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História Auditory Hallucination - Roleta do amor


Escrita por: taexxxxxie

Notas do Autor


Cheguei pra mais um capítulo ♡
LEIAM AS NOTAS FINAIS, OK? amo vocês

Ainda não revisei, sorry os erros :')

Capítulo 23 - Roleta do amor


Fanfic / Fanfiction Auditory Hallucination - Roleta do amor

Estou seriamente chegando à conclusão de que na minha vida passada eu cometi um grande pecado. Talvez eu tenha sido Adolf Hitler, quem sabe uma serial killer ou até, possivelmente, eu tenha jogado uma granada na Santa Ceia de Jesus.

Essas eram as explicações mais plausíveis para o meu imenso mar de azar. Mar não, o Oceano Pacífico inteiro. Eu, Shin Yerin, sou a pessoa mais azarada da face da terra. Se quiserem fazer um TCC de faculdade que tenha algo a ver com desastres naturais ou como os humanos conseguem mergulhar em um azar profundo, podem me usar de exemplo, viu?

Bufei, pela quinquagésima nona vez, revirando os olhos e desejando apenas uma coisa: estar morta. 

— Eu disse que odeio, O-D-E-I-O, macarrão com atum! Você é analfabeto?! Acéfalo?! Uma nova espécie de Yixing's?! — sinceramente, eu gosto muito de Baekhyun, mas, agora, eu já preferia mil vezes ouvir um vídeo com uma coletânea de 1 hora de gritos da Samara Morgan até meus ouvidos sangrarem, do que a voz de Baekhyun por mais 5 segundos.

— Isso aqui por acaso é restaurante internacional de 5 estrelas pra você pedir o quer?! Eu tenho cara de chef italiano, hein?! — na verdade, eu preferia 2 horas de gritos do que ouvir mais 5 segundos da voz de Baek e Taehyung.

— Eu... preciso me controlar... não posso passar o resto da minha vida... na cadeia... — murmurei pausadamente, respirando fundo em cada pausa e controlando minha assassina interna que queria aparecer.

— Yah! E o que eu vou comer, seu idiota?! — Baek bufou, batendo as mãos no balcão da cozinha.

— Vou te dar um menu com duas opções: ou você volta pra sua casa ou você vai tomar no seu cu! Escolhe! — Tae rangeu os dentes, fumaçando de raiva.

— Vai tomar no cu você! Aceita que eu vou morar aqui logo, ou me processa, neném. — Baekhyun tinha um beicinho nos lábios e encarava Tae com o rosto mais emburrado possível.

— Chega! Vai tomar no cu você, Baekhyun! Vai tomar no cu você, Taehyung! Vão os dois tomar no cu! Cansei da voz dos dois, queria que um meteoro 3 vezes maior que a lua caísse na cabeça de vocês e eu pudesse descansar em paz e tranquilidade! —  gritei, me levantando com os punhos fechados e a respiração descompassada de raiva. Fazia exatamente 2 horas que os dois brigavam e eu já estava no meu limite!

— Nossa amor... — Baek fez um bico de choro, me olhando com aquela carinha de cachorro abandonado.

— Amor é o caralho. — rangi os dentes, andando até a cozinha em passos pesados.

— Nossa Yerin, calma... — Tae me encarou do mesmo jeito de Baek, mas nada podia mais me acalmar naquela maldita madrugada.

— Calma?! São 2 horas da madrugada e eu não consigo dormir porque vocês dois ficam BRIGANDO IGUAL DOIS IMBECIS, e você me pede calma?! — gritei, fuzilando os dois, que ficaram cabisbaixos.

— Desculpa... é que ele começou e...

— Eu comecei?! — Taehyung interrompeu Baek. — Tá de brincadeira, né?

— Vai desmentir?! Você sabe que eu odeio atum e jogou um monte no meu macarrão, nem se faça de santo!

— Aish... — bufei, fechando os olhos e respirando fundo. — Querem calar a boca?

— Vem aqui me calar com um beijo. — Baek deu um sorriso safado piscando para mim, e Tae ficou vermelho igual um pimentão.

— Você quer que eu te cale com um murro? — Tae levantou o punho e encarou Baek de forma séria.

— Vocês dois querem que eu cale vocês com murros? — retruquei e os dois pararam de se entreolhar para abaixarem as cabeças. Cruzei os braços e suspirei, olhando para o relógio da parede.

— Desculpa, mas é que ele me tira do sério. — Tae murmurou.

— Ah, e eu sou o único, por acaso? — Baek soltou faíscas pelos olhos, e eu revirei os meus, implorando a Deus por piedade.


               POV Jungkook


Suspirei, olhando para o teto fixamente. Para falar a verdade, o teto era a única coisa que eu conseguia ver mesmo.

— Jungkook? — escutei uma voz doce e familiar me chamar. Olhei para a porta do quarto e vi Sana balançar uma sacola plástica com as mãos. Eu sorri com dificuldade, a vendo se aproximar e pôr a sacola em cima da cama, tirando um pote de sorvete dela. — Como se sente?

— Eu tô ótimo. — sorri, e ela suspirou.

— Jungkook, você tá com uma das pernas engessada, um braço quebrado e o olho roxo. — Sana abaixou o olhar, e eu ri baixo.

— Pelo menos eu posso sorrir ainda, e por sua causa. — sorri minimamente. Ela me olhou com o rosto emburrado.

