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História Auditory Hallucination - Filtro dos Sonhos


Escrita por: taexxxxxie

Notas do Autor


ALELUIAAAA, desculpem qualquer erro de ortografia e etc, tô sem tempo pra escrever imagina revisar aldjsjjsh VAMOS LÁ ♡

Capítulo 21 - Filtro dos Sonhos


Fanfic / Fanfiction Auditory Hallucination - Filtro dos Sonhos

Entreabri os olhos e os fixei em seu rosto, o céu atrás de Baekhyun se iluminava mais a cada segundo, a chuva de estrelas cadentes tomou o céu em um brilho que eu não consegui presta atenção por mais de dois segundos.

Tudo que eu via na minha frente era ele. Seu sorriso de canto sedutor, as linhas definidas de seu corpo à mostra. Seus cabelos suavemente suados e seus dedos percorrendo as curvas de meu corpo causavam uma sensação totalmente diferente de todas as que já senti.

- Eu vou ser o primeiro e único. - Baek fechou os olhos e tocou a ponta da língua novamente em meus seios.

Alguém me belisca. NÃO, MENTIRA! Ninguém me belisque, se isso for mesmo um sonho eu não quer acordar nunca!

Arqueei as costas, sentindo vibrações enlouquecedores como um leve choque, meu corpo ansiava pelo dele, pulsava e umedecia implorando por mais toques. Era insaciável. Deixei escapar alguns gemidos roucos, e cada vez que fazia isso parece que Baekhyun fazia com mais e mais vontade. 

Minha pele arrepiou assim que seus lábios tocaram minha barriga e ele deslizou suas mãos e beijos até a barra de minha calcinha. Eu realmente não sabia o que fazer, mas ele estava no controle, eu sentia o carinho e a delicadeza que ele tinha comigo mesmo nos beijos quentes e na força com que ele de vez em quando me apertava.

Nem mesmo vi quando minha roupa íntima foi tirada, só senti minha intimidade contrair e seu nome em um gemido saiu arrastado de minha boca. Prendi meus dedos no tecido da almofada e apertei com força enquanto sua língua deslizou lentamente em minha parte íntima. Respirei fundo, ofegante. A ponta de sua língua tocou em meu clitóris e eu rangi os dentes. Era loucamente prazeroso, eu pulsava por dentro, meu coração acelerou e mordi o lábio inferior com tanta força que senti o gosto metálico do sangue em minha boca.

- B-Baek... - Gemi seu nome outra vez, baixo e rouco. Ele se afastou alguns centímetros e com cuidado penetrou um dedo em meu interior. Seus movimentos aumentaram quando um segundo dedo foi posto, ele sabia extamente como me deixar em êxtase.

Antes de chegar em meu limite, ele retirou os dedos e o vi desabotoar o shorts que usava. Apesar de me sentir meio constrangida naquele momento, ergui o corpo e o ajudei a tirar o shorts jeans e sua boxer em um tom azul escuro não disfarçou nenhum pouco o grande volume do lugar. Era a primeira vez que eu via um homem assim pessoalmente e me xinguei mentalmente por nunca ter assistido um vídeo pornô inteiro na minha vida.

É, eu já vi metade. Na verdade, uns 42 segundos do vídeo.

Fiquei parada fitando o lugar por alguns segundos e fiquei um pouco corada quando ele percebeu e deu um sorriso safado. Toquei na barra de sua boxer e me impediu de continuar, me empurrou novamente para os lençóis.

- Sei que sou gostoso mas fica quietinha, eu me viro. - Seu sussurro fez com que eu fechasse os olhos outra vez e uma mordiscada em meu pescoço me fez esquecer qualquer constrangimento.

Não vi mais nada, apenas senti. Senti o prazer com somente seus toques, vibrei em meu interior somente com seus selares por meu corpo. Dava para ser melhor? Dava sim.

Entreabri os olhos com sua parada súbita e o vi tirar alguma coisa do bolso do shorts e o jogar de novo para o chão. Mordi o lábio inferior quando minha visão abaixou e vi o que ele fazia. Estava colocando a camisinha, e por um segundo eu me peguei perguntando surpresa: " Como aquilo vai entrar em mim?! Desse tamanho?! ". Por sorte eu não falei em voz alta ou teria que me jogar daquele penhasco ali.

Fechei os olhos bem rápido ao ver que Baek terminou e se pôs em cima de mim, me roubando um beijo e mordendo meu lábio. Sua mão se posicionou em minha cintura e eu tive mais uma sensação nova. Ele encostou apenas a pontinha de seu membro em minha entrada e fez movimentos leves em meu clitóris, o que me fez delirar de vez.

- Pode doer um pouco, segura minha mão. - Ele afundou o rosto na curvatura de meu pescoço e segurou minha mão com força. Como podia algo tão bom doer?

Tá, retiro o que disse.

Mordi os lábios com força e apertei sua mão firmemente, meu corpo formigou e senti a maldita dor e algo me incomodar, era estranho o ter dentro de mim. Ele ficou parado e distribuiu beijos em meu pescoço, esperando que eu me acostumasse e aos poucos a dor deu lugar ao prazer.

Seus movimentos de vai e vem começaram e na medida em que meus gemidos aumentavam as suas estocadas também ganhavam mais velocidade. Nossas respirações se mesclavam e eu arfava delirantemente.

Agarrei em suas costas e finquei minhas unhas, Baek interrompeu seus gemidos roucos para um gemido de dor, mas era bom, aquilo era muito bom. Valeu a pena esperar, porque aconteceu da melhor e mais perfeita forma. Deslizei minha mão até seus cabelos e os segurei com força. Ouvir os gemidos de Baekhyun em meu ouvido não tinha preço, agora entendo o que as garotas tanto viam nele. Mas tem algo que elas não tinham como eu tenho agora: sentimentos.

Não era só por diversão, havia sinceridade.

Baek levou sua mão e a colocou sobre a minha, desprendendo meus dedos de seus cabelos e entrelaçando nossos dedos. Ele apoiou nossas mãos no chão, e fez o mesmo com a outra mão, entrelaçando nossos dedos e colocando minhas mãos uma de cada lado, prendendo-as no chão. Seus movimentos se intensificaram, ficando mais fortes e em perfeita harmonia com nossos gemidos e suspiros.

