1. Spirit Fanfics >
  2. Auditory Hallucination >
  3. Estamos perdidos?

História Auditory Hallucination - Estamos perdidos?


Escrita por: taexxxxxie

Notas do Autor


AAAAAAAAAAH -u-
Olar ♡

Nunca vou me cansar de agradecer à quem lê, favorita e comenta, amo vocês sz Boa leitura sz

Capítulo 9 - Estamos perdidos?


                      

- Baekhyun? Ei, Baek...

Eu estava agachada ao lado dele cutucando seu braço. Como era possível alguém desmaiar desse jeito? E quem raios era Samara? Tentei cucucá-lo outra vez mas ele nem deu sinal de vida.

- Será que tem alguém acordado? - Olhei para a escada sugestiva, minha voz saia bem baixa para que não acordasse ninguém. - Que pergunta... óbvio que todos estão dormindo.

Eu falava comigo mesma enquanto encarava Baek jogado aos pés da escada. Ele já estava desacordado faziam minutos, e eu não sabia o que fazer. Bom, ele merecia um castigo... Me levantei e subi alguns degraus da escada logo parando, minha consciência pesada não me deixou seguir em frente.

Por mais que fosse o Baekhyun e ele merecesse um pouco daquilo por tudo que já fez, eu não podia deixá-lo ali jogado no chão. Desci os degraus e me agachei novamente ao seu lado.

- Ei, Baek... - Eu praticamente sussurrei, agora cutucando sua bochecha com o dedo. - Levanta... Aish.

Empurrei sua bochecha com um pouco de força fazendo sua cabeça pender para o lado. Murmurei, me levantando. Ele não acordava de jeito nenhum, já eram 2 horas da madrugada e eu estava meio acordada, meio sonolenta.

- Será que Sehun tá acordado? Ou Hoseok... preciso de alguém. - Pensei finalmente em levar Baekhyun para o quarto, já que não deixaria ele passar a noite inteira ali no chão.

Como era 100% de certeza que todos estavam dormindo eu resolvi por conta própria levá-lo até o 1° andar. O que percebi ser uma péssima ideia ao olhar para a escadaria. Me aproximei de Baekhyun e coloquei um de seus braços envolta de meu pescoço e tentei erguê-lo, suspendendo seu corpo até o tronco no ar mas logo cedendo por causa de seu peso.

- O que é... que... você... come? - Falei pausadamente por causa do esforço  tentando levantá-lo e falhando mais uma vez. - Colabora, Baekhyun...

Parei para recuperar o fôlego me agachando novamente e tentando pensar em outra alternativa que não fosse me quebrar ao meio. Voltei a olhar para a escada na esperança de alguém ter acordado para me ajudar mas não tinha ninguém.

- Já sei. - Eu só estava fazendo do jeito errado. - Vamos tentar desse outro lado.

Puxar ele com o seu braço envolta de mim fazia seu corpo pendurar-se e ficar ainda mais pesado, então ao invés de fazer isso eu andei até onde estava sua cabeça ficando de costas para a escadaria e agarrei seus dois braços para puxá-lo para cima. Era arriscado eu subir a escada de costas mas era uma tentativa que poderia funcionar.

Fiz o maior esforço e consegui levantar ele por dois degraus, seu corpo era demasiado pesado e cada degrau que eu conseguia levantar ele era como se eu estivesse levantando uma âncora. Pois é, eu não sou muito forte, nunca fui. Olhei para o final da escada atrás de mim e suspirei, ainda faltavam muitos degraus e eu já estava suando.

- Seu peso morto, como pode não acordar nem assim? - Resmunguei. - Espera... e se ele morreu mesmo?

Eu congelei. Soltei ele e me abaixei procurando ouvir as batidas de seu coração pelo pescoço sem sucesso, isso me fez ficar angustiada. Desci um degrau e peguei seu braço tentando sentir seu pulso. Suspirei aliviada quando consegui. Ele não tinha morrido, então.

- Tá... - Minha voz baixa fazia um eco arrastado na sala deixando o lugar um pouco assombroso. - Vem...

Fiz todo o esforço que podia, segurei seus braços com firmeza e o puxei degrau por degrau olhando para trás de vez em quando para não pisar em falso. E meu Deus, como ele é pesado! A cada degrau eu resmungava um xingamento até chegar no topo da escada.

- Ok... - Olhei para os lados, alternando entre olhar a porta do quarto dele e a de Taehyung e Minhyuk. - Aonde eu te levo agora...?

Decidi levar ele para o quarto dele mesmo, teria que bater na porta até que Sehun ou Hoseok abrissem. Voltei a segurar nos braços de Baekhyun para puxá-lo mas, de repente, a porta de meu quarto abriu e Naeyeon apareceu boquiaberta me olhando.

- Y-Yerin... você matou o Baekhyun?! - Ela estava pasma, de olhos arregalados e mais branca que um papel.

- Não, claro que não Naeyeon! - Eu levantei as duas mãos como quem se rende e acabei por soltar Baekhyun que bateu os braços no chão. - Droga...

- O que houve então?

- Esse idiota... - Dei uma pausa voltando a arrastá-lo pelo chão. - ...desmaiou.

- Ele desmaiou? Que? Por que?

- Não sei, ele disse "Samara" quando me viu e caiu duro no chão...

- Samara... Morgan? A Samara Morgan?

- Quem é essa? Ah, é a garota do filme de terror? - Suspirei finalmente entendendo tudo.

Reparei no estado em que eu estava. De pijaminha, cara de sono e os cabelos todos desgrenhados. Respirei fundo e ajeitei os cabelos, o rosto não dava para ajeitar e o pijama curto é irrelevante contanto que nenhum pervertido me veja, ou seja, contanto que Baekhyun não acorde.

- Você vai levar ele para o quarto é?

- E eu vou fazer o que? Não posso deixar o garoto passar a noite inteira aqui nesse chão.

- Não sei é uma boa ideia acordá-los, falo de Hoseok e Sehun... - Ela me olhou receosa.

- Não vai me dizer que é tipo Jimin e Xiumin....? - Agora eu que estava de olhos arregalados e ela riu sem graça.

- Não é isso, é que Hoseok disse que é agressivo se acordam ele, e Sehun... ele deve ser 10 vezes pior. Temperamental do jeito que é...

- Você parece conhecer ele bem...

- Não, não. É só uma sugestão...

- Não vou deixar ele aqui por mais que eu queira e acordar Tae por causa de Baek não é uma boa ideia também...

- Você pode pôr ele no nosso quarto então. - Ela saiu da porta e a empurrou deixando a passagem totalmente livre.

- Mas só tem uma cama, e você? E eu?

- Eu não quero mais dormir, vou ficar lá em baixo, você pode tentar dormir...

Ela desceu as escadas enquanto ainda falava e eu encarei a porta. Não tinha certeza se era uma boa ideia levar ele até meu quarto mas era o mais seguro e não incomodaria ninguém. Além de mim, claro. Eu o fitei no chão, ri nasalmente e me aproximei para voltar a puxá-lo.

- Droga. - Olhei para a escadaria. - Eu devia ter pedido ajuda... enfim, agora já foi.

