Falar com a psicóloga não me ajudou muito, fez apenas eu pensar mais sobre meu atual estado mental e sobre como eu ia sair dessa escuridão que eu me infurnei.
Eu passei a ignorar mensagens dos meu colegas. Eles mandaram mensagens pois eu estava faltando muito, era complicado difícil levantar da cama, eu não sentia fome, fiquei anêmica e perdi 5kg aproximadamente. Coisas que me faziam feliz me deixava indiferente como se não importasse mais, entende? Foi na noite do aniversário da minha mãe- ela faleceu de câncer quando eu tinha 8 anos- eu tive ódio de mim, de poder viver e ela não. Tentei suicídio por overdose. Ingeri muitos remédios, minha avó toma remédios controlados. Eu os vomitei minutos depois, nem pra me matar eu presto. Fiquei muito mal e envergonhada pelo o que tentei fazer e o mais engraçado eu sempre achei essas coisas babaquice, automutilação, suicídio e derivados; mas é que é diferente quando é a gente que está sofrendo, quando é a gente que perdeu a vontade de se levantar, quando é a gente que não vê mais luz, quando é a gente que quer desistir de tudo. Agora eu sei o quanto as coisas que eu achava consoladoras para os outros são inúteis, já falei tanto para os outros "é só uma fase ruim", "é apenas um dia ruim", "as coisas vão melhorar". Tudo muito inútil e mais deprimente ainda porque você sabe que não é um dia ruim/fase ruim, você sabe que aquilo vai estar alí, nas tuas costas, pesando cada dia mais. É quase insuportável ...
Voltei a ir para a escola, foi meio que uma melhora repentina, quis mudar, quis ir a escola, quis fazer amigos, quis sair e me divertir, mas não durou muito. Foi bom enquanto durou.
Nos dias da minha "melhora" eu sai com uma colega que sempre insistia para mim sair e me divertir. Eu bebi e não me lembro muito daquela noite mas ela disse que eu chorei muito, repetia muitas vezes que minha mãe havia morrido, e que eu não queria mais viver. Eu tentei disfarçar mas não sei se ela acreditou em mim.
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