1. Spirit Fanfics >
  2. Aurora >
  3. Capítulo 4:

História Aurora - Capítulo 4:


Escrita por: GiullieneChan

Capítulo 5 - Capítulo 4:


—Lampo! Faetonte! Estão vivos? -Aurora não se cabia em si de felicidades em ver os jovens a sua frente, mas antes que pudesse dar um passo sequer até seus guardiões, Camus se colocou entre eles, de maneira protetora. -Mas, o que foi Camus?

—Tem certeza de que são eles? -Camus perguntou sem tirar os olhos dos rostos inexpressivos dos guerreiros.

—Mas...é claro que sim. -Raphaela notou o quanto Camus e os outros estavam tensos. -Lampo...o que houve com você e seu irmão? Depois que nos separamos, não tive mais notícias.

—Senhora Aurora. -Lampo, que possuía cabelos prateados, longos e olhos azuis frios, se curvou. -Estivemos incapacitados.

—Mas agora, estamos aqui. -Faetonte, de cabelos dourados e olhos tão azuis e frios quantos os do irmão, também se curvou.

Aurora queria muito abraçar seus guardiões que julgava mortos, mas Camus não permitiu com um gesto. Ele não tirava os olhos dos dois guerreiros, e parecia muito desconfiado. Ela sentiu realmente que havia algo de errado com os cosmos dos jovens. Milo apareceu ao seu lado, parecia tenso também.

—Não é estranho eles aparecerem assim? -Milo murmura para Camus. -Como eles poderiam sabe que Aurora está aqui no Santuário?

—Oui. Isso é muito oportuno, não é? Quando Atena e a maioria dos Cavaleiros de Ouro não estão presentes.

—Senhora...é hora de partirmos. -chama Lampo, erguendo-se e oferecendo a mão.

—Sabe o que é? -Milo agora falava. -Ela não pode ir agora. A gente combinou uma sessão de filmes chatos franceses na Casa do Camus aqui.

—Cale-se, Cavaleiro. -Faetonte ficou irritado. -A deusa irá conosco, ou...

—Ou o que? -Camus perguntou com um olhar que gelaria qualquer ser humano.

Lampo e Faetonte se entreolharam, sorriram com cumplicidade e saltaram, cada um lançando um ataque com todas as forças contra os Cavaleiros e Aurora.

Mas, os Cavaleiros valendo-se de suas velocidades saltaram a tempo de evitarem serem atingidos, com Aurora nos braços de Camus. O cavaleiro de Aquário a colocou em uma distância segura, olhou rapidamente para trás a tempo de ver Milo e Afrodite trocarem golpes contra os agressores.

—Vá para dentro da Casa de Áries! -ele ordenou, já lhe dando as costas para retornar a batalha.

—Camus! -a jovem o chamou. -Não sei o que está havendo com eles, mas não está agindo por vontade própria. Isso eu sei...por favor, ajude-os.

Camus fitou o olhar suplicante de Aurora, mas desviou e falou:

—Lamento. Farei o que for necessário para proteger o Santuário...e você. Mesmo que isso signifique ter que matá-los.

E sem olhar para trás, foi se unir aos companheiros na luta.

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

Olhando em seu espelho, o desenrolar da luta e o sofrimento de Aurora por não saber o que fazer, Afrodite gargalha satisfeita.

—Pobrezinha...quase sinto pena de você... quase. -depois vê o reflexo de Camus. -Hum...você sempre teve muito bom gosto para escolher seus homens, Aurora. Esse Cavaleiro é realmente atraente! Mas há algo a mais nele que está me intrigando e não são os seus belos músculos.

A deusa da beleza fica com ar pensativo alguns instantes, depois tem um vislumbre tocando no espelho.

—Mostre a alma desse Cavaleiro.

Ela estreita o olhar e depois começa a gargalhar.

—Não é possível que o Destino seja tão melindroso assim?! –continua a gargalhar. –Então, a tragédia pode estar se repetindo? O que você seria capaz de fazer para protegê-lo novamente da minha maldição, Aurora? Seria capaz de dar até mesmo sua vida? -e gargalha.

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

—É muita cara de pau de você nos atacarem aqui no Santuário! -exclamou Milo ao desviar de um ataque de Faetonte. -E vou mostrar que cometeram o maior erro da vida de vocês!