Segurei seus braços com força e o puxei, era bem mais fácil arrastá-lo daquele jeito do que subir a escada com ele. Assim que passei pela porta, eu o levei até a cama e fiz tanto esforço para colocá-lo em cima dela que tive que parar algumas vezes para retomar o ar. Eu o joguei na cama e ele caiu de bruços, me sentei ao lado sem fôlego até equilibrar minha respiração outra vez.

- Sério que ele ainda não vai acordar? Aish... Ei Baekhyun. - Cutuquei suas costas e ele nada de se mexer. Se eu não tivesse checado seu pulso, com certeza diria que ele morreu.

Escorei as costas na parede em que a cama estava encostada e olhei de relance para Baek. A posição que ele estava não parecia muito confortável, e eu também não sabia o que fazer e nem se era perigoso estar desmaiado por tanto tempo. Já faziam mais de 10 minutos. Resolvi ajeitá-lo na cama.
Me levantei e andei até o outro lado da cama ao qual ele estava virado e o empurrei fazendo ele cair de barriga para cima outra vez. Suspirei e me sentei do outro lado que estava vazio. Seus cabelos bagunçados estavam caindo sobre os olhos e eu podia ver o suor frio escorrer de sua testa. Ele realmente tinha levado um enorme susto.

Eu o observei atentamente por longos minutos. Diferente de quando está acordado, ele parecia um bebê inofensivo com aquele band-aid fofo. Com o cotovelo na cama, apoiei minha cabeça e continuei olhando cada detalhe seu. Não era de se estranhar o porquê haviam tantas garotas ao seu redor, ele era lindo mesmo, só era convencido demais.

Bocejei com o sono me invadindo mais uma vez e olhei rapidamente para o relógio da parede. Já eram 3 horas da madrugada e eu não dormi direito essa noite. Queria dormir, mas com Baek ali eu estava hesitante e não era por menos.

- Bom... ele tá desmaiado, é inofensivo agora... - Eu o encarei e assenti à minha própria conclusão.

Eu tinha que dormir e ele está desacordado faz tanto tempo que parece que irá demorar muito para acordar, não custava nada eu tentar dormir. Era um risco que eu estava disposta à correr tamanho era o sono que sentia. Me inclinei e deitei todo o corpo na cama, ao seu lado, e adormeci em questão de segundos, bastou fechar os olhos.


                      POV Baekhyun


Minha cabeça doía tanto que parecia que iria explodir a qualquer momento. Entreabri os olhos sentindo uma tontura leve tomar meu corpo e as costas estalarem, aliás, minhas costas doíam como se alguém tivesse me arrastado por cima de pedregulhos.

- Aish... - Tentei me levantar coçando os olhos e com uma das mãos na testa ao sentir tudo ao meu redor girar.

Virei o corpo ficando na beirada da cama, e pondo os pés no chão que por sinal estava super gelado. Finalmente consegui abrir os olhos sem que tudo girasse. As cortinas de uma das janelas estavam abertas deixando a luz da lua entrar e iluminar o local.

- Mas o que... - Eu não reconhecia aquele lugar, não era mais a sala e sim um quarto. E não, não era o meu quarto.

Suspirei rouco e tentei enxergar algo que me desse uma pista de onde estava até que meus olhos pararam sobre ela. Yerin estava deitada na cama e dormia em silêncio cobrindo as pernas com os próprios braços. Eu fiquei estático.

- Y-Yerin?

Logo, as imagens do meu susto ridículo foram ficando claras em minha mente. Deveria ser Yerin a pessoa que estava na minha frente perto da escada. Me levantei da cama esticando o corpo e olhando ao redor, Naeyeon não estava ali nem mesmo outra pessoa, apenas eu e Yerin dormindo.

Então ela me trouxe até aqui? Sozinha? Dei uma risada abafada ao pensar nessa possibilidade e me sentei onde eu estava antes, ao seu lado na cama. Seus cabelos estavam um pouco caídos em seu rosto e ela abraçava o próprio corpo provavelmente de frio já que não vi cobertor nenhum.

Puxei um cobertor que estava perto e a cobri com cuidado, não queria acordá-la já que dormia tão sossegadamente. Me deitei virado para ela, não muito perto. Queria observá-la. Mais uma vez, porque eu já tinha feito aquilo milhões de vezes só hoje, ou seria ontem? Ah, quem se importa.

Ela parecia tão confortável mesmo que eu estivesse lá. Estiquei o braço e com os dedos, suavemente levei aquelas mechas de cabelo que cobriam seu rosto para atrás da orelha e não hesitei em sorrir. Foi um sorriso involuntário, automático, melhor dizendo. Toquei a pele de sua bochecha sem querer e ela grunhiu baixo fazendo com que eu deixasse outro sorriso meu escapar.

Acariciei sua bochecha devagar até passar a mão para seus cabelos, acariciando-os também. Pela primeira vez estávamos próximos o bastante sem que ela gritasse, me ameaçasse ou mesmo batesse. Cruzei os braços como uma borboleta e apoiei a cabeça em cima, olhando Yerin fixamente. Aquele silêncio extremo fazia com que eu escutasse os mínimos sons possíveis dentro do quarto, como a sua respiração, o vento batendo nos galhos perto da janela e as batidas altas do meu coração.

- Yerin... - Eu sussurrei com um sorriso de lado, um sussurro tão baixo que ela não ouviu.

E fiz isso repetidas vezes com um sorriso bobo nos lábios, até ela se mexer e eu arregalar os olhos prevendo minha morte próxima de mim. Ela murmurou algo que eu não entendi o que era e virou-se de costas para mim. Eu ri anasalado e me deitei de barriga para cima com um dos braços atrás da cabeça, olhando o teto e sorrindo de lado.

Levei minha mão até o bolso do moletom, procurando por algo. Eu havia colocado ali só por precaução e já deveria ter entregado antes mas não tive coragem, na verdade, eu tive sim. Bufei ao lembrar da cena do posto, em que Taehyung segurava firme a mão de Yerin.

Respirei fundo.

Tirei a pulseira do bolso encarando-a. Ela era de couro preto em conjunto com algumas outras pulseiras pratas grudadas. Comprei ela no posto mais cedo, queria entregar para Yerin como um presente de aniversário já que eu não havia tido tempo de comprar nada antes de vir. Era bem simples mas combinava com ela por isso comprei assim que vi. Mas Taehyung estragou tudo quando eu ia entregar, argh.

Eu encarava a pulseira fixamente rangendo os dentes quando ouvi outro murmúrio de Yerin e imediatamente guardei de volta para que ela não visse. Eu a olhei de relance e ela tinha virado o corpo de volta para a posição antiga só que agora bem mais perto.

Seu rosto estava um pouco abaixo do meu por eu ser mais alto, porém ela continuava bem próxima, sua respiração se misturava com a minha e senti meu coração bater mais alto do que já estava. Naquele momento era só ele que eu escutava, para falar a verdade. Nada mais esquisito que aquilo.

Era tão esquisito que eu mesmo tentei afastar ela, a empurrando de leve na testa com dedo mas isso piorou tudo e só fez ela se aproximar mais ainda e segurar minha mão, bem, não a mão inteira...

- Yerin? - Sussurrei. Ela segurava meu dedo indicador, parecia uma criança pequena e isso me fez rir baixo.

