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História Autoescola Fracassada - Reunião TJ


Escrita por: Yarv

Notas do Autor


Antes de tudo, deixa eu explicar como eu tive essa ideia maluca de fic:
Estava eu vindo da escola tranquilamente, meia triste por não ter nada de novo para escrever e que as ideias de DWM (uma outra fic minha. Falando nisso se tiver algum leitor de lá aqui não me mate! Só quero dar o meu melhor!) não estavam fluindo. Olho para frente, esperando ver uma luz no fim da rua. E o que eu vejo?
Boom!!! Um carro da Autoescola.
Caio na gargalhada no meio da rua com as ideias malucas que vieram a seguir.
Sério gente... Nada a ver isso aqui né? Mas prometo a vocês uma história cheia de loucuras, novidades e muito shipp! Quero guerra de shipps também!
Caso este seja o primeiro trabalho meu que você esteja lendo, espero mesmo que goste. Trabalhei nele com muito amor e loucura! <3 Vou deixar algumas coisas claras aqui em baixo:
- Não uso, e não pretendo usar palavrões. (Isso não é só daqui, em todas as minhas fics.)
- Não escrevo Yaoi.
- Sou uma pessoa super aberta a opiniões. Então não se preocupe em se empolgar nos comentários!
- Não sei de quanto em quanto tempo atualizarei ela. Mas, pretendo me organizar e trazer o melhor e mais rápido possível a vocês.
Bom... Acho que eu já disse tudo. Ah: Estou amando escrevr essa história, ainda mais com BTS meus mais novos amores!!! <3
Perdão pelos possíveis erros ortográficos! Te espero lá em baixo! <3 Bjokas no koroco e ótima leitua! <3

PS:. Minha intenção não era ficar grande desse jeito. Não sou uma pessoa chata, só maluca' :)

Capítulo 1 - Reunião TJ


¨¨ (Coréia do Sul - Seul)

- Já chega!

Jungkook parecia realmente irritado. Tentei conter um pequeno sorriso. Eu amava quando ele ficava assim. Era sempre um enorme prazer irritar meu irmão mais velho.

Lentamente levantei meus olhos da revista de fofocas e contemplei um executivo com cara de bebê. Bebê irritado, pra ser mais específica.

- O que foi? - Perguntei, sentindo meus olhos ainda pesados pela noite em claro. Porque livros eram tão maravilhosos? - Não conseguiu achar uma cueca limpa de novo?

Sorri ao vê-lo suspirar e se jogar no meu lado do sofá. Mas o que me assustou foi não ver um sorriso brotar em seus lábios pela minha piadinha.

Ele realmente tinha algo sério a dizer. Lá vem...

- Me poupe de ouvir sua voz, pelo menos até eu terminar de falar. - Murmurou Jungkook, bebericando meu café. - Escuta... Quantos anos você acha que tem?

O encarei. Aonde esse garoto queria chegar? Que eu saiba, já tivemos a conversa clichê sobre sexo, drogas e Rock'in Roll.

- Carinha de 20, jeito de 19.

- Sério? Diminui bem isso aí, querida...

- Você fica bem de chupeta.

Abaixei, mas não consegui me livrar de uma "almofadada" na cabeça.

- Posso terminar, ridícula?

- Se eu não dormir...

Ele simplesmente me ignora com uma revirada de olhos, e foi procurar algo em sua maleta. Uma pequena luz no fundo da minha mente alertou sobre um possível presente... Não, impossível. Jungkook só me dava esses agrados quando queria a casa vazia para suas "festinhas". Ou quando queria que eu terminasse os relatórios por ele, para mais "festinhas" só que na balada.

Até hoje tento encontrar o lado bom de trabalhar no mesmo local que meu irmão. Ele não divide nem o salários, fala sério! As despesas da casa não contam...

Finalmente ele encontra a tal coisa dentro da maleta. Minha curiosidade só aumenta ao ver uma cartilha em suas mãos.

- Toma. - Ele me entrega e trato de abrir o mais rápido possível. - Já está mais que na hora...

Logo entendo o porque de ele dizer isso, e uma tensão toma conta de mim.

No topo da cartilha se lê: "Autoescola Fracassada". Tenho vontade de jogar um travesseiro na cara de Jungkook pela piadinha, mas continuo lendo essa coisa completamente desnecessária. Uma mulher completamente feliz dirige por um campo verde e cheio de flores coloridas. Só isso já é o suficiente para me fazer jogar a cartilha no outro lado da sala.