— Não Jungkook, você pode sorrir porque meu pai não quebrou seus dentes também. Aish, aquele velho violento... — Sana cruzou os braços e bufou.

— Eu ainda tô vivo, não tô? E tem uma coisa muito boa nisso tudo... — dei um sorriso manhoso e ela me fitou.

— Ah, tem? O quê?

— Você vai ter que me dar banho. — sorri malicioso.

— YAH! — a garota me deu um tapa por cima do gesso e eu fingi ter sentido dor, vendo ela arregalar os olhos e segurar meu rosto com as mãos. — Desculpa, Jungkook-ah! Aish, eu sou uma idiota...

— Você é a idiota mais linda que eu já vi. — roubei um selinho demorado. Sana deixou escapar um sorriso e selou nossos lábios, aprofundando em um beijo quente e molhado. Esperei tanto por aquilo e finalmente!

— Me desculpa mesmo pelo meu pai. Ele era mafioso no Japão, então...

— E-Ele era o q-que? — gaguejei, engolindo seco.

— Brincadeira. — Sana riu. — Ele é só agressivo mesmo. Enfim, eu vou resolver isso com ele, só que ainda não quero falar com ele.

— Ele é seu pai, Sana. Só tá te protegendo. — suspirei tendo a menor me ajudando a levantar da cama do hospital. Ouvi um pigarreado de longe e olhei para a porta, engolindo seco ao ver o pai de Sana aparecer com um jeito um pouco desconfiado.

— Filha? — o pai alheio se aproximou, coçando a nuca. Sana o ignorou, e eu suspirei baixo, me levantando de vez e andando com ajuda de Sana até ele, o olhando nos olhos.

— Sr. Minatozaki. — ditei, com firmeza.

— Eu vim me desculpar, Jeon. — disse.

— Eu quero namorar com a Sana. — falei, o encarando e sentindo minhas pernas tremerem.

— Eu sei que fui muito idiota em ter te agredido, é que minha filha é muito precios... o quê? — o velho arregalou os olhos, e o vi cerrar os punhos.

— J-Jungkook, o que... — Sana ficou paralisada, mas, mesmo vendo o pai dela fumaçar de raiva, eu continuei firme e forte.

— O que disse, criança? — ele pareceu incrédulo. Sana puxou fraco a barra de minha camisa, porém, eu inspirei e expirei, me mantendo na mesma posição.

— Eu q-quero que o senhor d-deixe eu namorar com a Sana. — repeti, me arrependendo amargamente.

                          [...]


Entreabri os olhos lentamente, sentindo a luz forte ofuscar minha visão. Dei um sorriso pequeno, que logo foi se desmanchando ao ver a imagem se formar à minha frente. Sempre imaginei que a morte viria com um capuz preto e uma foice afiada ao invés de cabelos longos e pretos e bochechas gordinhas.

— Olá morte, é você? — sorri outra vez.

— Ótimo pai, você deixou ele com problemas mentais! — escutei uma voz familiar bufar, e coçei os olhos, sacudindo a cabeça.

— Morte, é mesmo você? — franzi a testa.

— Não, Kook! É a Sana! Aish, tá vendo o que você fez pai?! Quer ser preso de novo igual da outra vez?

— P-Preso...? — balbuciei.

— Aquilo não tem nada a ver, você sabe que foi por causa da máfia... — olhei para o pai de Sana que estava escorado de braços curzados perto da poltrona de acompanhantes.

Senti um calafrio percorrer meu corpo vendo várias estrelinhas se formarem acima de minha cabeça até uma escuridão tomar conta completamente da minha visão.

— Jungkook? Ótimo, ele desmaiou de novo.


                    POV Yerin

Andei de um lado para o outro - quase fazendo um buraco no chão -, com os braços cruzados e os olhos fechados.

— Yerin-ah... — a voz de Baekhyun soou manhosa.

— Já disse que quero silêncio. Querem ficar mais 1 hora aí, é? — o repreendi no mesmo segundo, vendo Baek voltar a abaixar a cabeça agora com um bico retraído nos lábios.

— "Querem"?! Mas eu nem fiz nada! — Tae me olhou fazendo uma cara triste.

— Cala a boca idiota, eu não quero ficar aqui mais uma hora... — vi Baek sussurrar para Tae e segurei a risada.

Os dois estavam de joelhos no carpete da sala com os dois braços levantados para o alto. Sim, eu coloquei essas duas crianças birrentas de castigo, e agora eles estavam naquela mesma posição fazia uns 40 minutos.

— Vocês não têm vergonha não? Nessa idade, eu tenho que botar vocês de castigo? Eu sou mais nova que os dois e vocês ficam brigando igual crianças. Lindo, né? — balancei a cabeça negativamente, fitando os dois abaixarem mais as suas.

— Eu sou lindo mesmo. — ouvi um murmúrio de Baek e olhei para ele, semicerrando os olhos.

— O que disse? — indaguei.

— Nada.

Ignorei, me sentando no sofá de frente para eles e esticando as pernas sobre o mesmo, cruzando-as e espreguiçando o corpo. Bocejei, sentindo o sono pesar. Já que eram 5 horas da manhã e eu ainda não havia dormido por causa de Tae e Baek. Sorte minha que esses dias não estão tendo aula. 

