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História Aurora - Confused


Escrita por: BELIEbaR

Notas do Autor


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA VOLTEIIII <3 <3

Capítulo 6 - Confused


Fanfic / Fanfiction Aurora - Confused

Aurora Diaz - Point Of View ( Domingo 18 de Setembro ) 

Abro os olhos, encaro o teto de gesso com um grande lustre dourado acima de mim. Um pingo de suor escorre pela minha testa, e rapidamente a enxugo com a costa da minha mão. Agarro os lençóis que me cobriam, estou deitada em uma cama. Faço força para me levantar, porém uma forte pontada é dada em minha cabeça, arrancando de mim um pequeno gemido. Volto a me deitar contra a minha própria vontade.

A maçaneta prateada gira lentamente fazendo então a porta se abrir, - Britney passa por ela com uma bandeja em suas mãos. Seus cabelos estavam presos num rabo de cavalo, e ela não estava mais usando suas mechas azuis. Vestia uma blusa cinza de mangas cumpridas, e uma calça amarela que passava dos seus pés, seus olhos estavam vermelhos.

Ela senta na beirada da cama, fazendo-me ter a total visão da bandeja. Um copo d’água, e um pequeno comprimido. Só havia uma pergunta para minha resposta – Ressaca!

- Onde estou? – Vejo minha mala do lado esquerdo da porta.

- Na minha casa – Diz sem olhar para mim.

Assim que ela coloca o comprimido na frente do meu rosto, abro a boca, e logo em seguida bebo a água sentindo o gosto amargo do comprimido se dissolvendo.

Forço a minha mente para tentar lembrar o que havia acontecido para eu vim para até aqui. Ela levanta, abre as grandes cortinas fazendo o reflexo da luz do dia bater em meus olhos e o mesmo arder. Coloco a mão em frente ao rosto.

Festa, Bebidas Ex amigos.... e Justin!

Merda eu havia desmaiado quando Justin havia ido ao meu encontro. Será que alguém o viu? Será que Britney o viu?

- Se sua pergunta é, como eu vim parar aqui? – Diz Britney – Eu tenho uma resposta um pouco perturbadora.

Ela se retira  do quarto me deixando ali totalmente confusa.  De repente.           

- Bom dia – Deu um sorriso tímido sem mostrar os dentes. Vestido com um terno cinza e uma gravata borboleta vermelha. Me pergunto quantos ternos Justin havia em seu closet. Inalo o cheiro de erva doce que estava vindo de si.

- O que faz aqui? – Minha voz sai como um sussurro. Limpo a garganta.

- Você desmaiou e... quando eu estava pensando em te levar  para minha casa a sua amiga louca me atacou.

Franzo as sobrancelhas.

- Achou  que eu estava tentando te sequestrar –  Ele diz enquanto um sorriso brota em seu rosto. – Como se sente?

- Com ressaca obvio!

- LOL, você não precisa ser arrogante.

- Ah ... você quer dizer igual a ontem á noite no evento do Dolce & Gabbanna.

Justin suspirou mordendo os lábios inferiores. – Sabia que você ficaria chateada. Posso ao menos tentar me explicar?

- Você pode tentar. – Ironizei.

-  Eu queria poder passar esse final de semana com o Meu filho. Já que eu passo tempo demais trabalhando, até que ontem á noite uma das secretarias havia me ligado e me dito que hoje eu deveria ir até a Empresa novamente, se eu não me deixo enganar terei que presenciar uma reunião importante.

Ele falou rapidamente. Bom, ele poderia ser um homem ocupado mas aquela conversa não me desceu muito bem.

- Isso não explica o fato de você ter me tratado daquela maneira.

- Aurora – Ele revirou  seus olhos. – Acredite, se dependesse de mim nossa noite não teria terminado como terminou.

- E como teria sido? – Pergunto.

Justin abre um sorrisão. Ele se levanta coloca suas mãos ao redor da minha cabeça e beija a minha testa.

- Descanse, amanhã você terá um dia longo.