Fala sério! Quem precisa aprender a dirigir quando se tem um irmão mais velho trouxa e super protetor?

Não demora nem dois minutos para o mesmo explodir ao meu lado.

- Já chega, Agnes! Eu não vou mais te levar a lugar nenhum!

O olho de soslaio. Que papo é esse?

- Porque isso agora?

- Eu simplesmente cansei. Se vira. Não tenho nada a ver com a sua inimizade com carros.

Agora a irritada sou eu. Eu não tenho inimizade com carros! Só...

- Nada a ver. Eu só não tenho muito interesse.

- Ah, sério? - Sua risada de puro sarcasmo faz meu sangue ferver. Me nego a olhar em seus olhos, mas Jungkook faz questão de agarrar meu rosto e fazer olhá-lho. - Quem matou a Lola quando foi dirigir pela primeira vez? Em?

- Para, idiota! - Com um tapa consigo fazê-lo me soltar. Meus olhos marejam ao lembrar desse dia.

Apesar de minha mãe ter reclamado bastante, meu pai decidiu nos ensinar a pegar o volante com 15 anos. Nos deu umas aulas básicas antes. Escondi o fato de não ter entendido quase nada, e Jungkook ter ido super bem dando uma volta inteira no quarteirão provou exatamente o contrário.

Eu não estava preparada. Pensei até em desistir mas...

Park Jimin apareceu. E o fato de eu estar a fim dele desde o ano anterior me fez ficar cega.

Tão cega que... Matei minha cachorra...

Enquanto eu chorava inconsolável no meu quarto, recebi um "sinto muito" de Jimin. Jungkook fala disso até hoje. Eu gostava muito da Lola e ele não faz ideia do quanto eu odeio esse assunto.

- Já vai chorar? Ah é, lembrei que está nos dias em que você sangra.

Apesar da pontada no peito, não pude deixar de sorrir e jogar o travesseiro na cara de Jungkook.

- Você só fala bosta. - Murmurei, me levantando e colocando o copo na pia. Só de lembrar que um longo dia de trabalho me aguardava uma preguiça se abateu sobre mim. Me apoiei na pia e me virei para Jungkook, que agora já se encontrava de pé. - Avisa ao Samon que eu vou chegar atrasada, O.K.?

Ele apenas me fitou e eu sorri.

- Quero novidade. 

Um leve beijo foi depositado em minha testa, antes de eu ver meu irmão sair rapidamente pela porta batendo-a atrás de si.

Fitei a cartilha jogada no canto da sala. Eu? Autoescola? Soltei uma leve gargalhada com essa possibilidade.

Já tenho coisas demais com o que me preocupar.




Tomei um susto quando vi Jane praticamente se jogar no meu colo. Sinceramente, eu achava muito difícil existir uma melhor amiga mais louca que a minha. Por saber disso, os meus demais colegas de trabalho nem ligavam para seus surtos de loucura repentinos.

Eu nunca conseguia me acostumar.

- Advinha as notícias estrondosamente estrondosas que eu tenho? - Perguntou, com seus olhos verdes cintilando. Parecia ter tomado alguma droga. Rapidamente ela se ajeitou e sentou sobre a mesa. - Anda! Tenta adivinhar!

Fitei os novos estagiários que encaravam a cena com espanto. Não pude deixar de sorrir. Era uma comédia ter pessoas novas todos os dias. Eu nunca sabia se ria da "perdição" deles, ou ajudava.

- Você finalmente vai entrar para um manicômio? - Voltei meus olhos para ela.

Jane revirou os olhos, e começou a mexer nos seus cabelos negros. Até hoje eu acho que ela não deveria ter cortado tão curto. 

- Esqueci que para contar algo a você temos que fazer uma das duas coisas: Ou te ignorar, ou te bater.

- Vejo que os pegas que você deu no meu irmão te ensinaram coisas valiosas...

Depois de irritar Jungkook, meu hoobie favorito era irritar Jane falando de Jungkook. Eles se pegavam vez ou outra e esse chove talvez molhando já durava 4 meses. Um forte tapa acertou minha cabeça.

- Calada! Eu vou dizer e você não vai me impedir! - Tapei a boca com a mão tentando não rir, e Jane prosseguiu. - Temos uma festa essa noite...

Olhei para ela e deixei a mesma acreditar que estava prendendo minha atenção.

- E daí?