Quando eu digo que algo vai dar em merda, pode anotar que a merda vai acontecer. Eu sabia que ia ter dor de cabeça assim que vi Baekhyun chegar com aquele monte de malas na minha porta.

— Y-Yerin, deita direito... — Tae ditou e o olhei, vendo ele me fitar nervoso.

— Hã? — franzi o cenho. — Tô deitada errado?

Observei Tae virar o rosto para Baek e semicerrar os olhos. Mirei Baekhyun e ele estava com os olhos fixados em mim, mais especificamente em minhas pernas. Uma vez safado, sempre safado. Revirei os olhos e me sentei na beirada do sofá, bocejando outra vez.

— Vou dormir. Se eu escutar um "aí" que seja, eu vou expulsar os dois dessa casa, ouviram? — levantei, ajeitando o short do meu pijama que era um tanto curto.

— Então já posso sair daqui?! Amém! — Baek levantou se espreguiçando. — Ah, onde eu vou dormir, hein? Onde é seu quarto, Yerin? Acho que vou dormir lá.

Baekhyun me encarou com um sorriso sacana no canto dos lábioa, e eu desviei, engolindo em seco. Não fazia nem um dia inteiro que eu tinha terminado meu namoro com Taehyung, o que Baek estava fazendo? Ele quer mesmo morrer? Nem me dei ao trabalho de responder e fui direto para as escadas.

— Sonha, Bacon. — Tae sorriu irônico, me acompanhando até a escadaria.

— Bacon é o caralho, tá me tirando é? — Baek fez pose de boxeador e o outro revirou os olhos.

Baconzitos tá melhor pra você? — disse sorrindo irônico.

— Aish, não vejo a hora de entrar naquela piscina ali e relaxar. — Baek resmungou, pondo as mãos nos bolsos da calça moletom.

— Eu realmente quero muito que vocês entrem naquela piscina. — olhei séria para os dois e vi Baek sorrir de canto.

— Quer me ver de sunga, né? — sorriu malicioso.

— Não, quero jogar um tanque de piranhas lá dentro. — sorri sarcástica, vendo Baek me olhar com desgosto.

— Piranhas comendo bacon... Me avisa quando for fazer isso, viu? Vou filmar pra pôr no youtube e ficar rico. — Taehyung ditou irônico, subindo as escadas.

Fui logo atrás, tentando ignorar Baekhyun e suas "resmungadas".

— Eu vou dormir aqui? — Baek apontou para meu quarto na maior inocência, até sorrir maliciosamente ao perceber meu olhar arregalado. — Hmmm... é seu quarto?

— Você vai dormir no final do corredor. — Tae apontou com o dedo indicador para o quarto onde o primo dele tinha ficado quando veio para cá.

— Não se mete, seu ET. — Baek bufou.

— Vocês só me estressam, na moral. — murmurei.

— Yerin. — Tae se aproximou de mim, ignorando Baekhyun e dando aquele sorriso fofo dele de sempre. — Amanhã vai ter uma festa na empresa do seu avô. É pra comemorar os negócios que finalmente estão melhorando, e preciso de um par. Uma festa dessas é meio constrangedor ir sozinho... Você quer ser meu par? Já que é um jantar da empresa, seria até bom ter a neta do CEO lá.

— Um p-par? — sorri fraco, evitando olhar para Baekhyun, que parecia estar desejando jogar bombas nucleares em cima de Taehyung. — Tae, eu...

— Tudo bem se não quiser, não precisa acompanhar o ex, se você se sentir desconfortável. — sorriu fraco.

— Eu vou, Tae. — sorri sem jeito.

— Bem feito. — Baek murmurou, sorrindo orgulhoso. — Espera, quê?! — ficou boquiaberta, me olhando incrédulo, mas, o que eu podia fazer? É sobre a empresa do meu avô e Taehyung continua sendo alguém importante para mim apesar de termos terminado. Eu não podia negar que de certa forma ele mexia comigo e fazia eu me sentir bem, além do mais, ele me ajudou quando mais precisei.

— Ér... Então... Tenham uma ótima noite! — falei em tom alto, sorrindo igual um robô com defeito e saindo correndo para o meu quarto. Ok, por que eu fiz isso? Yerin, você por algum acaso é idiota?

                        [...]


O sol começava a se pôr deixando o céu alaranjado, o qual ia escurecendo aos poucos. Uma brisa suave se esgueirou pela fresta da janela e soprou levemente sobre algumas mechas de cabelos meus. Coloquei-as de volta atrás da orelha, sorri ao ver minha imagem final no espelho. 

Fazia um bom tempo que eu não me arrumava tanto e dedicava um tempo desse só para mim, realmente um bom tempo.

O reflexo de meu vestido vermelho justo ao corpo parecia agradável. Meus cabelos estavam soltos, e, nos pés, um salto alto preto que eu usava pelo menos uma vez ao ano. Era o único salto que eu tinha.

Olhei uma última vez para a maquiagem, conferindo se estava tudo em seu lugar, e sorri respirando fundo. O bater na porta de meu quarto me fez sentir um pouco nervosa. Assim que abri a mesma, tive que me segurar muito para não deixar o queixo cair até o centro da Terra. Taehyung estava simplesmente lindo. Como sempre, usava um terno, porém dessa vez o terno era bem mais elegante, e de um modo tão sexy que mais um segundo encarando ele e ia ter um mar de saliva no corredor da minha casa.