Ele sai andando lentamente até a porta, vira-se para mim dá uma piscadela e murmura um “Até logo.” Restando apenas eu e o seu cheiro de Erva – Doce.

 

Meus cabelos estavam enrolados com uma toalha, enquanto eu estava enrolada com um roupão de banho da cor branca que tinha pego de Britney.  Desci as escadas em dois pulinhos e avistei Brit e Dulce sua governanta e cozinheira nas horas vagas, na cozinha conversando algo.

- Bom dia – Meu sorriso estava largo.  – Britney apenas me olhou de soslaio dando uma garfada na sua comida.

- Ieras, a moça acordou feliz hoje – Diz Dulce. - Olha o que trouxeram pra tu hoje de manhã. – Dulce foi até a  sala e quando voltou trouxe em suas mãos um buquê de rosas azuis.

Eu não conseguia esconder a minha cara de surpresa. – Foi o moço bonito que subiu e trouxe pra você. - Tenho certeza que ela estava se referindo a Justin.

“ Espero que possa me perdoar. Sei que assim como eu você não consegue esquecer aquele nosso beijo. J.B” – Estava escrito em letras Douradas

- Dulce poderia nos dar licença por favor! – Ordena Brit com sua voz um pouco sonolenta.

Dulce assentiu. E com passos largos afastou-se de nós e foi em direção á dispensa.

- Que  merda você tem na cabeça! – Grita a mesma.

Franzi o cenho me surpreendendo com o seu grito “ SURPRESA”. Ela nem ao menos me deu chance de falar e foi jogando as palavras na minha cara.

- Está tendo um caso com Justin Bieber. JUSTIN BIEBER!

Engulo em seco. – Não sabia que se conheciam.

- Se conheciam? – Ela se levanta. – OH meu DEUS América do Norte inteira conhece Justin Bieber – Ela levanta as mãos – O maior dono de uma das melhores Agências de Modelos que Estados Unidos glorifica de pé.

Então ele trabalhava com mulheres?

- Nós não temos um caso. Ele é o meu Patrão!

- Ah não? Então me explica o que foi isso que rolou ontem e hoje cedo que eu ainda não estou conseguindo raciocinar.

- Nós saímos ontem, ele havia me convidado para um evento importante e lá, sem querer, nos beijamos.

- Sem querer num foi? – Semicerrou seus olhos.

- Ah qual é só foi uma só vez. Não vai se repetir.

- É pelo dinheiro?

Bufo – Ele é bonito e rico qual o problema – pela primeira vez tinha sido  desconfortável dizer aquilo. – Mas é meu patrão não vai acontecer mais. – Continuei.

- Eu espero que não. – Rebateu

- A é? E porque? Porque um cara rico como ele jamais se envolveria com uma pobre como eu? – Aquele assunto estava me estressando.

Britney bufou e pôs se a sentar novamente na cadeira.

- Não é isso amiga. – Ela suspira – Ele é rico, pessoas ricas são complicadas, sempre se envolvendo em boatos e ainda por cima o Bieber..

- O que? O que é que tem ele?

Britney engole em seco e tira os seus olhos de mim. – Nada. Apenas tome cuidado, você mal o conhece, não quero que se machuque.

- Você vai sair hoje? Vai á algum lugar de interessante ou...

- Britney eu não vou sair com o Justin se é isso que te preocupa okay? Vou ao hospital, preciso ver o papai. – Vou até ela e a abraço apertado, deposito dois beijos em cada lado da bochecha.

- Se cuida! E manda um beijo pro tio Garcia – Diz ela ainda parada na ponta da escada.

- Pode deixar – Sorrio e entro no carro.

***

- AURORAA – Agnes grita e me agarra antes que eu pudesse passar pela porta.

- Já chegou? – Luzia estava enxugando a Louça.

- Houve alguns problemas tive que voltar. – Deixo a mala de lado e pego Agnes nos braços a enchendo de beijos.

- Foi até bom – Disse Luzia – Vou sair.

