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História (AU)Aliumtale- uma nova era - Olhos vermelhos- parte 7 (They're here.)


Escrita por: JojoCapri e N01_Bagre

Notas do Autor


Gente, estamos perto do final desse grande "capítulo" (acho que pode até ser chamado aqui de série, sei lá)
MANTENHAM A DETERMINAÇÃO!
E boa leitura! :3

Capítulo 12 - Olhos vermelhos- parte 7 (They're here.)


 

 

 

 

 

Deixei Francis para trás e fui em direção ao subsolo. Nossa, tantas lembranças...

O que tinha acontecido com Cinn?

Assim que Francis me disse sobre genocídio... Eu lembrei de tudo. Tudo o que eu... Que Flowey. Flowey fez. Tudo o que Chara fez.

“Pare de fazer essa cara assustadora!”

Os pelos de minha nuca se arrepiaram. Eu ainda não gostava de lembrar de tudo aquilo... Chara era o amor de minha vida, e Cinn era meu bem mais precioso. Eu não poderia deixar que aquilo a tirasse de mim.

Não como foi com Chara.

Entrei no subsolo. E logo depois de uns passos, me vi na sala do trono. Suspirei. Eu até poderia quase que ver claramente, eu e Chara brincando por ali...

“Anda Chara! Me deixe sentar no trono também!”

“Você não consegue sentar aqui por quê eu sou mais alta que você!”

“Não é não!”

“Sou sim! Se não fosse, você já teria subido aqui, oras!”

“Você só está sendo malvada comigo por que gosta de sentar ai!”

“Ora, seu bebê chorão, não venha abrir a boca denovo...”

“E-Eu não estou chorando...”

“Está sim....”

E então ela me ajudou e sentar no trono do lado dela.

“Pronto? Não chora mais, ok?”

“C-Certo....”

“...”

“Obrigado.”

“Naaah, pare com isso. Você é muito bebezão, Azzy.”

“Mas você gosta que eu seja assim, não é mesmo?”

“....”

“Ok, eu gosto. Heheh, você é o meu bebezão, afinal de contas.”

 

Encarei o trono, dando um sorriso triste de lado. Suspirei. Eu não deveria me distrair.

Eu tinha que achar a Cinn, e isso tinha que ser antes que ela chegasse aqui, e antes que ela encontrasse mais alguém também. Não era a Cinn, e tanto eu como Chara sabíamos disso. Era só uma questão de tempo até que ela chegasse. Se chegasse, significa que já seria tarde demais.

Ao sair da sala do trono, pude ouvir alguém se aproximando. O ar parecia cada vez mais pesado, e os passos continuavam firmes em minha direção. Então, saindo as trevas, eu avistei minha filha.

 

****

 

-Cinn, onde você foi assim?- perguntei, rindo, ao ver ela toda suja de terra, entrando em casa. Seus cabelos estavam desgrenhados e empoeirados, e sua roupa estava manchada. Seus olhos cintilavam, empolgada, e seus pequenos chifres estavam com algumas folhas presas.

-Eu estava brincando de corrida- ela disse com sua voz doce e animada, rindo.

-E ela perdeu só não quer adimitir!- Francis aparece do lado dela, meio aborrecido.

-Eu não perdi não, nós dois ganhamos! Você só chegou depois da linha e achou que venceu! E eu cai lá, olha – ela disse mostrando os joelhos ralados.

-AAH, e por isso você tinha que me jogar no chão também??- ele mostrou os joelhos dele igualmente ralados.

-Você ficou rindo de mim!

-Hey hey hey, vocês dois, é melhorem parar com isso. Se eu fosse vocês, me preocupava em limpar os seus rastros de terra antes que Chara venha- falei pra eles, apontando para as pegadas que eles deixaram ao entrar pela porta dos fundos.

Os dois se encararam e então sairam correndo atrás de uma vassoura. Ri com aquilo, e voltei a tomar chá.

 

*****

 

Cinn estava com seus cabelos desgrenhados, sujos de poeira, cobrindo parcialmente seu rosto. Sua roupa estava manchada em cinza e seu rosto não exibia expressão alguma. Seus olhos, porém, mostravam um brilho que emanava... Determinação.

A encarei por alguns segundos. Sentia raiva por aquilo estar acontecendo, tristeza por ver minha fiha ser vítima daquilo e fiquei abalado por saber que eu não consegui impedi-la de chegar até aqui.

Eu estava pronto para chorar, mas mantive a calma. Eu não iria chorar agora. Não agora.

Minha filha era uma genocida. A minha filha, que eu criei, que eu cuidei, que eu ajudei... Agora, ela era uma genocida. Nada iria mudar isso.

Exceto... Libertar Cinn daquele demônio.

-Cinn, eu...- Comecei a falar- eu sei que você está ai. Eu sei que me escuta. Por favor... Está me escutando? Eu sei que você consegue. Você consegue sair desse pesadelo. Você sempre foi forte. E todos nós acreditamos em você.