— Uau, você tá linda Yerin... — o moreno desviou o olhar para o chão e vi suas bochechas ficarem rosadas. Juro, quase gritei. Acho que quando souberem que terminei com essa criatura linda, vão mandar me espancar até a morte. Até eu me espancaria agora.

— Obrigada... Você também tá lindo, Tae. — sorri sem graça, me sentido mais nervosa que o normal o vendo ficar mais vermelho ainda. Taehyung levantou o braço para que eu o segurasse, como nos casamentos, sabe? Por que eu havia terminado com ele? 

O motivo para isso me veio à cabeça assim que vi a porta do final do corredor ranger. Encarei o mesmo, vendo Baekhyun sair com uma das mãos no bolso de uma calça social preta. Ele vestia um terno branco com preto, seus cabelos em tom castanho claro combinavam perfeitamente com sua pele alva, e eu me peguei perdida no sorriso que ele deixou escapar ao me ver.

Quanto mais ele se aproximava, mais alto o meu coração batia. Esses efeitos que Baekhyun causa em mim são tão inexplicáveis, inevitáveis até. Espera. Por que raios ele está tão arrumado e de terno?

— Baek, o que... — uni as sobrancelhas e o vi sorrir minimamente.

— Onde pensa que vai? — a voz áspera de Tae soou mais grave que o normal, mostrando estar claramente irritado.

— Vou com vocês. Acha que me vesti lindo assim pra quê? Pra ir na casa do Sehun que não foi. — Baek fez careta e o moreno ao meu lado revirou os olhos.

— Baekhyun, quem pensa que é? — Tae se aproximou dele e os dois se entreolharam sérios, eu quase podia ver a fumaça saindo de seus olhos. — Sou eu quem vou pra essa festa, não você. Eu que vou passar o tempo todo com Yerin, porque eu tenho o direito e não você.

As palavras de Taehyung acabaram me pegando de surpresa e fiquei sem reação alguma, paralisada igual uma estátua. Baekhyun riu soprado, ainda encarando Tae.

— E quem decidiu isso? Você? — Baekhyun tinha um sorriso de deboche que eu não via já fazia algum tempo.

— Não. Quem decidiu isso foi a vida. Mesmo que você vá, Yerin é meu par e vai ficar a maioria do tempo lá comigo. Não é porque você deciciu invadir essa casa, que vai ter tudo o que quer e como bem quer. — Tae sorriu de canto, vitorioso.

— Vamos decidir quem tem o "direito" de ter a Yerin. — Baek ditou, empinando o nariz.

— Com certeza que não é você, playboyzinho. — Tae sorriu sarcástico.

— E por que seria você, seu palhaço?! — Baek quase gritou.

— Aish, palhaço é você! — Tae também aumentou a voz, e eu me senti extremamente confusa.

— Sério que vocês vão discutir por mim? — cruzei os braços.

— SIM! — os dois gritaram em uníssono, me fazendo arregalar os olhos e pigarrear.

— Por isso que eu tive uma ideia. Vem comigo. — Baek segurou minha mão e me puxou pela escadaria, indo até a sala de estar. Ele me deixou no meio do carpete e foi até a cozinha. Nesse meio tempo, Taehyung andou com passos pesados até o meu lado, fuzilando Baek com os olhos já que ele não tinha uma metralhadora de verdade.

Escutei um ruído alto e olhei na direção da cozinha, vendo Baekhyun arrastar um negócio enorme coberto por um pano branco.

— Que porra é isso? — olhei confusa, vasculhando o objeto com os olhos e tentando achar alguma lógica naquilo.

— É a porra que vai decidir com quem você vai ficar a maior parte do tempo. Já que vamos morar juntos, você vai precisar dividir bem o seu tempo com a gente, Yerin. — Baek ditou sorridente, tirando o pano e mostrando uma roleta enorme. — Se cair no vermelho, você passa o seu tempo livre comigo, se cair no branco você passa ele com o Taehyung.

— Você... não acha que tá um pouquinho injusto não? — apontei para a roleta que tinha apenas um risquinho branco em meio a um gigantesco espaço vermelho.

— Você já passou dos limites, não acha não? — Tae cruzou os braços.

Eu tive que rir. Era fofo - talvez possessivo - da parte de Baek fazer isso para ficar o máximo de tempo comigo, não dava para negar. Mesmo que esse negócio de "roleta" não fosse funcionar muito depois, ainda assim era um amorzinho.

— Ok, ok. Gira a roleta então. — falei, segurando a risada. Baek piscou para mim e girou a roleta, completamente confiante. Ouvi Tae rir soprado e o queixo do castanho cair junto de seus olhos arregalando. 

A seta da roleta tinha justamente parado em cima do fino risquinho branco. Levei a mão até a boca, numa tentativa de conter a risada ao ver Baekhyun em estado de choque.

— T-Te-tem alguma coisa errada, e-eu vou girar de novo. — respirou fundo e girou a roleta com mais força que antes, e, por incrível que pareça, a seta caiu novamente em cima do pequeno risco. Ouvi Taehyung rir abafado e caminhei até Baek, que parecia que ia explodir a qualquer momento de tanta raiva. As veias dele estavam dilatadas e ele estava evidentemente vermelho. — Mas que droga...

