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História (AU)Aliumtale- uma nova era - Olhos vermelhos- parte 8 ( JAILBREAK )


Escrita por: JojoCapri e N01_Bagre

Notas do Autor


OOOOOOOI!
Demorei? Aham, com certeza. Demorei pra caramba. (denovo) (mals) ( .____.)
ENFIM
Obrigada por leeeer! ÚLTIMO CAPÍTULO DE "OLHOS VERMELHOS"!
Beijinhos!

Capítulo 13 - Olhos vermelhos- parte 8 ( JAILBREAK )


 

 

 

 

-Cinn....- me afastei, ainda com os olhos centrados no corpo de Chara no chão e no monte de cinzas- o quê você fez??

Ela permaneceu em silêncio e me encarou com um olhar sombrio. Aquilo nunca esteve tão macabro. Tudo estava de cabeça pra baixo, e parecia que uma simples noite com os amigos se tornou...

Um completo genocídio.

-Falta um.- Cinn falou, com uma voz alterada. Adagas se formaram ao redor dela e miraram em minha direção.

-Não, você.... Você não vai fazer isso. Você nunca...— olhei novamente para o chão e vi a expressão de terror nos olhos da minha tia. Sim, ela o faria. Ela iria me matar.  Ela iria realmente me matar.Assim como fez com todo mundo. Cinn matou pessoas inocentes, seus amigos, seus pais. Por que comigo seria diferente?

...

Por que sim. Comigo seria diferente.

-Cinn, me escuta... Eu sei que você não quer fazer isso. Eu sei que você não quer lutar comigo, e nem com mais ninguém. Essa coisa, que está atacando todo mundo... Não é você!- eu sentia lágrimas percorrerem meus olhos. –E... E se você realmente é minha amiga... Você vai voltar.

Tentei me aproximar.

-Ora, vamos. Eu nunca iria te machucar, e você sabe disso.- e fiquei poupável.

Ela permanesceu imóvel, e em silêncio, como se estivesse pensando. Ela deu um passo tímido para frente, e então sua respiração falhou.

****

-Francis?

No meio daquele caos, com eu sentindo tudo cair, sentindo o sangue fresco da minha mãe espalhado pelo meu rosto, e com todo o peso das consequências me torturando e me corrompendo, eu pude ouvir a voz dele.

Como ele estava ali?

Não... Ele não poderia estar ali!

-NÃO SE ATREVA! VOCÊ JÁ MATOU AS PESSOAS QUE EU MAIS AMAVA NO MUNDO! NÃO VAI MATAR MAIS ELE!- gritei para o Espectro, que apenas me encarou e sorriu.

-Não vou?

 

*****

E nessa hora, uma onda de adagas veio em minha direção, das quais eu desviei.

-Ao menos eu tentei. –dei de ombros- eu sinto muito, Cinn.

Dei um longo suspiro, então falei:

-O dia está lindo hoje... Sabia? Eu pude ver o amanhecer do dia do lado de fora...

Cinn me encarava séria, esperando o diálogo acabar.

-Os pássaros estão cantando, e as flores desabochando...- eu olhava para as flores douradas no chão.- Em dias como esse, crianças como nós, deveriam estar... Sei lá, brincando e se divertindo. Mas, infelizmente...- encarei Cinn, que cansou de esperar. Duas adagas se formaram em suas mãos e então ela veio me atacar.

-Crianças como você- peguei o pulso dela, a jogando contra a parede- deveriam morrer pelas chamas do inferno!

Cinn se levantou e começou a me atacar, mas eu sabia que seus ataques eram sempre corpo a corpo ou terrestres. Então, invoquei um gaster blaster e subi nele, começando a sobrevoar a sala. Um arco de ossos me cercou e atirei contra a Cinn com velocidade, que desviava da grande maioria. Alguns, passavam de raspão. Felizmente, ela tem um fraco na defesa, é mais focada no ataque.

Ela fez um círculo de fogo ao seu redor e atirou contra mim, que quase fui incendiado. “Odeio quando ela faz isso”, pensei.

Ao consegui observar direito a Cinn, pude ver que havia um tipo de aura ao redor dela... Uma aura negra.

“Como ela consegue fazer isso?”

Mas então me veio a resposta:

“Não é ela que tá fazendo isso.”

