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História Aulas de Sedução para Piper - parte 2 (Desejos Insanos) - Dois


Escrita por: SoniaG

Capítulo 21 - Dois



As vezes ao abrir os olhos tudo que surge diante deles é um desbotado cinza, como se de repente você estivesse vivendo um longo inverno, como se não tivesse esperanças quanto ao sol. Mas as vezes ao abrir os olhos você se pergunta de onde vem tanta luz e beleza, como se estivesse diante da imagem mais linda do mundo. Alex era como o calor após um frio rigoroso, um aquecer interno que traz a tona aquilo que você desconhece. Após o efeito do álcool ter passado, da emoção inicial ter se tornado menos intensa era como se meus olhos estivessem vendo os seus pela primeira vez. Ela em toda sua beleza de traços exatos, com a combinação perfeita da pele branca e cabelos em um tom negro que remete ao mistério. Com seios que compõem com perfeição o conjunto belo que é seu corpo, os olhos de um verde intenso e uma boca que lança uma coleção de sorrisos maliciosos. 
Me pergunto se existe um lugar melhor que esse para estar, de joelhos de ante dela, a espera de algo que venha do seu corpo. Em um outro momento ela me oferecia seu sexo e eu o acolheria, mas infelizmente esse não é o momento, não podemos mais nos entregar sem entender cada pequeno detalhe do que se passou, eu sabia, ela sabia, existiam agora duas sombras entre nós Holly e Adele. 
-Precisamos conversar, você sabe. - Ela diz enquanto se veste. 
-Sim.
- Adele, vocês.... 
-Holly, bem vocês... 
- Não existiu nada entre nós! Não sei como posso provar isso,mas eu sei que não existiu, mas você e Adele. 
-Não aconteceu nada! 
- No jornal parceria haver muitas coisas. 
- Assim como na foto em que beija Holly? 
- Eu não me envolvi com ela! Mas você... Eu nem morri direito e você já estava com outra.
- Como se atreve? Como... Como tem coragem de pensar assim?- Me enrolo no lençol cobrindo minha nudez. 
- Você pode pensar que eu estava tendo um caso com Holly, mas não posso pensar o mesmo sobre Adele? 
- Adele foi uma amiga.. Uma companhia.. 
- Uma vadia desgraçada! Não vê como ela se aproveitou de você? 
- Ela me ajudou a... 
-Superar? O que ela propôs? Oh! Não diga.. Ela tentou ser sua amiga? - Alex me encara. - E depois? Ela tentou ser útil? E por fim tentou leva-la para cama. Não é isso, Piper? Não foi exatamente isso que ela fez?- Desvio meu olhar do seu. - Olhe pra mim! - continuo encarando o chão, logo sinto seus dedos segurando meu queixo com força. - O que há Chapman? Você não consegue encarar a verdade? Não consegue aceitar que foi manipulada por Adele? Ela se aproveitou da sua fragilidade, da minha ausência. 
- Ela não conseguiu nada além da minha admiração. 
- Admiração? Sentia admiração enquanto fodia com ela? - Seus dedos apertam meu queixo, mas não reclamo. 
- Nunca transamos! - O aperto perde a força.
- Não minta!
- Eu não preciso mentir. Nunca fui para cama com Adele. 
- Eu vi o beijo. 
- O que você viu foi um encostar de lábios, Alex. Mas o que vi entre você e Holly foi muito mais intenso. 
- Eu não me envolvi com ela, não sei como provar isso, mas eu sei e sinto que jamais estive com ela. 
Nos encaramos intensamente em uma busca por verdades, esse era nosso grande obstáculo no momento. Existia um lanço rompido entre nós, algo que sempre nos manteve em equilíbrio, naquele momento nos faltava... confiança.  
Nos olhavamos procurando aquela certeza nos olhos uma da outra. Ela procurava em mim a certeza de que meu coração ainda era dela, e eu procurava nela a certeza de que o seu coração sempre foi meu. 
Era isso, uma busca romântica, um clichê movido pela certeza dos apaixonados, não importa o quão digamos que não importa,  a confiança sempre será uma ponte que nos liga a quem amamos. 
A nudez daquele momento não era aderida as poucas roupas que trajavamos, era um retrato da busca daquilo que desesperadamente queríamos que ainda estive ali. Me perguntei por um breve momento se estava sendo injusta. Se não me faltava um pouco de sensibilidade em relação à Alex. Eu a enterrei, convenci meu coração de que ela não mais voltaria, que tudo que vivemos era apenas uma lembrança. Mas então ela surge e tudo que consigo fazer é me entregar desesperadamente porque cada segundo desses terríveis meses eu me sentia morrer e ve-la ali diante de mim foi como renascer entre beijos e toques, ouvir sua respiração ofegante, sentir seu coração bater desenfreado tudo isso me fez renascer. 
Olhar para ela agora é como sonhar e ao mesmo tempo despertar para uma realidade torpe, onde meu coração ama e acusa, minhas mãos querem tocar e afastar, minhas palavras querem confortar e machucar. 
Quero gritar com ela, quero uma explicação sobre Holly, quero que ela me prove tantas coisas porque eu posso provar meu amor por ela nesse segundo e de mil formas diferentes, tudo que eu quero é... 