Aos poucos o ritmo diminuiu e senti que chegaríamos em nosso ápice juntos e foi o que aconteceu. Ele cessou os movimentos e apoiou o queixo em meu ombro, permanecendo dentro de mim e retomando o fôlego.

Respirei fundo e tentei controlar minha respiração também, abrindo os olhos. Baek ergueu o corpo devagar e me fitou, ele estava suado e ofegante, passou a língua no canto da boca e sorriu minimamente, aproximando o rosto e selando nossos lábios demoradamente.

- Eu... Yerin, eu te amo... - Ele ditou dando pausas por falta de fôlego e me deu mais um selinho. Eu fiquei estática, meu coração já estava acelerado, agora devia parecer um carro de corrida daqueles americano.

- O que...?

- Eu, realmente... te amo. Yerin, eu te amo. - Finalmente a minha ficha caiu. Fitei seus olhos, recebendo mais um selinho e inspirei e expirei, na tentativa de conter o quanto estava feliz por ouvir aquilo.

- Eu... - Respirei fundo, minha voz estava tão falhada que soava como um chiado baixo. Devia ser pela aceleração extrema do meu coração e talvez por minhas mãos trêmulas e nervosismo excessivo. Parecia que eu estava no mundo da lua, ainda em êxtase e sem saber o que fazer ou dizer.

Baekhyun fechou os olhos por um momento e selou nossos lábios uma última vez antes de finalmente sair de dentro de mim e se pôr deitado ao meu lado. Virei meu rosto lara olhá-lo. Seu peito subia e descia rápido, assim como o meu. Ele ainda mantinha os olhos fechados, mas agora um sorriso mínimo surgiu em seu rosto, Baek levou a mão até os cabelos e os jogou para trás, erguendo o corpo e sentando apoiando os braços no chão.

- Essa foi a melhor... - Ele deu uma breve pausa. - ...noite da minha... vida... - Baek abriu mais um sorriso e virou o rosto para mim. Eu ri anasalado automaticamente, virando o rosto para o céu.

Depois de alguns segundos naquela mesma posição eu me toquei de que estava sem roupas, ou seja, eu estava totalmente nua na frente dele e ele permanecia me encarando. Arregalei um pouco os olhos e coloquei os braços sobre meus seios, cobrindo-os e me levantei rápido, engolindo seco.

- Aish... - Me xinguei mentalmente me sentindo constrangida e puxando um dos lençóis.

- O que foi? - Ele riu. - Tá com vergonha? Depois disso tudo? Aigoo, não tem mais nada aí que eu não tenha visto... - Baek deu um sorriso safado de playboy e eu quase rosnei.

- Mesmo assim. - Senti minhas bochechas queimarem e o outro riu alto, apertando a maçã de meu rosto. Agora eu rosnei de verdade. - Você quer que eu arranque fora esse seu...

Puxei o ar para os pulmões e mordi os lábios, segurando a palavra que eu quase disse.

- Esse meu o que? Hmmmmm. - Aquele sorriso irritantemente sexy dele me fez bufar de raiva. Baek se aproximou deixando nossos rostos bem perto e passou a ponta da língua em meu pescoço, arrepiando todo o meu corpo.

Eu o empurrei no peito com a palma da mão e o prendi sobre o lençol, ficando por cima e fixando meu olhar no seu. Seus olhos brilhavam por causa da chuva de meteoros logo atrás de mim, ele sorriu de lado e passou a língua pelo lábio inferior de um jeito provocativo.

- Quer morrer? - Perguntei dando um sorriso de lado também.

- Morrer de prazer? Quero. - Baekhyun mordeu o lábio e segurou em minha cintura, prensando nossos corpos e chocando nossos quadris um ao outro. Senti seu membro ereto contra minha pele e mordi o lábio, gemendo baixo. Baek entrelaçou os dedos em meus cabelos e os puxou, me tomando um beijo quente e meio desesperado de ambos.

- Engraçadinho. - Me afastei ofegante e rimos baixo. Aquilo era tão confortável mas estranho ao mesmo tempo. É óbvio, estávamos nús se abraçando na ponta de um penhasco, tem coisa mais estranha que isso?

Minhas bochechas ficaram super vermelhas e queimando quando me dei conta de que estávamos daquele jeito fazia mais de 5 minutos e Baek ficava me encarando maliciosamente. Ele puxou sua camisa de mangas compridas e me entregou. Franzi o cenho sem entender e ele riu soprado.

- Vem cá. - Ele me puxou pelo braço e vestiu a camisa em mim. Assim que minha cabeça passou pela gola da camisa ele riu e me deu um beijo na testa.

A camisa ficou no meio das minhas coxas por ser grande. Baek vestiu a boxer e o shorts. Enquanto ele fazia isso eu vesti minhas roupas íntimas e peguei o vestido que eu usava antes.

- Vou vestir o vestido, toma sua camisa, tá frio... - Levei a mão até a barra da camisa mas ele me impediu e puxou meu braço, me fazendo sentar sobre seu colo de frente para ele.

- Calma. - Baekhyun passou os dedos nos meus fios de cabelo bagunçados, me fitando. - Vamos ficar aqui só mais um pouco...

- Tudo bem. - Sorri, recebendo mais um selinho demorado. Eu adorava aquilo, era tão doce, tão memorável, tão... ele. Eu queria mais e mais, era singelo e era necessitado, como se meu corpo se sentisse completo quando estávamos juntos.

-Tenho algo pra você. - Ele se esticou, puxando algo debaixo de uma das almofadas. Fiquei um pouco surpresa, vendo aquele objeto que eu só tinha visto em filmes e novelas. - Eu vi isso quando fui ler a minha sorte em uma cartomante, longa história...

Ele riu e ergueu o objeto que parecia feito à mão. Cada detalhe, cada traço e desenho. As cores em tons verde-água e um rosa neutro davam um contraste com a cor amadeirada do objeto, junto com as longas penas. Deixei um sorriso escapar e toquei nas penas com as pontas dos dedos.

