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História Autoescola Fracassada - Macacos


Escrita por: Yarv

Notas do Autor


AAAAAAAHHHHHH, esse capítulo está com o espírito de Autoescola Fracassada! Espero que vocês amem e não liguem para o tamanho, pois minhas mãozinhas estão muito teimosas e inquietas ultimamente!
A partir daqui as coisas vão se estreitar um pouco mais e quando eu digo isso, quer dizer um todo!
Tenham uma ótima leitura e um milhão de BJokas! Amo vocês e ainda mais quinta-feira! ~(*3*)~

Ia vir com capinha, mas... T-T Vou ver se depois eu coloco!

Capítulo 23 - Macacos


Eu já imaginava vários formatos desastrosos para minha "segunda-feira pós parada de vida de adulta" (devido a uma "uruca braba" segundo Taehyung): Café caindo na blusa branca, remela esquecida no canto do olho, dores de cabeças insuportáveis e minha chefe gritando como uma louca devido à duas faltas seguidas junto com a diretora da Faculdade! 

Mas para minha surpresa, o dia nasceu excepcionalmente bonito e calmo. Me surpreendi de imediato, tanto porque aquela era a última coisa que eu esperava quanto pelo fato de eu não ser uma grande fã do segundo dia da semana. Já que a cara estava boa, não iria desperdiçar a chance de não passar vergonha. 

Minha expectativa continuava a crescer depois de tomar um banho relaxante e no momento estar conseguindo equilibrar todos os meus pertences no braço, além de tirar a calcinha da bunda. Dia bom, lá vamos nós! 

Mas minha esperança quanto aquele dia simplesmente ruiu ao abrir a porta e dar de cara com uma Jane completamente bêbada acompanhada de uma garrafa de Soju pela metade nas mãos: 

- Todos os homens são iguais! Preciso virar lésbica! - Praticamente gritou minha mais nova amiga feminista levantando a garrafa, vitoriosa, nas mãos. - Psicopatas também são todos iguais, né?

E enquanto eu arrastava Jane para dentro da minha casa só conseguia pensar se ela havia saído de um bar ou as filmagens de "Moranguinho". O cheiro era tão doce que chegava a embrulhar meu estômago. 

Se jogou no sofá, mas não demorou muito para correr para o banheiro e colocar quase todas as tripas para fora. Consegui aliviar meu próprio enjoo com uma pizza congelada que Jungkook deixou na geladeira. Microondas é para os fracos quando se está com pressa! 

Fui para o banheiro encontrar uma Jane borrada de rímel e que não parava de falar. Era difícil: Ser mulher; ter uma melhor amiga que não sabe se está apaixonada ou só um fogo no rabo passageiro (aposto na segunda opção). 

Eu intercalava minha atenção entre Jane e o relógio que denunciava meu mega atraso, apenas desejando me transformar no Flash e cagar a linha do tempo para a parte que minha amiga se casa com Jungkook ou qualquer outro homem que eu tenho certeza que será super gato sendo uma vela feliz e cheia de comida da festa. 

- Deixa eu ver se entendi: - Falo quando ela finalmente termina. Já se passaram 10 minutos! - Você ainda gosta do Jungkook e no começo queria usar o Hoseok com ciúmes, mas agora está confusa se é mesmo só isso. Típico triângulo amoroso, e pra complementar ainda tem uma aluna psicopata que começou a te perturbar?

Ela arrotou antes de dizer: 

- Isso.

Suspirei. Era tanto azar nessa vida que estou começando a achar que é contagioso. 

- Bom... Vamos considerar que você tenha dedo podre para homens. - Dei de ombros. 

Jane abriu a boca indignada. 

- Só porque você é praticamente uma freira não significa que eu tenha dedo podre para homens!

- Eu não sou uma freira! - Gritei indignada e não pude deixar de sorrir quando Jane me encarou com olhos arregalados. - Não mais... 

Ela encarou o piso como se o mundo estivesse acabando sob seus pés. Depois sussurrou num fio de voz:

- Quem foi o corajoso que desbravou essas matas? 

Joguei água gelada na cara dela. Tanto porque merecia e ajudaria com a ressaca quanto pela falta de respeito!