— Baek, esquece isso... — tentei empurrar Baek para o lado, para ele não fazer um buraco na roleta com os olhos.

— Droga... droga, droga, droga, droga, mil vezes droga! — ele se virou para Tae, quase rosnando. - Isso não valeu!

— Me poupe Baekhyun, por que não some de uma vez daqui? — Tae alterou o tom de voz, cerrando os punhos.

— Por que você não some da minha vida? Por culpa sua, eu fui tratado como um inútil na sua casa, por sua causa eu me envolvi com quem não devia e quase joguei minha vida no lixo! Se não fosse pelo Sehun, eu...

— Me poupe, Baekhyun, de verdade. Não é culpa minha se sua mãe morreu te odiando, não é culpa minha se você é um bastardo que até o irmão mais velho menospreza. Não é culpa minha se você é inútil e mereça ficar sozinho! — Taehyung retrucou, e ouvi a respiração de Baek ficar trêmula. Eu estava em choque com tudo aquilo. Jamais ao menos imaginaria aquelas palavras saindo de alguém como Taehyung. Ele parecia uma pessoa totalmente diferente da que sempre conheci. A forma como ele falou doeu mesmo em mim.

Mirei Baekhyun ao meu lado e notei seus olhos marejados, enquanto ele mordia o lábio com força.

— Pare... — falou entredentes.

— Você acabou com minha vida no momento em que apareceu na porta da minha casa. Você é só um entojo pra mim, assim como foi pra sua mãe.

— DISSE PRA PARAR!  Baek desferiu um soco certeiro no rosto alheio me fazendo recuar um passo, sem saber o que fazer. Ainda não conseguia processar todas aquelas palavras e a maneira fria com que Tae as falava, um jeito dele que eu nunca tinha visto antes.

— Quer saber?! Eu vou embora! — Tae passou o dorso da mão no canto da boca, que estava ferido devido ao soco. — Eu não consigo mais passar um minuto perto de você! Desculpa Yerin, não precisa mais ir comigo, eu vou sozinho. — me fitou e logo desviou, saindo de casa e fechando a porta com tanta força que pensei por um momento que ele a tinha quebrado. Respirei fundo e levei a mão até a testa, tentando processar aquilo tudo.

Meus olhos tornaram de relance para o garoto silencioso que apenas encarava o chão.

— Baekhyun-ah... — minha voz saiu baixa. Nossos olhares se cruzaram e eu me aproximei, segurando seu rosto em minhas mãos. — Não liga pra o que ele disse, hm? Você não tá sozinho, você tem a mim. 

Ele sorriu fraco e me envolveu nos braços, escondendo o rosto em meu ombro num abraço afável e demorado. Ele ergueu um pouco a cabeça e me fitou atento por alguns segundos.

— Tô com fome. — um beijo foi deixado em minha testa. 

— Quer que eu faça o jantar? A Sra. Jung folgou hoje, então... 

— Hm, você sabe cozinhar? A gente já pode casar então. — disse todo convencido, o sorriso fraco em seus lábios quase me convencera de que ele estava bem. 

— Vou fazer um macarrão com molho branco, e algumas verduras. Pode ser? — perguntei, e ele assentiu. Caminhamos para a cozinha de mãoa dadas, e logo me vi procurando os ingredientes e os pondo em cima do balcão junto de uma panela pequena. 

— Quer ajuda? — Baekhyun escorou as costas no balcão e cruzou os braços, me observando ligar o fogão. 

— Não precisa. — disse confiante. 

— Posso ajudar cantando, então? — ele jogou os cabelos para trás e começou a cantarolar uma música, na verdade, aquela música. A nossa música. As palavras soavam em um tom mais doce e lento que o original, por entre os sorrisos mínimos de Baekhyun ao olhar para mim. Ri abafado, desviando de seus olhares e me concentrando na comida. 

"Sinto-me animado, o dia está ótimo, um doce amor chegou.
Eu começo o dia cantarolando uma melodia nunca ouvida antes.
Você conhece a nossa canção de amor?"

Meu sorriso era tão evidente que eu ria mais por causa disso do que pelas brincadeiras bobas do outro. Baek acelerou o ritmo para um mais animado, vindo até mim e estendendo a mão como se me chamasse para uma dança. 

Segurei sua mão sendo puxada para si, envolvendo minha cintura e a segurando firmemente. Seus olhos fitaram os meus de modo intenso, enquanto ele mordia o lábio inferior. 

— Que tal assistirmos um filme, uh? — pairou os olhos em meus lábios e os mirou descaradamente.

— Filme? Qual? — sorri, o vendo entrelaçar seus dedos nos meus.

— Qualquer um. — sorriu junto, mas logo o desfez, franzindo o cenho. — Que cheiro é esse? 

Fungei repetidas vezes, o que me fez tossir ao inalar um cheiro forte e ruim. Uma fumaça preta se fez presente na cozinha e eu engoli em seco, arregalando os olhos.

— A COMIDA! MEU DEUS! — dei um grito e corri até o fogão, abanando a fumaça com as mãos e tentando apagar o fogo. Escutei uma risada atrás e emburrei o rosto, virando para o outro. 

— Eu sabia que tava bom demais pra ser verdade! — Baek tinha a mão sobre a barriga e ria escandalosamente. Bufei, cruzando os braços. 

