História Coven Aula extra. - Slughorn (Adotada)

                                                         Havia sido uma noite muito mal dormida.

Levantara se enrolando nos cabelos revoltos que começava a odiar.
 

Se levanta preguiçosa se espreguiçando e vendo que Gina dormia profundamente agarrada a um ursinho de pelúcia que possuía óculos e havia ganhado de presente de Harry antes da partida, onde a própria fez um risco em sua testa para brincar com o namorado.                                                            Tal cena a faz rir um rizo bobo e logo se põe a banhar-se calmamente.

Seus cachos era uma coisa que a tirava do serio. Sempre embaraçados a obrigando a lavar a cabeça quase todos os dias para solta-los, a fazendo invejar os lisos cabelos de Gina e Luna que pareciam não demorar segundos para arrumar suas madeixas enquanto ela tinha de levantar mais cedo todos os dias só para não se parecer com o ícone de sua casa.
 

De banho tomado e devidamente vestida a bruxinha mais empenhada de todas vasculha sua mochila em busca das notas dos anos anteriores revendo onde deveria ter mais atenção encontrando ali pouco com que se preocupar.

---- Adivinhações... ---- revirou os olhos ao ver a mateira que tanto repudiava e se levantou preguiçosamente se dirigindo a masmorra a onde era costume ter estas aulas.

Arrastava os pés como a quem é levado a um tribunal e pelo horário não prestava a devida atenção em seus passos logo voltando a trombar em alguém. Desta vez um amigo de mesma casa.

---- Neville? O que foi teve insônia? ---- questiona surpresa como se ela mesma não estivesse cedo de mais fora de seu leito.

---- Não. Eu... ---- o jovem corou da cabeça aos pés ao notar a amiga e logo soltou um suspiro de vergonha, mostrando a ela seu boletim. ---- Minhas notas nos anos anteriores não foram muito boas. Queria ver se este ano pego aulas extras. Para melhorar... principalmente poções.

---- Da pra fazer isso? ---- o rosto da castanha se iluminou como uma manha de natal e logo ela segue seu caminho sem antes deixar de lhe dar um longo abraço de agradecimento que deixa o garoto ainda mais vermelho e atrapalhado.

“” Vou focar nessa meteria e melhorar todas as outras facinho deste geito.” Sorridente a moça corre em busca de redenção encontrando o slytherin de cabelos dourados em plenos corredores. “”O que faria fora da cama tão cedo?”” Não importava ela tinha um objetivo ali e então apenas seguiu seu caminho sem se importar com o rapaz que parecia fitar o vazio através de uma das sacadas.

Mas apenas por sua inegável curiosidade a castanha perdeu três segundos de seu tempo a admirar o slytherin que olhava pensativo o céu límpido que acusava um dia ensolarado e muito quente. Observou que o mesmo parecia com os cabelos muito maiores que da primeira vez que o via; longos o suficiente para atingir os ombros não passava do eixo das costas e o mesmo estava amarrado com uma fica verde o que fazia com que este se assemelhasse muito com o próprio pai de costas.

Um arrepio lhe subiu a espinha ao se lembrar de tal figura sem entender muito bem o porque, já que desmerecia totalmente o homem; e assim a castanha seguiu seu rumo chegando a sala de aula que sempre lhe pareceu modorrenta encontrando uma atrapalhada professora que parecia extremamente aliviada a reorganizar a sala sabendo que agora não teria mais de dividir o local e a matéria com o centauro.

A jovem fica a porta vendo o modo estabanado da professora se mover; as vestes coloridas e o cabelo armado assim como os dela que trazia tanto desconforto, entretanto a mesma não parecia se incomodar com tal detalhe.

---- An! Em que posso ajudar? ---- a mesma se espanta ao ver a jovem parada a observando tão atenta e analítica chamando a castanha a se aproximar.

---- Queria saber se tinha como eu melhorar as minhas notas na sua matéria. ---- a mesma responde sem delongas vendo a professora desviar o olhar pensativa e sonhadora. ---- Tem? ---- insiste não gostando muito do modo aéreo da mesma se portar.