 

****

 

 

Agora eu estava lutando cada vez mais. Eu lutei dessa forma quando consegui o controle por alguns segundos, e falei com o meu pai. Argh, foi tão doloroso...

E agora eu ia impedir que isso fosse se repetir.

Eu não vou matar a última luz que me restou. Não vou. Eu me recuso a fazer isso.

Eu me sentia cada vez mais sufocada pelas sombras e pelas trevas, mas minha determinação se mantinha firme.

E eu tinha que ser mais forte que aquilo.

Minha alma brilhava num vermelho e branco fortes que quase chegavam a espantar a escuridão ao meu redor.

“Eu vou conseguir”, pensei.

Até que ela me puxou e me arremeçou contra o chão.

Mas deveria estar sem senso de direção, por que de alguma forma me senti ter sido arremessada pra cima.

 

*****

 

Em meu momento de distração, senti o blaster perdurar para um lado só, quase me desequilibrando. Olhei para o lado e vi que Cinn havia pulado e se agarrado às bordas do blaster, com seus olhos quase faiscando de determinação. Tentei chutar a cara dela, mas apenas rendeu em eu sendo agarrado pela panturrilha e sendo arremessado pra longe do Gaster Blaster, contra as flores douradas.

A raiva crescia dentro de mim mais rapidamente que uma chama numa floresta seca. Eu já estava perdendo a paciência, e agora não estava nada a fim de dialogar.

Agora a briga iria ficar séria.

Eu conhecia muito bem Cinn, e ambos sabíamos que não tinhamos dado o máximo de nós até agora. Se ela quisesse todo o subsolo já estaria sendo devorado pelas chamas. Mas não: ela estava ficando cada vez mais cansada, e isso era uma vantagem pra mim. Eu só precisava nocautear ela até a exaustão completa.

Mais fácil que tirar doce de criança.

Suas adagas perfuraram meu ombro e eu sei um rugido de dor, atirando sem piedade ossos pontiagudo em suas direção, dos quais uma parte Cinn carbonizou pelo fogo. As outras partes? Deixavam feridas quase surreais e que escorriam sangue como um rio sem fim.

“Como ela está de pé?”

-Heh... Parece que você está precisando de ajuda ai, não é mesmo?- debochei, falando mais pra mim que para Cinn, mas pelo visto, ela ouviu. E descontou sua raiva em mim como sempre fazia.

Só... que de maneira mais violenta.

“Pare com isso, Francis. Essa não é a Cinn. Não mais. Ou a nocauteie ou a mate.”

“Não tenha piedade.”

E não tive. Era hora de um ataque especial.

Respirei fundo e me concentrei. Minhas feridas abertas já não importavam. Concentrei todo o meu fôlego para minha alma, e quase Cinn lançava seus ataques, escudos de ossos defendiam. Um brilho avermelhado, azul, e laranja surgia de mim, e então meus olhos abriam. Laranja, e azul. Sorri de lado.

Alguém iria ter uns mals tempos.

Uma espiral de ossos se formou acima, e foi descendo como uma escadaria infernal em direção à Cinn. Meus Gaster Blasters azuis e laranjas se formaram ao seu redor, com tiros de bravura e paciência: E atiravam rapidamente. Os ossos começaram a forçar Cinn e aprisionar ela, sem saída, e com tiros vindo de todo o lugar. Ela foi perdendo HP rapidamente, e eu comecei a me sentir cada vez mais cansado.

“Não. Continue, Francis. Está quase lá!”

Me enchi de determinação e continuei meu ataque, fazendo com que Cinn não tivesse uma única chance de escapar. A espiral de ossos a reprimia a um espaço cada vez mais pequeno, e então, num grito de horror, Cinn se encolheu no centro do ataque. Por um mínimo de segundo, não a vi.

Continuei reprimindo o espaço, até que vi as labaredas do fogo no meio da gaiola de ossos.

“Ahhh merda.”

Os Gaster Blasters azul e laranja continuavam atacando, mas ela se mexia e parava em movimentos quase sincronizados. E então, ela levantou e explodiu os ossos, numa onda de energia e calor que eu nunca havia visto de sua parte. Muitos de manteram, mas ela fez um círculo de adagas vermelhas ao seu redor e lançou contra os ossos e os blaters, se libertando de meu ataque.