- Vaca!

- Você! Agora, se me der licença, preciso ir trabalhar ou vou acabar voltando a me acostumar com a vida de vagabunda! - Antes de sair me apoiei na porta sorrindo. - Fora que hoje vou ter de inventar duas desculpas: Uma pelo meu atraso e outra pela sua falta!

- Diz a ela que eu estou grávida e vou precisar ir ao Brasil para participar daqueles programas que descobrem quem é o pai!

Topei o pé no sofá ao gargalhar. 

- Cala a boca Jane!

- Eu te amo! - Correu para o meu quarto e se trancou. 

Sorri e fechei a porta da sala. 

- Eu também...

 

 

&

Empresas Kwang

 

Eu não sabia se era sortuda ou o máximo que o azar poderia conceder: Minha chefe não esfolou meus miolos como eu imaginei que faria mas também não deixou barato, despejando duas pilhas lotadas de papéis na minha mesa. Aproveitei para escrever "Seokjin" na borda das que não eram necessárias, mas isso não diminuiu a fadiga. Eu não estava nem um pouco contente com as matérias atrasadas que provavelmente teria de pegar na Faculdade ao invés de pegar Jin. 

- É bom te ter de volta, Agnes. - Sussurrou a vaca, dando leves tapinhas no meu ombro. 

A falsidade é linda... 

Como eu imaginei não deu muito certo e terminei com dez minutos de atraso para a Faculdade. Soltei tantos "merdas" pelo caminho que vejam só: Pisei em uma. E só para fechar a cota soltei mais um enquanto limpava meus All Stars maravilhosos na grama. 

Foi quando a buzina de um carro chamou minha atenção. 

Merda! Só faltava agora aquela grama ser de propriedade privada!

Virei a cabeça lentamente já tentando formular uma desculpa, mas me surpreendi completamente ao ver quem era. 

Yoongi buzinou ainda mais alto. Eu não sabia se era para irritar ou verificar se eu era surda. 

- Olha só quem está perdida! - Não pude deixar de sorrir ao ouvir seu tom irônico. Vi aquela peça no sábado, mas parecia que não nos víamos a muito mais tempo. - Quanto tempo, amiga. Como vão os filhos?

No saco de Kim Seokjin.

Nossa cérebro! Até você?! Engraçadão em?!

Afastei aquele pensamento idiota e me aproximei, apoiando-me na janela aberta. Yoongi era branco, mas com a ajuda do sol e uma blusa da mesma cor ele parecia brilhar. 

Lembrei do primeiro dia em que nos conhecemos e não pude deixar de me conter: 

- Boa tarde para você também, Edward Cullen. 

Seu sorriso era muito fofo, os dentinhos pequenos revelariam até mesmo uma pessoa tímida. Mas Min Yoongi estava bem longe do tipo "tímido"... 

- Escuta: - Ele se virou no banco para me encarar. Gostei do jeito despojado que ele se sentava. - Estava eu, tranquilo e maravilhoso, indo resolver umas merda de vida de adulto. E eis que por alguma razão olho para o mato e vejo uma garota limpando merda do tênis! - Suas mãos se espalmaram e ele as passou em frente ao rosto num tom de mistério. - Aí eu pensei: Só pode ser a retardada da Agnes. 

- O.K. Então aí você pensou: - Abri a porta do carro e joguei minha mochila no banco de trás para entrar logo em seguida: - "Eu preciso dar uma carona pra essa deusa!" 

- Na verdade eu estava manobrando pra te atropelar, quando "acidentalmente" - Ele fez aspas com os dedos que me fizeram sorrir. - um espírito oculto tocou a buzina.

- Eu estou atrasada, será que dá pra dirigir essa coisa?

Ele me olhou por longos minutos antes de murmurar: 

- Quero saber se eu tenho cara de chofer.

- Não, de vagabundo mesmo. - Yoongi deu um tapa na minha testa e não pude conter a gargalhada. - Vagabundo! Vai logo!

Só lembrei que estávamos no verão pelo vento ameno que entrava pela janela. Mesmo assim não deixava de ser agradável e me permiti fechar os olhos e saborear os poucos momentos de paz, pois sabia que aquele dia reservava muito mais surpresas. 