Em seguida, os Cosmos do Cavaleiro de Escorpião e de Peixes se elevam, e como se atendessem a um chamado, as Sagradas Armaduras douradas saem de suas casas Zodiacais e logo estão cobrindo seus corpos.

—Não deveriam ser os guardiões a protegerem Aurora? -pergunta Peixes, já munido de uma rosa vermelha. -Por que nos atacam se nós ajudamos sua deusa?

—Não interessa a vocês nossos motivos, cavaleiros. -responde Lampo friamente. -Vamos levar Aurora conosco.

—Creio que não. -Camus diz friamente erguendo um braço e invocando sua armadura de Aquário. -Milo, Afrodite...peço que não interfiram. Eu lutarei com eles.

—Com os dois? -Milo espantou-se e aproximou de Kamus, falando baixo. -Se não notou, eles tem Cosmos parecidos com os nossos!

—Eu sei, Milo. -Camus lança o olhar para Raphaela que assistia a tudo ansiosa. -Mas se estes jovens tiverem que morrer, que sejam por minhas mãos.

—Você é quem sabe. -e o cavaleiro de Escorpião afastou-se, sendo seguido por um contrariado cavaleiro de Peixes.

Camus se aproxima dos jovens e os encara, em seguida, começa a concentrar seu cosmos em sua mão direita.

—Serei piedoso. Darei a vocês uma morte rápida. -falou Camus. -Ou desistam e partam!

—Inaceitável! -diz Lampo.

—Morra! -ataca Faetonte.

Camus se defende do ataque, mas este é poderoso o suficiente para ferir seu braço, e em seguida salta, lançando lança seu golpe em seguida:

—PÓ DE DIAMANTE!

O golpe passa de raspão por Faetonte, que cai ao chão em pé, com um sorriso confiante, mas quando se ergue para lutar novamente, sente uma dor aguda ao perceber que sua perna havia sido congelada.

—Ele nem me tocou! -espantou-se e sentiu um calafrio ao se deparar com os olhos do cavaleiro.

—Faetonte, vamos partir. -chama Lampo, ajudando o irmão. -Voltaremos depois.

E ambos os guerreiros desaparecem em seguida.

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

Saori Kido retornou há pouco e ficou sabendo o que havia acontecido naquela tarde. Muito preocupada, chamou seus cavaleiros.

—Está óbvio para mim que a traição dos guardiões de Aurora é obra da deusa Afrodite. -diz Saga.

—Sim. Pelo jeito, ela não irá parar. -concorda Atena.

Camus estava encostado em um canto, com a expressão indiferente, mas seus pensamentos estavam na deusa a quem se referiam.

—O que podemos fazer? -pergunta Mu. –Esse ataque ao Santuário não pode passar impune.

—Sinceramente queria evitar um conflito. Afrodite não é uma deusa quem se empenha em batalhas. Irei pessoalmente ao Olimpo. Levar a queixa a Zeus. -diz Atena. -Mas não quero partir sem antes dizer. Quero um cavaleiro sempre perto de Aurora para protegê-la. Quem se oferece?

Do nada, Milo e Afrodite empurram Camus para frente. Este os encara com raiva no olhar, e ambos os cavaleiros fingem que não viram nada.

—Que bom que se ofereceu, Camus. -diz Atena, deixando-o sem reação. -Ficarei mais tranquila.

Após encerrada a reunião, Camus agarra Milo e Afrodite pelas capas, fazendo-os parar antes que saíssem de mansinho do Salão.

—O que vocês tem nas cabeças?

—Ora, estamos fazendo um favor, isso sim. -diz Milo com ar de falsa ofensa.

—E é assim que nos agradece...ingrato. -replica Afrodite.

—Que? -Camus os solta sem entender.

—Vai lá no quarto dela e converse com ela! -fala o pisciano.

—Pode crer. Ela agora está se sentindo mal, achando que se feriu por causa dela. -fala Milo. -Vai lá!

O cavaleiro pondera sobre o assunto e consente com um aceno de cabeça, decidindo ir falar com a jovem.