- Onde vai?

- Arrumei um Bico. Irei fazer faxina na casa da Valda. Ela vai me pagar R$ 200

Iria mencionar que fui contratada e que o meu salário seria ótimo, mas iria deixar para quando Papai voltasse.

- Ótimo, vou visitar o papai no hospital

- Mas antes – Luzia acrescenta – Vá ao mercado deixei algumas notas debaixo da TV.

Assinto e vou para o quarto com Agnes em meus braços.

Justin Bieber - Point Of View

Agencia Sexy Bieber Models.

 

- Bom Dia Senhor Bieber.

- Arnold, sabe me dizer se a Leticia já chegou? – Pergunto ao mesmo que estava ao lado do elevador. – Sim Senhor Bieber, ela já está na sala dela.

Entro no elevador e graças aos céus ele estava vazio. Aperto os botões indo para o Vigésimo Segundo andar. Olho para o relógio em meu pulso de vez em quando para me certificar de que eu não estou atrasado.

- Ai Justin – Assim que ponho os pés para fora do elevador sou abordado por Leticia. – Está atrasado.

- 15 minutos  apenas Leticia! Não se desespere Okay. Como estou?

Ela passa as mãos em meu terno, ajeita minha gravata, e por ultimo passa as mãos em meus cabelos.

- Andou bebendo?

- Como?

- É Justin andou bebendo?

- Não

- Mas e o evento – Ela prossegue.

Bufei – Não quero comentar okay? Vamos deixar para outra hora. Ando em direção reta e no final do corredor abro a grande porta de metal á minha direita.  A sala estava cheia. – Diretores de Revista, Estilistas, fotógrafos, Jornalistas, estavam ao redor daquela mesa. Assim que abri a porta, todos os murmúrios foram silenciados e todos os olhares estavam sob mim.

Se aquilo era bom? Aquilo era ótimo. Justin Bieber, dono de uma das melhores Agências de modelos dos EUA. Só havia um problema. Eles sempre esperavam o melhor de mim.

Sigo direto para minha cadeira. Ela era a maior de todas, na cor marrom e era forrada com ceda. Se localizava na ponta da mesa com vista para todos ali.

- Bom dia a todos – Digo alto e em bom som. – Sento-me na cadeira me acomodando. – Então, qual o motivo da Reunião.

- Então Justin – Disse um cara, alto moreno. Usava uma calça jeans e uma camiseta  preta da CK, com dois alargadores nas suas orelhas. – Eu me chamo Petovck e sou o jornalista da revista Top Mais. – Conhecia essa revista. Era famosa por saber de tudo que havia na vida das modelos. – Andamos analisando o processo da Agência e em minha opinião tá mais do que na hora de que a Agencia Sexy Bieber Models da um desfile de moda SURPREENDENTE.

Franzo o cenho – o que quer dizer? – Pergunto.

- A Sexy Bieber Models é mundialmente conhecida. – Ele se levanta enquanto se move para lá e para cá. – Porém Bieber, todo ano é a mesma coisa. Todas as modelos usam um tipo de roupa diferente e sai andando para lá e para cá. Esta na hora de fazer algo diferente. Algo esplendido. – Dou uma breve olhada para Leticia e ela assente como se concordasse com que o moreno estava falando.

- O garoto tem razão – Foi a vez de um homem gorducho de cabelos grisalhos e olhos verdes falar.

Levo á mão ao queixo – Leticia – Digo – Qual a analise do ranking da Agencia?

- Quinto Lugar Bieber. – Diz ela concentrada em seu tablete

Mordo as bochechas internamente. PORRA! Não sabia que havia caído tanto assim.

- A reunião esta acabada!

- Mas... – Alguém entre todos ali tentou se pronunciar. Porem novamente soei alto e claro – A REUNIÃO ESTA ACABADA.

Todos obedecem, resmungando coisas inaudíveis. Por ultimo Leticia fecha a porta, fazendo – me relaxar um pouco. Ela se senta a 3 cadeiras após a minha com o tablete em sua mão.