Quando os abri não pude deixar de ficar indignada ao ver Yoongi suando sob a aba do boné preto. Não hesitei em arrancar ao ver que ele estava distraído. 

- Ei! - Reclamou e imediatamente tentou pegar das minhas mãos. - Me dá logo, Agnes!

- Não! Está me incomodando você com esse boné! Olha o calor! - Afastei a mão para trás das costas quando ele tentou pegar com mais uma investida. - Sossega Yoongi, vai matar a gente!

- Querida sou formado em 5 filmes de "Velozes e Furiosos!" - Gargalhei até meus pulmões arderem. Ele sorria enquanto murmurava: - Me arrependi de ter te dado carona, garota... 

Parei. E por alguma razão, meu sorriso foi morrendo aos poucos. 

Só então percebi que aqueles poucos momentos com Yoongi tinham sido extremamente agradáveis. Sem brigas, discussões ou constrangimentos... Mesmo que não demonstrasse dava pra perceber o quanto ele realmente estava feliz que eu estivesse ali. O quanto a última frase queria ter sido dita no sentido contrário... 

Finalmente eu havia alcançado uma peça do longo e delicado quebra-cabeça que era Min Yoongi. Senti que com o tempo ele se abriria para mim... 

Olhei pela janela, tentando esconder o sorriso e a alegria por descobrir meu mais novo melhor amigo. Ou parte dele... 

Afinal, para que ter um se eu posso ter vários? 

 

 

 

Bati a porta com um pouco mais de força do que esperava. 

- Tem geladeira em casa não? - Murmurou enquanto verificava todas as trancas. 

Sorri enquanto nós dois caminhávamos para dentro da Universidade. Só então lembrei que eu ainda não sabia o que ele havia ido fazer ali, já que estava sem o uniforme. 

- Eu sei que minha companhia é irresistível mas o que você veio fazer aqui? 

- Primeiro: Vai à merda. - Eu nunca me cansaria de gargalhar. - Segundo: Vim trancar meu curso. 

Parei no mesmo momento que ele. 

De repente, as lembranças que eu menos queria que retornassem voltaram: O dia que o "pai" de Yoongi o espancou. Engoli em seco e tentei apagar a imagem dos machucados e cicatrizes... 

O toque em minha mão me surpreendeu. Dessa vez, os dedos de Yoongi eram gelados. 

- Não tem nada haver com meu pai. É completamente haver comigo... - Yoongi engoliu em seco e depois de fitar meus tênis olhou em meus olhos. - Eu preciso disso. Preciso correr atrás dos meus sonhos, sofrer por tentar alcançá-los. Não por apenas sonhar.

O sinal do fim do primeiro tempo de aulas soou e logo o corredor estava repleto de alunos. Percebi que suas mãos eram maiores que as minhas quando ele simplesmente as envolveu e murmurou:

- Quero te mostrar uma coisa. Me procura no intervalo perto do pátio. 

Observei enquanto ele se misturava a multidão. Dessa vez, Yoongi demorou a desaparecer.

Dessa vez era diferente. Ele era diferente...

Sorri até adentrar a sala. 

Eu estava feliz por duas coisas: Não era só Yoongi que se abria para mim. 

Eu também me abria para ele. 

 

 

 

 

Para minha infelicidade total, as aulas se arrastaram por dois tempos longos e maçantes de História. Seria até interessante, se minha cabeça não estivesse completamente ocupada pela curiosidade. Em vários momentos me peguei sorrindo e torcendo para que o bom humor de Min Yoongi durasse pelo menos até o fim do dia. 

Pulei da cadeira antes mesmo do sinal ser tocado no nosso corredor e corri em direção ao pátio. A curiosidade estava me matando! Eu definitivamente tenho sérios problemas com a frase: "Te conto daqui a pouco". 

Quase caí na escada (típico de Jeon Agnes) mas me recompus e logo estava vasculhando o pátio a procura de algo luminoso. 

Sorri ao encontrar Edward Cullen jogado perto de uma árvore, o boné preto tapando os olhos. Definitivamente esse garoto consegue dormir em qualquer lugar... 