— Tá, eu não sei cozinhar. E agora? Queimei a comida, vamos comer o que? Aish.

— Calma... — recuperando o fôlego, Baekhyun se aproximou. — Nossa, yerin... você queimou até a panela, credo. 

— Idiota. — bufei outra vez. Ele riu, jogando a panela na pia. 

— Vou fazer a janta. Já disse que o Sehun me obrigou a fazer um curso de culinária quando eu tinha 15 anos? — pegou o avental da Sra. Jung e colocou sobre o terno, pegando uma panela grande que estava no balcão. 

— Sério? — entreabri a boca, com o queixo caído. Eu não estava tão surpresa pelo curso, mas por Baek conseguir ficar tão sedutor com um avental extremamente feminino. Ninguém precisa saber, né? 

— Sério. Vem cá. — Baek me ergueu nos braços e me pôs sentada no balcão. — Você só me dá trabalho, aigoo. 

— Baekhyun, eu não sou criança. — fiz careta e o vi rir. 

— Mas é o meu bebê. — ele encostou nossos narizes e eu ri anasalado, dando um beijo em sua bochecha, o que fez ele fechar os olhos e sorrir igual um bobo. Ele foi até o fogão e colocou os ingredientes. Baekhyun parecia realmente um profissional.

Fiquei balançando meus pés enquanto o observava preparar as coisas. Não demorou muito para ele voltar até onde eu estava e ficar entre minhas pernas, abraçando minha cintura. 

— Daqui a pouco tá pronto. — sussurrou, me dando um selinho. 

Foi bem rápido mesmo. Em questão de cinco minutos o jantar estava pronto, e confesso, estava uma delícia. Repeti duas vezes? Sim. Talvez eu tenha ganhado uns 10kg a mais. 

— Yerin, vai lá escolher o filme que eu vou lavar os pratos. — Baek pegou os pratos, e me levantei.

— Eu lavo, você já fez a comida. — tentei tomar os pratos de sua mão, mas ele recuou. 

— Vai logo, eu faço isso. — o maiod foi até a pia e eu andei até a sala, me sentando no sofá e ligando a tv.

— NADA DE TERROR! — Escutei um grito da cozinha e fiz um bico, tirando de um filme japonês de terror que eu já havia colocado. 

— Então o quê? Comédia? Romance? — gritei, passando a lista de filmes, logo fitei a porta da cozinha esperando por uma resposta.

— Um filme erótico. — somente o rosto de Baek surgiu na porta, com um sorriso safado. 

— Quer morrer? — ditei séria, e ele fez uma careta. 

— Comédia. — bufou, voltando para a cozinha. Ri baixo e procurei algum filme bom de comédia. 

Alguns minutos depois, Baek pulou sobre o sofá com um balde de pipoca em mãos. Ele se ajeitou ao meu lado e eu enchi a mão de pipoca, colocando tudo na boca de uma vez. Apertei o play e o filme mal começou e eu já estava rindo igual um hipopótamo gasguito, se por acaso ele existir. 

— Por que não perguntou? — Baek disse fracamente, abaixando a cabeça. 

— Uh? — o olhei.

— "É verdade?", "Tudo o que Taehyung disse, é realmente verdade?" Por que não perguntou? — ele manteve o olhar baixo, e eu fiz o mesmo. 

— Porque... eu confio em você. — voltei a olhá-lo e ele parecia pego desprevenido, retribuindo o olhar. — Eu sei o bastante pra acreditar que as coisas que Taehyum disse não são verdades. 

— Minha mãe... me odiava. Ela me odiava tanto que não falava comigo, não olhava na minha cara, até que me abandonou de vez, separando do meu pai. Alguns meses depois ela morreu, sem nem ao menos me deixar saber. Taehyung disse a verdade, eu era um "entojo" na vida dela.

— Sabe, Baek, tudo... — olhei para frente, respirando fundo. — ...tudo têm um motivo. Você escolheu caminhos errados por algum motivo, Tae falou e fez coisas ruins com você por algum motivo, meus pais... me abandonaram por algum motivo, então, sua mãe com certeza tinha os motivos dela. Não perca seu tempo lembrando de coisas que não te fazem bem. 

Sorri minimamente e ele fez o mesmo, levando a mão até o topo de minha cabeça e acariciando meus cabelos. 

— Você... — ele olhou em meus olhos por longos segundos. — Você tá linda. Aliás, você tá sempre linda. 

— Bom... — o olhei dos pés a cabeça, empinando o nariz. — Você até que não tá tão ruim. 

— Yah! Isso é uma edição limitada da Dolce & Gabanna! — Baek formou um bico nos lábios, cruzando os braços. — E eu também sou edição limitada, olha essa beleza toda. 

Ele aproximou o rosto do meu, sorrindo de canto e fitando meus lábios. Aquela sua proximidade era tão provocante que um calafrio percorreu meu corpo. 

— O que tá fazendo...? — empurrei fraco o seu peito e ri abafado. — Vai assistir o filme, Baekhyun. 

— Aigoo. — ele riu anasalado. — Eu odeio filme de comédia. 

— O quê? Mas... e por que você disse pra assistir um filme de comédia? — franzi a testa, o fitando.

— E quem disse que a gente vai assistir o filme? — me olhou sorrindo maliciosamente. 

