1. Spirit Fanfics >
  2. (AU)Aliumtale- uma nova era >
  3. Olhos vermelhos- parte 6 (Francis's back.)

História (AU)Aliumtale- uma nova era - Olhos vermelhos- parte 6 (Francis's back.)


Escrita por: JojoCapri e N01_Bagre

Notas do Autor


Oiiii!
Mals, gente, a demora pra postar o capítulo! (Tia Kissie deve ta uma fera comigo agora :3) (*ME MANTENHO DETERMINADA*)
Enfim, muito obrigada por ler, tá dando o maior trabalho escrever os capítulos em época escolar (afinal de contas, temos vidas fora daqui) e a minha escola é bem puxada, então...
Espero que gostem! Tenham determinação! ^^
Beijinhos de nutella!

Capítulo 10 - Olhos vermelhos- parte 6 (Francis's back.)


 

 

 

-.... E pela última vez, Francis. Você fica AQUI!

-Não fico não! –bravejei no mesmo tom de voz que o rei, que olhou para mim surpreso.

Estávamos na floresta, quase de frente para a colina que levava à entrada para o subsolo. Eu também tinha determinação. Eu também iria com ele.

Meu tio, Rei Asriel, me encarou novamente. Seu olhar era tão ardente quanto uma chama, e ele estava tão sério quanto o aço. E então falou:

-Certo. Mas você não vai atrás da Cinn. Você vai atrás dos outros. Crowwnie, Daphiny, Pepita. Traga eles pra sala do trono assim que os encontrar, entendeu? Se achar mais alguém traga também. Enquanto Cinn estiver lá dentro, precisamos evacuar o subsolo inteiro. Está me entendendo?

-Mas a Cinn...

-Francis- ele se inclinou na minha frente e olhou diretamente nos meus olhos- eu sei. Eu sei que você quer entrar lá e encontrar ela o mais rápido possível. Eu sei que você quer ver ela. Eu sei o quanto se preocupa com a Cinn. Agora me escute.- ele apontou para a entrada do subsolo- você vai resgatar seus amigos primeiro. Às vezes, não podemos fazer o que queremos, e sim fazer o que nos é ordenado a fazer. E isso não é um pedido. – ele se afastou- é uma ordem.

E então entrou no subsolo. Eu ainda estava paralisado.

Mas então... me enchi de determinação. Meus amigos precisavam de mim. Cinn... Também.

Argh, um aperto preencheu meu peito. Tantas dúvidas, tantos questionamentos...

Tanta vontade de contar pra ela o que eu estava sentindo.

“Não pela primeira vez, não é mesmo?”

Às vezes eu odiava tanto minha conciência...

“Certo... Primeiro Pepita.” – pensei, e logo, me teleportei para... Snowdin. Por quê eu estava em Snowdin? Ela não estava com o Crownnie em Hotland?

“Talvez tenha vindo ver a casa do papai e do tio Paps...”

Andei por snowdin, me sentindo mais apreensivo a cada passo. Pegadas na neve que antes era lisa, mostravam que vários monstros correram. Correram desesperados. As pegadas acabavam num pequeno monte de poeira que se espalhava à neve como prata sob diamante. Seria lindo, se não fosse tão caótico. Se não fosse tão insano.

As casas foram saqueadas. As janelas foram quebradas e as portas arrombadas.

-Tem alguém ai??- perguntei, desesperado, esperando alguma resposta. Um grito, um sussurro, um pedido de ajuda.

....

...Mas ninguém veio.

Andei mais por Snowdin, até que quando eu cheguei ao final da cidade, vi...

Eu vi a poeira.

Eu vi... Eu vi o lacinho dela no chão. Algumas de suas roupas também. As botas marrom-claro que iam até as panturrilhas. A camiseta rosa com listras liláses.

Eu vi... Os restos da minha prima ali, no chão. Como se não fosse nada...

-Pepita...?- me ajoelhei na frente da poeira, paralisado. Eu me recusava a acreditar- PEPITA????

Lágrimas se formavam nos meus olhos. Que tipo de besta faria aquilo??

Então prestei atenção nas suas roupas. A camiseta listrada estava com uma listra, um buraco, de uma lâmina afiada. Um corte profundo, sem falhas. Nem uma parte da camiseta estava com fiapos: os fios estavam cortados de maneira alinhada. Eu soube exatamente quem teria a habilidade de fazer aquilo, mas eu ainda me recusava a acreditar.

Por quê...

Por quê Cinn faria aquilo?

Milhares de pensamentos se formaram em minha mente, e tudo estava confuso. Eu não queria sair dali. Eu queria apenas esquecer de tudo. Queria que nada disso tivesse acontecido. Que ele nunca tivesse tido a ideia estúpida de ir no subsolo.

Isso custou a vida de monstros inocentes.

Isso custou a vida de Pepita....

E então um arrepio me percorreu.

