1. Spirit Fanfics >
  2. (AU)Aliumtale- uma nova era >
  3. Olhos vermelhos- parte 5 (Daphiny memories)

História (AU)Aliumtale- uma nova era - Olhos vermelhos- parte 5 (Daphiny memories)


Escrita por: JojoCapri e N01_Bagre

Notas do Autor


Heya pessoal, PaciFrisk aqui! Nossa, estou metralhando vcs de capítulos hoje, não é mesmo? Nyeheheh! *w*
Acho que eu tava com saudades de postar capítulos e fui postando tudo de vez....
Enfim, espero que gostem da parte 5!
Boa leitura

Capítulo 9 - Olhos vermelhos- parte 5 (Daphiny memories)


 

 

 

 

 

-Huh.- olhei para as cinzas e os restos de (talvez uma casa...?) madeira e piso, em Waterfall. De acordo com o que a mamãe falou, ela morava aqui... Mas acho que isso tem algo a ver com o fato de que eu sou alimentada a base de miojo lá em casa.

Waterfall era um lugar bem calmo, e era possível ouvir a corredeira da água próxima a mim. O lugar tinha um tom azul escuro brilhante e pedrinhas podiam ser vistas cravadas no teto. Flores ecoantes poderiam ser encontradas por ali.

Suspirei. O que mais que teria...

-Está sozinha?

-AAAH- me virei pra trás rapidamente. Um ser encapuzado (acho que é o dono do barco) estava atrás de mim. E fora do barco.

-QUE SUSTO!- falei enquanto recuperava o fôlego. Ele emitiu um barulho estranho, que acho que soava como uma risadinha. Em seguida, se virou e saiu, cantarolando.

-Tra la la... Cuidado com a amiga que carrega poeira... Tra la la...

Olhei para ele indo. Como assim?

-Hey, espera! – ele se virou. – como assim “a amiga que carrega poeira”?

Ele ficou em silêncio por um tempo, e apesar de não ver seu rosto, pude sentir que ele estava me encarando de cima a baixo.

Outra risadinha.

-Você não é a primeira que se pergunta, mas a primeira que me pergunta. Bem... Você logo saberá.- e então ele se virou e olhou bem braço. – sim, logo saberá. – em seguida saiu, voltando para o rio.

Fiquei em silêncio, vendo ele partir. Eu não estava entendendo nada. Aquela visita ao subsolo estava me parecendo ficar um pouco mais entediante...

Ou indagante?

Yep, com certeza indagante.

“Vamos explorar então”, pensei sorrindo. Sai por ai procurando o que pudesse me ajudar a descobrir um pouco mais sobre minha mãe. Ao longo do caminho, eu via umas marcas de flechas e lanças nas paredes e no piso.

“Acho que tem algo a ver com isso” pensei e sorri.

Então cheguei numa sala repleta de flores ecoantes. Algumas estavam em silêncio, e outras sussurravam baixinho. Outras só soltavam um som esganiçado de algo que se perdeu à muito tempo.

Tive uma ideia.

Me aproximei de uma flor ecoante e falei: “Para de me copiar!” e depois de um segundo falei “Não, para você!”

Logo em seguida todas as flores pareciam estar discutindo sobre uma copiar a outra. Ri baixinho e sai dali, me sentindo uma super troll.

Ao andar mais um pouco, consegui entrar numa sala super escura, que era iluminada por cristais. Quando eu tentei entrar, os critais começaram a apagar, e ficou cada vez mais escuro.

Decidi voltar então. Assim que voltei para a sala das flores ecoantes, algo diferente aconteceu.

As flores do começo da sala começaram a ficar silenciosas subitamente. E mais, e mais, e mais, até que todas as flores foram se silenciando, feito uma onda, até o silêncio me alcançar. Quando a última flor ecoante se silenciou, consegui ver quem estava no começo da sala.

-Cinn?- perguntei- eu não sabia que você estava aqui, hah. Você não sai acreditar no que eu fiz! As flores ecoantes, elas...

Cinn continuava parada. Os cabelos desgrenhados caidos delicadamente sobre o rosto ocultavam parcialmente seus olhos. Ainda assim era possível ver o brilho vermelho-sangue vindo da parte deles. Seus passos eram lentos em minha direção, mas foram ficando mais velozes. A poeira de suas roupas parecia acizentar e descolorir todo o azul celeste e marinho que existia ao redor. Apagava os cristais, silenciava as flores e agora até o suave som da água corrente parecia temer a presença de Cinnamon.