Aquele era um novo ângulo que eu via de Yerin. Ela parecia tão indefesa, mesmo que não fosse, senti a necessidade de protegê-la por mais que fosse apenas por um segundo. Por bastante tempo eu esqueci que existia uma aposta, esqueci que ela me odiava, esqueci que eu só a usaria, esqueci tudo.


                       POV Sehun


Abri os olhos me espreguiçando e tentando acostumar com a luz do dia invadindo o quarto. Senti algo pesado sobre meu corpo, era algo quente, era calor humano. Calor humano?

-AAAAAH! - Meu grito deu um susto em Hoseok e eu o chutei para longe fazendo ele cair resmungando no chão.

- O que aconteceu? Terremoto?

- Por que tava me abraçando?! Você é louco? Ou sei lá, gay? Queria meu corpo nu?!

- Do que você tá falando? - Hoseok estava sentado no chão com uma expressão confusa enquanto a minha expressão era de desespero.

Eu estava em pé no canto da cama cobrindo meu corpo com o cobertor. Como alguém podia dormir daquele jeito?

- O que fiz, Sehun? Que corpo nu? Ah, me poupe. - Ele se levantou bagunçando os cabelos e me fitou.

- Você tava me abraçando enquanto dormia... como posso saber se não fui violado? - Ele riu arrastado e sentou na cama de costas para mim.

- Se você fosse mulher, até podia desconfiar. Sossega, Sehun.

- Então você não é gay e não quer meu corpo nu?

- Que porra de conversa é essa? - Ouvi a porta do quarto se abrir e Minhyuk nos olhar estranho fechando a porta de novo.

- Pronto, agora Minhyuk vai espalhar pra Deus e o mundo que somos gays e estranhos. - Eu bufei saindo de cima da cama e jogando o cobertor na cabeça de Hoseok.

- Mais estranho é ele, e eu nem reclamo. Deixa de frescura, Sehun.

- Frescura nada, vai atrás dele e diz o que aconteceu, vai logo.

- Eu vou é tomar banho, oxe.

Palhaço. Ele entrou no banheiro e trancou a porta, eu tive que esperar quase uma hora para poder fazer minha higiene matinal. E durante essa hora eu percebi que faltava algo no quarto, mas o que era? Tinha algo de errado mas eu dei de ombros.

- Bom dia, princesa, como foi sua noite de núpcias com o Hoseok? - Minhyuk me lançou um olhar malicioso e eu quis socar a cara dele, mas me segurei.

- Não começa, é seu amigo que é estranho.

- Ele é mesmo. Nós somos. Enfim, o que ele fez que você fez aquele chilique todo? - Minhyuk abria uma caixinha de leite com os dentes e me olhava esperando uma resposta.

- Eu acordei e ele tava em cima de mim, dormindo.

- Credo. Ele é tipo o Bob Esponja, muito grudado, seja em quem for.

- É verdade.

Eu me apoiei no balcão da cozinha e observei Taehyung perto da pia, ele fazia torradas e ovos mexidos como café da manhã. Ele era excelente no que fazia, cheguei até ficar boquiaberta.

- Bom dia, Sehun. - Taehyung se virou para mim e sorriu. Seu sorriso era meio estranho, formava um quadrado, um pouco parecido com o do Baekhyun as vezes.

- Bom dia! - Eu me aproximei e peguei uma das torradas, colocando a mesma na boca.

- Torradas? Uau! - Hoseok chegou por trás e puxou a torrada de minha boca mordendo um pedaço em seguida.

- Eu te dei essa liberdade? - Eu o olhei sério.

- Calma Sehun, somos companheiros de quarto, temos que compartilhar tudo. - Hoseok sorriu largo.

- Até o cu? - Minhyuk caiu na gargalhada e Taehyung riu baixo, sem entender muito bem.

-Ha ha ha, engraçadinho. -- Eu sorri irônico.

- Cadê as meninas? - Minhyuk perguntou.

- Não sei, não devem ter acordado ainda. - Hoseok respondeu pegando uma torrada do prato.

- Eu vi Naeyeon agora a pouco, ela foi no gramado tomar um sol. - Eu disfarcei meu olhar para o vitrô que dava uma plena visão para a parte de fora do chalé.

- E Yerin e Baekhyun? Dormindo também? - Minhyuk perguntou e eu gelei. Meu Santo das Portas Dançarinas, esqueci do Baekhyun.

Por isso eu senti falta de algo no quarto, mas nem foi tanta falta assim, vendo a posição em que Hoseok estava em cima de mim acho que Baekhyun nem mesmo dormiu lá. Suspeito...

- Baekhyun? Verdade Sehun, onde tá Baekhyun? Ele não dormiu no quarto essa noite...

- Ele dormiu no meu. - Ouvi a voz de Naeyeon e eu engoli seco. Baekhyun... dormiu no quarto dela? Ele não faria isso...

- No seu? O que? - Minhyuk ficou pasmo.

Eu apenas observei calado, Baekhyun não pode ter dormido com ela, eu me recuso a acreditar nisso.

- Mas você me disse que não dormiu no quarto... - Taehyung a fitou sério e fechou os punhos, suspirando pesadamente.

- E não dormi, Yerin que o levou. Na verdade, ele desm.... - Naeyeon foi empurrada para o lado e nem conseguiu terminar o que dizia. Taehyung e Minhyuk correram para o quarto dela onde provavelmente Baek e e Yerin tinham passado a noite.

Será que Baekhyun finalmente conseguiu cumprir a aposta? Ele é mesmo insistente, depois de eu ter conhecido a Yerin achei que ele não fosse conseguir nunca. Sorri de canto e Naeyeon me encarou.

- Por que... não dormiu no quarto? Onde dormiu?

- Por que quer saber?

- Só fiquei curioso...

- Eu nem dormi, pra ser mais exata. E não quero você curioso sobre mim.

Ela saiu da cozinha e se sentou no sofá grande da sala, pendendo a cabeça para trás e para frente como se estivesse se alongando. Eu a observei por alguns segundos, até ouvir gritos e ver Baekhyun passar correndo na minha frente como um flash.

Minhyuk corria atrás dele com uma concha que pegou da cozinha e Taehyung xingava correndo mais atrás.

- Eu já disse que não fiz nada! Aish, é sério! - Eu comecei a rir feito louco. Uma comédia ao vivo logo de manhã!

Vi Yerin aparecer de pijama no topo da escada, ela era linda até mesmo acabando de acordar, como conseguia? Percebi que ela ficou um pouco constrangida com o meu olhar, seu pijama era curto então em suas bochechas surgiram um rubor e ela voltou para o quarto.

- Ah, por favor! Eu já tô cansando de correr e repetir a mesma coisa! - Baekhyun resmungava enquanto corria por todos os cantos da casa.

- Ei vocês dois! Por que não escutam o lado dele da história? - Naeyeon ficou na frente de Baekhyun e obrigou os outros dois a pararem de persegui-lo.

- Assim que chegamos lá ele tava abraçado na cintura dela, totalmente grudado! - Minhyuk exclamou fazendo Taehyung se irar ainda mais.

- Foi sem querer! - Baekhyun retomava o fôlego. - Querendo. - Depois disso ele começou a correr de novo. Era um louco mesmo.