Após isso, caiu no chão. Exausta e ofegante. Mas a mizerável continuava viva.

Fiz com que sua alma ficasse azul, e a levantei do chão. Eu não pretendia perder.

A lancei de um lado para o outro da sala, fazendo Cinn bater contra as paredes.

 

*******

 

Eu sentia como se todo o meu corpo pudesse virar um resto de poeira e carne fresca. Que minha alma iria se dissolver por completa. Mas não.

ELA NÃO DEIXAVA.

Eu me sentia sendo lançada de um lado para o outro, como se eu estivesse num círculo de horrores. Por quê ela não me deixava morrer de uma vez? Por quê??

Minha alma era lançada de um lado para o outro por um brilho azul, e eu sentia todas as trevas que já me dominavam perfurarem meus cortes, apertarem meus ossos quebrados e morder as feridas abertas.

AGORA JÁ CHEGA.

Rugi, com toda a minha fúria, sentindo minha determinação brilhar como nunca. Eu tinha que sair dali. Eu não iria desistir.

 

********

 

Ouvi o grito de Cinn, que soou mais como um rugido. Sua alma empalidecida e fraca com a blue magic agora parecia... Ganhar um brilho vermelho?

“Como aquilo era possível?”

Sua determinação aumentava cada vez mais, e eu me sentia perdendo o controle de Cinn. Tentava nocauteá-la de uma vez, mas nada adiantava. A ponta da alma de Cinn estava perdendo o meu controle, e aos poucos, sua alma brilhava em branco acizentado e vermelho. Até que num grito agonizante ela foi lançada ao chão, se libertando, por si só, da minha magia.

Minha cabeça estava latejando, e eu senti Cinn me puxar pela gola da camiseta e me pressionar contra a parede. Ela estava tão próxima que dava até para sentir sua respiração ofegante. Seu rosto estava sujo, e seus olhos, brilhantes.

-Cinn, para logo com isso!- falei, pela primeira vez em algum tempo, falando com a Cinn- eu sei que você está exausta e ferida! Para de ser cabeça dura e teimosa e desiste de uma vez!!

Nesse momento, sua expressão raivosa foi se dissolvendo, e seus olhos ganharam seu tom vermelho sangue original.

-F-Francis...?- sussurrou com dificuldade, com os olhos arregalados, e olhando pra mim. Era ela mesma!

-Cinn!

-NÃO!- Ela socou meu rosto com força e me jogou pra longe, mas eu cai de pé e continuei atacando.

Cinn ainda estava ali! Ela olhou pra mim, eu sei disso! Eu olhei nos olhos dela! Ela ainda estava por ali em algum lugar, eu só tinha que trazer ela devolta!

Pois é, falar isso levando um chute na cara não é tão fácil.

Ela continuou me atacando incansavelmente, sem fraquejar. Eu a cercava com uma fileira de ossos, mas ela a quebrava. Cinn me atacava com adagas, mas eu teleportava para longe das lâminas. Meus gaster blasters atiravam feixes azuis e laranjas, mas ela conseguia usar bravura e paciência com facilidade. Cinn me lançava barreiras de fogo, e eu me defendia com meus blasters.

-CINN, PARA DE FAZER ISSO!- gritava durante os ataques- VOCÊ NÃO PRECISA SER ASSIM! VOCÊ NÃO É ASSIM!

-ELA É SIM! E-EU SOU ASSIM!- ela lançava pétalas pra cima de mim, que me arranhavam feito lâminas. Um pingo de sangue escorreu pelo meu rosto.

-EU TE CONHEÇO! EU SEI BASICAMENTE TUDO SOBRE VOCÊ, DO INÍCIO AO FIM!

-CALA A BOCA FRANCIS!

-VOCÊ É CINNAMON DREEMURR...- ossos azuis cravaram nela, o que a deixou paralisada, sem se mexer.- SUAS FLORES FAVORITAS SÃO AS DOURADAS! VOCÊ AMA TORTA DE CHOCOLATE, CARAMELO E CANELA!

-ME SOLTA!!!!- ela gritou com toda a sua fúria, tentando se soltar dos ossos azuis, mas isso não seria tão cedo. Agora ela tem que me ouvir.

-VOCÊ ODEIA QUANDO EU PUXO SUAS ORELHAS E FICA TRISTE QUANDO NÃO CONSEGUE FAZER ALGO QUE QUER!

