1. Spirit Fanfics >
  2. (AU)Aliumtale- uma nova era >
  3. Queda

História (AU)Aliumtale- uma nova era - Queda


Escrita por: JojoCapri e N01_Bagre

Notas do Autor


Oiiii! Tia Frisk aqui!!! :3 <3
Pessoal, espero que gostem desse capítulo, muito obrigada por ler e divirtam-se!
Tenham determinação

~Frisk_Pacifist -_-

Capítulo 4 - Queda


Fanfic / Fanfiction (AU)Aliumtale- uma nova era - Queda

 

                                                               P.O.V Cinn

 

A neve afundava cada vez mais meus pés. A minha botina de couro (artificial, é claro) deixava meus pés aquecidos, mas eu ainda assim conseguia sentir o frio exterior. Eu deveria estar doente ou algo assim... Minha cabeça girava, e eu me sentia zonza. E estou com isso desde hoje de tarde. Argh, que sensação horrível.

Hoje, quando estávamos no caminho pro Monte Ebott, minha cabeça pareceu... pifar. Era como se eu tivesse me desligado totalmente. Até minha visão estava meio turva. E eu poderia até jurar que a voz de alguém estava falando comigo, e não era o Francis.

Dali pra diante, quando chegamos no subsolo mesmo, na sala do trono, eu tive novamente aquela sensação. De eu ter desligado. Quando estávamos passando nossa magia para as flores... Eu senti minha cabeça arder, como uma doença que crescia.

Não deixei transparecer, é claro. Não queria que ninguém ficasse preocupado muito menos o Francis. Afinal de contas, eu também queria explorar o subsolo.

Fiquei meio melancólica olhando as flores douradas e a sala do trono. Nossa, era ali onde meus pais viviam quando eram crianças. Bom, pelo menos a maior parte do tempo.

E foi ali que eu fiquei ainda mais... preocupada. Eu não sabia o por que, mas parecia que algo ruim estava me perseguindo. A sensação de estar sendo vigiada por algo atrás de você, e você não saber o que é.

E estava mais próximo.

 

****

 

-Woah! Isso realmente deu certo!- Sorri, olhando para as flores douradas, que novamente estavam vivas. A sala toda brilhava naquele tom, e todos pareciam encantados. Observei as flores abaixo de mim: elas estavam brilhantes e vivas, mas não tanto. Pareciam meio opacas, talvez?

-Bom, vamos começar. Vocês sabem onde os seus pais viviam?- Francis perguntou, se levantando e olhando para todos nós.
-A minha vivia em Hotland- o Croinne disse indo para o elevador. Eu ia atrás deles, mas então olhei as flores que estavam na sala. Todas estavam lindas.

Eu estava olhando as flores douradas no chão, notando que algo estava errado. Debaixo das minhas flores, as que estavam mais próximas de mim quando eu passei minha magia, não tinha muito verde das folhas.

Estava meio... cinza. Um tipo de areia cinza. Talvez poeira? Ainda bem que as flores douradas escondiam, por que eu quase tive um ataque quando vi aquilo abaixo de mim. E tinha um pouco nos meus joelhos também, por isso quase paralisei quando o Francis não foi com os outros e ficou ali. Achei que ele havia reparado. Achei que ele tivesse visto a poeira. E se ele perguntasse? E se ficasse preocupado ou algo pior? Ou se...

Ele colocou uma flor no meu cabelo.

-Heh, agora sim.- ele sorriu, passando delicadamente as mãos no meu rosto, até segurar o meu queixo. Era para eu ter ficado aliviada dele não ter notado as cinzas, eu acho. Mas não, aquilo não me acalmou. Senti meu rosto queimar enquanto ele se aproximava. Consegui ouvir a respiração dele colidindo com a minha e seu rosto estava corado também. E então, quando estava mais perto...

O MISERVÁVEL ASSOPROU NO MEU ROSTO!
-FRANCIS!- me segurei pra não gritar (muito) enquanto me afastava. Mas que filho da mãe! Odeio quando ele faz uma brincadeira assim.
-Hahahaha foi mal eu não resisti- ele falou, visivelmente tentando segurar o riso. Revirei os olhos e sai dali meio emburrada. Argh Francis.