- Yah! Parem! - Yerin desceu as escadas agora vestida com um simples vestido azul escuro que marcava um pouco sua linha de corpo e sapatilhas. Todos a olharam e Baekhyun parecia um cachorrinho abanando o rabo quando a viu. Saiu correndo ficando atrás dela e choramingando com um bico nos lábios.

- Yerin, eles querem me matar, faz alguma coisa! - Ele falou todo manhoso. Eca.

- Tae e Minhyuk. - Ela olhou os dois. - Baekhyun não fez nada, ele desmaiou noite passada e eu que o levei pro meu quarto... - Baekhyun balançava a cabeça positivamente concordando em cada palavra que ela dizia.

- Mesmo assim, ele tava te agarrando quando a gente chegou no quarto. - Minhyuk falou com raiva, Taehyung apenas fitava Baekhyun por cima do ombro de Yerin, com fogo nos olhos.

- Não foi de propósito, eu tava dormindo. - Baekhyun murmurou.

- Eu sei o que o Baekhyun fez, e é por isso... - Ela se virou para ele, que sorriu sem graça. - ...que vou matar ele.

- Yerin, obrigada por confiar em mim, sempre soube que... o que? Me ferrei.

- Se ferrou mesmo, trouxa. - Dessa vez foi eu que falei e comecei a rir.

- Baekhyun não pode morrer ainda, por que ele vai querer matar alguém quando souber que o melhor amigo dele nem sentiu falta dele quando sumiu. - Hoseok segurou o riso, ah, ele me paga.

- Como é, Sehun? Você fez o que? - Baek se descurvou enrijecendo o corpo, e me encarou bufando.

- Desculpa, amorzinho.  - Desviei de seu olhar mortal, mas não foi culpa minha se ele não fez falta, aliás, fez sim, eu só não presumi que o que faltava era ele.

- Então, por que desmaiou? - Eu perguntei a ele que sorriu sem jeito coçando a nuca.

- Porque ele é super medroso e se assusta com qualquer coisa, até com a própria sombra. - Yerin disse por sua vez, fazendo os demais rirem e Baek fazer um bico emburrando o rosto.

- Acho que sou a única pessoa normal nesse lugar... - Naeyeon falou descontraída e riu baixo. Ver seu sorriso era tão raro para mim que eu sorri junto.

- Tá, agora vamos parar de criancisse e resolver o que faremos essa noite. Não vamos passar o dia trancados nesse lugar né? - Hoseok se sentou na poltrona e nós o seguimos, sentando no sofá e Minhyuk no carpete.

- Nós vamos acampar hoje. - Taehyung se pronunciou, sentando do lado de Yerin e bloqueando Baekhyun, que cruzou os braços claramente incomodado.

- Acampar onde? - Fiquei curioso.

- Sabem que ao redor do chalé é como se fosse uma floresta né? Então, tem um lugar nela que já tem fogueira, é só acender e levar barracas. - Taehyung afagou o cabelo de Yerin, sorrindo.

- Vai ter marshmallows? - Hoseok sorriu largamente todo animado. Se for, já amei, porque marshmallow é uma maravilha.

- Claro, vamos fazer S'mores.

- O que é S'mores? - Naeyeon indagou confusa. Eu a observava disfarçadamente o tempo todo.

- É tipo um sanduíche de bolachas e marshmallow com chocolate como recheio. - Baekhyun explicou, eu sabia que ele adorava S'mores, sempre comia nos acampamentos da escola e até mesmo fazia em casa.

- Não é bolacha, é biscoito. - Minhyuk interrompeu.

- Foda-se. - Baek respondeu curtamente e eu ri.

- Tem 3 barracas, e 2 sacos de dormir. Vamos ter que escolher quem vai ficar com o que. - Taehyung tinha preparado tudo mesmo, ele era um gênio. 

- Então quer dizer que duas pessoas vão dormir fora das barracas no meio da floresta? - Yerin o olhou e ele assentiu.

- Quem vai ser? Eu tô fora já viu. - Minhyuk se encolheu no chão.

- Como eu não esperava a aparição de Sehun e Baekhyun, nada mais justo que sejam os dois. - Taehyung disse e Baek quase infartou.

- Não! Nem pensar! Me recuso, nada disso! Só se me levarem morto. - Baekhyun cruzou os braços e todo mundo riu, ele era confiante em tudo mas quando se tratava de insetos e algo assombroso, ele era um frouxo.

- Tá com medinho, Baek? - Yerin riu encarando ele, mas Baek aproximou o rosto do dela por entre Taehyung e sorriu de canto.

- Então vem comigo, mocinha corajosa. - Yerin engoliu seco e Taehyung empurrou ele pela testa.

- Sehun, você concorda? - Taehyung me olhou.

- Claro, é justo. Por mim tanto faz.

- Então na hora a gente vê quem fica com você.

- Contanto que não seja eu... - Naeyeon suspirou de cara fechada e subiu as escadas.


                      POV Yerin

As imagens de quando acordei hoje vinham à tona na minha mente vez ou outra. Baekhyun me abraçava pela cintura enquanto dormia, sem malícia, sem as safadezas comuns dele. Ele apenas mantinha o braço abraçando meu corpo como se o tivesse protegendo.

Abri totalmente os olhos já acostumada com a luz da manhã e fiquei imóvel fitando o maior dormir. Por que ele não podia ser tão adorável e calado assim o tempo todo? Sorri minimamente ao vê-lo se aconchegar e reparei que eu segurava sua mão, na verdade eu segurava só um dedo dele. Suas mãos eram grandes, bem maiores que as minhas porém eram bem mais delicadas. Eu ri disso e ele entreabriu os olhos fechando-os novamente e sorrindo.

- A bela adormecida acordou? - Sua voz saiu um pouco rouca e ele apertou minha cintura se aproximando mais.

- Não foi eu que desmaiei igual uma princesa da Disney. - Ri baixo e o vi abrir os olhos emburrando o rosto. Ele sempre fazia isso, já estava tão acostumada.

- Aish...

- O QUE É ISSO? - Minhyuk gritou na porta, vi Taehyung entrar com os punhos cerrados e puxar Baek para fora da cama.

Depois disso só os vi correndo escada a baixo. Tentei acompanhá-los mas tive que voltar para o quarto para trocar de roupas. Um tempo depois estávamos discutindo o que faríamos à noite e a ideia de Tae era um acampamento nas redondezas. Eu estava ansiosa, era a primeira vez que ia em algo do tipo, então me preparei bem, principalmente para o frio, e levei uma mochila pequena junto.

- Pronta? - Taehyung estava de camisa com mangas compridas cinza e calças pretas, bem confortável. Minhas roupas eram parecidas mas eu usava uma calça jeans e a cor da camisa é amarelo fosco.

- Uhum. - Balancei a cabeça positivamente e vi Naeyeon chegar junto com Hoseok, logo seguido de Sehun. Só faltava Minhyuk e Baekhyun.

- Já podemos ir? - Minhyuk chegou com uma pequena mochila nas costas.

- Só falta um encosto. BAEKHYUN! - Hoseok gritou e na mesma hora a porta de seu quarto abriu. Juro de dedo mindinho que eu tentei me segurar para não rir, juro.

- Que caralhos é isso, Baekhyun? - Sehun o encarou fazendo uma expressão de desgosto e eu ri alto.