- E daííííí...- Ela fez uma dança estranha que fez um dos estagiários levantar e ir comer em qualquer outro lugar. - Que o dono da festa é nada mais, nada menos, que Park Jimin gostosão.

Gelei.

Meu Deus.

Eu ouvi isso direito?

- C-como é? - Quase estapeei a minha cara por gaguejar.

O sorriso de Jane aumentou ainda mais.

- Sim, querida. - Sussurrou Jane, tão perto do meu rosto que poderiam jurar que estávamos nos beijando. - Seu grande amor está de volta. 

Não. Eu definitivamente não gostava mais de Park Jimin.

O que me assusta é ele ter retornado tão de repente... Logo após o incidente com o carro, os pais de Jimin (que na época tinha 17 anos) decidiram se mudar. Não, não foi pelo fato de eles terem medo de mim atrás do volante e na verdade nem eu sei o porque. Ele e Jungkook eram muito amigos mas por alguma razão perderam contato e nunca mais se encontraram...

Bom. Até agora.

- Ainda não entendo... Ele sumiu, como aparece assim de repente? - Tentei não ligar para o tom suspeito da minha voz.

Jane apenas deu de ombros.

- Não faço a miníma ideia. - Ela pulou da mesa e ajeitou a blusa. - Só sei que nós vamos.

Permaneci em silêncio. Já conhecia Jane a tempo suficiente para saber que nada nem ninguém a faria mudar de ideia.

Só sei que tem caroço nesse angu...



&

As 20:40 eu já estava completamente arrumada. Decidi ir da forma mais simples possível: Um vestido leve e azul rodado que ia até a metade das coxas, sapatilhas pretas e um blazer da mesma cor sobre o vestido. Encarei meus olhos no espelho e logo depois dei mais volume aos meus cachos.

Só quando eu olhava para eles lembrava que era adotada. Mas, isso não importava nenhum pouco. Em nenhum momento.

Limpei as mãos levemente suadas no vestido, tentando me convencer de que eu não estava nervosa. Eu não sabia o porque disso. Tinha certeza absoluta que Jimin não mexia mais comigo.

Será que meu coração estava me enganando?

Pelo espelho vi Jungkook colocar a cabeça pra dentro do quarto. Um sorriso teimoso brotou em seus lábios.

- Está apresentável... - Sussurrou, e me virei para ele levantando as sobrancelhas. - Acho que você nunca vai enjoar de azul né?

- Claro que não. - Alisei meu vestido. Azul era tudo. - E eu não estou apresentável. Estou gostosa. É diferente.

Gargalhando, Jungkook entrou de vez no quarto. Mordi os lábios: Ele também estava arrumado. Uma social preta, com jeans da mesma cor e coturnos, o deixaram extremamente sexy. Se a minha cor era azul, a de Jungkook sem dúvida alguma era preta.

Suas mãos repousaram no bolso.

- Que foi? Quer me pegar?

- Claro gato. - Andei até ele de forma sensual. Jungkook segurava o riso. Parei fingindo estar assustada. - Opa! Tô sangrando!

- Festa do Jimin? - Perguntou enquanto eu terminava de passar o batom.

Sorri.

- Sim.

Segui Jungkook para fora do quarto.



 

Ia abrir a porta do carro, mas levei um tapa na mão.

- Não. - Seu tom era firme. O encarei assustada e ao mesmo tempo sem entender. Ele abriu um sorriso sarcástico. - Hoje de manhã te lembra algo?

Arregalei os olhos, a raiva e o desespero começando a subir pelo meu corpo. Aquela bosta era mesmo verdade?!

- Você estava falando sério?!

- Porque eu não estaria? - Jungkook cruzou os braços. - Cansei de ser seu chofer.

Tentei manter a calma. Ele tinha que me cobrar por todos os "passeios" logo hoje?

- Mano... - Falei, com a voz manhosa. Tentei o abraçar mas ele continuou da mesma forma. - Aish Jungkook! Não vemos o Jimin a anos!

- É... - Murmurou parecendo pensar. Por um momento achei que meu irmão fosse mudar de ideia, mas logo que o mesmo deu a volta para entrar no carro comecei a me desesperar. - E parece que você vai ficar sem ver ele por mais um tempinho.

Abri a boca para começar um verdadeiro escândalo no gramado da casa, quando a buzina de uma moto tomou nossa atenção.