-EU JÁ DISSE PRA ME—

-QUANDO VOCÊ TEM PESADELOS VOCÊ CHORA BAIXINHO POR QUE NÃO QUER QUE NINGUÉM TE VEJA CHORANDO, MAS EU JÁ TE VI CHORANDO CINN! VÁRIAS VEZES! E VOCÊ SE LEMBRA DISSO, EU SEI!

Agora ela estava se mexendo bruscamente. Ela se lançava para o lado enquanto a aura negra ia para o outro, como se ela quisesse se “soltar” de algo.

-ME SOLTA!

-E TEVE UMA VEZ EM QUE TENTARAM ME BATER NA ESCOLA, E VOCÊ APARECEU PRA LUTAR DO MEU LADO, PRA NÃO ME DEIXAR SOZINHO! CINN, NÃO ME DEIXE SOZINHO! VOLTA PRA NÓS!- gritei, sentindo lágrimas no canto dos olhos- volta pra mim.

Ela continuava se debatendo, as labaredas de fogo que vinham em minha direção eu defendia, e agora eu estava mais próximo dela.

-Você se lembra de tudo isso, não é?- perguntei, quase desesperado.

Ela permanesceu em silêncio. Seus ataques foram ficando mais lentos, e eu a soltei dos ossos azuis, a fazendo cair no chão, com a respiração ofegante.

Me aproximei lentamente e com cuidado. Observei com cuidado os ferimentos profundos que causei nela. Eu até sentiria pena... Se eu também não estivesse no mesmo estado ou pior.

-Cinn... É você?

A respiração dela estava ofegante, e sangue saia dos ferimentos de Cinn, junto com um pouco de poeira.

-Francis sai daqui...- ela sussurrou com dificuldade- eu não consigo... Ela não... Eu não...

-Cinn, por favor, me fala. Eu estou aqui, e eu quero te ajudar.- me ajoelhei na frente dela.- por favor...

-Eu... N-NÃO... conSIGO....- Cinn agarrou seu braço com força, e sua respiração ficou mais pesada. Ela parecia estar.... numa luta interna. Suas mãos estavam trêmulas, e seus punhos estavam cerrados.

-É claro que consegue.- falei, não deixando o medo e o alerta transparecer- você sempre conseguiu. Não é hoje que você vai perder essa briga, não é mesmo, Cinn?

Agora ela levantou os olhos levemente e me encarou com intensidade. Tanto eu quanto ela agora estávamos cheios de determinação. Não, aquilo não continuaria assim. Todo aquele pesado iria acabar.

E iria acabar agora.

-Anda Cinn- estendi a mão pra ela, e sorri- você vem comigo?

Ela encarou a minha mão esquelética por alguns segundos e então voltou a olhar pra mim. Ali, ela pegou minha mão. E então começou a chorar.

-ELA AINDA ESTÁ AQUI E EU NÃO SEI COMO EXPULSÁ-LA!- ela gritou desesperada, apertando minha mão com força. Eu a puxei e a abracei, sentindo seu abraço trêmulo.

-Hey, tá tudo bem...- falei, sentindo meu peito apertado- eu... Acho que sei como.

Então Cinn paralisou. Virou lentamente a cabeça para me encarar, e em seus olhos eu vi medo.

-Não dá pra viver desse jeito, com você na Cinn.- falei friamente. Senti meu coração apertar, mas a minha determinação era maior naquele momento. O suficiente para formarem uma fileira de ossos pontiagudos atrás de Cinn apontando diretamente para ela.

E então seus olhos se tornaram tristes, e ela começou a chorar. Pude ouvir um som familiar e áspero atrás de mim.

E então, num sussurro gritante, as frases sairam de nossas gargantas em um coro desesperado:

-Eu só queria ela devolta!

-Eu só queria voltar!

E então adagas perfuraram minhas costas, e ossos encravam no peito de Cinn.

E assim caímos, sentindo o sangue e a poeira preencher nossos pulmões pouco a pouco, e a vida se esvaír de nossos corpos...

Como folhas. Caindo de árvores com o vento.

 

*GAME OVER*

 

 


Notas Finais


*respiro fundo* ....
*saio correndo desviando das pedras* DESCULPA DESCULPA DESCULPA DESCULPA DESCULPA!!!! ;-;


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