- São coisas pra minha sobrevivência ué. - Ele estava com uma mochila enorme, um spray contra insetos na mão e um daqueles chapéus com mosquiteiros na frente.

- Tá rindo do que? - Baekhyun se aproximou e colocou, melhor dizendo, quase enfiou no meu cérebro, um chapéu igual o dele em mim.

Todo mundo começou a rir instantaneamente e só eu fiquei séria, me senti aquelas mulheres americanas indo em velórios com chapéu de véu.

- Awn agora tá linda e protegida. - Baekhyun colocou uma mão sobre cada bochecha minha e apertou formando um bico forçado nos meus lábios.

- Seja ridículo, mas seja sozinho. - Sehun ria de mim e de Baek, e Taehyung bufou tirando o chapéu de mim e me puxando pela mão.

- Ei! - Ouvi Baekhyun retrucar mas Tae deu de ombros e continuou a me puxar jogando o chapéu em cima do sofá.

                           (...)

- Aqui, peguei as barracas e os sacos de dormir. - Hoseok entregou para Sehun um dos sacos de dormir e tentou entregar o outro para Baek, mas só tentou mesmo.

- Já disse que não durmo fora nem morto.

- Ótimo, porque eu quero te matar mesmo. - Taehyung pegou o saco de dormir da mão de Hoseok. - Eu durmo fora então, bebêzão.

- Baek bebê, pensei que fosse mais corajoso, mas esse seu band-aid diz tudo. - Sehun riu e eu ri em seguida.

- Que band-aid? - Ele tocou o lugar onde eu tinha colocado o band-aid e o puxou fazendo uma cara de dor. - Mas que porra... Yerin. - Ele me olhou sério e eu comecei a assobiar pegando uma barraca e entregando na mão de Naeyeon.

- Vamos montar logo. - Eu disse e ela assentiu, rindo fraco.

- Vocês sabem montar isso? - Taehyung encarava a caixa das barracas, olhando as instruções confuso. Ele revirava a caixa de um lado para o outro e eu ri soprado.

Naeyeon estava montando uma das barracas e eu a ajudava, Minhyuk tentando acender a fogueira antes de escurecer, Hoseok ajeitando as comidas, e Sehun a outra barraca. Apenas Baekhyun estava sentando em um tronco enorme caído no chão, de braços e pernas cruzados como se fosse um rei e nós os servos, é muita cara de pau.

- Baekhyun, você não vai ajudar? - Eu me virei para ele, segurando um dos ferros da barraca na mão.

- Eu tô ajudando. - Ele me olhou sério, com plena convicção.

- Ah, tá? Em que?

- Eu tô encorajando vocês com minha beleza e sendo vigia caso apareça um urso.

- Você... quer que eu te bata com esse ferro? - Eu mostrei o ferro nas mãos e ele engoliu seco.

- Aqui não tem ursos... - Naeyeon falou suspirando baixo.

- Deixa ele, melhor sem do que ele vir só atrapalhar. - Tae afagou meus cabelos e se aproximou para dar um beijo em minha bochecha.

Vi uma mão pairar na minha bochecha e virar meu rosto, Baekhyun colocou a outra mão sobre a minha bochecha livre e segurou meu rosto me fazendo olhar para ele um tanto assustada.

- Eu faço o que? Acendo a fogueira? Ajudo na barraca? Você quer ajuda? - Ele não parava de fazer perguntas e Taehyung bufou o empurrando.

- Volta pra onde estava, obrigado.  - Taehyung me puxou pela mão me levando até onde ele ia montar a barraca, mas Baekhyun veio atrás e se colocou na nossa frente.

- Volto se eu quiser, agora solta ela que ela não é sua propriedade. - Ele o fitava sério, sério até demais fazendo Tae ranger os dentes.

- Ei, vocês vão brigar mesmo? Deixem de infantilidade. Baekhyun, vem me ajudar a armar esse troço. - Sehun gritou, ele tentava montar a barraca mas nem tinha conseguido o básico ainda.

Me soltei da mão de Tae que me olhou de relance e voltei para onde Naeyeon estava. Os dois então foram montar as barracas antes que a noite chegasse, o que não demorou muito para acontecer.

                             (...)

Logo, todos estávamos com tudo pronto. Já era início de noite, e a única coisa que iluminava ali era a fogueira e algumas lanternas. Nós sentamos nos dois troncos de árvores caídos que rodeavam a fogueira, cada um com um palitinho com marshmallows.

- Já podemos começar com as histórias? É um clássico de acampamentos. - Hoseok deu uma risada anasalada de forma "maligna" e todos riram, menos Baek.

- História de que? Terror não, né? - Ele enfiou um marshmallow todo na boca de uma vez só e Sehun riu.

- É claro que é de terror, quer que seja de quê? - Sehun riu alto.

- De pôneis é? Um carossel de pôneis? - Eu dei um sorriso maléfico lembrando do dia no parque e ele me encarou de olhos arregalados e depois fechou a cara.

- Calada, Yerin. Quer que eu fale disso mesmo? - Ele falou com a voz alta e abriu um sorriso malicioso.

- Cala a boca, Baek. - O fitei séria.

- Vem calar com a sua, linda. - Ele deu uma piscada e todos gritaram "WOOOOW" em uníssono e riram. Taehyung emburrou o rosto e jogou uma pedrinha no fogo, fazendo as chamas da fogueira aumentarem rapidamente.

- Então, quem vai começar?

- Pode ser eu? Conheço uma lenda boa... - Minhyuk abriu um sorriso largo e intimidador ao mesmo tempo.

- Ah, merda. - Baekhyun tampou os ouvidos.

- Foi assim... tem uma lenda que diz que em florestas ou lugares distantes, como o que estamos agora, acontecem várias coisas macabras por volta das 3 horas, que é o "horário morto"... - Minhyuk fez questão de dar ênfase fazendo aspas com as mãos. - Dizem que por serem lugares onde ninguém habita, seres submundanos gostam de estar e adoram quando encontram alguém sozinho...

- Que merda Minhyuk... quando inventou essa baboseira? - Sehun murmurou mas foi cortado por Minhyuk.

- Cala a boca, af, cortou meu barato, vou contar mais nada não... - Ele cruzou os braços irritado.

- Vai, alguém conta uma história decente. - Hoseok levantou a mão quando Sehun disse isso, mas Minhyuk negou com a cabeça.

- Não deixa ele contar, são piores que as minhas.

- Nossa, Minhyuk. Beleza. - Agora estavam os dois emburrados.

- Ok, então eu conto. - Taehyung pegou uma lanterna e a ligou no rosto formando uma expressão assombrosa mas engraçada ao mesmo tempo, tanto que eu dei uma risadinha.