- Ei! - Gritou o cara na moto, o capacete impedindo que eu ou Jungkook vicemos a tal pessoa. - Quase que eu me perco cara!

Fiquei ainda mais confusa quando meu irmão sorriu e saiu do carro, parecendo finalmente reconhecer o cara. Ele estacionou no meio fio e veio andando, tirando o capacete no meio do caminho.

Ele era alto. E bonito. Mas eu não conhecia.

- Não acredito que você não saiba andar por aqui. - Falou Jungkook, apoiado no carro. O cara nem parecia ter me notado. - Eu tinha até tinha esquecido!

O garoto sorriu e finalmente pareceu notar minha existência. Quase tive uma crise de risos e ao mesmo tempo uma crise.

A boca dele tinha o formato de um coração.

- Ah, essa maluca aí é a minha irmã. - O garoto riu, ainda me encarando. Jungkook me olhou. - Agnes esse é Kim Seokjin, um amigo que eu encontrei nas noites da vida.

- Não foi bem assim, seu retardado. - Disse Kim olhando para Jungkook mas logo se voltando para mim. Sua mão se estendeu. - Prazer Agnes. Pode me chamar de Jin.

Sorri de forma amigável. Ele tinha um sorriso tão fofo...

- O prazer é meu. E o maluco aqui é ele. - Apontei meu irmão.

Nós rimos e logo depois Jungkook voltou a entrar no carro, fazendo minha alegria ir embora.

- Então é assim? - A raiva fez com que eu esquecesse completamente que Jin estava ali. - Você não vai mesmo me levar?

- Já disse que não. Se vira.- Sua voz ficou abafada pelos vidros do carro.

Já estava me dando por vencida quando senti uma mão repousar sobre meu ombro.

- Sei que é estranho mas... - Jin pareceu envergonhado o que me fez quase apertar suas bochechas. - Quer uma carona? Estou indo para a mesma festa que ele.

Aquela boca de coração... Nem escutei o que eu disse.

- Claro.



&

Jin parecia um verdadeiro fugitivo da polícia, correndo pelas ruas de Seul como um louco. Só depois de um tempo percebi que ele e Jungkook estavam numa verdadeira corrida. O que me impediu de socar Jin foi ter de segurar meu vestido. Maldito vestido!

Finalmente estacionamos em frente a uma casa enorme, no fim de uma rua não muito movimentada. A grama estava quase que completamente coberta de carros. A falta de música pareceu impressionar somente a mim.

Jin me ajudou a descer, e não pude deixar de dar um soco em sua cabeça.

- Ei! - Ele reclamou, mas riu logo em seguida. - O que eu fiz?

- Nada querido. Só quase me matou.

Ele sorriu e de novo me peguei admirando aquela coisa fofa.

Nem reparamos que Jungkook foi até a entrada e já havia tocado a campainha.

- Ei lindos! - Chamou meu irmão, fazendo nós dois andarmos até a entrada. - Hum... Pensei que iria ter que trazer o quarto até vocês.

Adentrei a casa o mais rápido possível, xingando Jungkook nos meus pensamentos e tentando esconder meu rosto extremamente vermelho.

O lugar estava bem cheio. Mas me impressionei mais uma vez ao ver quase todos sentados, conversando de modo extremamente educado. Uma música baixa que parecia ser música clássica, quase me fez rir. Não havia se quer uma pessoa "agitada". A cena era completamente inusitada...

Parecia uma reunião de testemunhas de Jeová.

- Estamos numa reunião de testemunhas de Jeová? - Sussurrou a voz de Jin atrás de mim.

Tentei não rir da nossa telepatia.

- Conhece essa religião? Já foi ao Brasil?

Não sei se ele respondeu. De um momento para outro fiquei surda, muda e congelada.

Jimin caminhava em nossa direção, um largo e caloroso sorriso atravessando seu rosto. Ele vestia quase que a mesma roupa de Jungkook, a única diferença era a calça jeans azul e o resto branco. Céus... Ele estava lindo! Parecia extremamente maduro! Abuso a dizer que ele estava na idade certa para ser um pai de família.

Sua atenção foi primeiro a Jin. Agradeci internamente. Precisava me recuperar do pequeno ataque cardíaco.

- Hyung, você veio! - Os dois sorriram e logo se abraçaram. - Estava duvidando...

- Acha que eu perderia esse momento? Até hoje lembro de vocês falando: "Ah Jin, com esse seu jeito você será o primeiro a se casar." O vagabundo foi laçado primeiro!