-Seu idiota.- falei enquanto andava, e ele me seguiu, com a risada mais controlada.

-Awn não fica assim, foi brincadeira, vem cá- Francis disse, me abraçando por trás. Isso era pra ajudar?
-Haha, ok te perdoo, cabeça de ossos. Só... Não faz mais isso- falei saindo do abraço, ainda meio nervosa por causa da poeira que eu vi, deixando Francis pra trás. Senti minha cabeça aina mais zonza.

Depois dali, nós fomos para Hotland, e então para Snowdin. Eu mesma não estava me sentindo confortável. Cada vez que iámos chegando ao “início” do subsolo, eu me sentia cada vez mais... doente.

Quando cheguei à Snowdin, senti o frio tomar minha pele, mas não minha mente. Minha cabeça queimava e ardia. Cada neurônio parecia estar possuido por uma sensação insuportável. Continuei andando normalmente, é claro. Eu não queria demonstrar fraqueza. Não na frente de ninguém, e principalmente na frente do Francis, mas principalmente por mim mesma. Eu era mais forte que isso, e estava determinada a ir até as ruínas.

E então me veio à mente: Por quê?

Quando eu ia desistir desse caminho, enquanto seguia Francis, falei sem nem mesmo conseguir controlar:

-Eu tenho que ir pra lá- e apontei em alguma direção, que então eu vi que era para as ruínas; Francis olhou para mim automaticamente.

-Por quê?- me olhou curioso. Minha visão estava embaçada. Eu sentia vontade de gritar.

Minha boca formulou alguma coisa. Eu falei algo, e não lembro disso. Eu mal conseguia ouvir Francis. Eu mal conseguia olhar o caminho. Eu mal conseguia pensar.

Eu estava perdendo o controle.


 

Eu me saia cada vez mais de snowdin. Já havia passado por uma estreita ponte e agora só tinha um caminho entre as árvores. Engraçado... não tinha nem um monstro por ali. Talvez fosse por causa da saida da maioria, e os que ficaram, ficaram em snowdin town. Ignorei esse fato.

Eu estava com meu casaco vermelho, que ficava bem destacado na nevasca. Minha mão deslizou, sem querer, até a minha adaga, que estava presa ao cinto pela bainha, enquanto minha outra mão apertou com força o colar com pingente em forma de coração quebrado. Uma alma híbrida.

Eu voltei a ficar zonza, e os arrepios continuavam pelo meu corpo. Coloquei a mão na testa e vi que estava quente. Febre. E ainda assim, continuava com calafrios.

Passei por algum tipo de estação de vigia antiga, que estava bem empoeirada. Um abajur quebrado estava do lado dela. Andei até lá (notei que estava cambaleando muito) e me sentei na bancada, procurando descanso. “Acho melhor voltar” pensei. Mas então meu corpo brucamente correu dali e foi correndo para o caminho, sem que eu realmente quisesse aquilo.

“Não vamos voltar.”

“Ok. Não vamos voltar.”

Quase que mágicamente, apesar de toda a dor, eu estava determinada a ir às ruínas. Meus pés andavam sem controle e minha respiração estava ofegante. Abri com força a grande porta de tons roxos e entrei ali. Acabei em uma casa, eu acho? Eu não vi. Eu não via nada. Minha visão estava turva e escura. A única coisa mais iluminada era o caminho. Eu perdi a sensação de tempo ou espaço, e fiquei entorpecida em algum tipo de transe. Como se fosse um sonho. E então, parei de correr. Meu corpo estava exausto. Minha cabeça, latejando. Meus olhos, sem direção. Minha respiração, difícil e com pouco oxigênio, sufocante. Olhei para frente.

Eu estava... No final da caverna. Um lugar cinzento e amarelado, com uma luz dourada que pendia se cima, e um pouco de grama. Mas no centro, tinham flores douradas. Pareciam douradas e vibrantes. Estavam organizadas numa cama, e pareciamm me chamar para descansar, finalmente.

