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História Aulas de Sedução para Piper - parte 2 (Desejos Insanos) - Ganhos e perdas.


Escrita por: SoniaG

Capítulo 15 - Ganhos e perdas.



Nada é mais tedioso ou 
enlouquecedor do que observar o passar do tempo, contar cada milésimo de segundo que nos faz completar mais vinte quatro horas de vida, apenas para se morrer um pouco mais nas próximas vinte quatro horas seguintes. Entre o tentar levantar e o adormecer era dividido meu dia, minha inércia agora diminuía rapidamente, hoje é possível sentar, amanhã ficar de pé e um tempo depois eu conseguia a liberdade de tomar banho sozinha, me vestir e alimentar. 
Abuelita era sem dúvida uma figura inexplicável, o jovem Diego trazia alegria e o centrado José significa o equilíbrio. 
Os últimos tempos representaram para mim uma queda interminável,  as notícias que obtinha eram cada vez piores e para mim já não era possível continuar esperando, em pouco tempo eu estaria recuperada totalmente e iria atrás do que era meu. 
- Eles dizem que não se pode passar agora. Que é perigoso. 
- Quando não será perigoso, José? - indago mais uma vez. Dois meses já haviam se passado. 
- Não é seguro, não podemos. 
- Me arranje um carro e eu irei. 
- Não pode sair sozinha, você ainda não se recuperou totalmente. 
- Esperar mais é arriscado, não sei o que realmente está acontecendo, não sei se Piper está correndo perigo, não posso mais me esconder. 
- José, é chegada a hora, Alex tem razão. 
- Abuelita não podemos nos arriscar dessa forma. Mesmo que consigamos chegar até lá não temos onde ficar. 
- Isso não será  problema. Sei exatamente para onde podemos ir. 
- Isso é loucura, todos acham que esta morta!- José se levanta impaciente. 
- Vocês não precisam ir, não quero que corram perigo, só peço que me mostre como chegar lá. 
- Você não irá sozinha! 
- Cale a boca, Diego! 
- CHEGA! - Abuelita toma a palavra nos surpreendendo. -  Nós iremos com Alex, está decidido, fale com Pablo. 
- Abuelita, isso é muito perigoso para você e Diego, irei com Alex, mas vocês ficam. 
- Iremos todos José, essa é minha palavra final. Enquanto a voce Alex, não se preocupe nós a levaremos  para casa. 
*****
A figura alta de Callum andava a passos largos pelo jardim, o observava se aproximar pela janela e antes mesmo que ele tocasse a campainha abri a porta. 
- Bom dia, Adele. - ele beijou meu rosto. 
- Olá, Callum. 
- Você anda me parece um tanto desanimada. 
- Creio que você saiba bem as razões para isso. 
-Sabe, você vem me deixando muito feliz, por essa razão resolvi recompensa - la. 
- Não quero nada, estou bem assim. 
- Tem certeza? Não há mesmo nada que deseje, Adele? 
- Nada que você possa oferecer. 
- Vejamos. - Callum diz sacando o celular do bolso do elegante terno cinza. -  Tragam a menina. - Segundos depois batidas suaves são dadas na porta. -  Não vai abrir? 
Minha mão trêmula alcança o trinco, fecho os olhos antes de gira-lo. Diante de mim surge uma figura pequenina, os cabelos loiros estão presos e seu corpo está coberto por um casaco azul, os olhos azuis me encaram alegres. 
- Mamãe. -  ela abraça minhas pernas. 
- Margareth. - coloco meu pequeno anjo no colo. 
- Senti sua falta. 
- Eu também meu amor. 
- Tio Callum disse que me deixaria ver você se me comportasse bem. 
- Isso vale para as duas. - ele diz. 
- Seu tio sabe que sempre me comporto bem. - coloco Margareth no chão. - Venha, quero saber de todas as novidades. 
- Vou deixar as duas sozinhas, mais tarde mandarei busca-la. 
-Ela já pode ficar comigo, Callum! 
- Não seja apressada, Adele. Por hora, a menina fica comigo, depois você poderá bancar a mãe amorosa. 