Senti um arrepio assim que ele aproximou outra vez, encarando meus lábios por alguns segundos antes de me roubar um selinho rápido, seguido de outro, e mais outro, em meio a um sorriso de canto, até que seus olhos se fecharam e nossos lábios se encaixaram de forma perfeita. Fechei os olhos sentindo sua língua explorar cada canto de minha boca numa intensidade delirante. Sem desgrudar nossos lábios, Baek jogou longe o balde de pipocas e envolveu os braços em minha cintura, me pondo em seu colo. 

Enlacei as pernas em seu quadril e envolvi os braços em seu pescoço, entrelaçando meus dedos em seus cabelos. Eu não lembrava de mais nada que tinha acontecido cinco minutos atrás de tão absorta que estava. Baekhyun deslizou os lábios pela extensão da curvatura de meu pescoço, distribuindo selares molhados e mordidas tentadoras, me fazendo tombar a cabeça para trás. A destra alheia deslizou lentamente por minhas costas até chegar em minhas coxas, as quais ele percorreu com os dedos sem hesitar. Bem devagar, seus dedos deslizaram por debaixo de meu vestido. 

Em questão de segundos, senti um choque invadir meu corpo e minha intimidade se contrair quando as pontas de seus dedos tocaram suavemente meu clitóris por cima do tecido fino da calcinha. Seus dedos se movimentaram lentamente, de um jeito totaente insano. O tecido já estava molhado apenas com leves toques seus, e eu tinha absoluta certeza de que ele estava me provocando. Tive ainda mais certeza quando ele tirou os lábios de meu pescoço e me fitou, mordendo o próprio lábio inferior e sorrindo de canto. 

Podia sentir sua excitação tão grande quanto a minha. Aliás, eu podia literalmente sentir sua excitação. Seu membro pulsava endurecido, roçando em minha intimidade que se retraia cada vez mais com os estímulos dele. Meus gemidos involuntários o fazia acelerar mais os movimentos, me deixando louca. 

— B-Baek... — implorei por algo ainda mais intenso e ele pareceu entender bem. Baekhyun se levantou, me erguendo junto e juntando nossos lábios em um beijo feroz. Suas mãos me seguraram pelas coxas, e ele caminhou até as escadas, atrapalhadamente. Baek me empurrou contra a parede no meio da escadaria e prensou nossos corpos, tirando o blazer, a gravata e desabotoando alguns botões da camisa social. 

Nossas respirações estavam descompassadas e seguiamos um ritmo acelerado e quase que urgente.

 Finalmente, depois de perambular pela casa quase toda, Baek me empurrou contra minha cama. Ele prendeu meu lábio inferior entre os dentes e puxou, soltando lentamente. Nós dois já estávamos apenas de roupas íntimas, explorando cada parte e detalhe de nossos corpos como uma verdadeira anatomia. Eu tinha marcas vermelhas pelo corpo todo devido as mordidas e chupões que Baekhyun fazia questão de deixar em minha pele. E claro, deixei na dele também. 

Ele deslizou a alça de meu sutiã com mais delicadeza, logo desabotoando o feixo e encarando meus seios descobertos. Fechei os olhos e deixei a melhor sensação me invadir por inteira. Baek trilhou beijos molhados em meus seios, logo passando a ponta da língua em um deles ao mesmo tempo em que massageava o outro com a mão. Céus, aquilo era alucinante. 

Baekhyun prontamente desceu a boxer, deixando a mostra seu membro ereto e exageradamente excitado. Passei a língua pelos lábios e resolvi fazer algo que não imaginava que fosse fazer tão cedo. Engatinhei em sua direção e tomei seu membro de suas mãos, o fazendo me olhar surpreso. Eu estava mais que nervosa, mas precisava retribuir os deleites que Baek me proporcionou.

Aproximei meu rosto de seu membro e passei a ponta da língua vagarosamente da extensão até sua glande, que o castanho aprovou com um gemido rouco. Coloquei a pontinha em minha boca e bem lentamente fui adentrando todo o membro na mesma, fazendo Baek gemer ainda mais alto, como uma música. 

— Y-Yerin... Eu... — com a voz arrastada, o maior me jogou para trás e colocou a camisinha em um mísero segundo, me penetrando sem nenhum aviso. Eu ainda não era tão acostumada com o volume em meu interior, mas aquele indício de dor só deixou tudo mais intenso. O cheiro de prazer emanava por todo o quarto e nossos gemidos contrastavam com os estalos de nossos corpos se chocando. 

Os cabelos claros de Baekhyun agora estavam mais escuros e grudavam em sua testa devido o suor. Agradeci a todos os deuses existentes por ter ficado sozinha essa noite com Baek. 

Talvez uma das melhores noites da minha vida. 

Chegamos em nosso ápice simultâneamente; as respirações ofegantes e o suor era evidente em ambos. Baekhyun caiu ao meu lado, e a minha cama pequena fazia nossa proximidade ser ainda grande. Meu peito subia e descia rapidamente e meus olhos se mantinham fechados, enquanto a respiração tentava voltar ao normal. 

Novamente, Baekhyun se pôs por cima de meu corpo e eu entreabri os olhos, recebendo um beijo doce e carinhoso. Deixei escapar um sorrisinho bobo em meio a falta de fôlego, fechando de novo os meus olhos. 

— Eu amo você, Yerin. Nunca amei tanto algúem em toda minha vida. — suas palavras ditas arrastadas em uma voz rouca e cansada fez meu coração já acelerado querer sair pela boca.