Uma tosse com som de vômito escapou da minha boca, fazendo os dois interromperem a conversa e me encarar.

Deus... Céus... Anjos...

JIMIN ESTÁ NOIVANDO?! OU CASANDO, SEI LÁ?!

Eu não podia acreditar! Definitivamente eu não podia acreditar!

Uma das sobrancelhas de Jimin se levantou. Ele deveria estar se perguntando se minha maluquices pioraram ao longo dos anos.

- Também estou feliz em te ver, Agnes, seja lá o que tenha sido isso aí que você fez! - Abri um sorriso amarelo, e Jin gargalhou. Eu nunca quis tanto ser um avestruz. Jimin agora prestava atenção inteiramente em mim. - Olha só! Você cresceu bastante! Está linda!

Mais um sorriso amarelo. Tudo que eu me perguntava era se a namorada (esposa, ou sei lá o que) dele estava escondida em algum lugar da festa.

- Obrigada. - Sussurrei de um modo que ele não pudesse ouvir minha voz mas ler meus lábios. Engoli em seco. Não passe vergonha agora Agnes, 6 anos atrás já foram o suficiente. - Você também... Cresceu bastante.

Com o canto dos olhos, vi Jungkook passar para a cozinha. Era a minha deixa.

- Hã... Jungkook quer muito falar com você. - Disse, tentando conter a minha voz trêmula. Aquela noticía tinha me pegado realmente de surpresa. Jimin nem pareceu notar. - Vou lá chamar ele.

Sem esperar nem um "O.K.", praticamente corri para a cozinha.



 

Agarrei meu irmão e o puxei para trás de uma bancada. Jungkook se assustou, mas apenas me deixou levá-lo.

- Porque não me contou? - Tive que me conter muito para não gritar.

Ele pareceu não entender.

- Te contar...

- Jimin vai casar! - Enfatizei cada palavra e finalmente ele entendeu. Um sorriso se abriu em seus lábios enquanto ele me fitava de modo sugestivo. - O que foi?

- Porque está tão preocupada? - Quase me estapeei. Lógico que ele iria levar para esse lado. Seu rosto se aproximou ainda mais do meu. - Ainda gosta dele?

Revirei os olhos, pronta para aliviar a coceira na minha mão.

- Não é nada disso. Você sabe muito bem que eu não sinto mais nada por ele. - Eu realmente acreditava naquelas palavras. Jungkook fingiu se convencer. - É sério! Eu só... Queria ter vindo mais apropriada. Não como uma camponesa.

- Mas a gente não se veste que nem um camponês nos casamentos?

Olhei bem para ele. Então aquilo era mesmo um casamento...

- O.K., O.K. Vou te explicar. - Ele se apoiou na bancada e eu cruzei os braços. - A garota não sabe de nada ainda. Ele está fazendo uma surpresa. Logo que ela entrar por aquela porta, ele vai pedir a mão dela em casamento. Ou noivado, sei lá.

- Não é muito a cara do Jimin pedir só a mão... - Não pude deixar a oportunidade passar.

Jungkook me deu um tapa na cabeça.

- Você entendeu ridícula.

Sorri e vasculhei meus olhos pela sala a procura de Jimin e Jin. Eles conversavam animadamente em um canto. Parei e reparei um pouco mais em Jin: Ele também não ficava para trás no quesito "estar bonito". Ao contrário dos amigos, ele vestia um casaco verde e jeans claro. Seus tênis eram da mesma cor que os jeans.

Jin era extremamente fofo. Eu me segurava para não chamá-lo de "coração" toda vez que o via. Fala sério, quem tem uma boca em forma de coração?!

- Interessada? - A voz de Jungkook adentrou meus pensamentos. Revirei os olhos e sorri. - Como sou um irmão legal vou dar umas informações básicas: Kim Seokjin. 24 anos. Solteiro. Sei lá onde ele trabalha. Tem...

- Tá, já chega. - Bati no ombro dele. - Até a parte do "solteiro" já foi suficiente...

Meu irmão piscou para mim e sumiu entre as pessoas. Decidi beber alguma coisa.



---

- Cláudia, aceita se casar comigo?

Um coro de gritos e assobios explodiu ao meu redor, enquanto inutilmente eu tentava ver a garota. O pessoal não era tão quieto quanto eu imaginava. Pelos gritos terem aumentado ainda mais imaginei que a tal Cláudia tivesse dito "sim".