---- Claro, claro. Nem todos tem o dom para esta matéria minha jovem. Mas posso ajuda-la. ---- a observação da professora não agradou em nada o orgulho da gryffindor, mas a mesma se virou demostrando não se importar ou somente não perceber o fato voltando com um pequeno caderno e uma agendinha ambos feitos a mãos. ---- Termine todas estas atividades e escreva tudo o que ocorrer neste caderninho, e eu te darei pontos extras. ---- ela sorri amistosa, mas logo fecha o cenho. ---- Mas se você mentir ou omitir... Eu saberei.

Os olhos grandes e sempre avoados da meiga e frágil professora pareciam assumir um tom tenebroso e logo a castanha se lembrou da sensação que seu ex professor de poções lhe trazia; assentindo com a cabeça e voltando a seguir pelo corredor afim de retornar a seu dormitório e começar tais atividades para as terminar o quanto antes.

Estava radiante.

Teria as notas mais perfeitas que Hogwarts já vira e vera.





 

---- Você não é bem vindo aqui.

---- Por sua causa... Por conta de pessoas como você que todos odeiam a casa de Sonseria e falam estas coisas horríveis de todos nós!

---- Seu desgraçado tome vergonha e suma.

---- Você e sua família deveriam se matar.
 

A castanha se espantou com os palavreados tão cedo, recordando ter realmente visto alguns alunos circularem, além de estar muito próximo das masmorras o que era território dos slytherin.

Olhou curiosa vendo que um pequeno grupo composto de quatro jovens, todos trajados de mantos verdes circundavam o louro que não parecia reagir à intimidação pregada. Pelo contrario o mesmo parecia parado apenas a ouvir ainda de costas, sendo que nem parecia estar prestando muito a atenção se mantendo a olhar o céu que se mostrava cada vez mais limpo e reluzente.

---- Esta me ouvindo seu comensal de uma figa!?

Um dos jovens se irrita com a atitude do louro o puxando e deste modo o forçando a olhar para eles, mas assim que este se vira os demais se espantam e recolhem-se do local a passos apresados deixando o louro sozinho. Não havia nada de errado com o rosto do louro, mas todo aquele que tinha bom senso perceberia algo errado no rapaz.

Os olhos claros estavam vazios e sem brilho algum assemelhando se ao branco de cadáveres, era como se o mesmo estivesse verdadeiramente morto.

---- Draquinho! ---- uma voz feminina o chama e logo a castanha se esconde percebendo que os colegas do mesmo se aproximavam e assim o louro monta um sorriso falso, muito semelhante ao que presenciou no trem e incrivelmente igual ao que ele sempre esboçava nos primeiros anos; e se junta aos demais indo em direção ao salão comunal.
 

Hermione não o seguiu por curiosidade; tinha mesmo de ir ate o salão para tomar seu café onde esperava encontrar um saudoso moreno sorridente e um ruivo com a boca cheia de pão, mas não demora a lembrar que estaria sozinha este ano. Suspira fundo com saudades sabendo que teria seus fantasmas a acompanhando durante todo o ultimo ano indo se sentar desgostosa, mas quase no mesmo instante uma coruja bastante atrapalhada cai sobre sua tigela fazendo com que tudo na mesa caísse.

---- Ronald! ---- esbraveja irritada ao reconhecer a única coruja atrapalhada que já viu em sua vida recolhendo de seu bico nada menos que um molho de cartas que apertou seu coração e um misto de alegria e saudade se formou e ela as abriu devorando mais as palavras do que o alimento posto a mesa.
 

***

Como estão as coisas ai?

Sei que não se passou nem uma semana, mas estou morrendo de saudades!

É muito estranho ficar sem você por aqui e imagino que esteja sentindo o mesmo, vê se manda noticias ou fala como esta sendo as aulas mesmo que seja um assunto muito chato.