Pego o meu Macbook, e pesquiso varias coisas relacionadas á desfile de moda fora dos padrões.

- Que tal temas exóticos? – Diz ela.

- Nem pensar – Meneio minha cabeça.

Continuo vasculhando, ate que uma ideia me surge á cabeça.

- As pessoas sempre impõe os mesmos padrões todos os anos. – digo – Garotas magras, de pele clara, cabelos lisos, com os mesmos estilos.

- E? – Indaga ela.

- E se nós fugirmos desse padrão? – Me levanto. Leticia ergue um pouco a cabeça para olhar diretamente para mim. -  Quero que você faça uma pesquisa de todos os países do Mundo.  Cultura, e o modo de se vestir. Após te feito isso, quero que, para cada País, tente entrar em contato com modelos diversas.

- Mas Drew isso vai demorar, e possa ser que não de certo.

- Vai dar certo, tem que dá. Você ira garantir isso, pois o seu emprego estará nas suas mãos.  – Mais alguma atividade para minha pessoa? – pergunto.

- Seu amigo o Beadles, disse que queria conversar para ter uma conversa com o Senhor em particular.

- Chris? Porque ele não me ligou.

- Disse que não atendes o celular desde hoje cedo.

Assinto – me passe o endereço e agora mesmo estarei indo lá.

 

Bone's Restaurant          

- Quer pedir alguma coisa? – Pergunta Chris com o cardápio em suas mãos.

- Uma taça de champagne. Nada mais – acrescento.

Crhis e eu nos conhecemos durante a minha passagem á Nova York, quando eu era apenas um fotógrafo de segunda mão.

- Então... a que devo a honra dessa visita? – Pergunto.

O garçom num instante aparece. Servindo a minha taça e o prato de comida de Chris.

- Tenho um projeto pra avaliar semana que vem. – ele analisa seu prato antes de começar a degusta-lo. – Um projeto passarela, feito para adolescentes que tem o sonho de seguir carreira de modelo. – Quero que você venha analisar junto comigo, serás meu convidado.

Eu tinha tantas coisas para resolver. Que minha resposta obvia seria Não! Porém Chris já fez tanto por mim,  que aquele pedido parecia não ser nada.

- Sim. Você só precisa me dizer a hora e o lugar.

- Ah isso é o de menos. – Deu uma risadinha.  – E a evolução do Benjamim? Como esta se saindo como Pai?

Um sorriso bobo brotou em meus lábios. – Aquele garoto fica esperto a cada mês que se passa. Ser pai, ás vezes é ruim, é cansativo. Mas apesar de tudo eu não voltaria atrás. Benjamim foi a melhor escolha da minha vida.

Dei uma golada em meu champagne e viro minha cabeça para o lado, olhando através da janela.  Estreito os meus olhos.

- Chris eu preciso ir. – Ponho a taça em cima da mesa, e rapidamente deixo uma nota de 100 dólares ao lado. – Não esqueça de me avisar.

 

Aurora Diaz - Point Of View

- Aurora! - Ei!

Olho para Agnes ao meu lado,  e acabo vendo que a mesma estava distraída olhando os pássaros no céu. Dou mais passos largos para lhe acompanhar e não a perder de vista.

- Aurora! – É a segunda vez que ouço alguém chamar pelo meu nome.

Alcanço Agnes o suficiente para segurar forte em seus braços. Viro o meu corpo para trás e dou de cara com Justin atravessando a rua, com o mesmo terno de mais cedo.

- Ei – Ele sorri, após me alcançar.

Não tento demonstrar nenhum tipo de emoção. Mesmo após ver seus lábios rosados à minha frente.

- Quem é você? – A voz meiga e baixa de Agnes quebra o silencio desconfortável entre nós.

- Ei – Justin se agacha a sua altura. Passa a mão pelos cabelos da minha irmã finos e loiros que estavam soltos á altura do seu ombro caindo nos seus olhos. – Sou Justin e você? – Em nenhum momento Justin tira o sorriso do seu rosto. Seus olhos ficam iluminados ao olhar para ela.

