human being...”

        -HOWDY!- gritei no ouvido dela, que por refleto me deu um chute. Eu ri.

        -DROGA FRANCIS- ela falou, tirando os fones de ouvido, mas meio rindo- depois que você vai machucado por minha causa, não sabe por quê!

         -Eu não tenho culpa de que você é irresistivelmente legal de irritar- lhe lancei um olhar convencido, e ela tacou uma bolinha de papel na minha cara.

         -Um dia desses eu ainda quebro seus ossos- ela falou, guardando os cadernos e pondo o colete vermelho, com a estampa da Runa Delta na parte das costas.

         -Vai vendo- eu ri, e então nos teletransportamos para o refeitório, para a mesa onde eles estavam. Daphiny estava comendo seu sushi (dos quais sempre lhe rende olhares esquisitos. Mas ela pouco se importa), Crownnie um cupcake que havia trazido de casa (era possivel ver algumas patinhas de aranha impregnadas na massa...), Pepita estava comendo um Glamburguer versão almôndegas (vantagens de ser filha de Mettatton), Cinn estava comendo uma torta de maçã com canela (ela sempre fala que falta caramelo e chocolate), e eu, meu habitual cachorro quente.

           Depois do lanche, voltamos para a aula, rindo de alguma coisa que Pepita falou sobre ter calado a boca de alguém em uma loja de roupas.

           Esbarrei em alguém no caminho.

           -HEY, OLHA POR ONDE ANDA- o cara falou, ficando vermelho de raiva comigo. Ele era alto, e com certeza bem maior que eu.- NÃO ME VIU NÃO, TAMPINHA?

           -Vai por mim, com certeza seria bem difícil não te ver- ri de leve, e sai dali- paz.

           Senti meu braço ser segurado por uma mão gigantesca, e fui puxado pra trás.

           -QUER ENCARAR, OSSUDO? AQUI QUEM MANDA SOU...

           Uma adaga afiada apareceu apontando para o rosto do rapaz. Ele olhou a lâmina, prateada com detalhes vermelhos, e então viu quem a estava segurando. Cinn.

            -...Eu.- ela falou, séria. O cara me soltou, enquanto Cinn ainda apontava a adaga para o rosto dele. Ela sorriu- e eu tenho certeza de que você não quer brigar. – e aproximando a adaga dele, surrurou- ou quer?

             Nesse momento, vimos um círculo de pessoas ao nosso redor. Era possivel ouvir vários sussurros baixinhos que falavam em unissono: “Briga, briga, briga, briga...”

             “Droga”, suspirei. Levantei, pronto para segurar Cinn caso ela avançasse com aquilo. Não é que ela gostasse de brigas...

              Mas ela nunca desistia de uma.

             -JÁ CHEGA!- uma voz autoritária surgiu do fundo do corredor, e todos os alunos viraram. Sua silhueta era alta e forte. Sua voz, clara como o sol. Seus olhos, gentis. Mas ao mesmo tempo, frios. Ela usava uma roupa violeta- céu, e seus passos eram facilmente ouvidos de metros de distância.

              Toriel, a diretora.

              Minha vó.

              Os alunos se afastaram do caminho, dando passagem para ela chegar até nós. Muitos acham que só por que ela é nossa vó ela nos dá algum desconto, ou é mais gentil conosco.

              Muito pelo contrário.

              -Minhas crianças...- ela falou, lançando um olhar frio para nós- minha sala. Agora.

        ***********

 

           -Eu ainda pego vocês- o cara (que se chama Julius, poracaso) falou, nos lançando um último olhar, saindo da sala da diretora Toriel  com uma bela suspenção em mãos.

           Eu e Cinn estavamos sentados na sala dela, com Toriel à nossa frente, nos encarando. O escritório dela era bem bonitinho, até. Meio familiar.

           -O que eu falei com vocês sobre as brigas?- ela disse, suspirando.

           -Vó, mas não é culpa nossa se ele foi se meter com a gente- Cinn já rebateu, e foi logo interrompida por Toriel.

           -Quieta- e ela se calou.- vocês não podem simplesmente ignorar quando isso acontece? Precisam começar a atacar? A luta não é a melhor maneira de se encerrar uma briga. Conversem, dialoguem. E tiverem maiores problemas, me chamem e eu vou chegar para aliviar o conflito. Eu já falei isso centenas de vezes!

             -Desculpe vó...- eu falei- é que só tinha que se defender... Só isso!

             -Se defender de um ataque real é uma coisa, e você usa DEFESA.- ela disse- partir para o ataque por qualquer palavra dura é outra história. Vocês dois tem que aprender a reagir bem à isso.