O primeiro dia no trabalho foi incrível e todos foram muito gentis. Tirando uns dois caras que pareciam querer me fuzilar mas o Ron disse que era pura inveja por eu ser o grande Harry Potter e eles dois velhos gordos e carecas que não veem o “documento” a séculos. Juro que ri.

O Ron anda com um palavreado pesado não sei da onde ele pegou isso... Bem manda recado.

Ps: Como esta a Gina? Cuida dela pra mim... S2

***
 

O coração da castanha saltitou mesmo com palavras tão simples e vazias do amigo, era uma demonstração de querer manter contato mesmo sem assunto e isso já era o suficiente.

Olhou rápido os remetentes das demais cartas respondendo de imediato a de seus pais que apenas questionavam sobre assuntos corriqueiros e preocupações paternas e se pos a comer alegremente.

---- Obrigada pela dica Neville. ---- cumprimentou o amigo alegremente ao ver este se aproximar um pouco envergonhado pelos olhares que agora atraia para si.

Não conseguiu negar que o atrapalhado e desajeitado amigo estava mesmo bonito, os anos tinham lhe feito muito bem e ganhado um corpo de se admirar; entretanto os pensamentos da castanha eram puros e apenas saudavam o amigo pela “melhora” e brincava com o fato.

---- Você sempre foi tão bem nas matérias... em todas. Qual te preocupa? ---- questiona ao se sentar ao lado da mesma e esta o entrega o caderninho e este se põe a olhar e vasculhar as folhas. ---- São fáceis. Parece apenas à repetição dos mesmos exercícios varias e varias vezes de modo diferente.

---- Exato. Esta matéria é uma piada. ---- ela ri satisfeita ao quebrar uma torrada entre os dentes vendo o amigo sorrir ao se servir esbarrando em uma jarra cheia e demonstrando não ter mudado muito, mas logo uma moça a segura sorrindo para ele de modo insinuante e este cora de orelha a orelha ficando desconfortável e sem saber como agir enquanto a mesma volta a falar com uma amiga soltando risinhos alegres.

---- Você é fofo Neville. Algumas garotas gostam disso. ---- confirma ao passar geleia em outra torrada. ---- E depois da bravura que mostrou é normal ter fãs. Não digo para aproveitar, mas não tem que ficar tão sem graça.

---- Eu não sei lidar com isso... ---- o moreno parece se esconder dentro do colarinho enquanto fala e a castanha ri um sorriso simples ao ver tal ato. ---- Nunca aconteceu este tipo de coisa. Ninguém olha para mim assim. Pelo menos nunca olharam antes.

Era de se entender a timidez do amigo, assim como ela entendia os olhares de fúria das garotas lançados contra ela quando tinha sido chamada pelo mesmo na noite anterior assim como agora que conversavam tão amigáveis.

---- Mas é bom você arrumar logo uma namorada antes que me matem. ---- comenta sem rodeios e o rapaz parece perder a compostura e o ar. ---- Não quero ter que parar de ser sua amiga por algum atentado a minha vida. ---- ela ri sapeca afim de fazer graça com a situação. ---- Gosta de alguém em especial?

---- Para com isso. ---- o moreno termina de se esconder só fazendo com que a castanha soltasse um riso frouxo.

E o jantar seguiu tranquilo assim como as aulas e logo Hermione começa a dar a devida atenção a seu livretinho e os exercícios que deveria fazer. “”Se eu terminar tudo logo. Fico livre. “” pensou ela alegre seguindo pelos corredores ate a biblioteca onde gostava de repousar e imaginava encontrar bases melhores.

Ficou ali por horas e ate se esqueceu das atividades que deveria fazer ao se deparar com os novos livros que enchiam uma ala que não conhecia do local. Livros tratando dos mais variados assuntos, novos e impecáveis possuíam filósofos e idealistas, as ilustrações impecáveis e gravuras cativantes; um texto mais bem escrito do que outro por tanto só dando conta do tempo quando olhou pela janela e viu que escurecera.