- Agnes – Ela passa suas mãos nos cabelos de Justin – Seu cabelo é igual o meu.

- É sim. – Diz ele se levantando.  – Sua filha? – Pergunta. Percebi que ele mesmo não se sentiu um pouco confortável ao dizer a palavra “Filha”

- Não! – Fui rápida – Minha irmã mais nova.

- Isso explica a o porque da beleza. – Eu coro levemente. Eu e Agnes éramos totalmente ao contrário da outra. 

Sua pele era branca com um tom mais rosado nas bochechas, seus cabelos, assim como as suas sobrancelhas eram loiras. Seus olhos eram maiores que os meus, sendo chamativos pela cor esverdeada. Eu á considerava mais linda que eu, com toda certeza ela iria arrasar corações.

- Eu estava no restaurante ali na frente. Vi vocês passarem e queria ver se precisava de alguma coisa.

- Oh, não, não precisa. – Meneei a cabeça

- Estamos indo ver o papai quer ir com a gente – Lanço  - lhe um olhar furioso. Ela segurava nas mãos de Justin.

      - Onde estão indo? – Justin ignora o fato de que Agnes o puxava e sua atenção voltou-se para mim.

- Hospital da Restauração. – digo entredentes.

- Seu pai está bem? – Seu semblante agora era de preocupação.

- Sim, só vamos fazer uma visita.

- Posso leva-las, sei onde fica.

- Olha Justin, você não precisa se preocupar, mesmo. Estamos Bem.

- Eu insisto. – Diz ele, seus olhos eram suplicantes.

O carro que Justin dirigia era claramente uma BMW i8 preta extremamente lindo. Ele tinha bom gosto.

- Algum problema? – Eu estava distraída olhando para fora da janela enquanto o vento batia forte em meu rosto. Fui distraída com sua pergunta e com sua mão quente sobre a minha.

Olho para ele e rapidamente afasto minha mão. Justin não insiste. Escuto quando o mesmo bufa, e de relance vejo – o apertar forte o volante.

Chegamos!

Ele desce primeiro assim que o carro se estaciona.

- Fica aqui dentro, sem tocar em nada – ordeno para Agnes que estava imóvel com o cinto de segurança lhe prendendo. Ela assente. Estreito meus olhos – ela não era muito de confiança.

- Eu prometo – Pôs sua mão direita no peito e revirou seus olhos de cima para baixo.

Assim que tiro o meu cinto saio do carro. Ele estava encostado na parte detrás do carro enquanto segurava o cigarro em seus lábios.

- Tem mais alguma coisa sobre você que queira me contar? – Arqueio as sobrancelhas com os braços cruzados.

- Fumo quando eu estou estressado.

- E esta estressado agora?

- Você que está toda estranha

- Você que foi arrogante ontem.

Ele não me olha e acaba soltando a fumaça para cima.

- Pode ficar aqui com a Agnes? – Justin direciona seu olhar para dentro do hospital

- Tem certeza que quer entrar lá sozinha?

- Eu preciso. – Suspiro

 Joga o cigarro em cima de uma poça de lama que havia um pouco ao lado do carro.

- Fico – Sua resposta foi rápida, curta e soou meio grossa.

- Justin... – ia começar a falar quando ele mesmo meneou a cabeça.

- Não quero discutir com você – Disse – Nem nos conhecemos direito e eu não quero que você tenha uma visão errada sobre mim.

Eu queria falar. Falar que aquilo era loucura, que eu não era certa pra ele, e principalmente que se por um acaso nos relacionássemos com certeza um de nós sairia machucado.

Não lhe respondo e apenas entro sem olhar na cara de ninguém.

O All star fazia um barulho estranho enquanto eu andava no corredor do Hospital.

- Em que posso ajudar? – Ela era morena, com cabelos castanhos e madeixas loiras. Usava um jaleco azul suave,  e na placa em cima da bancada em que se encontrava havia um nome chamado Sheila.