- Um filtro dos sonhos? - Indaguei, curiosa.

- É como um amuleto de proteção. Ele deixa só os sonhos passarem e filtra os pesadelos. Eu quero que olhe pra ele e pense em mim. Pensei em nossos primeiros momentos juntos, no gosto dos nossos beijos e do quanto gosto de você. Então, mesmo que seja uma lenda, vai ser impossível você ter um pesadelo se pensar em mim. - Ele riu.

- Palhaço. - Ri junto.

- Você é minha, especialmente minha. Seus olhos, mãos, barriga, pescoço, lábios... - Baek se aproximou lentamente, encarando meus lábios e mordendo os seus, em uma provocação louca. Levou a mão livre até minha nuca e juntou nossos lábios delicadamente, prendendo o canto de minha boca entre os dentes e o puxando, fazendo o gosto metálico do sangue invadir minha cavidade bocal. - Vou fazer questão de marcar cada lugar desse.
  
                        POV Sehun

Suspirei outra vez, fechando meus olhos e apoiando sua cabeça em meu peito. Abracei seu corpo que parecia tão pequeno perto do meu e sorri. Sentia tanta falta daquilo.

- Como... Como soube que era eu? - Naeyeon disse baixo, o suficiente para que eu ouvisse.

- Eu já sabia que você tava com Hepatite A, foi a maior pista. E você vacilou um monte de vezes, não sei como não percebi antes. - Ri fraco e ela me olhou com o rosto emburrado.

- Aish. - Ela bufou e voltou a apoiar a cabeça em meu peito. - Por que não me disse antes? Sobre Luhan... E sobre o Kris.

- Seria um fardo pra você. Além do mais, era perigoso pra você e pro seu irmão.

- Bom, não adiantou nada pro meu irmão...

- Mas pelo menos adiantou pra você... - Respirei fundo e Nae me abraçou mais forte, escondendo o rosto em meu peitoral.

- Mesmo assim... - Sua voz saiu arrastada. - Eu precisava saber das ameaças do Luhan e do Kris, precisava saber do dinheiro e das merdas que meu irmão fez. Eu tenho esse direito.

- Isso é mais enrolado do que imagina, Nae. Eu só te contei a pequena parte que devíamos dinheiro pro Kris e Luhan.

- Então me conta tudo. Desde o começo, eu quero saber cada detalhe e cada fato que você sabe, Sehunnie. Eu quero saber como isso chegou nesse ponto, eu preciso... - Ela me encarou e eu suspirei alto.

- Ok, ok. Se quer saber tanto assim...

- Quero não, preciso.

- Teimosa...

               Flashback Sehun ON

Era uma tarde de segunda-feira, aquelas bem tediosas por sinal. A primeira neve tomava o chão inteiro, cobria as casas e as árvores, tudo estava coberto pela camada branca como se fosse um lençol. Eu particularmente amava ver aquilo, mas o frio era tão grande que o ódio logo aparecia.

- Caralho, cacete... - Falei, soprando o bafo quente em minhas mãos trêmulas, na tentativa de aquecê-las.

- Para de falar palavrão, seu imundo. - Baek revirou os olhos, colocando as mãos nos bolsos  do sobretudo.

- Como se você não falasse também, né? - Fiz careta e Baek mostrou a língua para mim. Abusado mesmo.

- Não me faz vergonha alheia, Sehun. Quando o Kris chegar fica bem na tua.

- Eu nem devia ter vindo nessa porra..  AI! - Berrei quando Baek deu um tapa forte na minha nuca. - TÁ MALUCO?

- Já disse pra parar de boca suja.

Baekhyun esses dias estava mais "neutro", digamos assim. Ele disse que falar palavrões demais causava más energias e trazia vibrações ruins. Isso deve ser por causa daquele templo de Buda que ele vive indo, já falei para ele que acender incenso, rezar 45 vezes por dia, e parar de falar palavrões por promessas à Buda não ia fazer ele passar de ano se ele não estudar. Aigoo...

- Não podia ter marcado de encontrar os traficantes em outro lugar? - Olhei ao redor com minha cara pokerface de sempre e suspirei. Estávamos perto de um armazém abandonado, em um lugar afastado do centro de Seul.

- Não são traficantes, zé ruela. Talvez sejam, mas isso não importa.

- Af, Baekkie, ajudou muito hein? - Bufei. - Você sabe que esses caras são perigosos né?

- Eu sei, não se preocupa. Só quero algo pra me desestressar.

- Você vai se drogar? - Olhei incrédulo e Baek suspirou.

- Não, mané.

- Então vai... roubar um banco?

- Porra, Sehun. - Ele bufou. - Você sabe que eles agora odeiam o Taemin e cia, eu quero aproveitar. Eles vão aprontar pra cima dele e nós vamos estar juntos porque sabe que sozinhos não damos conta né?

- Claro, a gente já foi encurralado umas 7 vezes e nas 7, apanhamos em 8. - Fui irônico, mas era basicamente verdade.

- Baekhyun e Sehun, certo? - Ouvi uma voz um pouco rouca e me virei, vendo dois indivíduos parados em minha frente. Um era bem alto e tinha a cara fechada, o outro era mais "delicado", por assim dizer, e seu cabelo era meio rosado. - Sou Kris. Esse é Luhan.

- Os ex's cachorrinhos do Taemin... - Baek riu soprado e Kris revirou os olhos.

- Saímos da cola do desgraçado faz tempo. - Kris encarou Baek.

- Por isso viemos aqui. - Baekhyun tirou as mãos dos bolsos.

- Já dizia Charles Charplin, "O inimigo do nosso inimigo, é nosso amigo."  - Luhan sorriu de lado.

- Licença, por acaso você conhece Lay? - Sehun franziu o cenho olhando para Luhan e eu segurei a risada com todas as minhas forças.

- Yixing? - Luhan estranhou e eu e Sehun quase surtamos.

- ISSO! - Sehun exclamou.

- Ele que me ensinou essa frase. - Luhan sorriu de nariz empinado e eu segurei minha crise de riso interna.