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

Camus parou em frente a porta do quarto de Raphaela, hesitando um pouco antes de bater. Pensando no que dizer, na vontade que tinha de voltar a abraçá-la, de sentir sua boca. Suspirou antes de bater. Ela atende a porta e ao vê-lo se assusta.

—Camus?

—Atena determinou que irá falar pessoalmente com Zeus. -avisou.

—Sim. Então, boa noite. -ela tenta fechar a porta, mas ele impede segurando-a.

—E eu fui nomeado seu protetor até que isso seja resolvido. Ou seja, ficarei sempre ao seu lado.

—Não quero que fique ao meu lado! Por que outro cavaleiro não foi escolhido?

—Eu me...ofereci.

—Eu não quero.

—Por que?

—Você se feriu por minha causa! -ela aponta para o braço ferido de Camus.

—Eu me feri em uma luta. Ferimentos são comuns em lutas!

—Não quero você perto de mim.

—Aurora...

—As pessoas que se aproximam de mim sempre se ferem por minha causa...

—Não vai me falar de novo sobre maldições.

—E Titono...

—Eu não sou ele. Não acredito que serei morto por uma...

—Eu o matei! –ela disse quase gritando e Camus ficou em choque com a revelação. –Eu tirei a vida dele...

Súbito as imagens de um passado distante voltam a mente de Camus.

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.xx.x.x.

Agora tudo era nítido em sua mente, como se acabasse de vivenciá-las. Aurora estava ao lado de um homem de idade bem avançada, corpo curvado pelo peso do tempo, ambos olhavam para a paisagem do alto de um morro. Camus percebeu quem eram. O velho era Titono e aquele local era do Santuário milênios atrás.

—Eles partem para uma nova Guerra Santa. –disse o idoso, se apoiando-se em um cajado. –Meu sucessor vai trazer orgulho a Casa de Aquário, como tantos que vieram antes dele.

—Sinto-o cansado, meu amado.

—Quanto tempo estamos juntos, minha querida esposa? Cem anos? Duzentos? –ele suspirou. –Quase quinhentos anos preso nesse corpo envelhecido.

—Titono...

—Sinto que não aguento mais... e nem vós. –ele sorri. –Está presa a esse velho cansado.

—Não diga isso, meu esposo. –ela se ajoelha diante do idoso, tocando ternamente em seu rosto enrugado. –És minha culpa esse sofrimento imposto a ti por minha insensatez.

—Foste meu erro querer igualar-me aos deuses.

—Não...

—Aurora... não te culpes jamais, meu amor...  –ele segura as mãos da esposa, colocando entre elas um objeto. –Não deveis nunca julgar que a culpa seja tua.

Ela olha para o objeto que ele lhe entregara e o reconhece. A adaga dourada eu poderia matar um deus. Ela o olha assustada.

—O que?

—Somente uma arma destinada a matar um deus pode encerrar minha imortalidade que se tornou uma prisão. –ele falou com uma expressão serena.

—Não...

—Eu lhe peço, Aurora.

—Não, eu me recuso... não... –ela começa a chorar.

—Liberte-me meu amor.

—Não saberia continuar sem vossa presença... A eternidade sem vós será torturante...

—Um dia... estaremos juntos novamente.

—Não posso... perdoa-me... não posso...

Titono segura firme as mãos de sua esposa, e a abraça com as poucas forças que seu corpo corroído pelo tempo lhe permitia. Aurora sente o sangue verter da ferida aberta pela adaga em seu coração quando ele a abraça mais forte, enterrando a lâmina mais funda na pele.

—Eu a ... amo, minha querida Auro...

E ele pende ao seu lado, o corpo já sem vida de um lendário cavaleiro. Aurora olha para a lâmina, para o sangue que estava em suas mãos e vestes. Ela grita em desespero o nome de seu marido, grita implorando aos deuses que tenham piedade. Ela pensa em se unir a ele no sono da morte usando a mesma adaga, mas fora impedida pela Atena desse tempo.

A deusa guerreira a desarma e abraça a amiga, que chora copiosamente em seus braços.

 

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.xx.x.x.

 

—Não foi culpa sua... –murmurou Camus, fitando-a.

—Todos os que eu amo morrem! Não quero que morra!

—Você me ama?

—Camus...não... -ela tentou afastá-lo da porta, mas o cavaleiro permaneceu irredutível, entrando no quarto. -Eu não quero ser o motivo de vê-lo ser ferido, não posso vivenciar aquilo tudo novamente...

