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História Aurora Dreams - Começamos tomando um Café no país do inverno eterno


Escrita por: DarkLieutnight

Notas do Autor


Inazuma Eleven pertence a Level-5 e foi escrito por Tenya Yabuno.


Gente, esse capítulo foi um dos que mais amei fazer em setembro *-* Eu amei a relação dos personagens e os diálogos... kkkkkkk
Mas o mais importante foi o local em que ocorre a história. (Chip: Por que raios escolher a Groenlândia?) Porque é lá que é mais provável de se ver auroras boreais. E sabem, eu pesquisei tanto pra escrever e gostei tanto... Que fui parar no Google Earth (Chip: Ela chegou ao ponto de querer andar nas ruas de lá kkkk) Sim, é verdade eu até quis ir lá. Parecia um país bem pacato e curioso, sem falar da neve :v
Só sei que adorei escrever sobre um lugar tão incomum. E sério, tem pessoas que viajam pra lá mesmo em busca de aventura e turismo. Fiquei com vontade de tomar um café a noite, enquanto contemplava flocos de neve caírem no lado de fora :3
Espero que gostem também, Enjoy!

Título: Sonhos de Aurora (ou algo parecido).

Capítulo 1 - Começamos tomando um Café no país do inverno eterno


O som de seus passos é quase inaudível por culpa da grossa camada de neve, que enfeitava o chão como um cobertor branco e cintilante. Aos olhos de muitas pessoas, aquilo é um tesouro para se vislumbrar. Mas para você é somente algo rotineiro, se contar que podia ver o fenômeno quase todos os dias.

Suas mãos custam a se aquecer dentro dos bolsos do casaco. Um suspiro sai de seus lábios pálidos, exalando ar gélido. Você avista o céu branco. O sol com certeza não daria as caras naquela época de inverno, especialmente se você mora na Groenlândia, o país situado na beira do polo Norte onde sempre faz frio.

A cidade em que reside chama-se Nuuk, a mais populosa. Mesmo assim, ao caminhar por entre as ruas, quase não se via ninguém. Há muito espaço e trânsito é inexistente. Lojas pequenas e comércios distantes um do outro só aumentam a sensação de vazio ao lar dos "esquimós"¹, como muitos ainda insistem em chamar os povos de países gelados.

Um lugar bem tedioso e pacífico. Claro que como toda cidade no mundo, há seu lado ruim, criminosos, suicídio, etc. Para os turistas é a terra dos aventureiros, do Papai Noel, com geleiras, icebergs e lindos ursos polares. Porém, na realidade não passa de um país como qualquer outro. Você nota uma espécie de casa térrea a sua frente, pintada de amarelo claro e uma placa contendo o desenho de uma xícara.

Chegara ao café onde provavelmente seus amigos estariam aguardando. Logo ao entrar, se dirigiu até uma extensa mesa encostada na janela. Tratou de se acomodar no espaço vago ao lado de Aoi.

— Do que estão falando? — Pergunta quando todos te olharam.

— Estamos bem, obrigada pela preocupação. — Midori ironiza com uma expressão marota na face.

— Desde quando temos formalidades, ruivinha? — Nishiki a provoca e num instante, ambos começam a discutir incansavelmente. Esses dois são como dois vulcões adormecidos esperando uma fagulha quente para entrar em erupção. Sempre que estão juntos, brigam.

— Sei beijem logo! — Uma pessoa diz com a mão na boca fingindo uma tosse para disfarçar, o que não adiantou, pois o "casal" pareceu fuzilar o dito cujo com o olhar. O que mais impressiona é essas palavras saírem de Tenma. Pelo visto começara a revelar sua outra face.

— Do que está rindo aí, Solzinho? — Midori esbraveja alterada para Taiyou. Você estava quase oferecendo a ela um chá de camomila, mas não queria arriscar a ser xingada. A garota aparentava que ia ter um aneurisma de tantas veias que lhe saltavam a testa. — Ao invés de gargalhar, você podia pedir para o seu parente esquentar o clima.

Risadas preenchem o local. Taiyou revira os olhos emburrado. Por causa de sua fascinação pelo sol e também por seus cabelos laranjas, era comum piadas como essa surgirem.

— Mas nesse caso ele precisa fazer uma oferenda para o deus-sol não é, Amemiya? — Hamano o cutuca com o braço, importunando o garoto ainda mais.

— Que tipo de coisas devemos oferecer? — Nishiki tenta continuar a brincadeira. O silêncio de poucos segundos pela questão é interrompido por um Tenma super zoeiro.

— Simples, vamos usar o Taiyou como oferenda! — Ele exclama e esconde o rosto com o cardápio, numa forma de escapar da reclamação do amigo. Todos riem novamente.

— Tenma! — O rapaz de madeixas laranjas reclama, assustado pelo Matsukaze dizer aquilo. Ser zoado pelo mais "santo" da equipe era demais.

— Ótima ideia! Vamos pegá-lo e colocar numa caixa de presente, seu pai vai adorar receber o filho de volta nos céus. — Hamano o provoca mais.