- Não corta o clima, sua louca. - Ele riu e continuou. - Então, como sabem esse chalé é do Sr. Shin, o avó da Yerin... ele me contou que tempos atrás morou de favor aqui uma família de quem ele era amigo. Mandou uma mensagem dizendo que os ajudaria e com o endereço do chalé. Era um homem, uma mulher e uma garotinha pequena, filha do casal. Um dia ele veio aqui visitá-los, já havia se passado muito tempo que não os via e queria saber como estavam. Quando chegou, as luzes estavam todas apagadas e ele pensou que a família tinha saído, até que ele ouviu um grito agudo, que parecia ser da garotinha, vindo de longe. De fora do chalé. Ele ficou preocupado e correu até a porta do chalé tirando a cópia da chave do bolso mas se assustou quando uma luz de velas acendeu na janela ao lado. E depois em outra, e em mais outra, até que todas as janelas estavam acesas com uma luz de velas semelhantes. - A voz de Tae estava rouca enquanto contava a história, eu fiquei um pouco receosa, meu avó nunca contou nada parecido. Mas não era de se estranhar, eu nunca ouvi falar no chalé mesmo.

Baekhyun se tremia todo encolhido no tronco junto com Hoseok. Minhyuk também tremia mas ele estava tão curioso que não conseguia parar de prestar atenção. Sehun ignorava a história totalmente e mantinha os olhos em Naeyeon que roía as unhas de medo. Eu, no entanto, reparava mais em suas expressões do que na história.

Claro que a história me assustou, principalmente por ter acontecido no chalé em que estávamos, mas minha atenção se perdia entre meus olhares até Baekhyun. Era como se algo me puxasse para fixar o olhar nele, e suas caras e bocas me faziam querer rir. Mas logo depois, eu voltava a ouvir a história, ansiosa.

- Ele se afastou e observou as luzes pelas janelas. Logo depois o mesmo grito de antes foi ouvido só que dessa vez estava mais perto. Ele caminhou para trás e observou essa floresta em que estamos agora. Tudo estava silencioso até que o grito foi ouvido dentro da casa. Uma a uma, as velas foram se apagando até que na última, o grito foi ouvido atrás dele, tão próximo que ele ficou imóvel.

- P-Para Taehyung... - Baekhyun falou com a voz trêmula.

- Na floresta, ele viu um clarão. As velas se acendiam ali e ele estava estagnado, uma mão tocou em seu ombro...

- Uma mão... umamão, um mamão, entenderam? - Hoseok riu baixo interrompendo Taehyung e todo mundo olhou para ele, repreensivos. - Tá, parei, continua.

- Quando o Sr. Shin olhou para trás, era apenas o amigo dele que morava ali. Ele o perguntou onde estava a sua esposa e a garotinha, mas ele disse que nunca foi casado e que nunca teve filhos e perguntou por que ele tinha enviado uma mensagem dizendo que o ajudaria sendo que o homem tinha uma viagem marcada para fora do país em dois dias e estava sem nenhum problema. O mais estranho é que a mensagem que o Sr. Shib mandou havia sido respondida... Depois disso, o Sr. Shin nunca deixou ninguém mais vir aqui.

- Aí você, sabendo dessa merda, trouxe a gente pra onde? Pro chalé. - Baekhyun bufou tremendo de medo e de raiva.

- Isso é sério? - Eu indaguei, curiosa.

- Claro... que não né. - Tae riu e apertou minha bochecha.

Na mesma hora ouvimos um barulho fino como se fosse um grito ecoar pelo local fazendo todo mundo ficar estático. Não era como se alguém ali pudesse ter gritado para assustar o resto, já que o "grito" veio distante.

- V-Vocês ouviram isso? - Baekhyun tremia as mãos e olhava para frente totalmente imóvel. Taehyung olhou ao redor engolindo seco.

- Deve ter sido uma coruja, ou algum outro animal... - Sehun falou se encolhendo no tronco junto com Hoseok.

- Pensei que fosse uma alucinação minha mas vocês também ouviram... - A voz de Minhyuk saiu arrastada, ele se encolhia nos próprios braços e se apoiava em Naeyeon que segurou em seu braço com medo.

- Deve ter sido só o vento uivando, isso acontece em lugares assim. - Eu deduzi, tentando acalmar todos ali, mas foi em vão porque outro barulho foi ouvido ao longe, era como um choro de cachorro e dessa vez quem tremeu foi eu.

- C-Calma gente, Y-Yerin d-deve ter razão. - Taehyung gaguejou e segurou minha mão com força olhando para todos os seus lados.

- Quantas lanternas temos? - Sehun colocou a luz da lanterna que segurava sobre a fogueira em chamas e Minhyuk colocou a dele em seguida, no mesmo lugar.

- Duas? - Sehun se frustou mas outras duas luzes os acompanharam. A lanterna de Taehyung e a minha. - Ótimo, 4 lanternas. Vamos nos separar e ver o que é.

- VOCÊ TÁ Louco? - Baekhyun se levantou no impulso e deu um grito abafado em seguida diminuindo a altura da voz ao perceber que gritar não era uma boa ideia. - Por que vamos nos separar? É isso que acontece nos filmes de terror e sempre, repito, sempre dá errado!

- É verdade, concordo com ele pela primeira vez. - Taehyung assentiu.

- Para eles concordarem juntos, é porque tá certo mesmo. - Eu encarei Sehun que me olhou e apontou a luz nas minhas pernas.

- Mas foi um choro de cachorro, parecia um filhote. Ele deve tá precisando de ajuda, e eu ajudo animaizinhos em perigo. - Sehun se levantou e começou a caminhar. - Vou dar uma olhada, volto já.

Ninguém se mexeu. Sehun era corajoso demais para ir, ao contrário do amigo dele que se tremia todo. Alguns minutos se passaram e Sehun ainda não havia voltado, Naeyeon se levantou hesitante.

- Ele tá demorando demais...

- Deve ter se perdido, Sehun é péssimo com direções. - Baekhyun bufou e se levantou olhando ao redor.

-Melhor procurar ele então. - Tae se levantou com uma das lanternas e Hoseok se levantou junto.

- Vou procurar com você. - Hoseok atravessou ao lado da fogueira pegando um galho com fogo como se fosse uma tocha e foi para atrás de Tae.

- Eu também vou. - Naeyeon os seguiu e logo depois Minhyuk.

Ou seja, ficou eu, uma garota que não sabe lutar nada e que não tem força suficiente para se defender, e Baekhyun, um garoto que tinha força, sabia lutar mesmo que na defensiva, mas estava se borrando de medo. Que ótimo, pior que isso não ficava.

- Por que não foi junto? - Ele me perguntou, sentando do outro lado à minha frente.

- Porque alguém tinha que ficar te vigiando caso desmaie.

- Aish... ah, quer saber? Melhor irmos procurar também.

- O quê...? - Me assustei um pouco com a súbita coragem de Baekhyun que se levantou e andou na minha direção.

- Não quero ficar aqui só esperando, nos filmes quem fica parado em um canto só também se ferra.

- Você anda assistindo filme demais, Baek. - Me levantei. Eu segurava a única lanterna que tinha sobrado em mãos e senti que Baekhyun tinha razão, devíamos procurar pelos outros.

- Então, vai na frente. - Baek se escondeu atrás de mim esperando que eu guiasse o caminho levando a lanterna. Eu sabia que aquela coragem repentina dele era de se desconfiar.

  
                          (...)

O tempo foi passando e já eram 4 horas da manhã. Os outros haviam saído fazia uma hora inteira já e eu estava me remoendo de preocupação, não muito diferente de Baekhyun que estava atrás de mim.

