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História Autophobia - S i x t e e n


Escrita por: afrwdite

Notas do Autor


❥ Boa leitura.
❥ O capítulo será revisado em um tempo máximo de vinte e quatro horas.

Capítulo 17 - S i x t e e n


Fanfic / Fanfiction Autophobia - S i x t e e n

– S I X T E E N–

 

– Hortense Edwards Peltz –

H A V A Í

 

 

E novamente aquela sensação de se estar sozinha deu boas vindas a minha fatídica vida. Já se fazia alguns dias desde que eu pedi outro quarto de hotel para mim, deixando Ashton para trás no quarto que nós dois dividíamos anteriormente. Depois da nossa discussão, eu tragicamente senti que me fechei mais ainda para o mundo, mas a sorte é que Chantal continuava na minha vida e nos meus dias, mesmo que eu renegasse às vezes, ela parecia não se importar com isso.

Eu e Ashton continuávamos no mesmo hotel, o que resultava em inúmeros encontros nossos, principalmente dentro de elevadores, e embora eu sempre sentisse que ele gostaria de dizer alguma coisa, eu sempre dava um jeito de me safar de sua companhia.

Colocando fones nos ouvidos em um volume máximo ou virando o rosto para outro canto, dias atrás, até mesmo uma ligação falsa foi encenada por mim, coisa que eu nunca me imaginei fazendo, ao menos não para ignorar alguém como Ashton.

Mas, de qualquer maneira, eu me negava a ser fraca com ele, me negava a facilmente aceitar desculpas feitas por ele, que nem se quer tinham sido feitas, afinal de contas, talvez ele nem se arrependesse tanto assim do quanto me magoou aquele dia e tudo não passa de uma coisa da minha mente, tentando me proteger de um quase coração quebrado.

Em meus dias após aquela briga, que já estava quase fazendo um aniversario de uma semana, eu apenas me foquei no real objetivo da viagem, que era escrever meu livro, formular meu livro e dar o meu melhor para realizar o meu sonho: ser escritora.

Por isso, eu comecei a me empenhar mais em escrevê-lo, porém eu tinha mais rascunhos do que a história em si, e me culpava por isso, porque eu sabia que o motivo da minha escrita ter se tornado, de repente, tão melodramática era unicamente minha discussão com Ashton, minha relação com Ashton, o que eu sentia por Ashton, o meu beijo com Ashton e tudo que estava relacionado com Ashton, até mesmo coisas que não me diziam ao respeito, como os seus diários sorrisos que eram entregues as suas fãs, em fotos publicadas nas redes sociais.

Crystal e eu tínhamos discutido seriamente pela primeira vez. Meu pai, embora eu mentisse constantemente, continuava preocupado com os sinais que eu, mesmo sem querer, acabava por entregar, como o fato de que a minha voz vivia rouca e apagada pela falta de uso durante as nossas ligações diárias. Acontece que, eu falava raramente, e mesmo assim, apenas para resolver os assuntos do meu livro e às vezes com Chantal, nada além.

E, embora por ligações eles não conseguissem saber, não era apenas minha voz que estava apagada, porque eu podia me sentir apagada, eu estava inteira apagada. Amaldiçoando-me sozinha por ter sido tão burra ao ponto de confiar cegamente em Ashton, do dia para a noite.

Naquele mesmo momento, eu estava encolhida no sofá, tomando chá e assistindo televisão. Estava calor, mas eu não me importava. Estava um dia lindo lá fora, mas eu não me importava. Eu estava em meio a uma viagem, mas eu não me importava. Tudo o que eu queria era não sair de casa nunca mais, me fundir a minha cama e lençóis eternamente, ao menos, até que eu acabasse de escrever meu livro. Mas então, meus planos foram atrapalhados pela campainha e eu bufei irritada, me levantando do sofá e indo atender, com um péssimo humor.

Eu imaginei que fosse Chantal ali na porta, mas estranhei já que ela me disse que estaria mais que ocupada naquele dia, fazendo um photoshoot pra uma modelo que ela, particularmente, odeia – como se ela não odiasse tudo ao redor –, mas quando eu abri a porta de abrupto, sem se quer perguntar quem era ou olhar pelo olho magico, me surpreendi em ver Luke ali.

– O que é que você está fazendo aqui? – Eu perguntei, com o cenho franzido, confusa. Ashton e ele tinham brigado e Luke, bem, ele não gostava de mim, ou fingia não gostar.

– Ah... – Ele procurou palavras, mas bufou. – Briguei com Calum, Ashton e eu não estamos nos falando, Michael está muito ocupado com os nervos de Crystal, já que ela brigou com você, e eu tinha que ir pra algum canto antes que enlouquecesse com aquela gente. – Ele se queixou, me fazendo arquear uma sobrancelha. – Eu e Arzaylea brigamos então eu pensei “oh, que tal o Havaí?” – Ele perguntou teatralmente e eu revirei os olhos.