- Vim ver meu pai. – Digo, um pouco receosa.

- Seu pai? – Fez cara de desentendida. Eles só devem conhecer por nome.

- Garcia Amaral Diaz. – Corrijo-me

- Um momento. – Uma caneta em sua mão e uma prancheta em outra, ela começa a vasculhar alguma coisa em cima do papel.

- E você é...

- Aurora! Filha dele!

- Ótimo. Então Aurora, sugiro que você assine esse papel.

Sem demora alguma pego a caneta de sua mão, e rapidamente assino o papel. Não me dou o trabalho de lê-lo a única coisa que não deixo passar despercebido é meu nome e a data de hoje.

- Sugiro que prenda os cabelos, irei lhe dar alguns objetos na qual será obrigatório usar.

Eram luvas plásticas e uma mascara de proteção.

Aquilo era horrível. Estar naquele lugar era horrível. Repugnante! Pessoas deitadas no chão. Crianças desmaiadas, outras gritando de dores. As vezes eu chegava até fechar os olhos para não ter que ver aquelas cenas deploráveis.

ALA 22

Duas batidas na porta e a mesma é aberta por uma mulher, que deduzo ser a enfermeira.  Assente me dando passagem para entrar. Ele estava deitado com roupas de pacientes propriamente de hospitais, seus braços estavam ligados á bolsas de soros, tubo de respiração enfiado em sua boca, e ao seu lado havia uma máquina irritante que não parava de apitar.

Sua situação estava horrível. Meu coração se aperta, quase como se alguém estivesse – o  esmagando, debilitada, sua aparência estava debilitada.

- Porque ele esta assim – minha voz sai fina e baixa.

- Esta dormindo, mas pode lhe escutar.

Minha garganta se fecha e quase que involuntariamente passo minhas mãos em seus cabelos grisalhos.

- Pai... – Sussurro deixando com que as lagrimas caíssem no meu rosto.  – Olha como tu estas “ Coroa”. Que situação horrível – dou um riso triste – Mas o Senhor vai sair dessa, eu prometo. – Mais lagrimas escorrem pelo meu rosto.

- Com Licença. – Mudo minha postura e logo trato de enxugar minha lagrimas. – Sou o doutor Harry. – Ele era alto, meio gordinho, com uma barba branca que cobria todo o seu queixo, diferente dos seus cabelos na qual ele não possuía.  – Me acompanhe.

- O que deu nos enxames?

- Nada – Disse o doutor

- Nada?

- Isso. Constatou uma convulsão apenas, mas uma convulsão bem forte. Afetou a sua fala. Portanto terá dificuldade em falar, a sua língua esta emboloada.

Suspiro.

- Olhe Senhorita, se eu fosse você trataria de leva-lo para um hospital particular, onde terá condições necessárias para cuidar dele. Não temos isso aqui infelizmente.

- Ele poderá ir pra casa?

- Sim, mas sugiro que mesmo assim, procure um Hospital particular, para poder examiná-lo melhor e tomar as devidas providencias.

Assinto.

- Aqui – ele me entrega uma folha de papel, com palavras na qual é difícil compreender. “médicos”  - São os remédios que ele deverá tomar, nada de bebidas alcóolicas, ou ingerir qualquer tipo de cigarros, ou drogas. Não fazer muito esforço, nesse momento o descanso é a melhor ajuda para seus pulmões. E tem o nome de uma amiga minha também, Catarina, fonoaudióloga. Ela ajudará no processo de voz do seu pai.

Suspiro. Isso deve custar uma grana. Passo as mãos no rosto, olhando uma ultima vez para o papai – Amanhã irei lhe tirar desse hospital. Prometo!

***

Tudo bem? – Diz Justin colocando suas mãos em meus ombros – Seu rosto esta inchado e vermelho.

- Esta sim. – Desvio meus olhos dos seus.

- Você precisa ir.

- Não – Nega – Posso deixar vocês em casa.