Até pensei em lhe dar um susto enquanto me aproximava devagar. Mas ele estava tão em paz... Fofo até. E com a ajuda de horas atrás estávamos meio que quites. Joguei minha mochila na grama e sentei ao seu lado. 

Yoongi levantou a aba e me encarou, um sorrisinho preguiçoso brincando em seus lábios. Como alguém tão insuportável pode ficar tão fofo? 

- Curiosa? - Murmurou. Apenas o encarei. Concordar era o extremo do absurdo. - Se você não disser, não vou contar. 

Revirei os olhos. Estava demorando... 

- Conta logo!

- Está curiosa?

- Yoongi! 

- O.K. - Ele sussurrou alguma coisa que não consegui ouvir para depois voltar a sorrir. - Se prepara... 

E eu me preparei. 

Esperei.

E esperei. 

Cinco minutos! CINCO MINUTOS! 

- Nada não. 

Que vontade de quebrar aqueles dentinhos fofinhos e pequenininhos num rostinho branquinho. 

Mesmo que tivesse virado o rosto não consegui esconder meu bico enorme que fez Yoongi gargalhar. 

- Calma, batatinha, é que eu estava com preguiça de mexer no bolso... - Minha animação voltou com força total ao ver Yoongi remexer o bolso traseiro e logo tirar um papel bem amassado de lá. - Dá uma olhada. 

Ao pegar o papel eu não sabia se ficava ainda mais curiosa ou intrigada. Não pude deixar de imaginar se era o documento anunciando o fechamento do curso dele e o que ele estava sentindo em relação a isso... Era estranho pois era exatamente o mesmo curso que o meu. Enquanto eu lutava por um sonho, Yoongi o abandonava.

Mas me surpreendi ao ler a primeira linha. E ainda mais as restantes.

- Jimin me entregou ontem à noite. Taehyung não estava em casa, então até agora só quem sabe somos nós... - Ele sorriu e deitou a cabeça sobre a minha juba farta enquanto eu ainda lia o "convite". - E você. 

Soltei um som estranho. Mas era alegria. A mais pura alegria... 

No papel estava escrito uma chamada oficial da Empresa musical Kyoto Song para os meninos. Eu me sentia obrigada a estar lá para ver aqueles rostinhos felizes e surtados lendo o papel! Seria no próximo sábado, às oito da noite... 

Parei. 

Se não me falha a memória tinha algum outro compromisso neste mesmo dia. Tentei me esforçar mas estava difícil lembrar. Era algo importante... 

Algo... 

- Yoongi, acho que nós temos alguma outra coisa nesse dia. 

Ainda deitado na minha cabeça - abusado! - ele pegou o papel das minhas mãos, verificando a data. 

Pimba! 

Lembramos exatamente no mesmo instante: 

- Aniversário do Nam! 

 

 

&

[...]

 

- Ele vai chegar daqui a pouco... - Murmurou Taehyung, andando de um lado para o outro da sala enquanto digitava algo no celular. - Hoseok vai ter mais uma aula e depois passa aqui. Seu irmão está vindo e vai pegar carona com o Nam. Jimin... - Taehyung pulou no sofá e berrou para a cozinha: - Larga meu Soju seu cachaceiro! 

- Eu não estou bebendo seu Soju! - Jimin colocou a cabeça na porta e se surpreendeu ao me ver ali. - Ag! Chegou agora? 

Sorri e joguei a mochila no sofá. Era impossível não me sentir em casa estando ali, então tratei de me jogar também e colocar os pés para cima. Só pra quem pode! 

- Sim. Yoongi quase me matou no caminho, mas nada que não esteja fora do normal... 

Todos nós rimos, mas estranhei ao não ouvir a gargalhada de Tae. Ele era do tipo que ria até de uma brisa passando. 

Me assustei ainda mais com o olhar assassino que ele lançava a Jimin, fora não estar fazendo movimento algum. Yoongi passou direto para a cozinha.

Mas o que... 

- Você chamou ela do que? 

Revirei os olhos e tentei esconder a risada numa almofada. Ah, Kim Taehyung... 

Espiei a tempo de ver Jimin dar de ombros. Agora ele morre. 

- Ag. Porquê, não pode? 