Callum saiu sendo seguido por um homem, fechei a porta e me deparei com os olhos curiosos de Margareth. Ela abriu os braços para receber mais um abraço, segui com ela para cozinha, não queria perder tempo, queria aproveitar ao máximo cada segundo  que ganhei com ela.
 Ter Margareth ao meu lado me fez perceber que eu seria capaz de fazer qualquer coisa para ganhar minha filha de vez, até mesmo matar Piper. 
****
Três semanas depois. 
O cheiro da cidade não havia mudado, nem a pressa que movia as pessoas de lá para cá. New York estava recebendo uma chuva fina, e as roupas que eu vestia não conseguiam impedir que o frio chegasse até meu corpo, parados em um beco escuro Abuelita, Diego, José e eu esperávamos uma oportunidade. A viagem do Novo México até aqui foi tensa, mas felizmente conseguimos chegar. Estávamos contando com uma dose de sorte, mas essas doses costumam ser homeopáticas. 
- Não podemos ficar aqui por muito tempo, logo vamos começar a chamar atenção. 
- Só mais um pouco, José. 
- Não podemos esperar mais, seremos pe... 
- E ela! 
Atravessei a rua correndo quando avistei o carro, vi a porta do veículo ser aberta, ela parou para recolher algo. Aproveitei o fato da porta ter ficado aberta e empurrei seu corpo para dentro, a empurrei até chegar no banco do passageiro, fechei a porta atrás de mim. 
- Não me mate! Pode levar o carro, mas não me mate, tenho 600 dólares na carteira pode levar tudo. - As mãos de Nick estavam para cima e seus olhos fechados. 
- Você nunca tem dinheiro na carteira, Nicols.-  Os olhos dela se abrem imediatamente. 
- Ahhhh! Vo...vo...você.. Você... Ahhhhhhhh.. - Nick tenta abrir a porta, mas felizmente consigo trancar as portas a tempo. 
- Nick, calma! 
- FANTASMA! 
- Não seja ridícula! 
- Eu tenho que parar de beber...SOCORRO!- Me jogo sobre Nick e cubro sua boca com a mão. 
- Nick... Eu não sou um fantasma! - ela se debate ainda mais. Nick, por favor acredite... Nick?.. Nick? -  ela revirou os olhos, ficou fria e depois pálida como um papel, por fim desmaiou. -  QUE DROGA, NICOLS! 
Faço um gesto chamando pelos outros, rapidamente os três entram no carro. Ligo o veículo e sigo para o estacionamento do prédio. 
- O que vai fazer? 
- Vamos entrar pelo elevador de serviço. 
- E se alguém nos ver? 
- Não se preocupe, ninguém vai suspeitar de nada. 
- Ninguém vai suspeitar de uma moradora desmaiada, três mexicanos mal vestidos e uma mulher aparentemente morta? - José indaga. 
- Se a mulher em questão for Nick ninguém dará a mínima, acredite a fama dela não é das melhores. 
Saímos do carro segurando Nick, passo seus braços por meus e ombros e pelos os de José, se alguém nos ver achará que se trata de uma das bebedeiras de Nicole. 
Assim que chegamos ao andar procuro as chaves nos bolsos dela. 
- Vamos abra logo essa porta. -  José estava em pânico. Quando a porta se abre praticamente  nos jogamos lá dentro. 
Deitamos Nick no sofá, ela parece menos pálida. 
- O que faremos se ela começar a gritar? -  Diego pergunta. 
- Ela não vai, só preciso convence - la de  que não estou morta. 
- Ela está acordando. 
- Onde estou? 
- Calma. 
- Quem é você? -  observo Nick se sentar e encarar Abuelita. 
- Somos amigos, não tenha medo. 
- Quem me trouxe para casa? Como entraram aqui? 
- Usamos a chave. - Digo roubando a atenção de Nick. -  Não se atreva a desmaiar de novo!
- A.. Alex? 
- Nick, por favor me escute. Veja, eu não estou morta, não sou um fantasma e não estou aqui para assombra - la. Muita, muita coisa aconteceu e eu preciso que você me ouça. 
Nick levantou do sofá, ela nem mesmo piscava,  se aproximou de mim lentamente e me abraçou. 
- Você está mesmo aqui! 
- Sim, estou!  Voltei para pegar o que é meu . 



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