— Espere, o quê? — É a sua vez de exclamar. Desde quando a conversar chegou nesse ponto? Você apenas perguntou sobre o assunto e tudo acabou parando em usar alguém como oferenda. Coisa típica de hospício.

— Nossa, que engraçado. Agora os três podem se juntar e montar um palco de Stand-up. — Taiyou rebate com um tom de deboche.

— Sabe o que é... Eu sou tímido. — Hamano diz passando a mão nos cabelos, fingindo timidez.

— Você, tímido? — Aoi indaga desacreditada. — Sendo assim, a Midori é calma.

— Hã? — A ruiva estava prestes a estourar novamente enquanto Aoi levanta os braços em defesa, mas Tenma resolve atacar de novo.

— E eu tenho depressão! — Outra rodada de risos contagia o grupo.

— Um minuto! — Você corta o clima de repente. — Há quanto tempo estavam aqui antes que eu chegasse?

— Sei lá, vinte minutos talvez. Por quê? — Midori pergunta sem entender o sentido da questão.

— Estamos aqui há quase uma hora e não pedimos nada? — Você sorri sem acreditar como esqueceram que vieram num café.

— Agora entendo por que a garçonete está nos olhando com cara de querer nos expulsar. — Aoi informa e todos recebem o olhar impaciente da mulher.

Por fim, cada um pede algo. Quando os pedidos ficaram prontos, você se oferece para ajudar a trazê-los na mesa. Yukimura, que ficou o tempo todo distraído no canto da janela, interessando nas estalactites formadas no telhado do lado de fora do comércio, se levanta também.

Nishiki finge levar um grande susto quando Yukimura o entrega a xícara de chocolate quente.

— Meu zeus, um morto vivo! — O moreno reclama fazendo piada com o amigo por estar muito calado. Yukimura se senta ignorando o comentário e começa a beber o café fumegante. — Ei Yuki, o que você tem hoje?

— Nada, só um pouco cansado. — Seu timbre parecia desanimado. Nishiki percebendo isso, decidiu fazer cócegas no azulado, que não conseguiu segurar e dá altas gargalhadas, atraindo atenção alheia. Yukimura enfim, faz ele parar e o encara enraivecido.

— Você é maluco? — Yukimura arfava um pouco pela falta de fôlego.

— Estamos aqui pra nos divertir, é proibido ficar parado. — O moreno se justifica sorrindo. — E maluco é meu nome do meio.

— Deixa ele em paz, Nishiki. Aliás, pare de encher o saco de todo mundo. — Você ordena meio severa, sem tirar o olhar do seu suculento pedaço de bolo.

— Daqui a pouco então, vou encher o SEU saco. — Ele brinca, ameaçando enfiar o dedo em sua sobremesa. Você dá um tapa em sua mão e o intimida com os olhos como se dissesse "Não se atreva".

— E japoneses não tem nome do meio, sua anta. A não ser que tenham raízes estrangeiras. — Midori corrige e antes dele sequer protestar, ela chama atenção de outro. — Yuki. — Os olhos azuis do Hyouga se atraem para ela. — Tira esse gorro! Parece até que a gente tá no Polo Norte. — A ironia rendeu umas poucas risadas. A Groenlândia fica perto, mas não exatamente no Polo Norte.

— Ele não tira essa coisa nem por um segundo. Deve estar cheia de suor e caspa. — Nishiki ataca o azulado de novo.

— Pra sua informação, eu lavo meu cabelo e o meu gorro todo dia. E podemos trocar de assunto?

— Sim! — Aoi responde com entusiasmo. — Eu soube que daqui a dois dias vai aparecer uma aurora boreal. A gente pode ir vê-la, que tal?

Todos concordaram, e depois de marcar a data e hora, o local; conversaram um monte de abobrinhas que os fez gargalhar. Vocês são muito mais do que um simples grupo de amigos unidos. Existe apoio, amor e claro, brigas e desentendimentos. Porém isso acontece nas melhores famílias.

Finalmente deixando o café, vocês se despedem com a promessa de contemplar as luzes invernais. Yukimura pede gentilmente para te acompanhar. Você não consegue negar àquele sorriso. A noite cumprimentava a cidade assombrosamente. O céu não tardara a se tornar negro como o universo.

Mesmo assim estava agradável para se caminhar. Yukimura parecia bem apegado a você, visto que foi a primeira pessoa a falar com o garoto quando ele apareceu repentinamente na escola, sentado numa cadeira, sozinho. Sem falar do fato de Yuki gostar de você. Estava claro pelas reações que o azulado tinha quando se aproximavam.

No seu caso, já não tem certeza do que sente por ele, mas adorava provocá-lo. Seja abraçando-o ou dando-lhe beijos sutis em suas maçãs do rosto. Yuki corava e muitas vezes chegava a pular de susto com essas ações repentinas. Se isso era maldade? Sim, portanto tratava de considerar os sentimentos dele, mesmo que brincar com Yukimura seja fofo.

A caminhada foi interrompida quando se sentaram num banco de madeira. Estavam perto do centro, entretanto poucas pessoas passavam ali. Infelizmente o frio não perdoava, e rajadas violentas de vento congelam seus frágeis corpos. Instintivamente, você se aproxima do garoto, tentando se aquecer enquanto agarrava-lhe o braço. Ele, apenas pareceu incômodo e se encolheu numa tentativa de afastá-la.