Kris olhou ao redor, tirando um cigarro do bolso. Era minha primeira vez vendo um cigarro pessoalmente, eu tenho 16 anos, Kris devia ter seus 19 já. Mesmo assim, cigarro aqui na Coreia só depois dos 21, na maioridade.

- Taemin quer dar uma de cafetão, mas ele me roubou, e vou fazer ele se arrepender disso. - Kris falou, soprando a fumaça do cigarro.

- Não quero saber do Taemin e das brigas de vocês, eu só quero o dinheiro daquele idiota lá. Aigoo. Taemin me deu dor de cabeça demais já. - Luhan bufou.

- Que idiota?

- Nahyuk. - Kris completou.

               Flashback Sehun OFF

- Foi assim que aconteceu, você já sabe que o Nahyuk ficou devendo, se enrolou nos problemas e daí ele veio atrás de mim, tudo complicou nessa hora. Mas agora isso acabou, Luhan foi preso faz séculos e Kris provavelmente morreu, pelo que eu soube.

- E você planejava esconder isso de mim até quando? - Naeyeon me olhou de relance com um olhar triste.

- Desculpa, Nae, eu queria te proteger. Depois das ameaças de Kris, eu até tentei ignorar mas aí seu irmão foi assassinado... Eu... Eu não podia te pôr em perigo também... - Suspirei, abaixando a cabeça.

- Eu te amo, Sehun. Nada pra mim importa mais que você... Não sabe o quanto me senti mal com aquelas suas palavr...

- Shh... - Eu a interrompi. - Eu sei, eu fui atingido junto. Mas agora é passado, né? Eu também te amo muito, Naeyeon. - Sorri e selei nossos lábios.

- Senhorita Naeyeon? Hora de irmos para a sala de medicação. - Uma enfermeira entrou na sala na mesma hora em que nós dois nos beijávamos, ou seja, a gente se atrapalhou e Nae ficou toda vermelha. Segurei o riso e ajudei ela a ir até a porta.

- Você vai tá aqui quando eu voltar? - Ela me olhou por cima do ombro da enfermeira.

- Você quer que eu fique? - Perguntei e ela assentiu. - Então eu fico, vai lá.

Me aproximei e deixei um selar na sua testa e ela sorriu fraco, acenando com a mão ao sair do quarto.

    
                   POV Jungkook

Eu estava a ponto de ter uma crise de pânico junto com uma gotinha de ataque de fúria violenta com capacidade de esquartejar qualquer ser que passasse pela minha frente e jogar os restos mortais para os cachorros.

- Deixa de ser dramático, por favor Jungkook. - Lay afagou minhas costas e aquilo serviu para me deixar mais estressado ainda.

- Dramático? ISSO PARECE DRAMA PRA VOCÊ?! - Eu dei um grito histérico que fez todo mundo me olhar.

Sehun tinha sumido do nada, Baekhyun foi outro que tomou chá de sumiço. Yerin, nem se fala. ONDE ESTÁ TODO MUNDO NESTA PORRA?!

- Calma, ela não fez de propósito. - Lay continuou afagando minhas costas e eu me virei mortalmente para ele, cerrando os punhos.

- Aquela desgraçada, voodoo de porcelana, tailandesa de plástico! LALISA MANOBAN, EU VOU TE DISSECAR COMO UM SAPO, IMUNDA! - Me levantei da cadeira com toda minha força dando o maior grito que conseguia com todo o ar do meu pulmão.

Eu estava sendo segurado ali por Lay fazia uns 30 minutos depois que Lalisa fez o grande favor de destruir minha vida e eu não posso espancá-la até a morte porque existe a lei Maria da Penha. Mas deixa só ela aparecer na minha frente... Argh. Vou deixar ela careca.

- Tem como dissecar uma pessoa com um sapo? - Lay franziu o cenho e eu dei um tapa em minha própria testa.

- "Como um sapo", e não "com um sapo". - Suspirei.

- Mas não é a mesma coisa não? Tipo, você come um sapo e faz lavagem estomacal por causa dos gases nobres?

- É o que? Gases nobres? Tá de brincadeira... - Dessa vez eu franzi o cenho e fiquei voando sem entender caralho nenhum.

- Os gases nobres que as vacas liberam e polui o ar. Espera, se os sapos liberam gases nobres também, então sapos são vacas?

- Puta que me pariu. Lay, cala a boca por favor, eu te imploro. - Supliquei tocando em seus ombros. Lay precisa urgentemente de umas aulas extras de língua coreana, acho que isso é porque ele mistura as palavras demais com as chinesas que são parecidas. Ou seja, fode tudo.

- Sapos são putas? - Ele me olhou confuso e eu fiz cara de choro.

- Desisto de você viu, desisto! Vá lá procurar o "anal versariante", eu vou  procurar a maldita da Lisa. - Fechei os punhos e rangi os dentes, olhando a minha volta. Ela não podia estar muito longe.

Ela vai me pagar por ter feito a Sana me bloquear em todas as redes sociais e até mesmo bloquear as minhas chamadas de telefone.

- Lisaaa... - Cantarolei irônico, andando devagar perto das barracas até o refeitório. - Lisinhaa...

- Hmm, o que é lisinha hein? - Ouvi uma risada soprada atrás de mim e bufei, vendo Youngjae e Minah de mãos dadas.

- Nossa, desse jeito até parece hétero, Youngjae. - Revirei os olhos sarcástico.

- Eu sou bi que nem você, qual o problema? - Ele deu de ombros.

- O problema é que você é o ser mais uke desse universo e em todos os outros universos e galáxias, somente. - Sorri ainda sarcástico e ele bufou, levando a mão até a saia de Minah e apertando sua bunda com força, o que fez ela se encolher um pouco.

- Eu sei fazer muito mais coisa que você imagina, Jeon Jungkook. - Ele sorriu de canto.

- E eu sou prova viva. - Minah mordeu o lábio inferior, fitando Youngjae e levando sua mão até a barra de sua calça.

- Ok, não tenho tempo pra ver vocês se pegando, se me dão licença tenho pessoas para matar, quero dizer, achar. -  Olhei ao meu redor e dei um passo que logo foi impedido por uma mão feminina que fincou as unhas em meu ombro e me puxou para trás.