Sem resposta. Ela começou a andar em minha direção.

-Eu estou aqui. Você não está sozinha. Por favor filha... Você está ai e eu sei disso. Venha em minha direção. Siga o som da minha voz.- me ajoelhei no chão e estendi os braços- eu não quero te machucar.

Ela permanesceu em silêncio. Então começou a rir. Começou a rir de maneira demoníaca. Seu rosto me lembrou muito a expressão de...

-SEU IDIOTA- ela ria- VOCÊ ACHA QUE NÃO SOU A ÚNICA NO CONTROLE?

-Acho. – falei friamente- a Cinn ainda está ai. Você vai deixar ela ir... Agora.- minhas mãos ficaram em chamas, e Cinn sorriu friamente, e de seus olhos começou a escorrer um líquido negro.

Se ela queria uma briga, era isso que ela iria ter.

Listras negras se formaram ao redor de meus braços e cresceram até o meu rosto. Fogo me cercou, e a sala ficou escura. Pontos brilhantes me cercaram, como estrelas à noite.

Cinn me atacou rapidamente, e eu desviei com facilidade. Ela era minha filha, eu sabia de seus movimentos como sei as cores do céu.

-Eu realmente não quero lutar...- falei, e duas espadas surgiram em minhas mãos. Elas eram prateadas, e suas lâminas cintilavam num dourado colorido, como se realizasse a refração da luz dentro do metal. Ela continuou me atacando, e eu defendia. Adagas vermelhas surgiram ao meu redor, e elas batiam contra minhas espadas, que absorvia a vibração. Os ataques não a atingiam, e seus ataques não me atingiam. Todos se anulavam e se alteravam. Meus ataques eram simples e não eram tão letais, eu estava focado mais em defesa. Já ela não se preocupava com defesa e se concentrava e ataques.

Até que então, eu me esquivei de sua adaga e chutei sua barriga, a jogando para trás. Ela bateu contra a parede com força, e quase pude ouvir o som de algum osso quebrando.

Fiquei alerta, e me aproximei aos poucos.

-P....Pai....- eu ouvia sua voz baixinho, como um choro. Cai de joelhos e larguei as espadas, a pegando nos braços.

-Desculpe, Cinn... Eu...- agora sim, eu estava chorando.

-Ainda está em mim... Eu vi... Ainda está aqui...- ela chorava enquanto tentava me abraçar, e eu a abraça com força.

-Eu sabia que você conseguiria, minha filha. Você ainda consegue, eu sei disso.- falei, rindo mais aliviado, ainda chorando. Eu me arrependeria de ter a machucado depois. Naquele momento, eu só sabia que tinha minha filha devolta.

-S-Sai daqui....- ela sussurrou.- eu ainda posso....

-Não, não. Eu vou te levar pra casa. Você não vai, está me ouvindo? Você não vai...- eu fazia cafuné na cabeça dela, sorrindo. Eu conseguia ouvir sua respiração quente perto de mim. Mas então, pude sentir a adaga perfurar minhas costas, e um grito do meu lado. O grito de Cinn.

-MAS EU POSSO!-  ela riu e se afastou, enquanto eu sentia meu HP baixar gradativamente. Minha respiração começou a falhar, e eu me apoiei contra a parede. Tentei atacar, mas não conseguia. Então... eu apenas chorei. Chorei como o bebê chorão que eu realmente sou. Não consegui proteger ninguém. Que tipo de rei eu sou?

Pelo menos... A Chara não estava—

-ASRIEL!- ouvi a voz de Chara gritar assustada ao meu lado, e eu me virei com dificuldade. Minha visão estava desfocada, mas então eu vi ali: Chara, na entrada do subsolo, com seus olhos vermelhos assustados, olhando pra mim.

-Ch....Char-ra.....- falei, já não sentindo minhas pernas, que deveriam estar se transformando em poeira.

Ela veio em minha direção, e apoiou minha cabeça no seu colo. Ela estava chorando.

-EU DISSE PRA VOCÊ NÃO VIR!!!- ela gritava com raiva, e eu senti suas lágrimas molhando em rosto e se fundindo às minhas.

Passei minha mão no rosto dela. Eu não queria a ver triste.

-V-Você...

Eu queria tanto contar tanta coisa. Queria tanto abraçar ela denovo. Beijar ela denovo. A ver sorrir. A ouvir cantar. Sentir seu corpo quente junto ao meu, e ouvir seu sussurro em meu ouvido, e sentir novamente sua pele se arrepiar. Mas nesse exato momento, tudo o que eu pude fazer foi enxugar suas lágrimas, que não paravam de jorrar.

-E-Eu...

-Por favor não... Por favor...- ela encostou sua testa à minha, e eu senti seus dedos acariciarem minha cabeça.

E foi ali que toda a minha dor passou. Foi quando virei poeira nos braços dela, que chorava baixinho, me pedindo pra ficar.