– Entra logo. – Eu disse, com o mau humor presente, abrindo mais a porta e me distanciando alguns passos da entrada. Ele pareceu um pouco surpreso, mas logo já estava sendo irritante, como sempre, e tirando os sapatos, se jogando no meu sofá e mudando o canal que eu antes via na televisão, despreocupadamente.

– E então, o que fez a garota estranha da gravadora vir parar em um quarto separado do baterista? – Ele perguntou, enquanto passava os canais e eu fui até o seu lado, me sentando no sofá e encolhendo meus pés para cima do estofado, encarando a televisão.

– Seu amigo disse que eu estou empacando a vida dele, em todos os sentidos, então eu fiquei puta e saí. – Resumi tudo, rapidamente.

– Ah. – Ele murmurou, revirando os olhos. – Ashton é meio burro com essas coisas, ele não sabe fazer nada além de agir por impulso, parece uma garota.

– Por isso ele terminou com Bryana? – Perguntei curiosa.

– Não, ele terminou com ela porque estava com tantos chifres que mal passava na porta dos lugares que frequentávamos mesmo. – Respondeu casualmente e eu arqueei as sobrancelhas, surpresa pela revelação. – Achei que já soubesse disso.

– Nunca perguntei muito sobre, depois de assinar aquele contrato, eu acho. – Respondi, e logo um silêncio mórbido se resplandeceu pelo cômodo. – Você deu uma de adolescente rebelde e fugiu ou teve vergonha na cara para dizer que estava vindo para o Havaí?

– Hm, eu fugi, mas eu acho que eles já descobriram onde eu estou.

– Porque não foi ao quarto de Ashton?

– Ele é certinho demais e me deduraria, você não, você apenas quer cuidar da sua vida, suas coisas e seus problemas, o que se torna mais fácil de conviver nessas situações. – Explicou.

– Ashton me contou que vocês brigaram. – Eu não segurei a minha língua em dizer aquilo e ele suspirou, fazendo o silêncio voltar a se instalar na sala. Eu não podia evitar, estava curiosa com aquilo, estava querendo saber direito das coisas ao meu redor.

Na verdade, eu sentia que qualquer coisa, literalmente qualquer coisa e qualquer assunto para se conversar, poderia se tornar interessante, apenas para que eu tirasse Ashton e a nossa briga da cabeça e esquecesse um pouco de meus recentes traumas.

– Ele contou o motivo também? – Perguntou depois de um tempo, quebrando o silêncio.

– Contou sim. – Eu disse, o olhando curiosa, e ele bufou, me olhando pela primeira vez desde que entrou no apartamento.

– Isso é irritante de se explicar, ele provavelmente te disse coisas distorcidas. – Ele murmurou, revirando os olhos. – Ashton acha que eu gosto de você, romanticamente falando, enquanto o que eu sinto, é bem longe disso.

– E o que é?

– Você é bonita sim, e talvez, até um pouco legal, mas o caso é que, você enfrentou Arzaylea, você se mostrou quase o oposto completo dela e eu parei para pensar “porque eu estou com ela enquanto existem garotas como Hortense?”.

– “Garotas como Hortense”?

– Sem frescura, sem isso de querer dinheiro, de querer ficar gastando dinheiro o tempo todo, sem isso de dar motivos de sobra para desconfiar de uma traição, coisas assim. – Explicou tudo rapidamente e sem paciência, o que era típico dele. – Eu nem sei se gosto dela, mas eu sei de uma coisa: Ashton e você se gostam e estão complicando as coisas porque são idiotas.

Eu e Luke passamos um tempão conversando, boa parte do tempo explicando um para o outro como foram as nossas respectivas discussões com os nossos respectivos “relacionamentos”, na realidade, conversamos tanto sobre isso, que depois de um tempo, acabamos indo para outros assuntos, coisas pessoais e menos depressivas.

E com isso, ironicamente, eu acabei descobrindo que Luke não era tão terrível assim quanto eu imaginei, acabei percebendo também, sem querer, enquanto conversava com ele e trocava as minhas mensagens com Chantal que eles eram quase uma versão feminina e masculina de um mesmo conteúdo, o que foi uma informação assustadora, mas o tipo de informação “Crystal gostaria de saber disso”, e, eu me certifiquei de não esquecer isso, até fazer as pazes com a minha melhor amiga, outra coisa da qual recebi dicas e mais dicas vindas de Luke.

Eu convidei Luke para dormir ali mesmo, evitando ter que arrumar um quarto de hotel, e nós, querendo conversar mais e companhia para nossos corações e mentes confusos, decidimos que aquela era uma boa ideia, então ele acabou por aceitar, embora exigisse que sua cama fosse o sofá que se expande para uma cama, ou seja, o que tinha na sala. Eu aceitei, afinal de contas, nós tínhamos começado a conversar naquela mesma noite e isso seria constrangedor.