- Calma, Kookinho... - Ela me olhou maliciosamente e deslizou a mão até meu membro coberto pela calça jeans.

Tudo bem, fiquei um pouco duro.

- O que acha de nós darmos uma passadinha ali bem rapidão, hein? - Youngjae olhou provocativo, vindo até mim e colocando a mão por debaixo de minha camisa e deslizando os dedos por meu tórax.

Ok, talvez fiquei muito duro.

- É bem rapidinho, hm? - Minah deu um beijo molhado em meu pescoço que me arrepiou por inteiro. Confesso que com todo aquele cu doce da Sana, eu estava meio necessitado esses dias. Não é fácil você ter pelo menos 2 transas por dia e agora não ter nem uma por semana assim de repente.

Sem falar que era Minah e Youngjae. Por mais que Youngjae fosse bi e desse uma de macho alfa para a Minah, ele não ia ser tão assim comigo por perto. Eu seria "daddy" de dois, isso é uma tentação para mim.

- Desc... - Tentei me afastar mas eles me prensaram em um tronco de árvore. Os dois juntos tiraram minha camisa e logo mais Minah desabotoou minha calça, descendo quase que imediatamente.

Estávamos em uma parte mais afastada do acampamento. Minah encarou por segundos o meu membro totalmente ereto para fora da boxer enquanto Youngjae tratou de tirar as roupas da garota uma a uma.

Mordi meu lábio e segurei com força nos cabelos dela, entrelaçando meus dedos em seus fios castanhos. Um gemido rouco meu estalou no ar quando senti a ponta de sua língua em minha glande. Antes de fechar meus olhos vi Youngjae se abaixar e segurar Minah por trás ao mesmo tempo em que ela abocanhou meu membro por inteiro. Ditei seus movimentos rapidamente, eu não tinha mais controle sobre minhas ações e nem do meu subconsciente.

De repente, Minah foi puxada e ficou agachada na frente de Youngjae, enquanto ele se pôs abaixado na minha frente e passou a língua pelos lábios olhando para meu membro de uma forma extremamente safada. Sorri de canto e ele se aproximou devagar. Meu membro pulsava dentro de sua boca, eu nem mesmo precisava ditar seus movimentos, ele era ágil e habilidoso nisso, meus gemidos eram altos e arrastados, nem sei como ele conseguia fazer aquilo tendo Minah provocando seu membro nos mesmos segundos.

Era tão prazeroso mas... Algo dentro de mim estava gritando para parar. Meu corpo queria aquilo, mas meus sentimentos diziam o oposto.

Seria maldade comigo se eu deixasse ele parar na metade, né? Vamos só deixar ele terminar e... Não. Já basta o que a Sana pensa de mim agora, não quero que isso acabe sendo verdade.

- P-Para. - Falei com dificuldade, empurrando Youngjae. - Para!

Eu empurrei com mais força e ele acabou caindo no chão e Minah arregalou os olhos.

- Tá louco? - Ele me olhou sem entender nada e eu apenas subi minha boxer e minha calça (quase chorando, só para constar) e peguei minha camisa, em silêncio. Eu não podia fazer aquilo com Sana, ela era tão especial para mim que por mais que eu queira isso, eu simplesmente não posso.

- Kookinho... - Minah falou dengosa.

- Kookinho é o cacete. Tô caindo fora, continuem sozinhos, eu tenho coisa mais importante pra fazer. - Fui grosso e seco. Sai andando enquanto colocava a camisa.

Parei em frente ao refeitório e vi de longe Lalisa detrás de uma árvore. Ela estava espiando a fogueira e parecia apreensiva. Com certeza estava se escondendo de mim.

Caminhei devagar sem fazer barulho, trilhando um caminho em que eu chegaria por trás dela. Andei nas pontas dos pés e toquei seu ombro com todo o cuidado.

- Tá se escondendo de quem? - Sussurrei e ela continuou olhando para frente.

- Do Jeon. - Ela sussurrou de volta sem perceber.

- Ah, e posso saber o porquê?

- Porque eu dis... - Lalisa deu uma breve pausa e engoliu seco. - Me fodi, não foi? - Ela abaixou a cabeça e fechou os olhos.

- Bem óbvio. - Assenti e ela suspirou.

- Rápida e indolor.

- Que?
                   
- Minha morte, quero rápida e indolor, por favor. MAS, eu juro minha inocência!

- Lalisa Manoban, você tem ideia do que você fez comigo?! - Tentei controlar minha raiva.

- Eu nāo sabia que ela ia te bloquear em tudo, poxa! Era só zoera!

- ZOERA? TU FICOU GEMENDO MEU NOME ALTO QUANDO A SANA FINALMENTE ATENDEU O MALDITO CELULAR! ELA ACHA QUE EU... AAAAAA, QUE ÓDIO! - Eu segurei no pescoço dela com as duas mãos e a empurrei contra a árvore.

- EI! EU SOU MENINA! SOCORRO! MACHISMO, AGRESSÃO, MARIA DA PENHA, LEI SECA!

- Lei Seca? Que? - Franzi a testa e ri soprado.

- Você tá doido?! - De cheio, recebi um soco no rosto me fazendo cambalear para o lado. Arregalei os olhos e olhei incrédulo para Lay que agora tinha uma mão em cada lado do rosto de Lalisa e estava com o rosto bem próximo do dela, conferindo se ela estava bem, ao que me parece.

Lalisa ficou imóvel, suas bochechas estavam com um rubor extremo e ela olhava para Lay evidentemente nervosa. Ele se aproximou mais e inclinou o rosto perto do dela, ainda segurando o seu rosto e olhando em seus olhos.

- Eu levo um murro que quase me deixa deficiente da mandíbula e vocês ficam aí se paquerando? Me poupem. - Me levantei do chão e dei uns tapas fracos em minha roupa, tirando a sujeira.

- L-Lay... - Lalisa gaguejou e Lay riu baixo, afagando o topo de sua cabeça.

- Cuidado com esses guris vagabundeando por aí, pequena. - Ele deu um sorriso largo e ela corou ainda mais.