— Eu... também te amo. — ditei aquelas palavras sem hesitar. 

— O-O quê? — Baek arregalou os olhos e me fitou. — O que disse? Eu ouvi certo?

— Eu te amo, Byun Baekhyun. 

— Buda, já tá na minha hora? — ele olhou para o teto e eu ri abafado, segurando seu rosto em minhas mãos. 

— Te amo, te amo, te amo, te amo, te amo. — repeti várias vezes, com um sorriso nos lábios e um rubor nas bochechas. 

— Eu acho que não entendi ainda, pode repetir mais 300 vezes? — ele selou nossos lábios rapidamente.

— Você vai ouvir isso mais de 1000 vezes se depender de mim. — sorri. Ele fechou os olhos com um sorriso largo e as bochechas avermelhadas, logo escondendo o rosto na curvatura de meu pescoço. 

— Como pode ser tão fofa? — falou arrastado, me abraçando apertado. — Tão minha. 

O mais velho se jogou ao meu lado e fechou os olhos, mantendo o sorriso de orelha a orelha. 

Depois de alguns minutos naquele estado, fui tomar um banho e depois Baek foi tomar o seu em meu banheiro mesmo. 

Vesti a camisa social que Baekhyun estava usando antes porque era mais confortável - mentira, ele me ameaçou de morte se eu não vestisse. - e me sentei na beirada da cama, esperando o seu demorado banho. 

Um toque de celular me tirou dos pensamentos sobre minutos atrás, e me levantei, procurando pelo aparelho. Era o celular de Baekhyun e o número era desconhecido, talvez fosse uma ligação errada? Quem sabe um trote? E se fosse uma chamada importante?

Peguei o celular e atendi o telefonema, que ficou em silêncio por segundos. 

— Alô?  esperei por uma resposta por pelo menos uns trinta segundos, até que alguém resolveu dizer algo. 

— Quem fala?  uma voz masculina soou na outra linha, me deixando apreensiva. 

 Quem é...? 

 Sou um amigo do Baekhyun, ele tá? 

 Ah, sim, ele tá tomando banho. Quer deixar um recado?  indaguei. 

 Não. Er... você é o quê dele? Namorada? Ele não me contou que estava namorando.

 Ainda não somos namorados, eu acho... Ah! Me diz seu nome, vou dizer a ele que você ligou. 

 Diz pra ele que é um velho conhecido, Lee Taemin. E qual o seu?  sua voz me transmitia uma vibração estranha, de certa forma. 

— Meu nome é Yerin.

 Yerin... é bonito. A dona deve ser muito bonita também. 

— Yerin? O que tá fazendo? — olhei para a porta e vi Baekhyun com um toalha enrolada no quadril e os cabelos levemente molhados. 

— Finalmente Baekhyun! Tem um amigo seu aqui que te ligou, acho que é Tae... Taejin? Taemin? 

Baekhyun tomou o celular de minha mão imediatamente, me assustando um pouco. Ele tinha o semblante sério e os punhos fechados com força. 

                 POV Baekhyun


Terminei meu banho e enrolei uma toalha em meu quadril. Olhei meu rosto no espelho meramente embaçado e sorri, lembrando de cada detalhe daquela noite. Yerin tinha um poder sobre mim que era indecifrável. Eu amava cada curva daquela garota, cada sorriso, até mesmo os xingamentos e o temperamento ruim. 

Ri baixo com esses meus pensamentos e voltei a me fitar no espelho, secando meus cabelos com uma toalha pequena. 

" Eu te amo, Byun Baekhyun. " 

Tem como meu dia ficar melhor? 

 Meu nome é Yerin. 

Escutei assim que abri a porta do banheiro, me deparando com Yerin segurando meu celular em seu ouvido. 

— Yerin? O que tá fazendo? — perguntei, e ela me olhou com certa ansiedade.

— Finalmente Baekhyun! Tem um amigo seu aqui que te ligou, acho que é Tae... Taejin? Taemin? 

Arregalei meus olhos e de imediato tomei o celular de sua mão, ouvindo uma risada abafada no outro lado da linha telefônica. 

   — O que quer? Sabia que esses meses todos sem ligar eram bons demais pra ser verdade bufei, ditando ao telefone.

 É assim que fala com seu velho amigo? Poxa. Desse jeito sua nova namorada vai achar que sou uma pessoa ruim...  ÷le riu alto, de forma irônica. — Baekhyun-ah, por que não me avisou antes que tinha uma namorada?! Agora vai ser bem mais divertido, não acha? 

Fechei os punhos com mais força ainda, rangendo os dentes e respirando fundo numa tentatuva de controlar a raiva para não transparecer para Yerin. 

Se você encostar um dedo sequer nela, eu juro que vou te matar com minhas próprias mãos. 

 Sério? Então, vamos ver quem vai morrer primeiro. 



Notas Finais


Sorry a demora, juro que tentei fazer mais rápido porém os estudos estão me atolando :')
Enfim, o próximo sai mais rápido, em nome de Jesus /orando/

Aah, quem ainda não viu, comecei una fanfic nova, com um tema de psiquiatria e hospícios, com o Jimin como principal. Deem uma olhada <3

Link: https://spiritfanfics.com/historia/dystopia-8367865


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