-Tudo que eu quero é que você... Que você.. - As palavras agora escapam por meus lábios. - continue me amando, mesmo que tenha  existido algo com Holly.... Eu, eu apenas quero que continue me amando Alex Vause, quero apenas ter a certeza de que não perdi seu coração nem por um segundo. - Me entreguei as lágrimas. - Tudo que eu exijo é o seu amor, sem mais explicações ou qualquer outra coisa, apenas prove que me ama. 
Era isso, tudo que eu tinha era uma exigência, queria uma comprovação do amor dela, talvez não fosse certo e de certa forma tenha sido algo completamente infantil tal pedido, mas era isso, somente isso,  me bastava apenas uma prova de amor. 
Quando deixei meu olhar seguir para o chão vi seus pés descalços sobre o tapete, vi quando ela os moveu até se aproximar novamente de mim. Eu tinha consciência do meu rosto corado, do meu nariz ridiculamente vermelho e dos meus olhos possivelmente inchados. Quando seus dedos tocaram minha bochecha com o maior carinho de que foram capazes me senti quebrar ainda mais, um choro que segurei ao máximo durante as noite em que me acostumei a solidão, agora tudo estava sendo posto para fora. 
Ela nada disse, só me abraçou forte, o tipo de abraço que você acaba sumindo em meio aos braços que envolvem seu corpo. 
Cravei meus dedos em suas costas, afundei o rosto em seu pescoço e chorei até minhas lágrimas encharcarem seu ombro. Quando me afastei soltando pequenos soluços me deparei com seus olhos me examinando atentamente. 
- Você continua linda mesmo com o rosto marcado por lágrimas, um nariz vermelho e olhos inchados. - sua mão segura a minha. - Eu amo você Piper e provarei isso todos os dias da minha vida, você é a quem pertenço e a ninguém mais. 
Trocamos um sorriso e um rápido beijo, quando nos olhamos novamente notei que nossa busca havia chegado ao fim, a confiança e o amor estavam novamente em nós, nada além disso era preciso. 
-Quero que conheça algumas pessoas. - ela disse enquanto recolhia minhas roupas. 
Minutos depois chegamos a sala, Nick observava Lorna que dormia no sofá, ela observava com cuidado a ex esposa que roncava tendo o cabelo completamente revolto e maquiagem manchada. 
- Nossa! - Alex diz chegando mais perto de Lorna. 
-Silêncio, vai acorda-la! - Nick sussurrava. 
-Já está na hora dela acordar. 
- Não! Veja só, ela parece um anjo. - Nick tinha um olhar bobo. 
-Um anjo de ressaca. 
-Ainda assim um anjo. Pare de ser irritante Vause. 
Seguimos para a cozinha deixando Nick velar o sono de Lorna. Alex segurou em minha mão quando entramos no local que tinha um cheiro delicioso, nunca pensei que poderia sentir algo assim na cozinha de Nick. 
Mais inesperado que isso foi apenas a  a presença de José, uma senhora e um menino que aparenta ter uns 12 anos. 
-Pessoal, gostaria de apresentar minha esposa, Piper Chapman Vause. Piper, esses são Abuelita e Diego, José você já conhece. 
-Olá. - Digo meio sem graça, a mulher se aproxima com um sorriso simpático. 
- Alex fala muito de você, é um prazer. 
- Obrigada por terem acolhido Alex, muito, muito obrigada. 
- Não precisa agradecer, faríamos tudo novamente. 
- Oi. - Digo ao menino que me olha de um jeito engraçado. 
-O..o..oi..Sou Diego. 
-Eu já disse isso pequenino. - Alex diz me abraçando. 
-Eu não sou pequenino, sou um homem. 
-Estou vendo, tire esses olhos da minha esposa. 
-Alex, por favor. - Digo estendendo a mão para o menino. - Não ligue para ela, você é um rapazinho muito bonito. 
- El azul de sus ojos es más bello que el azul del cielo y el mar. 
- O que ele disse? - Pergunto. 
-Não faço ideia, mas tenho quase certeza que foi uma cantada. 
- Diego, dejar sin sentido no tiene ninguna posibilidad - José diz. 
-Tampoco se hace Hermano. 
-Odeio quando eles começam a falar espanhol, não entendo nada. - Alex diz revirando os olhos. 
Me aproximo da senhora e seguro em suas mãos, ela tem olhos doces e me encara com ternura, tomo coragem e a abraço, acabei de conhece-la,mas já nutro imenso carinho por ela. Agradeço mais algumas vezes antes de começamos a tomar café. 
- Está na hora de ir atrás do tal homem, Alex. - José diz e sinto meu estômago revirar. 
- Podemos contratar um detetive, Alex não precisa se envolver nisso. 
- Um Detive chamaria muita atenção, Piper, sei que se preocupa, mas tenho que fazer isso pessoalmente. 
- Isso pode ser muito arriscado e.. 
-Não pense assim, vamos conseguir e acabar com tudo isso logo. Nem você ou Nick devem se envolver, é bom que pensem que vocês não fazem ideia do que aconteceu. 
Alex e José começaram a falar do plano para chegar até o local de onde Callum supostamente tinha fugido. Desisti de tentar convence-la do contrário, sei que agora ela iria atrás de Callum e nada iria conseguir para-la. 
****