Ele a fitou intensamente, o medo em seus olhos, a dor, os sentimentos que ela se negava a ter... tudo por causa de uma ideia louca de maldição. Maldita Afrodite! Precisava tirar da mente de Aurora essa superstição tola!

Pegou-a no colo, entrando no quarto e fechando a porta com um chute. Cada arquejo, cada resmungo de protesto o deixava mais determinado ainda a tirar aquela ideia tola de sua cabeça.

—Camus, por favor!

Ele, porém, estava além de qualquer argumento, de qualquer palavra. Jogou-a na cama e ficou parado, com um olhar sombrio...feroz...faminto...Um calafrio percorreu a espinha dela, mesclado a excitação do momento. Ele inclinou-se e beijou-a, com desejo.

De repente, Aurora se viu dominada pelo calor do desejo. Sentiu as pernas fraquejarem e o corpo vibrar. Camus continuava a beijá-la, enquanto arrancava suas roupas sem se afastar de seus lábios.

Quando Aurora parou de se debater, as amarras dos braços de Camus se afrouxaram e ele deslizou as mãos pela sua pele, descendo até suas coxas, subindo em seguida pelo ventre e a sentiu estremecer quando tocaram seus seios, apertando-os.

—Não tenha medo, Raphaela... -ele murmurou ofegante, o hálito quente causando arrepios em contato com a pele alva da mulher. -Quero você...você foi feita para me amar...e eu a você.

—Camus...

—Não entende? –ele a fitou. –Estou esperando por você há muito tempo.

Em seguida os lábios tomaram conta dos dela, os únicos sons ouvidos naquele quarto eram dos corpos em ardente sincronia, um tributo ao poder da paixão. Não havia medos, hesitações, maldições, não eram mais uma deusa e um cavaleiro. Apenas um homem e uma mulher amando-se sem limites. Corpos unidos, beijos famintos, mãos ávidas. Unos em mente e sentidos e, puseram de lado todas as sensações para se concentrar no profundo e infindável prazer de seus corpos ligados. Moviam-se como um, corações num só ritmo, nervos e tendões e desejo condensados no calor da paixão para moldar uma única identidade, uma liga de espírito e carne.

Quando não puderam mais controlar a tensão, quando os corpos doíam e tremiam, incapazes de conter um prazer tão expandido, irromperam junto num libertação de calor e êxtase.

Decorreu algum tempo antes que Camus a deitasse de lado e lhe acariciasse as faces rosadas de paixão.

—Não devíamos ter feito isso. -ela falou, com uma súbita tristeza no olhar. -A maldição...

—Meu anjo, não acredito nisso. Não acredito em maldições.

—Como não? Meus pobres guardiões agora estão...

—Manipulados. A culpa não é sua, e sim da Afrodite. -estava começando a alterar a voz. -Parece loucura, mas eu sei que eu a am...

—Não. Não diga isso. -ela sentou-se na cama. -Eu não quero que você diga isso.

—Escute-me, Raphaela. -ele sentou-se ao lado dela na cama, forçando-a a olhar para ele. -Maldições só existem nas cabeças de quem acredita nisso. Assim como sorte e outras superstições! Ninguém está livre de sofrer um acidente, a morte é algo que todos iremos encarar mais cedo e mais tarde. Como cavaleiro estou preparado para isso!

—Eu...

—O que aconteceu a Titono foi uma tragédia. Mas não foi culpa sua Zeus ter cometido um erro ao dar-lhe a imortalidade sem a juventude eterna. Não foi culpa sua ele ter preferido acabar com o seu sofrimento... não carregue a culpa dos erros e escolhas de outros!

—Se alguma coisa acontecer a você...

—Não posso garantir como será o futuro, nossas vidas, nosso amor. Seja por décadas, ou por apenas uma noite, seja por quanto tempo estiver com você, quero que valha a pena. Quero amá-la por uma vida a cada minuto. -seus dedos percorreram sua face e deslizaram até os longos cabelos vermelhos. -O que você quer?

—Eu quero...isso e muito mais. -deixou-se ser abraçada por ele. -Quero ser sua...por essa noite e para sempre.

Continua...



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...