Espera? Meu Deus. Que nome horrível. O que me consolava e me dava certeza de que eu não gostava mesmo de Jimin, foi o meu coração não ter reagido.

Ele reagiu a outra pessoa, sentada na bancada bebendo Fanta.

- Ei! Você sumiu! - Jin praticamente gritou, para tentar ser ouvido na multidão. Não me incomodei nenhum pouco de ler seus lábios. - Senta aqui!

Com um sorriso tímido o obedeci e me sentei ao seu lado. Tive que cruzar as pernas por causa do vestido.

- Jimin me contou que... - Ele pareceu se segurar para não rir. Imediatamente meu sorriso murchou. Ah não... - É verdade que você matou sua cachorra por causa dele? Sério?

- Não foi por causa dele. - A multidão já havia parado um pouco com o barulho, mas como vingança gritei no ouvido de Jin. Ele quase caiu da bancada. - Era minha primeira vez no volante. Me entenda!

Ele levantou as mãos em forma de rendição.

- Ei. Desculpe, não está mais aqui quem falou.

Apenas o olhei de cima a baixo e tomei seu refrigerante. Jin me encarou.

- Sabe... Acho que isso aqui estaria mais legal se fosse mesmo uma reunião de testemunhas de Jeová. - Gargalhei enquanto Jin voltava a beber. - Fala sério... Olha aquilo.

Olhei para onde ele apontava e pude ver Jimin acariciando o nariz da Cláudia com o dele. Eles sussurravam coisas entre vários selinhos. Antes de desviar o olhar, finalmente consegui ver Cláudia: Era muito bonita. Cabelos extremamente negros iam até a cintura. Parecia ter olhos azuis, e pelas roupas percebi que ela era médica.

Quando voltei a olhar para Jin ele jogava a latinha de Fanta no lixo.

- Ah! Lembrei! Você já foi ao Brasil?

Ele sorriu e desceu da bancada.

- Que tal falarmos sobre isso na volta pra casa?

- Aish! Pare de ler meus pensamentos Jin!

Saímos da casa com um grito de "Felicidades" para os futuros casados. A minha voz não era tão alta, mas ele fez com que todos nos ouvissem. Gostei de ver o sorriso sincero de Jimin.



 

Ao contrário do que eu imaginei, Jin não era tão certinho. Aceitou numa boa passar a perna em Jungkook e ir para casa com o carro dele. Meu irmão não é tão maravilhoso com motos, o que me fez ficar ainda mais feliz.

O vento entrando pela janela, a lua alta no céu, ter uma pessoa como Jin dirigindo e conversando... A noite estava maravilhosa. Fiquei ainda mais feliz ao perceber que fazia tempo que eu não me sentia assim. O trabalho estava ocupando mais espaço que o desejado na minha vida.

- Olha, desculpa voltar nesse assunto mas... - Suspirei, já sabendo o que viria. Jin sorriu sem tirar os olhos da estrada. - Dirigir é maravilhoso. Libertador. Não se prive disso só por causa de um trauma bobo, tudo bem?

Jungkook não havia conseguido me convencer. Mas por alguma razão Jin me fez realmente pensar na ideia.

6 Anos... Acho que eu não mataria mais ninguém, não é?

Estacionamos na minha casa. Sem mais delongas, Jin me puxou depositando um leve beijo em meu pescoço, deslizando o nariz em seguida. Sorri sentindo cócegas e arrepios.

Jin parecia realmente um cara legal. Por isso mesmo eu não iria me entregar tão fácil.

O empurrei um pouco, sentindo seus olhos sobre a minha boca. Me aproximei devagar... E depositei um beijo em sua bochecha.

Saí o mais depressa possível do carro. Se eu olhasse para trás, sabia que não aguentaria um olhar pidão daquele garoto.



&

Dia seguinte

"Eu? Numa reunião de TJ?

Meu coração ñ aguentaria ver esse Jimin pai de família."

Não consegui segurar a gargalhada, o que atraiu vários olhares das pessoas no banco de espera. Rapidamente me recompus.

Só você mesmo, Jane...

Encarei meus All Stars surrados, não acreditando mesmo que eu estava numa Autoescola.

Autoescola Fracassada. Quem colocaria esse nome?


Notas Finais


Espero mesmo que tenham gostado! Opiniões? Negativas o positivas? Aqui!!! Amo comentários gigantes!!! <3
Bjokas (Acho que vi minha mãe no corredor...)


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