“Onde estão os outros?”

Me levantei e tentei teleportar para Crowwnie, em Hotland, mas acabei na entrada de Waterfall. Olhei: A sala toda estava coberta de teias de aranha. As paredes tinham marcas de fogo e arranhados e um monte de poeira se formava à minha frente.

Crownnie.

-Não....- olhei a poeira.- Não...! Crownnie!- minha respiração falhou. Ele também não! Cinn não faria isso! Ele era meu melhor amigo! Ela não mataria o Crownnie!

Isso não poderia estar acontecendo...

Corri por Waterfall inteira, procurando, além de Crownnie e Daphiny, mais algum sobrevivente. Mas tudo o que eu via era o cinza da poeira. As pegadas cinzentas pelo chão já me eram muito familiares. Eu sempre via aquelas pegadas. Quando éramos crianças, eu sempre achava ela quando ela se escondia, e era por causa das pegadas que ela deixava na grama.

Como eu queria vê-la...

Continuei procurando. As flores ecoantes me cercavam, e muitas estavam quebradas. Eu quase poderia ouvir elas sussurrando baixinho:

“Eles não estão mais aqui...”

“Por quê está fazendo isso?”

“Cuidado.”

“Socorro”

Suspirei, quase perdendo as esperanças. Daphiny não seria tão difícil assim de abater: ela era forte. Muito mais forte do que parecia. E olha que ela sempre parecia forte.

Mas eu conhecia Cinn. Eu sabia por que as duas eram melhores amigas: Pois se as duas fossem inimigas, com certeza muito sangue seria derramado.

Nem uma das duas nunca desistia. Nunca perdiam. Nunca abaixavam a guarda.

Exatamente por esse motivo que eu paralisei, ao entrar na caverna em direção à Hotland, que tudo estava perdido.

As lanças de Daphiny cercavam todo o lugar. As adagas vermelho escalates de Cinn, também. Flores pegavam fogo, criando um fundo sombrio àquela história cada vez mais macabra. E então eu vi ali, cravada na parede.

Uma lança de Daphiny, que prendia algo derretido e empoeirado, que se evaporava a cada segundo, e mais cinzas debaixo.

Por um segundo, eu fiquei em dúvida: Seria a Cinn ou a Daphiny? Se a Cinn morresse, ela viraria poeira?

Me aproximei do monte, e senti o medo me dominar: As roupas de Daphiny.

Não, a Cinn não havia perdido aquela batalha.

Cambaleei para trás, sentindo todo o peso do mundo me esmagar. Ahh, Cinn, o quê deu em você?? Eu esperava muito que aquilo fosse apenas um pesadelo. Um pesadelo que uma hora fosse acabar.

Por favor, por favor, acorde.

Acorde agora.

....

E eu não acordei. Eu continuava ali, vendo os restos dos meus amigos se acumularem a cada passo meu.

“Seja forte, Francis. Você consegue. Você consegue....”

Respirei fundo e reprimi o soluço, engoli o choro. Me levantei e sai dali, ainda zonzo demais para poder teleportar. Eu não conseguiria. Eu não aguentaria ver mais poeira por onde eu andasse.

E eu via.

Eu andei por Hotland, e tudo o que eu via era cinza. O laboratório estava deserto. Ninguém vinha. Ninguém nunca vinha. O pesadelo se alargava a cada passo meu.

Eu não poderia teleportar para os outros lugares pois não os conhecia. E também não poderia ir para a sala do trono ainda pois eu não deveria abandonar ninguém que estivesse ali, ainda vivo.

E assim foi com Hotland...

E com o Core...

E com o início de New Home.

Suspirei, cansado de tanto tempo andando, e sem nem um pingo de determinação dentro de mim. Eu só queria ir pra casa. Eu só queria estar com meus amigos, meus pais, com a Cinn.

Oh Deus, como eu queria estar com a Cinn. A minha Cinn. Não... Não esse demônio. Eu queria ela mesma devolta.

Mas agora todas as suas imagens em minha mente estavam manchadas de vermelho e cinza. Tudo havia perdido sua cor original. Agora estava tudo afundado nas trevas.

Então... Eu ouvi um grito de dor.

E não era da Cinn.

Corri em direção ao grito, e me deparei com a sala do trono. A figura sombria de Cinn estava de acima das flores douradas, que perderam seu brilho, e deixavam tudo com uma poeira acizentada. O manto de tio Asriel poderia ser visto se espalhando por ali. E o corpo ensanguentado de tia Chara poderia ser visto com lágrimas nos olhos, caído sem vida no chão.

Cinn se virou para mim e me encarou. Sangue e poeira se misturavam à suas roupas e sujavam o seu rosto.

E foi ali que eu percebi...

A minha Cinn se foi.

 


Notas Finais


.......
*você sente seus pecados rastejando em suas costas*
*me mantenho determinada*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...