Uma das serventes bateu a porta do quarto de Eliza. Já estava acordada havia um bom tempo, agora admirava sua beleza diante de um enorme espelho.
Vestia uma armadura prateada que emita um lindo brilho a luz do sol.
- Entre - ordenou Eliza.
A servente entrou, uma velha senhora enrugada vestida com roupas cinzentas e um sorriso desdentado.
- Com sua licença, minha Rainha - disse a velha Goiva, que servia a família Elza há anos.
- Acordei hoje e não vi meu marido, sabe me dizer onde o Rei Gregory está? - quis saber Eliza.
- Foi caçar, minha Rainha - respondeu Goiva.
- Caçar? - soltou um riso. - Ele é um idiota. Deveria caçar o irmão fugitivo, e não animais.
- Está muito bela, se me permite dizer - elogiou-a Goiva.
- Sempre fui bela - disparou Eliza, de forma ríspida. - Ou não acha?
Lançou um olhar intimidante.
- Desde o dia em que nasceu, Rainha Eliza.
- Ótimo, faça-me um favor, Goiva. Chame os guardas ou os outros servos.
- Qual seria o motivo?
Eliza apontou para o quanto do enorme quarto. Onde uma pequena pirâmide havia sido montada por Eliza, uma pirâmide de cabeças decapitadas dos soldados da família Gréine. O chão estava manchado de sangue.
- Estava entediada ontem a noite - explicou a Rainha. - Este é meu passatempo favorito atualmente.
Goiva fez uma cara de choro que era de partir o coração, menos o de Eliza.
- Se me servir mau, eu juro que irei fazer o mesmo com sua cabeça - sorriu para a senhora e enxugou a lágrima da mesma.
- Claro, minha Rainha Eliza.
Eliza saiu do quarto e andou pelo enorme castelo. Corredores, salões, biblioteca, passou por todos estes locais, até sair do palácio real e encontrar seus homens lhe esperando do lado de fora.
20 cavaleiros reais, em armaduras de ouro e montados em cavalos de grande porte.
Eliza caminhou até a sua égua, uma branca e imponente, achava que combinava com ela, embora animais não pudessem ter o mesmo pensamento conturbado e psicótico de Eliza Elza.
Montou na égua branca e ajeitou-se na cela.
Sir Raymond, um homem de 40 anos e cavaleiro real e pessoal de Eliza estava ali também, com seus dois metros e meio, em uma armadura brilhante e montado em um garanhão.
- Minha Rainha - disse ele, fazendo uma reverência. Estava com o elmo, que deixava seu rosto brusco marcado por cicatrizes debaixo das sombras -, dormiu bem esta noite?
- Sim, o cheiro do sangue me deu doces sonhos. Agora, vamos fazer isto logo.
- Como quiser, senhora.
Saíram montados em cima dos cavalos, Eliza e os 20 cavaleiros reais, saindo da área do palácio de Iolar.
Entraram na cidade. O povo estava lá, fazendo compras, caminhando, conversando e fedendo como sempre, era mais um dia comum para eles.
Assim que os viram, o povo começou a gritar de alegria, algumas mulheres gordas e horrorosas se ajoelhavam. Outras seguravam seus filhos pequenos no alto para verem a nova Rainha e sua Guarda Real passarem.
Mercadores berravam coisas como "A RAINHA QUE SEMPRE MERECEMOS CHEGOU!", outros cochichavam entre si, e Eliza sabia que estes em particular estavam reclamando dela e de Gregory estarem no poder.
Palmas e mais palmas enquanto passavam pela feira. O mesmo se repetiu quando passaram por uma outra rua, conhecida por suas lojas de ferreiros, com armaduras belíssimas a venda, um deles chegou até mesmo a presentear Eliza com uma espada, mas ela achou que estava mal feita e deu a arma de presente para um de seus guardas.
No caminho de volta, um homem atirou um repolho contra Eliza.
Ela sorriu, esperava por isso. O que ela fez? Ordenou que Sir Raymond trouxesse o homem até ela.
Desceu de seu cavalo.
- Algo a dizer em sua defesa? - quis saber Eliza.
Sir Raymond segurava o homem firme, e este se debatia, tentando inutilmente fugir, quando viu que não havia escapatória, soltou uma frase.
- Ronan vai voltar, ele será o Rei, o verdadeiro Rei - o homem riu. - Vai chutar sua bunda branca e... - não teve tempo de terminar de falar. Eliza o perfurou com sua espada.
- Ronan, você disse Ronan? - soltou um grito furioso. Retirou a lâmina do peito do plebeu. - Sir Raymond, eu quero que pegue este corpo e o empalhe, deixe-o na praça. Quero que vejam o que acontece aqueles que são fiéis a Ronan Gréine.
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