Logo, eu fiquei assim.

-Hey, Cinn, oque que foi? Por que você... Cadê os outros? A Pepita, o Crownnie...- olhei em suas mãos. Ela carregava sua adaga afiada que estava com a lâmina suja. Só naquele momento pude entender.

-Eles não estão mais aqui.- ela sussurrou, e sua voz ecoou pela sala como um grito silencioso. As flores repetiam: “Eles não estão mais aqui”, “eles não estão mais aqui”, “eles não estão mais aqui”...

-Cinn...- rapidamente fiquei alerta, e sentia um arrepio me percorrer.- o quê você fez?

Nessa hora Cinn pulou em cima de mim e me atacou ferozmente. Senti meu corpo ser lançado pro chão e minha cabeça começou a latejar. Há.

Dor nunca atrapalhou.

Afinal...

A heroína chegou.

Me levantei com dificuldade, e senti que Cinn ia me atacar novamente. Quando ela veio para cima eu chutei ela para o outro lado, e no mesmo impulso me levantei.

-Eu não quero fazer isso- falei, pegando minha lança- mas você, mais do que ninguém, saberia que não iria querer isso.

Cinn estava com seus olhos cheios de vida. Mas uma vida que não parecia ser a dela. O brilho deles ficavam deslocados na paisagem azulada. Com um simples movimento das mãos, duas adagas surgiram em seus punhos. Ambidestra, veio ao ataque rapidamente e com agilidade. Desviei de alguns, e eu continuava tentando acertar ela com minha lança. Eu sentia meu corpo latejar, e vários corte pelo meu corpo. Mas ao menos, eu conseguia ouvir a respiração de Cinn ficar mais ofegante. Significa que ela estava c ansando.

Eu estava vencendo.

Até o momento em que eu fui lançada contra as flores. Num pasme de silêncio, quase pude ouvir a mais próxima de mim sussurrar, quase que inaudível: “cuidado”.

Nesse momento me levantei e encarei Cinn. Labaredas de fogo se formaram ao redor da sala, que perdeu o seu tom azulado, dando espaço ao caótico laranja-cinzento sufocante e calor.

E então as labaredas me seguiram.

Corri dali o máximo que pude, e Cinn continuava atrás de mim. Seus passos me seguiam e eu parecia ficar ainda mais presa numa armadilha montada a muito, muito tempo.

“Por quê ela está fazendo isso?”- pensei. Não, eu não poderia pensar nisso agora. Quando eu conseguisse controlar ela, eu poderia perguntar. Nesse momento, eu teria que sair daqui pouco ferida.

Não é como se eu fosse morrer, afinal.

Cinn respirou fundo, e pétalas pareceram se formar ao redor dela, dançando ao som estridente e demoníaco do fogo. As pétalas não eram suaves. Voaram em minha direção me fechando a cada ataque.

“Que amizade hein?”- pensei, e quase sorri com a ironia.

Fiz uma sequência de relâmpagos em minhas mãos e atirei contra Cinn, que se defendia com uma muralha de fogo. Adagas, espinhos e calor me cercava e me sufocava. Mas eu não abaixei a guarda nem fraquejei. Continuei atacando com raios. Alguns a atingiam...

Mas ela continuava ali. Atacando.

-CINN, O QUE ACONTECEU COM VOCÊ?- bravejei, e isso quase a fez recuar. Respirei fundo e gritei- POR QUÊ ESTÁ FAZENDO ISSO??

Ela diminuiu os ataques consideravelmente. Continuei atacando, e ela parecia pensativa. Quando atingi o rosto dela com minha lança, isso pareceu a trazer de volta à “realidade”.

Cinn gunhiu e rugiu de raiva, e me atacou com mais intensidade. Então me deu uma rasteira e me jogou no chão, atirando adagas em mim.

Até que eu senti o pior corte de todos. Gritei de dor, e vi meu braço com um corte muito profundo. Sangue saia dele como uma cachoeira. Eu estava mais zonza e mais lenta, e com muito mais dificuldade.

Mas continuei atacando. Uma listra de sangue se formava no chão a cada vez que eu me arrastava para longe de Cinn, e nada adiantava.