Senti meus joelhos tremerem e perdi o equilíbrio, me deixando cair nas flores. Dei um último suspiro, sentindo as frias flores me abraçarem.

Então, a visão ficou escura, e toda a dor desapareceu. Todo o medo, toda a febre, toda a exaustão. Então ouvi atrás de mim:

-Cinn?- ouvi a voz do papai atrás de mim. Abri os olhos e me levantei rapidamente, me virando pra trás. Estava meu pai, com a túnica cinza-claro e capa violeta, e a minha mãe, com suas próprias vestes, me olhando surpresa, e raivosa também.

-Cinnamon Dreemurr, eu quero uma explicação!- Mamãe estava com seus olhos vermelhos misturados em preocupação e ira.

-E-Eu só vim pra cá com os outros... Ah, droga.- suspirei. Com certeza já deveriam ter pegado os outros também. Parece que o tour pelo subsolo iria acabar mais cedo. Mas depois do que passei hoje, senti uma pontada de alívio.

-Chara, não seja tão má- papai falou, sorrindo para ela.- ela só quis visitar nossa casa. Não é mesmo Cinn?- ele olhou para mim sorrindo, mas com um olhar de “Colabore, nós conversamos depois.”

-É, é isso mesmo...- falei, sorrindo esperançosa. Minha mãe olhou para nós dois, e então suspirou.

-Certo então. Cinn, vamos pra casa agora.- ela estendeu a mão para mim, sorrindo. Meu pai também estendeu. Seus rostos e braços estavam sendo iluminados por aquela cortina de luz que vinha de cima, da qual eu estava sendo toda iluminada, de pé, acima das flores.

-Certo. Sim, vamos pra casa.- soltei um sorriso, pois eu tinha que admitir que estava aliviada em ter eles ali. Eu tentaria vir menos no subsolo.

Peguei as mãos dos dois, e eles foram me conduzindo lentamente para fora daquela luz, ainda sorrindo para mim. Seus passos eram lentos, e parecia que a caba um deles, ficava mais escuro. Então... o rosto do papai adiquiriu listras negras, aos poucos que saíamos da luz. Suas pupilas ficaram negras, e vinhas com espinhos cresciam pelo seu corpo. Os olhos de minha mãe eram a única coisa que brilhavam ali. Estavam vermelhos, e seu sorriso, psicótico. Ela estava suja de poeira.

Eu tentava soltar, mas agora eu não estava segurando suas mãos. Eles estavam me aprisionando e me puxando. Eu tentei gritar, mas saiu algo abafado, sem som. Eles me puxavam em direção às trevas, e eu cai na escuridão, ouvindo risos ao meu redor.

“Hahahahah! Ei, Cinn, não se preocupe” uma voz falou. Alguém se formou à minha frente, e mudava de rosto. A cada segundo, era alguém diferente. Mamãe, Papai, Daphiny, Pepita, Crownnie, Tio Sans, tia Frisk, Francis, até que virou eu mesma, e sorriu.

“Isso tudo é um sonho ruim...”

A forma se tornou escura, e então milhares de mãos pegavam todas as partes do meu corpo, me puxando para baixo, cada vez mais. Eu tentava gritar, mas também seguravam minha garganta.

“E VOCÊ NUNCA VAI ACORDAR!”

Risos, puxões, arranhados, pesadelos, medos. Tudo isso ao meu redor. Eu tentava resistir, mas nada adiantava. Eu não consegui enxergar nada, e sentia que estava morrendo aos poucos.

Fechei meus olhos e gritei o máximo que pude por ajuda.

Mas ninguém veio.

 

****

Cinn caiu nas flores douradas, desmaiada. A figura negra ao seu lado observou seu corpo caído.

Ficou em silêncio, mas então sorriu. Modificou sua cabeça, e adentrou em seu corpo.

O corpo de Cinn se levantou, e ficou de pé. Sorriu.

Ela não estava mais no controle.


Notas Finais


"O MISERÁVEL ASSOPROU NO MEU ROSTO!"
Sorry kkkkkk
E agora? Estão prontos, "parceiros"? =) =D

~Frisk_Pacifist '-'


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...