No dia seguinte, eu convidei Luke para ir comigo até a editora, para resolver algumas coisas relacionadas ao meu livro, e mesmo que hesitante, ele acabou aceitando o convite, até porque não conhecia nada do Havaí enquanto eu, depois de algumas semanas ali, já estava mais bem adaptada que ele para situações e locomoção.

– Prédio legal. – Ele observou quando nós pisamos no hall de entrada da editora e eu sorri para ele, assentindo com a cabeça.

– Cuidado com a recepcionista, aparentemente, ela gosta de abordar pessoas acompanhadas aqui no prédio. – Eu alerto Luke, irritada, lançando um olhar mortal para a recepcionista loira, a mesma que deu em cima de Ashton descaradamente.

– Porque algo me diz que ela fez isso com Ashton? – Ele tirou sarro da situação e eu fuzilei com o olhar também.

Ignorando suas provocações e piadinhas, nós subimos alguns andares e eu fui resolver alguns assuntos pendentes sobre o enredo do livro. Eu aproveitei para perguntar mais detalhes sobre a seção de fotos que Chantal faria, uma coisa que, secretamente, havia me deixando animada, porque seria a minha primeira seção de fotos! E isso é incrível.

Quando descemos com o elevador novamente, Luke estava me olhando divertidamente, visto que eu deveria estar com uma careta estampada no rosto, mas eu não podia fazer nada, coisas demais estavam acontecendo e eu estava confusa com tudo ao meu redor; informações novas; informações demais. Eu estava confusa com tantas mudanças.

– Você está pensando demais, estou vendo a fumaça saindo, pare com isso! – Repreendida por Luke, eu gargalhei da sua cara, porque agora que eu sabia do seu lado legal, seu lado irritante já não fazia mais tanto efeito como antes.

– Estou com fome, quer escolher alguma coisa?

– Nada típico daqui, pelo amor de deus.

– Oh, deus! – Exclamei surpresa, começando a rir sem controle e ele cerrou os olhos na minha direção, irritado. – É mesmo verdade que você é o mais exigente da banda, quando se trata de comida, não estou acreditando. – Continuei rindo e ele se fingiu de irritado, até começar a me acompanhar, e ficamos gargalhando até que as portas do elevador foram abertas.

– Sai logo, ande! – Ele disse, ainda rindo, empurrando as minhas costas para fora do elevador e eu ri, enquanto saia com ele dali.

Mas então, em uma cena totalmente desnecessária e embaraçante, eu tropecei por culpa dos meus sapatos, caindo e levando, sem querer, Luke juntamente a mim para o chão. Eu deixei no caminho que um grito estrangulado e fino saísse dos meus lábios, mas ninguém precisa saber desse suicídio da minha pose de durona. E quando Luke caiu por cima de mim, eu acabei por gemer de dor já que seu peitoral bateu nos meus seios, mas de um modo ou de outro, nós dois não paramos de rir, apenas nos encaramos e voltamos a gargalhar alto, não ligando para os olhares curiosos dos demais presentes no hall do prédio.

E enquanto eu gargalhava, eu apenas pude perceber o quão, durante essa semana sem o meu Ashton, eu sentia falta de rir verdadeiramente, de prender a risada, de me fingir de durona, de passar vergonha, de ter que pensar antes de fazer, de ficar com vergonha desnecessária, até mesmo de me parecer com uma adolescente cheia de hormônios eu sentia saudades. Ashton me fazia falta, ele fazia falta para os meus sentimentos, para o que eu sentia e isso me deixava entristecida, mesmo que eu gargalhasse com Luke caído por cima de mim.

– Atrapalho? – Como um tapa na cara, eu arregalei os olhos juntamente a Luke e nós olhamos para o lado, onde Ashton estava em pé, com os braços cruzados e uma feição séria em nossa direção. E a única coisa que eu gostaria de responder era:

Você só atrapalha a convivência do meu coração com a minha mente, garoto


Notas Finais


❥ EU POSTEI ANTES DO PREVISTO, ME IDOLATREM ETERNAMENTE.

❥ Sem beijo de Luke e Hortense nesse capitulo e eu não sei se terá futuramente, embora vocês tenham me pedido e MUITO um beijo entre os dois, eu não sei como encaixo isso na história, visto que Luke e Chantal serão um casal, em outra fanfic e futuramente, mas serão.

❥ O que vai rolar no próximo capitulo é só deus pra saber monas, E ELE SÓ IRÁ SAIR NO FIM DE SEMANA, ENTÃO ACEITEM E CHOREM MENOS, OBRIGADO.




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❥ OBRIGADO PELOS 112 FAVORITOS, eu nunca imaginei que essa história chegaria em algum lugar, sério.
❥ Novamente, teve record de comentários, muito obrigado.


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