             Eu e Cinn trocamos olhares, e então suspiramos. Eu, um suspiro de arrependimento. Ela, um suspiro de raiva.

             -Podem ir para a sala agora- ela disse, abrindo a porta- e espero não termos mais problemas dentro dessa escola, entendido?

            -Sim senhora- eu e Cinn falamos em unissono, e saimos da sala. Assim que a porta se fechou atrás de nós, Cinn chutou um armário.

            -Pode isso, Francis??- ela falou, com raiva- temos que abaixar a cabeça e deixar ser zoados, agora?? Se tem uma coisa que me tira do sério é gente folgada que vem se achar! Depois que leva uma bela surra não sabe por quê!

            -Concordo Cinn, mas poderia falar mais baixo sem tentar quebrar tudo com sua voz??- sussurei pra ela- além disso ela está certa. Não podemos atacar tanto assim. Não mais.

            Ela parecia querer debater, mas então ficou em silêncio. Apenas bufou de leve e foi em direção à sala. Suspirei, e fui logo atrás dela.

            Ao chegarmos na sala, estávamos interrompendo a aula. Todos olharam para nós dois, com olhares curiosos, ou de dezpreso mesmo. Do professor Monster Guy? Apenas um cansado.

            -Então crianças, hoje falaremos um pouco sobre a guerra entre humanos e monstros- ele nos disse, enquanto sentávamos em nossos lugares. Ele sorriu- como vocês já devem saber a muito tempo ocorreu uma grande guerra entre essas duas raças, e os monstros acabaram por perderem e foram selados no subsolo. Muitos de nós aqui são ou monstros, ou descendentes de montros que vieram de lá a muito tempo- ele arrumou a gola da camiseta amarela, sorrindo um pouco, lançando olhares para nós. Pude ver muitos humanos ali olhando os monstros, de certa maneira curiosa. O professor continuou: -E alguém aqui sabe que os monstros foram selados, exatamente?- ela perguntou olhando cada aluno, ela provavelmente vai escolher alguém pra responder- Daphiny!

-No Monte Ebott!- ela disse animada

-Está certíssimo! Muito bem Daphiny- ele sorriu para ela. Daphiny era sua aluna favorita, e ele era seu professor favorito. Ele adorava contar para ela como sua mãe o inspirou quando era mais novo. Ele também gostava de mim, principalmente pela minha mãe, falando que eles foram amigos quando crianças.

-Bem, o Monte Ebott, que aliás é muito perto daqui, tem uma grande caverna subterrânea, que é tanto vulcânica quanto pantanal, florestal e antártica. É a única caverna do mundo que possui vários tipos de climas e vegetação, e com certeza a mais interessante que vocês poderiam conhecer um dia.- ele sorriu. –agora, página 35, de história.- e começou a anotar algo no quadro.

Olhei para os lados, entediado. Pela janela, pude ver a silhueta do Monte Ebott se destacando. Hm... Talvez seria interessante visitar a antiga casa do papai... Como seria lá? Já ouvi várias histórias...

-Ei, o que você tá aprontando, hein?- escutei Crownnie sussurrar atrás de mim, e eu apenas sussurrei de volta:

-Nada de mais, só uma visitinha na antiga casa do meu pai... No subsolo- disse olhando-o de maneira travessa- vai querer vir junto? Sua mãe também era de lá.

Ele primeiro pareceu pensativo, mas então deu de ombros.

-Claro, o que poderia dar de errado?- riu- mas vai quem? Só nós dois ou mais alguém?

-Não sei... eu vou ver com as meninas depois, ok?- falei- agora é melhor deixar a conversa pra depois.

Crownnie deu uma leve risadinha, então olhamos para frente, antes que o professor notasse a conversinha alheia.

********

 

O sinal já havia batido faz tempo, hora de ir embora. Argh, não acredito que meu pai dormiu e me esqueceu na escola... Denovo.

-Ahh, olha quem achamos aqui!- Era Trent, o cara que esbarrou em mim na escola. Suspirei. O que ele queria agora? Ele riu de mim- Mas olha só! Agora o garotinho tá sozinho, sem nem um diabinho pra proteger as costas dele! – e agora os amigos de Tret também vieram, logo atrás, sorrindo de maneira maligna.

-Pelo menos eu já falei com uma garota. E você, Trent? Se não me engano, você levou um fora aquele dia, certo? Coitado...- falei, mandando rapidamente uma mensagem pra Cinn. Ela ia ajudar bastante, afinal, 4 contra um não seria nada agradável.

Trent ficou fulo da vida, então me puxou pela gola da camiseta.