- Não. - Voz grossa gostosa... - Esse é o apelido que eu criei para ela. Ela é minha melhor amiga. - Ele fez uma pausa proposital: - Ela é minha. 

Taehyung voltou a mexer no celular enquanto eu gargalhava. Jimin apenas o fitou, com a careta brava de panda com fome. 

- Chamo de que então? 

- Cachorra. - Murmurou Yoongi voltando para a sala, com um pão inteiro na boca. - Combina com vocês... 

Eu queria ter brigado. Queria mesmo. Mas estava ocupada demais entendendo o trocadilho e quase tendo um troço junto com Jimin. 

Pela primeira vez tocar naquele assunto não pareceu tão incomodo. Me surpreendi ao perceber que era a primeira vez que eu ria sinceramente do ocorrido, sem sentir uma pontada no peito ou não chorar minutos depois. É verdade o que dizem então: Depois dos 20, todas as besteiras que se faz ganham um tom irônico se comparado ao seu "atual estado adulto".

Lola se orgulharia disso...

Acho que muitas coisas não me incomodariam dali para frente... 

 

 

 

 

Exatamente meia hora depois a casa de Taehyung estava abarrotada de garotos. Eu não achava que eles eram muitos, mas quando se juntavam... 

- Eu queria saber uma coisa muito interessante! - Exclamou Taehyung, de cabeça para baixo e com os pés apoiados no encosto do sofá. - Ninguém mais tem casa não?! Tudo tem que ser aqui na minha? 

Hum... Era verdade. Coisa mais de "fanfic". 

- É verdade... - Murmurou Nam, pensativo. 

- Nunca tinha pensado nisso antes... - Completou meu irmão, bebendo mais um gole de água. 

- Né? - Indagou Hoseok, bebericando a garrafa de Jungkook. 

- Será que vai passar domingo no Seul Repórter? - Indagou Jimin. 

- Tomara. - Semicerrei os olhos. - Ou vamos ter que pegar nossa máquina de mistérios... 

- Rainha das referências! - Ironizou Yoongi, dando um tapa na minha testa. 

- Gente, viemos aqui para resolver outros assuntos inclusive o nome da banda que ainda está em pauta! - Não tinha como o Namjoon não ser o líder. - Foco. 

Tentamos. Mas como eu disse, eles ainda eram sete garotos completamente malucos em busca de seus sonhos. 

 

 

 

 

A noite chegou com um ensaio de última hora e vinho gelado. Não entendi muito bem quando Namjoon não deu a mínima pelo seu aniversário cair no mesmo dia que a audição. Ele nem sequer comentou nada a respeito! 

Tratei de encurralar Taehyung e perguntar: 

- Todo ano ele faz isso para ver se vamos lembrar. O Nam nunca fala, ele quer que a gente lembre! Velha pegadinha... - Taehyung revira os olhos e começa a tirar o casaco. - E todo ano ele ganha festa, surpresa ou não. 

- É uma boa tática! - Sorri e levantei uma sobrancelha quando Tae jogou seu casaco a minha volta. 

Ele sorriu e beijou minha testa. Antes de sair murmurou: 

- Veste. O ensaio vai ser longo e a noite também... 

Eles conseguiam ficar ainda mais lindos ali, tocando, cantando e dando risadas de pura felicidade. Destino era uma coisa muito louca e não pude deixar de me perguntar por onde aqueles garotos andaram até encontrar o seu... Eu poderia estar enganada, mas uma certeza pulsava no meu coração: Eles estavam no caminho certo. 

Mal me dei conta da hora passando, distraída com os acordes de Yoongi e as batidas de Taehyung. Percebi que já deveria estar tarde quando os olhos começaram a pesar... 

A discussão sobre o nome estava em seu auge ("The Beatles Two" versus "The Sushi's") quando me assustei ao sentir suas mãozinhas tocarem minha coxa. 

- Taenes, meu anjinho! - O apertei forte e ele se deitou em meu colo. Parecia sonolento e imediatamente fiquei preocupada. - O que foi meu amor?

- Acordou? - Taehyung veio correndo ao ver o pequeno em meus braços. - Vou lá pegar o Poti. Daqui a pouco minha irmã vem buscar ele... 