- Epa, epa, epa, vagabundeando? Tu tá me tirando é, otário? - Rangi os dentes e Lay riu baixo outra vez, segurando a mão de Lalisa e me encarando.

- Jungkook eu peguei o número da Sana do seu celular e liguei dizendo que aconteceu um mal entendido. Ela disse: "Que bom que a cara dele vai ficar intacta, então.". - Lay ditou, imitando a voz da Sana no final. Eu fiquei de queixo caído por ele ter ligado no meu lugar e ter conseguido.

- Tá vendo? Não precisa de violência. - Lalisa mostrou a língua para mim e eu revirei os olhos.

- Uhum. Vai lá ligar pra sua garota, que eu vou falar com a minha agora. - Lay apertou a mão de Lalisa e a fitou, sorrindo.

- "M-Minha"...? - Ela teria caído para trás se Lay não estivesse segurando sua mão com força. Bufei e coloquei as mãos nos bolsos.

- Se divirtam, palhaços. - Tirei o celular do bolso e respirei fundo, discando o número de Sana.

- Não esquece de dizer que você tá só vagabundeando aqui! - Lalisa gritou rindo.

       "  - Alô?

- Ah, vai pra puta que pariu, voodoo de porcelana! - Gritei para Lalisa.

          - Voodoo de porcelana?! Vai pra puta que pariu você Jungkook, aproveita e nunca mais volta!

          - SANA?! MEU DEUS, NÃO ERA COM VOCÊ, AMORZÃO!

          - AMORZÃO?! Jeon Jungkook, segura esse bloqueio.

          - QUE? SANA, PELO AMOR DO SENHOR DOS BISCOITOS SCOOBY, NÃO FAZ ISSO DE NOVO! "

Gritei tão alto que todo mundo que estava na fogueira me olhou estranho.

- Sana? Alô? Sana?! SANAAAAAAA!

Sabe quando o protagonista de Alvin e os Esquilos grita "AAAAALVIIIIN" no final dos filmes? Foi eu agora.

                   POV Baekhyun

Definitivamente, não existia alguém mais feliz que eu ali.

Fechei meus olhos sentindo a brisa gelada da lagoa bater contra minha pele violentamente. Abracei meu próprio corpo e abri os olhos, voltando a olhar para Yerin que caminhava com pressa em minha direção também abraçando o próprio corpo na tentativa de amenizar o frio que fazia.

- Ninguém te seguiu? - Perguntei quando ela se aproximou. Segurei seu rosto com as mãos e o puxei para um beijo calmo mas rápido.

- Não. - Ela riu baixo.

- Que pena, af. - Eu bufei e ela riu outra vez, me dando um tapa no ombro.

- Baek, por que fez aquilo? - Yerin segurou a risada e eu fiquei confuso.

- Aquilo o que?

- Você jogou um cacto no coitado do Minhyuk, pra variar né. Onde que tu arrumou um cacto hein?

- Ele tava se engraçando pro seu lado. E peguei do refeitório. - Revirei os olhos, lembrando do ocorrido mais cedo.

- Ele é como meu irmão, Baek. - Ela suspirou.

- Isso é pior ainda! Ele gosta de ler coisa com incesto, aquele loiro do capeta! Espero que tenha espinhos até no olho do c... - Me segurei para não terminar a minha linda frase e respirei fundo. Minhyuk passava os dias todos dando em cima da Yerin, ele pensa que eu não reparo, mas está muito enganado. Joguei um cacto nele mesmo, e jogo mais 10 se eu quiser. Aish.

- Credo, Baekhyun. - Yerin se afastou e fez uma careta, andando para o lado oposto.

- Temos só mais 10 minutos juntos, vem cá. - A puxei de volta, envolvendo meus braços no entorno de sua cintura. Dei um beijo rápido na ponta de seu nariz e ela riu baixo, escondendo o rosto em meu peito. Eu ri junto, a apertando mais forte em meus braços. Só de tê-la assim eu esquecia todo o resto ao meu redor. Era algo que eu esperei por tanto tempo, finalmente consegui e não troco por nada.

- Temos que voltar logo, hoje é o último dia. - Ela se distanciou um pouco e eu concordei com a cabeça.

Na verdade, tínhamos acabado de acordar. Deveriam ser umas 8 horas da manhã, o frio era enorme por causa da frieza que a lagoa trazia pelo vento. E claro, eu já tinha aprontando umas. Joguei um cacto no Minhyuk, fiz a omelete do Jooheon cair no chão, derrubei o Hoseok de cara na poça de lama perto das barracas, ou seja, espalhei o caos para quem ousasse dar em cima da Yerin. Talvez eu pegue umas três semanas de detenção, mas valeu a pena.

                            (...)

Sorri vitorioso, mas logo emburrei o rosto quando lembrei que Sehun foi embora antes sem me avisar e ainda por cima não atende o celular de jeito nenhum.

Suspirei e fechei os olhos, pendendo a cabeça para trás, esticando as pernas e cruzando-as. Abri os olhos e observei o céu escurecendo. Faltava pouco para voltarmos para Seul mas algo me incomodava ainda em relação a Sehun e também em relação a Jungkook que estava encolhido no canto perto da fogueira, choramingando e cutucando a mesma com um pequeno graveto enquanto faz xingamentos em latim.

Acho que o caso dele é mais grave que o meu... Ou foi o Lay que estressou ele demais, deve ser por isso que Lay está com o olho roxo.

Olhei para Lay de longe e ele parecia bem mal e confuso. Algum garoto pressionava um saco de gelo em cima de seu olho, mas por estar de costas eu não sabia quem era. Dei de ombros e olhei a minha volta, a procura de Yerin.

- Onde ela se meteu... - Murmurei, suspirando novamente.

- Oi lind...

- Vai pastar, vaca. - Interrompi sem nem olhar para Yoona. Ela fez uma careta, saindo dali, e eu segurei meu riso.

- Mas que agressividade, Byun Baekhyun. - Jooheon sentou do meu lado, de cara fechada.

- Ainda tá com raiva? - Perguntei.