 Foram dois dias de pesquisa até descobrimos que Callum não estava no presídio, ele havia sido transferido para um sanatório devido à ordem médica de um tal Dr. Troy. Segundo o psiquiatra, Callum apresentou um forte descontrole emocional e precisava ser avaliado por ele e outros psiquiatras, sendo assim Callum foi transferido três meses depois de ser preso ficando no sanatório desde então. 
Usando documentos falsos um presente do primo de José seguimos até o sanatório. 
O prédio de muro branco se encontrava em uma área afastada do centro, levamos quase três horas para chegar até o local de aparência sinistra. 
Uma fina chuva caia, a grama molhada me fazia escorregar e quando finalmente chegamos a entrada encontramos um homem lendo uma revista tranquilamente, ele permitiu nossa entrada sem,fazer perguntas, já passar da recepção não parecia uma tarefa fácil. 
-Bom dia. Em que posso ajudar? - Um homem alto e forte diz. 
-Bom dia, estamos aqui para ver o Sr. Trainor. 
-Vocês são parentes? O nome de vocês consta na lista de visitantes autorizados? - noto o olhar de enfado do homem. 
-Bem, não somos parentes e também não temos autorização para... 
-Sinto muito Senhora, mas sem autorização da família não posso ajudar. 
-Então...-olho para crachá. - Nathan, eu e meu amigo aqui estamos fazendo uma matéria para o jornal e precisamos muito saber como o Sr. Trainor se encontra. 
- Sinto muito, mas.. 
- Estamos os dispostos a pagar uma quantia interessante. Algo que bastasse para boas férias nas Ilhas Malvinas. Você gosta das lhas Malvinas, Nathan? - José pergunta. 
- Bem, acho que todo mundo gosta das Ilhas Malvinas. Um pouco de sol e alguns dias longe desses malucos seria ótimo. 
-Vejo que podemos entrar em acordo. 
Nathan resolveu aceitar nossa proposta, ele nos levou por longo corredor, portas e mais portas surgiam por todos os lados, o local era limpo e surpreendentemente silencioso. 
- O que é mesmo que vocês querem com o caso Trainor? - Ele pergunta. 
- E para uma matéria, não se preocupe você não será citado. 
- Sobre qual dos dois vocês irão escrever? 
- Como assim qual dos dois? 
- Qual dos irmãos Trainor? 
-Irmãos? 
- Sim, a irmã do Senhor Trainor também já esteve internada aqui. 
 


Notas Finais


Desculpem a demora, algumas coisas atrapalharam a sequência das postagens, mas espero normalizar em breve.


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