Eu guiava o caminho com a lanterna, mas de vez em quando a mesma falhava fazendo Baek xingar em mandarim, língua que eu não entendia nada mas pela cara dele com certeza não estava falando algo agradável.

- Isso é assustador... - Baek disse olhando em sua volta. Realmente era, tudo estava escuro e apenas a luz da lanterna iluminava uma pequena parte do lugar. Eu estava receosa, confesso, mas um medroso é melhor que dois então continuei firme à sua frente.

- Nem tanto.

- Finalmente nós dois ficamos às sós, mas tem que ser justo aqui... - Baek bufou e caminhou para o meu lado colocando um braço envolvendo meu ombros.

- Tira o braço daí ou nem vai precisar de um serial killer maníaco pra você morrer hoje nessa floresta.

- Credo, Yerin. - Ele resmungou, mas seu braço não saiu dos meus ombros então eu mesma resolvi tirá-los e ele se afastou, cruzando os braços do meu lado.

Alguns minutos de silêncio depois...

- Geralmente é o contrário... - Eu suspirei, desviando de uns galhos compridos que estavam na trilha que seguíamos.

- O contrário do que? - Baek me olhou confuso.

- Geralmente, os meninos que protegem as meninas, eu tô no papel contrário. - Suspirei outra vez e Baek se pôs na minha frente me fitando.

- Yerin. - Ele deu uma breve pausa. - Eu posso ser medroso, mas mesmo que eu queira, não posso proteger quem finge não precisar de proteção. - Ele me encarava completamente sério e eu fiquei sem saber o que falar. Em termos, o que ele dizia estava certo. Eu fingia.

Eu fingia estar tudo bem o tempo todo, fingia não ter nenhum trauma, fingia levar uma vida normal e fingia ser corajosa naquele momento. Mas a verdade é que eu estava com medo de estar ali, eu estava com medo do que tinha possivelmente acontecido aos meus amigos, ao Tae... e do que poderia acontecer à nós dois.

Fiquei cabisbaixa e olhei o chão, sentindo o peso da verdade em minhas costas. Eu queria me sentir forte e corajosa a todo custo, não queria mais decepcionar ninguém porque eu já havia feito muito aquilo no passado e carregava comigo onde eu fosse.

- Você sabe que... se não confiar em alguém então ninguém vai confiar em você. Se não segurar a mão de alguém e dizer que precisa de ajuda ou que tem algo te aflingindo então ninguém nunca vai te dizer um "Vai ficar tudo bem".

Eu não levantei a cabeça nem por um segundo, me mantive imóvel com meus pensamentos inquietos. As palavras de Baek continham uma sinceridade perceptível, ele parecia alguém diferente do habitual, uma pessoa com maturidade apesar das ações infantis rotineiras. Então, percebi que, nessa viagem eu vi vários lados diferentes do Baekhyun que eu estava acostumada a ver.

O lado agradável, fofo e quieto enquanto dormia, o lado intrigante, preocupado e protetor enquanto me enchia de spray contra insetos e queria me fazer usar aquele mosquiteiro, e o lado maduro, sincero e, por incrível que pareça, afável.

- Sabe o porquê, na maioria das vezes, pessoas com pensamentos suicidas e que têm todos os motivos pra tirar a própria vida, não fazem?

Essa era fácil. Nem precisava pensar, levantei a cabeça e o fitei, seus olhos era intensos em mim e sua expressão séria era intrigante.

- Porque eles sabem que existem alguém que se importa, alguém que as ama apesar de tudo... e que vai sentir o peso e a falta delas. E fazer as pessoas não enxergarem isso é o que a depressão faz. - Eu ditei com completa convicção do que falava.

- Errado. - Franzi o cenho e quase semicerrei os olhos confusa. - É porque no fundo, mesmo que bem lá no fundo, eles sentem esperança. Mesmo que seja só uma faísca fraca, a esperança os mantém vivos.

Entendi o que ele queria dizer, se você tem possibilidades de tirar a própria vida e não faz, é porque ainda tem esperança de que algo mude, mesmo que a esperança seja mínima e na maioria seja imperceptível, ela existe. Então isso me fez refletir ainda mais.

Jun Hee... ele não enxergava mais esperança.

Meu coração doeu, fechei os punhos e me fingi outra vez. Tudo o que eu menos queria era chorar, principalmente se fosse na frente de Baekhyun.

- Tá... eu finjo ser forte e não ter medos, qual o problema disso? Pelo menos eu tento, ao contrário de você... - Praticamente engoli o choro e esbarrei nele, caminhando à frente.

- Ei! - Baek deu passos largos quase correndo para me alcançar e segurou meu braço, me forçando a parar. - Acontece que o que eu quis dizer com isso tudo é que ser corajoso não é não ter medo e sim, ter medo mas enfrentá-los, conviver com eles.

- E quando enfrentou os seus? - Eu o encarei.

- Ainda não enfrentei, mas agora é uma boa oportunidade. - Ele sorriu, deslizando a mão que prendia o meu pulso até minha mão e entrelaçando nossos dedos.

Não deu tempo eu falar nada, ele tomou a lanterna de minha mão e me puxou suavemente ficando dessa vez na minha frente e guiando o caminho.

Um sorriso involuntariamente surgiu nos meus lábios e eu olhei para nossas mãos entrelaçadas. Aquilo era basicamente muito estranho, mas era um estranho bom. Não sabia explicar. Voltei meu olhar para suas costas e logo para seus cabelos castanhos e um pouco desgrenhados. Observei sua fisionomia lentamente e ri baixo ao perceber que ele ainda estava com medo e tentava disfarçar o desespero.

Ouvi um chiado próximo de nós e um barulho parecido com o de horas atrás, mas bem fraco. Baek e eu interrompemos de imediato nossos passos e permanecemos parados.

- Ouviu isso? - Ele sussurrou olhando para mim e eu assenti, o barulho era contínuo, ainda não tinha parado e parecia vir do nosso lado esquerdo então Baek me puxou pela mão até o outro lado nos escondendo atrás de uma árvore grande.

Ele desligou a lanterna e me encostou no tronco da árvore, ficando na minha frente, nossos corpos estavam quase colados de tão próximos e seu rosto estava virado para o lado. Minha respiração acelerada provavelmente batia contra a pele de seu pescoço já que era onde minha altura alcançava e bloqueava a minha visão. Não era como se eu enxergasse muita coisa, já estava amanhecendo mas ainda era escuro o bastante para não enxergar as cores das coisas, apenas suas sombras e vultos acinzentados.

Tentei controlar a respiração e encostei minhas mãos sobre o tronco, eu não sabia se meu coração batia forte e descompassado por causa do medo ou da nossa proximidade. Assim que o barulho cessou ouvi Baek respirar fundo aliviado mas ainda atento e virar o rosto para mim, se dando conta de quão perto estávamos.

Ele sorriu de lado de um jeito inocente como nunca fez antes e curvou um pouco a cabeça levando seu olhar até nossas mãos, as quais ele voltou a entrelaçar. Me mantive em silêncio e desviei o olhar quando ele voltou seus olhos à mim.