Ela estava determinada.

Agora eu já não tinha certeza se sairia dali com poucos ferimentos.

Eu perdia mais sangue a cada segundo, e minha cabeça latejava. Eu estava mais cambaleante, e o as lâminas das adagas me atingiam e eu não conseguia desviar. Até que eu fiquei sem forças. Cai no chão, sentindo uma gota de sangue escorrer pelo meu rosto. Eu estava ofegante, e tudo o que eu queria naquele momento era...

Suspirei. Eu... Eu estava sendo morta pela minha amiga. Minha melhor amiga. Mais sangue escorria. Quando aproximei a mão do meu rosto vi:

Não era sangue.

Cinn se aproximava de mim, pronta para dar o golpe final, quando algo começou a crescer dentro de mim. Eu sentia meu corpo todo... derreter. Minha alma, rachar. Mas ainda assim, algo em mim não se destruia. Algo se recusava a se quebrar. Do contrário, apenas crescia.

“Não...”

Me levantei, sentindo meu corpo todo se encher de um fogo que não se apagaria tão cedo.

“Eu não vou morrer.”

Minha alma nunca esteve tão unida. Meu corpo nunca esteve tão forte. Eu nunca estive tão determinada.

“Eu sou imotal.”

Levantei. Eu sentia meu corpo revestido de uma armadura dura como aço e leve como o vento. Eu me sentia rápida. Eu me sentia invencível.

Cinn parou na minha frente e me encarou. Lancei a ela um olhar frio. Uma aura amarelada e esverdeada emanava de meus olhos, competindo com o brilho escarlate dos dela.

-Bom...- lanças elétricas de formaram ao meu redor. Dezenas delas, todas apontando para um único alvo. Sorri triunfante- parece que eu não vou cair tão cedo, não é mesmo?

Atirei as lanças com uma velocidade incrível. Agora o jogo havia girado, e eu não estava nem um pouco disposta a perder.

“Se mamãe estivesse vendo isso....”- sorri com o pensamento. Cinn desviava das lanças, mas ela ainda estava mais lenta que eu. Suas adagas batiam contra minha armadura, e causavam muito menos dano que antes. Seus olhos estavam mais raiosos. Agora sim eu era um desafio.

Consegui lançar ela pra trás com um raio, e Cinn bateu contra a parede da caverna, caindo no chão, quase imóvel. Meus olhos ainda brilhavam. Invoquei uma lança que cintilou em minhas mãos e cutuquei Cinn.

-Cinn...? Você tá ai?

Silêncio. Quando eu me aproximei, a mão de Cinn pegou a lança que eu estava em mãos e puxou com força, me puxando também. Ela me jogou para o alto com um impulso incrível, e eu cai no chão num estrondo, que era repetido e repetido pelas flores ecoantes. Me levantei e me apoiei na parede, recuperando o fôlego. E antes que eu pudesse me levantar Cinn apareceu em minha frente e me empurrou novamente contra a parede, segurando a minha lança. Eu tentava me soltar, mas ela apoiava meu braço com o corte profundo na pedra azulada, que se enchia de sangue. Então ela pegou a minha lança e penetrou ela no meu corte, me prendendo na parede pelo braço, me fazendo gunhir e gritar de dor, agonizando. Eu tentava me soltar, mas eu estava ainda mais cambaleante, e eu estava presa por mim mesma.

O meu sangue se esvaía, e minha carne se desmanchava. Abri meus olhos e vi Cinn me encarando, sem um pingo de piedade. Por quê... Por quê ela estava fazendo isso?

Não. Aquela não era minha amiga. Aquele demônio nunca foi minha amiga. Cinn estava em algum lugar do subsolo.

Aquilo não era a Cinn.

Seus olhos escarlates estavam me encarando calmamente, e ela parecia sentir a minha vida saindo de meu corpo.

-Heh...- falei com dificuldade. Sangue estava entrando em meus pulmões, e me afogando por dentro.- Pelo...m-menos... Eu tentei...

Meu corpo começou a... Derreter. Lembrei que pelo menos, Crownnie e Pepita estariam em Hotland agora. Eu espero que eles tenhamv visto e corrido pra longe daqui.

E assim... eles viverão.

Sim...eles viverão...

 

</3

 

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...