-VAI PAGAR POR AQUELA SUSPENÇÃO, SEU IDIOTA!- ele gritou, então me jogou no chçao com força.

            Logo eles começaram a tentar me acertar. Heh, eles mal sabem que eu treino todo fim de semana com a tia Undyne. Dei um chute na barriga de um dos amigos do Trent, que caiu no chão mas logo se recompôs, enquanto eu estava distraído vendo ele se levantar, outro garoto desferiu um soco no meu rosto, quase quebrando o meu óculos. Eu realmente preciso da ajuda da Cinn.

            “Droga, cadê você?” pensei, desferindo a maioria dos ataques que vinham em minha direção, mas levando um soco na barriga. Um chute vinha em minha direção, mas então, quase num raio, Cinn apareceu abaixo do chute e pegou a perna do atacante, do jogando no chão numa questão de segundos. Ela levantou, arrumando o cabelo e pegando a adaga no bolso. Veio em minha direção, sorrindo.

-Demorei muito? Heheh- ela me ajudou a levantar.

-Nah, eu tava dando o meu jeito aqui hahah- disse, enquanto levantava- valeu.

-De nada, então... são esses aí? – ela olha para Trent e seus amigos com desprezo. Seus olhos brilham num tom vermelho- Heh, que pena, eu achei que teria mais gente- ela disse fingindo estar decepcionada- mais gente gritando depois.

-Bom, então... Vocês querem chamar por ajuda?- eu disse e meus olhos começaram a brilhar, um azul e o outro amarelo, e invocando alguns ossos. Já a Cinn invocou duas das antigas adagas da tia Chara.

   Eles ficaram assustados e começaram a gritar, mas eu e a Cinn “ativamos” o “campo de batalha”, então não tinha como eles escaparem.

-Oh, olhe... – Cinn falou, com seus olhos vermelhos brilhando intensamente, e um sorriso maligno em seu rosto-....nem uma ajuda veio.

Atacamos eles rapidamente, que corriam de medo e desviavam como podiam.

Logo desativamos o campo de batalha. Isso foi chato, afinal, prefiro os treinamentos com a tia Undyne e com a Cinn. Tem mais “ação”. E deixando meus olhos negros, encarei cada um deles.

-E é melhor vocês não falarem nada sobre isso, se não...

-...Vocês terão um dia ruim.- escutei alguém falar atrás de mim, eu e a Cinn nos viramos para ver quem era. Meu pai, com sorriso tranquilo no rosto, agora nos encarava. Nós sorrimos, e Trent e os amigos dele fugiram correndo.

-Oi papai- disse abraçando ele.

-Oi tio Sans- Cinn disse abraçando ele também.

-Oi crianças, e Francis, é sério, eu não posso me atrasar um pouquinho que você já se mete em briga...- ele disse e eu abaixei a cabeça triste-... hehe que orgulho!- ele disse e eu o olhei confuso.

-Estou muito orgulhoso que meu filhão sabe se defender, heheh- ele riu de leve-  e posso ver que você está se esforçando... Até os ossos. – papai disse, e então nós rimos.

Até que olhou atentamente para Cinn.

-Hey Cinn, é melhor guardar isso..- a apontou para as adagas em suas mãos.

-Huh? Ah, claro...- uma das adagas sumiu em um brilho vermelho, e a outra, foi guardada em sua bainnha.

-Bom, tá na hora de irmos para casa crianças, e não se preocupe Cinn, nós te levamos pra casa antes.

-Ah, ela pode ir lá em casa?- perguntei, abraçando Cinn, fazendo uma carinha pidona para meu pai.

-É, depois minha mãe vem me buscar- ela disse, me abraçando e fazendo a carinha pidona pro papai- vaaaaaai, deixa eu ficar lá um pouco.

Ele primeiro nos encarou, mas então sorriu.

-Ok, já que você insite- então piscou pra mim, dando de ombros. Eu e Cinn comemoramos, então fomos correndo para minha casa, enquanto meu pai apenas nos observava caminhando logo atrás.

Enquanto caminhava, olhei para o Monte Ebott no horizonte. Preciso ver mesmo quando que nós vamos para lá.

Eu não perderia mais tempo.


Notas Finais


Esperamos que tenham gostado

Link das aparências: https://www.facebook.com/Undertale-desenhos-889187114515210/?skip_nax_wizard=true
Se tiverem desenhos de undertale, me mandem ;), já que essa pagina do link é minha, e me mandem seus nomes(ou nickname) ^^

Almas Humanas: http://millstheskeleton.deviantart.com/art/Undertale-Almas-Humanas-643232980


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