Eis a questão: "Poti" era um macaquinho vermelho e super fofo que Tae havia comprado para o nosso pequeno a pouco tempo. 

Lori murmurou algo que fez o Taehyung sorrir orgulhoso. Mas Namjoon viu algo de maravilhoso naquilo, pois se aproximou com os olhos arregalados e brilhantes e sussurrou: 

- Repete Lori. 

Só então prestei atenção: 

- The Monkey. 

Todos nós paramos. Eu não sabia se eles estavam pensando a mesma coisa que eu, mas...

Era perfeito!

Era um nome perfeito! 

- Bendito curso de Inglês caro pra cacete! - Berrou Taehyung, dando pulinhos de alegria junto com os outros. 

- The Monkey's! É isso! - Hoseok exclamou, pegando o macaquinho e jogando para o alto. 

Yoongi sorria. Taehyung sorria. Todos eles sorriam...

Aquilo era lindo demais. 

- Eu... Gosto do som das palavras. - Murmurou Edward Cullen. 

"E eu gosto de você, folgado!"

 

 

&

[...]

 

Vozes ao fundo. Eu queria levantar, mas meu corpo estava mole. Na verdade, ele parecia pender no ar... Me agarrei a uma coisa fofinha e cheirosa que soltou uma risada baixa ao perceber meu ato. 

Recebi exatamente sete beijos na testa. A mente ainda estava enevoada, mas eu não queria abrir os olhos. 

Tinha uma sensação muito boa no peito e na alma... 

Logo meu corpo foi depositado em algo macio. O cheiro bom ficou mais forte e afundei o rosto naquele... 

Travesseiro. 

Arregalei os olhos a tempo de ver Yoongi me observando da porta. Estava escuro, mas uma fraca luz provinha da sala. Ainda estava com a camisa branca. 

E pelas cores serem exatamente essas no quarto, percebi que era dele. 

- Você pegou no sono. Esse é meu quarto... - Ele se aproximou e sentou na beirada da cama. Yoongi ficava muito bonito na pouca luz, que iluminava apenas parte de seu rosto. - Dessa vez, eu te trouxe e te cobri. 

Sorri, lembrando do episódio na casa de Nam. Tanta coisa tinha mudado... 

Tanta coisa... 

- Obrigada. - Eu disse de forma embargada mas geral.

Não. Yoongi sorrindo na pouca luz que era lindo. 

Meu coração falhou um pouco. Fingi não perceber isso e coloquei a culpa no sono. 

Talvez aquilo fosse apenas um sonho... 

- Vai embora só amanhã, tudo bem? 

Ele tentou, mas não conseguiu esconder a tristeza na voz. 

Só então entendi:

Yoongi queria um pouco de carinho. 

Eu não hesitei em o abraçar e ele não hesitou em me receber. Fechei os olhos, saboreando seu cheiro e o dia maravilhoso que ele me proporcionou. Por mais que eu o apertasse, que eu o protegesse, ele ainda estava em pedaços. Seus cacos ameaçavam me perfurar...

Eu ainda precisava alcançar o restante das peças. Ele precisava que eu fizesse isso. 

E eu faria. 

Ele limpou as lágrimas ao me colocar na cama. O observei, tão frágil, recompor algumas partes na minha frente. Sentia que ele estava agradecido pela luz não estar acesa e ter de mostrar tudo... 

Ele apertou meu nariz e sorriu: 

- Os macacos adoram você. 

Sorri e não resistir ao o abraçar de novo. Aquela paz, aquele dia, aquele perfume... 

Tudo estava muito bom. 

- Yoongi?

- Hum?

- Acho que você está muito carente... 

Sua risada fez cócegas na minha pele e ele me abraçou ainda mais ao murmurar:

- E eu tenho certeza de que você está resolvendo isso... 

 

Sonhei com 7 macacos. Lindos, diferentes e super inquietos.

Espera... 7?

Eu entendi a referência!


Notas Finais


KKKKK' Eu amo escrever essa fic! <3 Aguardo vocês aqui em baixo!
BJão! <3

Deem amor e um cheiro: (Fic com o Maknae mais fofo do mundo' <3): https://spiritfanfics.com/historia/simetria-9308747


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