Juntou algumas coisas e livros que gostara e olhou a primeira atividade: Leia o passado de um amigo. Escreva aqui tudo o que ver pode ser pela mão ou usando cristais. – “”Uma piada.”” voltou a pensar e logo escreveu ali o passado de Harry com o primo Duda e os abusos dizendo que leu quando estavam fugindo como forma de brincar seguindo as linhas do coração. E foi deitar-se.
 

Na manha seguinte acordou bem mais desperta como se o sol brilhasse em seu peito; tomou um demorado banho e se higienizou pensando na nova ala da biblioteca e imaginando de onde deveria ter vindo; ainda com os cabelos húmidos ela se senta sobre a cama hidratando o corpo e olhando o livro sobre a cabeceira. Pois a lingerie preguiçosa e mais interessada no livro do que em como se vestiria no dia e folheou aleatóriamente umas paginas enquanto pensava qual roupa colocaria se espantando ao ver a inscrição no final: Doação Malfoy.

“”Fazia sentido. Um modo de tentar se desculparem com o ataque a escola? Ridículo.””

Fechou o livro e saiu do quaro rindo um pouco de Gina que novamente dormia abraçada ao ursinho resolvendo responder a carta do amigo e contar este fato logo indo ler acarta do ruivo que havia ignorado completamente.
 

***

Obrigado.

Sei lá, não tenho como te agradecer.

Por tudo na verdade e não só isso... Bem espero que esteja se divertindo, você sempre gostou muito de estudar e sem eu e o Harry te atrapalhando deve ficar mais fácil.

O Harry ainda esta meio que morando aqui na toca e dividimos o quarto como em Hogwarts e é muito divertido se... Mas logo ele falou que vai em bora.

O trabalho esta muito legal e temos parceiros diferentes. Eu jurava que iam nos por juntos; ainda bem que não. Serio! Ser sombra de Harry Potter já deu por mim.

Você não sabe como é importante pra mim você ter entendido.

É muito bom poder falar disso com alguém. Posso te visitar?

***
 

Com isso não conseguiu evitar que um sorriso triste subisse em seus lábios e ali ficasse.





 

Mas quando retornou a seu quarto a noite se deparou com uma encomenda entregue com o remetente sendo a sua própria casa, e um recado de sua mãe, ficando a se perguntar qual de suas colegas tinha feito o favor de lhe trazer aquilo.

De toda foram ficou imensamente feliz com o agrado e se pois a abrir o objeto que se tratava de gigantesca caixa de papelão em um estilo trouxa de ser entregue e ficou tão curiosa que quase se esqueceu da carta do ruivo e do sentimento de tristeza que lhe invadira quase todo o dia.
 

***

Esta encomenda chegou pra você estes dias, acho que deve ter se atrasado no correio e enviamos pra escola. Fizemos certo?

Dei uma olhadinha e parecia ser apenas um punhado de livros velhos.

Acho que deve ser algum presente de um fã, tinha muitas tentativas de chegar ate a nossa casa. Acho que não sabiam onde você morava e deixaram em algum lugar que sabia.

***
 

Ao reconhecer a letra da mãe rasgou a enorme caixa tendo quase um infarto de alegria ao ver a quantidade exorbitante de livros que estava a sua disposição.

A caixa tinha quase a altura de seu quadril e era larga de uma forma a ser difícil segurar as duas extremidades ao esticar os braços para os lados.

Sentou-se então na cama e ficou a os organizar ate que desse à hora da aula e apos a mesma voltou a se perder entre seus títulos dificultosos e pensando a onde iria os colocar. Deixando eles sobre sua cama, para não atrapalhar as demais.

Muitos eram bem antigos e pareciam ate ter anotações dos antigos donos sobre suas paginas, procurou por qualquer inscrição, mas não havia qualquer nome escrito; nem mesmo na ultima capa. Com isso então se recordou de seu primeiro livro bruxo, a enciclopédia que avia ganho em uma viagem quando se descobriu bruxa.

Por algum motivo algo a fazia ter essa associação e com muito cuidado foi os ajeitando dentro de sua bolsa encantada e anotando titulo por titulo para conseguir os ver com mais calma durante o ano letivo; e logo seguiu com seu dia.