A luz do céu se iluminando começava a se espreitar por entre os folhas e galhos das árvores. Baekhyun me fitava ignorando qualquer barulho ao nosso redor, então vi seu rosto se aproximar do meu devagar e ainda mantendo o olhar em mim ele aproximou seus lábios suavemente e travou por segundos deixando eles quase encostados um ao outro. Nossas respirações se mesclavam, ele levou a mão até minha cintura e assim seus olhos fecharam, selando nossos lábios tão docemente que eu não hesitei quando ele aprofundou o simples tocar de lábios para um beijo, calmo e sem pressa.

Mas havia algo de diferente nele, e o que era mais estranho naquele momento todo, se desse, é que não era um simples beijo. Haviam sentimentos.

Quando sua mão desentrelaçou da minha para ser levada até meu rosto, eu empurrei fraco o seu peito fazendo ele se afastar e me olhar ainda com a boca entreaberta. Meu olhar era baixo e não acompanhava o seu. O empurrei mais forte fazendo nossos corpos desgrudarem e ele colocar as mãos no bolso, me fitando.

- I-Idiota. - Com essa minha tentativa falha de xingá-lo eu afastei as costas da árvore e voltei para a trilha que estávamos, dando passos largos.

- Yerin, espera... - Ele tentou acompanhar meus passos e conseguiu, parando à minha frente e bloqueando meu caminho.

- Sai. - Falei seca.

- O que houve? - Esse era o problema, eu não sabia. Eu não sabia o que tinha acabado de fazer, não sabia porque tinha deixado acontecer, nem o porquê estava com raiva e muito menos sabia o porquê de ter gostado. Pois é...

- Quem você acha que é pra beijar outra pessoa assim? Eu não te dei permissão. - Voltei a andar esbarrando em seu ombro e ele me puxou pelo pulso, me fazendo virar em sua direção.

- Eu sou Byun Baekhyun e se você não tivesse me dado permissão não teria retribuído. - Ele me encarou dando um sorriso de lado e eu bufei me soltando de seu braço e voltando a andar.

- Como eu disse, é um idiota. - Murmurei. Mesmo que eu não enxergasse muito bem a trilha continuei andando, e ele me seguiu.

- Deixa de ser orgulhosa. - Ele parou outra vez na minha frente.

- Baek, não me faça repetir... Odeio caras como você.

- Caras como eu? O que quer dizer?

- Quero dizer que você é um babaca egocêntrico que só pensa em se satisfazer.

- Então vai dizer que não gostou? - Eu fiquei completamente muda com a boca entreaberta querendo soltar uma resposta, mas eu não tinha uma. - Seu silêncio responde.

- Não me enche.

- Yerin... você não sentiu nada? Nada... diferente?

- Olha Baekhyun, nós estamos perdidos nessa porra de floresta, 5 pessoas amigas nossas sumiram e eu não tenho tempo pra discutir bobagem.

Ele me olhava sério e intensamente, tirou as mãos do bolso e se aproximou outra vez colocando as mãos em meu rosto e tentando me beijar outra vez só que agora eu relutei. Entretanto, ele me puxou com força, aquilo já tinha me tirado a paciência então fiz o que eu deveria ter feito há muito tempo.

- AI CARALHO! - Baekhyun se contorceu levando as mãos para a perna. Eu chutei sua canela com tanta força que ele até se agachou para abraçá-la.

- Satisfeito agora? - Peguei a lanterna que ele deixou cair no chão e a liguei iluminando mais o caminho. Ele se levantou me seguindo enquanto resmungava e xingava.

- Isso dói, sabia? Você é doida? Aí... acho que se víssemos um serial killer o maior perigo daqui ainda seria você... - Ele falava quase choramingando e eu ri por impulso. - Nem sei porque ainda ajudo... nem quando eu tento ser prestativo, af. Nunca mais invento de fazer essas coisas, eles devem tá comendo um monte agora e eu fico com a pior parte, merda.

Eu parei de caminhar e me virei para ele que vinha logo atrás franzindo o cenho.

- Do que tá falando?

- Nada... só volta a andar. Merda. - Ele andava mancando e se abaixando para massagear a perna machucada. Fiquei totalmente confusa... Como assim "pior parte" e "eles devem tá comendo"? O que estava havendo? Baekhyun acabou me ultrapassando e eu me vi perdida no meio dos meus raciocínios.

- Não vai me dizer o que tá acontecendo?

- Yerin, só anda.

- Baekhyun, me diz logo.

- Ah que saco. - Ele parou e se virou andando em minha direção com passos pesados, ele segurou minha mão e me puxou apressadamente. - A gente já tá perto.

- Perto de ond...

- SURPRESA! - Eu tomei o maior susto e dei um grito agudo me engasgando com o próprio ar.

Todos estavam ali. Tae, Naeyeon, Sehun, Minhyuk e Hoseok arrodeavam uma enorme mesa com bolo, salgadinhos, refrigerantes e mais um monte de coisas. Eu fiquei estática, sem reação alguma. Era uma festa de aniversário para mim? Isso mesmo?!

- Surpresa. - Baekhyun falou baixo perto do meu ouvido e sorriu em seguida, ainda segurando minha mão.

- Gostou? Passamos a noite toda arrumando! - Naeyeon falou animada. - Feliz aniversário, Yerin!

Ela correu para me abraçar fazendo Baek soltar minha mão pelo impacto.

- Por que demoraram tanto? - Taehyung se aproximou encarando Baekhyun. - Seu trabalho era o mais fácil...

- Imprevistos. Eu tinha que fingir que tava assustado, né? Sou um ator profissional, preciso de tempo.

- Foi tudo um plano, a história do chalé, tudo era pra me enganar?

- Tudinho. - Tae se aproximou sorrindo e me abraçou dando um beijo em minha bochecha, e nós dois ficamos um pouco corados. - Feliz aniversário, Yerin.

Fazia sentindo mesmo, era madrugada do dia 2, meu aniversário, mas ninguém havia notado e nem me parabenizado. Eu simplesmente ignorei, era madrugada ainda, afinal. Mas não imaginava que fossem fazer uma surpresa, claro né, olha o nome Yerin! É surpresa, né? Aigoo.

- Feliz aniversário. - Sehun me abraçou e me entregou um presente. Hoseok correu até mim de braços abertos dando pulos e cantando "Parabéns pra você" bem alto.

- Feliz aniversário, linda. - Minhyuk também me abraçou e entregou uma caixinha de presente. - É só uma lembrancinha.

Eu estava absurdamente feliz. Era meu primeiro aniversário com amigos de verdade, amigos que eu fiz e não os negociantes e patrocinadores do meu avó. A decoração, com balões coloridos por todo o gramado e os confetes espalhados por todo lado, era linda.

- Feliz aniversário, Yerin. - Baekhyun ainda estava do meu lado, uma de suas mãos estava mexendo no bolso da calça e ele parecia segurar algo. - Meu... presente... fica pra próxima.

Ele sorriu tirando a mão do bolso e bagunçou meus cabelos. Eu apenas observei em silêncio as suas costas, quando ele virou e começou a caminhar devagar até a mesa do bolo.

   


Notas Finais


Demorei e acho que o capítulo ficou grandinho dessa vez akdjdjh Foi isso então, era tudo uma festinha surpresa YAY! sz

Espero que tenham gostado sz
Qualquer erro ou incoerência gramatical me avisem nos comentários pra que eu possa rever, amo vocês e obrigada por ler ♡


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...