- Claro né?! Tu derrubou meu omelete no chão pô! Deu nem pra dar uma limpadinha, porque caiu na areia. Vacilo...

- Quem manda mexer com o que não e teu... - Bufei.

- Que? O que não é meu que eu mexi, Byun Baekhyun?

- N-Nada... - Disfarcei, olhando para a fogueira. - E para de me chamar pelo nome todo, isso dá agonia.

- É proposital, Byun Baekhyun.

- Então vai tomar no cu. - Bufei de raiva, me levantando e indo até Lay.

Sentei do seu lado e ele me olhou de relance, curioso. Jungkook agora estava na minha frente, ainda na mesma posição: agachado e balançando o graveto, enquanto xinga em latim, sei lá.

- E aí, Baek... - Lay tentou sorrir mas acabou grunhindo baixo, de dor.

- E aí... O que foi isso? Ei, Jungkook! Por que tu bateu no cara? - Cutuquei as costas de Kook com o pé e ele virou-se lemtamente para mim de cara fechada, depois virou de novo para frente.

- Não foi ele... - Lay suspirou.

- E quem foi? - Franzi a testa.

- Lisa.

- Lalisa? Espera... LALISA?!

- Shhh! Não me deixa pior, af... - Lay emburrou o rosto e eu fiz o máximo para segurar minhas gargalhadas exageradas.

- Como assim, mano? Lalisa te bateu? Porra... Como... - Foi impossível não rir, sério.

- Isso é sério, Baek. Não ri. - Lay segurou o saco de gelo e fez cara de choro. Então, como um ótimo amigo, eu fiz o que? Exato, ri mais ainda.

- Caralho. - Ri alto e coloquei a mão na barriga. - Como a Lalisa fez isso?

- Longa história... - Ele fez um bico e olhou para frente. Eu segui seu olhar e ele parou em Lalisa logo ali perto, ela nos encarava com praticamente fumaça saindo pelas narinas, claramente com raiva. Raiva não, ódio.

- Nossa, o que você fez?

- Baekkie, é errado dizer pra uma garota que achou o seio dela parece uma batata?

- QUE?!

Acho que vou parar no hospital por ter um ataque cardíaco de tanto rir, juro.

- Não ri, porra.

- L-Lay... - Tentei recuperar o fôlego mas eu caí na risada de novo, eu ri tanto que algumas pessoas ali perto começaram a rir junto mesmo sem saber do que se tratava. 

- Af, eu não tô de brincadeira, Baconzitos. É muito grave? Ela me odeia agora? - Lay parecia abatido enquanto eu ria descontroladamente.

- Nem suas maiores piadas, nem o melhor circo, nem mesmo o Lay me fazem rir mais nessa deprimente e amarga vida. Serei eu um ser passageiro em incrível miséria? Serei eu um teste de laboratório da vida que só me quer ver sofrer em tanhanha tristeza?

Jungkook se levantou olhando para o céu, em seus olhos estava escorrendo um líquido preto, como quando aquelas garotas choram de rímel sabe? Eu levei um susto tão grande que de rir passei a querer chorar.

- Jungkook, que caralhos é isso? Tá chorando gasolina? - Olhei confuso e ele bufou.

- Ô Baek, eu sou emo agora, tá? Respeita, respeita! - Ele puxou o "s"  dando ênfase e sentou do meu lado.

- Moda emo foi em 2006, tu tá louco é? Que é isso na tua cara? - Olhei com desgosto e passei a ponta do dedo na maçã de seu rosto, tocando o líquido para saber o que é.

- É lápis de olho preto. Eu agora dou das trevas, da armaga e simplória vida de escuridão. - Jungkook suspirou, encolhendo os ombros.

- Você tem lápis de olho? - Olhei para ele franzindo o cenho.

- Não, peguei da tua bolsa. - Ele suspirou outra vez e eu respirei fundo.

- Tu pegou meu LÁPIS BLACK NÚMERO 05 DA CHANEL, COLEÇÃO LIMITADA DE OUTONO?! TU QUER MORRER, VAGABUNDO?! - Eu gritei em todas às alturas, amaldiçoei Kook por pelo menos uns 3 séculos.

- Que porra é essa? - Minhyuk apareceu do lado e apontou para o seu rosto completamente confuso. Jungkook ficou cabisbaixo e pôs a mão no coração, depois levantou a cabeça rapidamente para o céu e fez um bico nos lábios.

- Alguém me dá uma parzinha de sorvete! - Kook gritou alto.

- Ficou louco... - Sussurrei olhando para Minhyuk e fazendo giros com o dedo perto do ouvido, típico né.

- Pra que uma parzinha de sorvete? Tá com cólica? - Lay disse do nada e nós 3 encaramos ele sem entender. - O que foi? Minha mãe pede isso quando tá com cólica, e pede aqueles absorventes em pote.

- Absorvente em pote? - Minhyuk estranhou assim como todos nós.

- É, aqueles da marca Kibom. Eu que compro. - Ele sorriu e eu suspirei, balançando a cabeça negativamente.

- EU QUERO AS PARZINHAS PRA CORTAR MEU PULSO E SUMIR DESSE MUNDO FOREVER!

- Tu vai se cortar com parzinhas de sorvete? Sério isso? - Lancei um olhar de desgosto. - Não prefere um palito de picolé não? Ou uma colher de açaí? - Falei irônico.

- Não, vai que corta de verdade, Deus me livre... - Ele murmurou e eu dei um tapa em sua nuca.

- Isso é pelo meu lápis de olho que foi 400 contos, e isso... - Dei outro tapa. - É por ser idiota. Agora vai lavar esse rosto, seu tapado.

- Não, não! Calma, não vai agora, eu tenho uma surpresa! - Minhyuk fez uma expressão de criança quando faz traquinagem, conheço essa expressão de longe porque eu faço ela sempre, convenhamos.

Minhyuk sentou do lado de Kook fazendo uma risada maléfica, Lay suspirou olhando para Lalisa e eu procurei Yerin outra vez vendo ela chegar ali toda sorridente com Wonho, aquele nerd bombadão. Eu rosnei disfarçadamente, não tão disfarçadamente porque os garotos me olharam estranho mas nem liguei, meu ciúmes era enorme assim como minha vontade de cometer um lindo homicídio naquele belo crepúsculo. 