 

*****

 

 

Ele virou poeira em meus braços. Eu queria tanto abraçar ele, mas... não havia sobrado nada. Apenas seu manto empoeirado nas flores douradas que estavam amassadas no chão.

Assim que ele me ligou, eu sai correndo da sala de reunião e fui para o castelo. Eu não o achei lá, e também não achei Francis...

Eu disse para ele não ir! Eu disse para ele me esperar! Ele me desobedeceu! Eu disse pra ele...

Eu continuava chorando compulsivamente, quando vi a alma de Asriel se formar à minha frente. Primeiro me afastei, mas então vi o brilho cálido e branco da alma de um monstro-chefe.

-Asriel...- me aproximei aos poucos para pegar a alma, mas então...

Uma mão se formou antes da minha e quebrou a alma.

Me virei para ver quem era, mas levei um chute no queixo e caí para trás. Me levantei num segundo e então... Eu vi minha filha.

Centenas de lembranças correram pela minha mente. Cabelos castanhos, suéter verde listrado, botas marrons. Cinzas e feridas, olhos vermelhos, e segurando uma adaga.

Cinn havia se tornado...

Eu gelei. Mas eu não poderia acreditar. Ela havia matado o próprio pai! Havia matado possivelmente todos dali de baixo.

E estava no corpo de Cinn.

-Saudações- ela disse. –EU SOU..

-Eu sei exatamente quem você é.- falei friamente- eu lembro de você. E eu não vou te deixar passar daqui. Não mais.

-Eu controlo isso aqui. Você é apenas outra pedra no caminho.

Sorri.

-Até parece que você não aprendeu...- um líquido negro escorreu de meus olhos, e eu fiquei com minha adaga em mãos- DESDE QUANDO VOCÊ É A ÚNICA NO CONTROLE?

Com os movimentos quase sincronizados, atacamos simultâneamente uma a outra, quase como um espelho.

Suas bochechas rosadas estavam pintadas de cinza, e as minhas, de vermelho. As adagas escarlate atacavam uma a outra com agilidade. Os danos sempre se combaliam.

Determinação contra determinação. Faca contra faca, LV versus LV, sangue contra sangue. Agora a briga era pra valer. Eu iria impedir o espectro de continuar de uma vez por TODAS.

Um sorriso doentio se estampou em nossos rostos e os nossos olhos vermelhos estavam mais intensos.

“Chara contra Chara... Quem diria, não é mesmo?”

O problema era que ela estava na Cinn.

Peguei ela pelo pescoço e joguei contra o outro lado da sala, mas Cinn saiu agachada e correu atrás de mim, voltando à me atacar.

Eu conseguia ver seu rosto por baixo de sua franja. Seus olhos vermelhos intensos. Derrepente, seu rosto era o rosto de uma criança novamente, e ela estava chorando.

“Mamãe...?” sua voz ecoou em câmera lenta, e eu perdi o foco, levando um corte no rosto, voltando à realidade.

-VOCÊ NÃO É A CINNAMON!- gritei, a atacando, mas sentindo lágrimas em meus olhos. Ela olhou em meu olhos, e agora ouvi sua voz:

-Mãe, sou eu...- ela falou lentamente, sorrindo- Cinnamon.

-EU QUERO MINHA FILHA!

-Mas estou aqui...- ela falou calmamente.- veja mãe, estou aqui.

“NÃO PERCA O FOCO”

-PARA COM ISSO!

-Mãe...- ela me abraçou, me fazendo paralisar. E então sussurrou em meu ouvido- eu estou aqui.

Fiquei em silêncio. Eu conheço ela. Eu sei como ela age. Eu sei o que ela faz. Então... Eu apenas a abracei também, com adaga em mãos.

-Cinn, eu...- falei, chorando- sinto muito.

Estendi a adaga e a conduzi em direção ao pescoço da minha filha, mas ela desviou e colocou sua adaga em minha barriga, me fazendo dar um grito de dor.

 -PARECE QUE AS COISAS NUNCA MUDAM, HUH??- ela gritou, rindo.

Me afastei bruscamente, sentindo a respiração faltar e visão ficar cada vez mais turva. Eu estava... Sangrando. Aquilo raramente acontecia.

Aquilo não deveria acontecer.

Eu tentei atacar, mas agora Cinn já havia ne derrubado no chão, e começou a me esfaquear várias vezes. A cada uma delas, parecia que a dor ia se esvaíndo cada vez mais. Sangue começou a rolar pelo chão e espirrar no rosto de Cinn.

Eu senti que as facadas diminuiram, e ela agora olhava atentamente para mim. Minha visão foi piorando, e em minhas últimas forças estiquei meu braço com dificuldade e toquei no rosto dela, que parmanesceu imóvel. Lágrimas escorreram pelos meus olhos, e foi ali que eu consegui ouvir Asriel, chamando por mim.

 

 

 

 


Notas Finais


(Escrevi ouvindo "I am God", do Clams Cassino)
(Estou oficialmente na bad ;w;)
Tenham determinação!


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