- Não Justin, dispenso sua ajuda. – Tiro Agnes do seu carro. – Por favor vai embora...

Justin Bieber - Point Of View

Tiro o terno, jogando-o em um lugar qualquer da sala.

- Que bom que chegou – Ryan esta descendo ás escadas.

- Onde esta Ben? – Coloco uma taça de vidro sobre a mesa e me sirvo com uma garrafa de Tequila.

- Deixei ele ouvindo musica no quarto – Diz Ryan – Por onde andou? – Senta no sofá e apoia suas pernas no centro que havia  entre os sofás.

- Estava na Empresa. Onde você meu amigo – Aponto para ele. – Deveria estar me ajudando. – O liquido amarelado desce queimando minha garganta. – Tive uma conversa com Christian e ... dei uma carona para Aurora até o Hospital da Restauração.

- Ela está bem?

- Sim, ela foi visitar o pai, junto com a irmã, ela é uma graça – Lembrei-me de Agnes.

Deixo a taça em cima da mesa e me dirijo para o outro lado do sofá. Apoio um dos cotovelos no braço do sofá e cubro o rosto com a mão.

- Tudo bem? – Pergunta Ryan após alguns segundos calados.

Meneio a cabeça – Preciso compartilhar isso com você – Bufei. Ryan nada diz então começo a falar. – Ontem a Lara me ligou.

- Ligou? – Ele quase grita – Mas onde?

- Isso não importa. Ela está de volta em um mês.

- Ah cara que bom – Ryan se levanta quase dando um pulo, ele realmente admirava a Lara. – Finalmente esse casamento sai.

Uma sensação ruim  e um nó na minha garganta é dado.

- Mas parece que você não tá muito feliz com a noticia não é mesmo? – Ele se põe em minha frente e fala um pouco mais baixo.

- Isso não é o pior. Ontem no evento eu beijei a Aurora. 

Um silencio surge no meio da sala.

- Putz Drew que mancada!

- Eu acho que... – Eu iria continuar falando se não fosse por Ryan ter me interrompido.

- Não importa o que você acha, vai esquecer esse beijo e tudo mais. Cara! Ela é a babá do seu filho, e você é noivo! Noivo!

- Não é tão simples Butler. Eu me sinto atraído okay? E eu quero conhece-la mais um pouco.

- Sim é simples quando se está prestes a casar daqui a 2 meses. Se a Lara descobrir que você esta á traindo se encarregará de transformar a sua vida e a da Aurora em um inferno. A Lara sabe ser um anjo, mais é espetacular em ser um demônio, e você sabe disso.

Eu estava cheio, cansado e confuso... Ryan não iria parar de falar a noite inteira. Volto a pegar o meu terno e as chaves do meu carro que estavam no chão e corro até a garagem.

- Justin – ouço os gritos de Ryan, mas não lhe dou atenção. – Prometa – me que não irá fazer nenhuma merda.

 

Dou uma passada em um barzinho aqui perto e peço uma cerveja bem gelada das mais forte que se encontra.

Aurora tem algo que me encanta e ao mesmo tempo me excita, tem um corpo fantástico um rosto angelical. Uma ruiva me olhava de longe sentada bem no canto do barzinho.

Lara era minha noiva há 2 anos. Mas por conta da distancia, - ela estava estudando moda em Paris, as  coisas andavam estranhas, e também por conta da sua futilidade. Mas era uma boa companhia, uma verdadeira cachorra na cama e muito da gostosa. E logo agora nesse momento tão frágil Aurora me aparece. E eu literalmente não sei como escapar dessa.

A Ruivinha que estava sentada longe agora estava se aproximando ao balcão onde eu estava sentado. Mexeu em seus cabelos e me deu um sorriso. Deu uma piscadela e tive a certeza de que aquela era a hora de me aproximar.

Deixo uma nota de 14 dólares em baixo do garrafa de vidro, e sigo lentamente em sua direção.

Talvez Aurora e Lara fossem problemas demais por hora.


Notas Finais




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