- O que teu amiguinho rato de laboratório tá fazendo com a Yerin? - Perguntei olhando para Minhyuk.

- Por que? Algum interesse? Ciúmes? - Ele olhou sugestivo.

- Não interessa... - Mordi o lábio inferior.

De repente, o sinal que toca perto do refeitório soou bem alto e um gás se espalhou pelo ar. Quase vomitei ao sentir o cheiro de bicho morto e olhei para o lado vendo Minhyuk rir com uma máscara no rosto. Sabia que faltava a pegadinha de último dia dele, aish. Fixei meu olhar em Yerin e nossos olhares se cruzaram. Não era o momento mais romântico, nem preciso explicar o porquê, mas quando meus olhos encotraram os seus, meu sorriso automaticamente apareceu.

                          (...)

- VOCÊ DEVIA TER ME CONTADO, SEU PALHAÇO! - Gritei, jogando uma almofada em seu rosto.

- MAS EU TAVA COM PRESSA, PORRA!

- OH SEHUN, VOCÊ ESCONDEU UM RELACIONAMENTE SEU DE MIM POR 1 ANO! 1 A-N-O! - Soletrei com raiva e ele riu abafado.

- OLHA QUEM TÁ FALANDO DE ESCONDER RELACIONAMENTOS NE?!

Tirando a parte que quase morri engasgado com a própria saliva, eu fechei os olhos e me xinguei mentalmente.

- N-Não sei do que ta falando... - Gaguejei.

- Você e Yerin... Nem adianta negar. - Ele semicerrou os olhos e riu anasalado.

- E-Eu tava com pressa... - Sorri sem jeito.

- Aigoo... - Ele riu e a porta da sala em baixo da escada se abriu com força.

- BAEK! - Jungkook gritou.

- Ue, chegou na escola cedo hoje, senhor "emo"tivo? - Fiz um trocadilho bem bosta, para variar, mas ele parecia sério.

- T-Tem... Lá no t-teto... A-A-A...

- Para de gaguejar Jungkook. O que foi? - Me levantei indo até a porta.

- Tem um garota no teto da escola ameaçando p-pular se você não aparecer em 5 minutos... - Ele engoliu seco e eu fiquei sem reação. - R-Rápido!

Eu corri em direção à cobertura da escola em questão de segundos. De todas as loucuras que garotas fizeram por mim, isso era totalmente insano!

- Quem é qu... - Cessei meus passos e engoli seco, imóvel. Arregalei os olhos olhando para a garota de costas na beirada do teto, com o pé balançando para frente. Seus cabelos estavam bagunçados pelo vento, ela virou o rosto para trás ao ouvir minha voz e vi as lágrimas em seu rosto. Era a garota que fiquei no começo do ano. Ela tinha sumido um tempo, e as fofocas rolavam soltas dentro da escola.

Fiquei um pouco chocado vendo ela ali, seu rosto era indecifrável e meu coração parecia congelado. Eu não sabia o que fazer ou dizer naquela situação, apenas paralisei.

- Baekhyun... - Ela murmurou, como se falasse meu nome para ela mesma.

- D-Desc... - Assim que dei um passo para frente ela ameaçou se jogar então recuei, desesperado.

- Culpa sua... Tudo isso, é culpa sua... - Suas lágrimas aumentaram em meio à soluços. Ela fechou os olhos e fungou, controlando o choro.

- Vamos conversar, ok? Desce daí, a gente vai lá pra baixo, você bebe alguma coisa e a gente conversa, por fav...

- Não! - Ela me interrompeu, me olhando e cerrando os punhos. - Você não entende? Não tem mais volta...

Ela chorou alto, colocando o antebraço em cima dos olhos e soluçando. Minhas mãos tremeram e suaram frio, sem saber o que se passava ali.

- Minha vida... não vale nada. Eu não valho nada. Eu me autodestrui ou você me destruiu, quem se importa? - Ela fungou, fitando o céu. - Aquelas pessoas... Eu não devia ter confiado nelas.

- Do que tá falando? Desce, por favor...

- Eu acho que botei a corda no meu próprio pescoço. - Ela riu soprado, abaixando a cabeça.

Dei um passo vagaroso, sem que ela percebesse. Precisava tirá-la dali a qualquer custo. 

- Baekhyun. - Ela me olhou e eu fiquei estático.

- Por favor... Vamos descer, hm? - Tentei convencê-la, esticando os braços.

- Você não entende?! Não posso! EU NÃO POSSO! - Ela gritou, chorando outra vez. - Eu sou uma simples mensagem. Um aviso pra você... Um aviso descartável. Agora entende?

- O que?

- Me mandaram em forma de aviso. "Estamos contando que seja o próximo, Byun Baekhyun.".

Sua última lágrima escorreu e meus olhos se arregalaram. Minhas pernas automaticamente correram em sua direção quando ela impulsionou os pés e sumiu. 

- Não... não... - Me apoiei na beirada do teto e olhei para baixo, vendo a cor vermelha aparecer aos poucos. Pessoas correndo para todos os lados e também aglomeradas ao redor da garota deixavam uma imagem perturbadora. Levantei um pouco o rosto e vi ao longe Yerin sorrindo e conversando com Naeyeon e Hoseok.

Corri apressadamente até as escadas, ofegante e em desespero absoluto. Eu não podia deixar Yerin ver aquela cena. Eu não queria que ela visse e sentisse a agonia que eu estava sentindo naquele momento. Avistei ela confusa olhando para a multidão, me aproximei em alta velocidade e afundei seu rosto em meu peito, abracei com toda a força sentindo meus olhos lacrimejarem.

   


Notas Finais


Oi, oi, desculpa desculpa, amo vocês, juro ❤ :') Não sei se ficou bom, nem se ficou grande, minha bateria tá em 4% então não tô podendo revisar, ME DESCULPEM OS ERROS E VOU ATUALIZAR COEXISTING EM BREVE, NÃO VAI TER HIATUS, REPITAM COMIGO #NÃOVAITERHIATUS


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