— Tão tímido. — Você murmura risonha.

— É sério, preciso te falar uma coisa.

De início veio só a surpresa, mas logo pôde adivinhar suas palavras, pois Yukimura pegou suas mãos carinhosamente e olhou no fundo de seus olhos, ato que a fez se recatar. Não esperava uma declaração tão cedo assim. O que responderia ao amigo?

— Eu... — Ele estava muito apreensivo. Abria e fechava a boca várias vezes buscando como dizer o que pensa.

— Pode falar, Yuki. Não irei te julgar. — Seu incentivo funcionou bem, o garoto sorriu apaixonadamente.

— Eu... Sou... Uma raposa-do-ártico².

— Hã?

Agora você realmente ficou sem reação. O que significava aquilo? No entanto, a resposta veio rápido. Ele tirou o gorro, deixando à mostra, duas orelhas brancas e peludinhas e um pouco pontudas. Seus olhos se arregalam no mesmo instante e você exclama.

— Wow! Isso... É real? — Yuki afirma constrangido. Suas mãos se movem para a cabeça dele. — Posso tocar? Por favor...

Ele diz um sim relutante. Seus olhos chegavam a brilhar de tanta fofura. A orelhas são extremamente macias. Abaixavam e se mexiam de acordo com o estado do dono delas. A cada toque seu, ele fechava os olhos encabulado. De repente, uma ideia lhe veio. Você tenta olhar por detrás do garoto.

— O-o que tá fazendo?

— Você tem uma cauda, não é? Posso ver?

— Não!

O garoto repleto de vergonha, consegue conter as mãos atrevidas. O resto da conversa foi cheia de explicações por parte de Yukimura. No fim, você acabou tão surpresa com a fofura, que nem se importou com a desnaturalidade daquele acontecimento.

...

Que belo espetáculo vocês tinham a sorte de desfrutar. Uma aurora boreal é tão incrível que leva estrangeiros a outros países. As luzes em tons de azul, verde e amarelo dançavam no escuro céu noturno. Pareciam estar vivas. Passavam pelas estrelas e se estendiam como um manto de seda. Só vendo pessoalmente para sentir.

Alguns aproveitavam para tirar fotos e filmar a recordação, estes são seus amigos. Midori e Nishiki estavam em um canto de mãos dadas de forma discreta. Tenma e Aoi apenas observavam o céu admirados em silêncio. Hamano e Taiyou conversavam olhando a aurora como todos. Já você e Yukimura se encontravam mais longe.

— Isso me lembra uma coisa. — Yuki quebra o silêncio sem desviar os olhos. — Outros da minha espécie se reúnem com seu par e decidem ver juntos, auroras como essa³.

— Interessante. — Você elogia. Por alguma razão se sentia sem graça.

— Sabia que... As raposas-do-ártico escolhem um parceiro pro resto da vida?* — Ele indaga de repente e você nega curiosa pelo fato. — O-o que diria se... Você fosse a minha escolhida?

— Yukimura... — Você não sabia o que estava sentido exatamente. Seu coração descompassa um pouco. Estaria amando o garoto raposa?

Antes de pensar em mais algo, Yukimura aproximava o rosto lentamente do seu. Você não faz nada além de fechar os olhos. E mesmo que ambos estejam mais quentes por causa da proximidade, ainda era muito frio para beijar de uma maneira confortável e tudo o que aconteceu foi um selinho demorado. Só não esperava que ele de repente esfregasse o nariz no seu. Você não tarda a retribuir o gesto, chamado de beijo de esquimó. Apesar de não ser um beijo caloroso e apaixonado, ainda sim foi aconchegante e cheio de carinho e amor.

— Quando é o casório? — Nishiki interrompe e vocês levam um baita susto.

— Eu que pergunto Nishiki, você e a Midori vão se casar quando? Afinal, agora a pouco estavam de mãos dadas ali no canto, certo? — Yukimura brinca disfarçando o flagra. O casal cora ao mesmo tempo e risadas preenchem o local.

A partir desse dia você passou a amar raposas-do-ártico, em especial a que te escolhera.


Notas Finais


¹ :Eskimos ou Esquimós - São assim chamados os povos de países frios como Alaska, Groenlândia, Antártida, etc. É mais usado para as tribos nativas, mesmo assim o pessoal de lá não curte muito ser chamado assim, seja nativo ou não.

² : Raposa-do-ártico ou Raposa-polar - É um animal que habita o Hemisfério Norte. Normalmente é branca e similar a raposa comum, mas tem hábitos diferentes. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Raposa-do-%C3%A1rtico

³ : Gente, esse fato é inventado kkkkk Foi só pra combinar com os fatos :P

* : Já este fato é verídico *-* inclusive quando li achei tão fofo que escrevi o enredo todo com base nessa informação. É só ver na Wikipedia :3

Divino. Ah eu amei a cena do café *-* Essa turminha da bagunça... Estou orgulhosa de tê-los feito tão unidos assim. Até a próxima.


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