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História AURORA ~ Os Caminhos Ao Mago - Ronan 4


Escrita por: ViniZotino

Capítulo 20 - Ronan 4


Fanfic / Fanfiction AURORA ~ Os Caminhos Ao Mago - Ronan 4

O corpo se projetou por completo, saindo do tronco e tomando forma, a forma de uma moça de cabelo ruivo, longo e grosso, como cipós, com um vestido azul simples como o de uma jovem camponesa, trazia uma lança em sua mão. 

- Ronan Gréine - disse ela, enquanto andava na direção do príncipe. - Interessante, a última vez que fui visitada por um Gréine, foi seu tataravô, Rei Eliond, nobre homem. 

- Como sabe meu nome? - perguntou Ronan, preparado para o pior. Não sabia se caso ela atacasse poderia ser rápido o suficiente para acerta-la com uma flecha. 

- Sinto o sangue real percorrer suas veias, jovem - explicou a moça da floresta. - Eu presumo que saiba a história de como nasceram os fundadores do Reino Iolar, ou estaria eu errada? 

- Sim, sei o básico - respondeu Ronan. 

Olhou para trás com o canto do olho, certificando-se de que Rolf ainda estava a salvo com as garotas Suny e Trisha. 

Algo na garota não o deixava relaxado, como se não pudesse baixar sua guarda por nenhum segundo. 

- Me chamo Terciária - revelou a garota, sem nenhuma expressão. - Minhas irmãs são obviamente a Secundária e Primária, somos criações de uma poderosa divindade, Cernunnos. 

- Cernunnos? - repetiu Rolf, de forma incrédula. - Quer dizer que ele é mesmo real? 

Terciária pareceu surpresa. 

- Rolf, o camponês - disse ela, notando o velho. - Pensei que havia sido ferido o suficiente para não voltar aqui mais. Mas sua burrice parece falar mais alto do que a razão. 

- Terciária - disse Ronan, ela o olhou, seus olhos eram de certa forma amigáveis mas também estranhos -, nós precisamos passar, há um exército atrás de nós. 

- Sei bem o objetivo de vocês - disparou Terciária, rispidamente. - Mas antes, uma recapitulação... Como os fundadores de Iolar surgiram mesmo? 

Ronan não tinha escolha, teve de responder, entrando no jogo de Terciária. 

- Foram criados por Cernunnos, para proteger a floresta, mas acabaram criando ambições, fugiram para longe, evoluíram, fundaram o Reino Iolar, batizaram-se de Gréine - contou o príncipe. 

- Correto! Mas não estou surpresa de terem ocultado parte da história - comentou a garota, andando para trás de um tronco, passando a mão pelo musgo que o cobria. Voltou caminhando lentamente. - Sabe o motivo de Cernunnos ter de criar a mim e as minhas irmãs? Os Gréine, tentaram acabar com nossa floresta, comer carne de nossos sagrados animais! Eram horríveis... 

- Não sou como eles - respondeu Ronan, embora não se convencesse muito disso, era mesmo diferente. 

- Não? 

- Ouça o príncipe, minha jovem - pediu Rolf. - Ele só quer livrar o Reino Iolar de gente cruel, livrar a população de um destino cruel. 

- Não sou jovem! - rebateu Terciária. - Sou velha, tão velha que vi coisas inimagináveis e cruéis diante de mim. 

Ela virou-se para Trisha, percebeu que havia algo de errado com a garota, e disse: 

- Pobre, menina. Poderia arranjar um modo de me dar uma opinião? - perguntou ela a Trisha. 

A garota assentiu. 

- Então me mostre o que você acha que eu deveria fazer, dar uma chance a Ronan Gréine de se provar bom, ou enterra-lo? 

Trisha pôs a palma da mão direita sobre o ouvido, e então sobre o coração. Ela não usou nenhuma linguagem de sinais comum, apenas uma simbologia improvisada. 

Pela primeira vez, Terciária sorriu. 

- Rolf, o camponês. Afaste-se um pouco, ou melhor, bastante. 

- Isso quer dizer o que penso? - perguntou Rolf.

Terciária fez que sim. 

Ronan ficou, Rolf se afastou com as meninas. 

Terciária bateu com a lança no chão, quatro vezes, a terra começou a tremer, Terciária saltou na direção de um tronco, unindo-se ao mesmo e desaparecendo, de certa forma tornando-se parte do tronco. 

A criatura brotou do solo, deixando um grande buraco abaixo dele, como se um meteoro tivesse atingido o chão. Deuses, ele era parte do chão? Aquela criatura feita de rochas, pedregulhos, coberta de musgo, gigantesca, aquilo era certamente o que Rolf havia descrito, o ser que o deixara a beira da morte, um temível Golem. 



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