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História Avalon: O Sol e a Lua - Série Sutherland - Capítulo Seis


Escrita por: ClaraF

Notas do Autor


Hey gente! Me perdoem a demora é que eu fiquei sem internet durante o final de semana inteiro... Espero que me perdoem e que gostem desse capítulo kkk.

Boa leitura!

Capítulo 11 - Capítulo Seis


Eu estava no centro de um círculo de velas, junto comigo estava um altar pequeno coberto por um pano de veludo roxo. Neste altar estavam dispostos, quase na beirada do pequeno altar, à esquerda uma vela preta grossa e alta representando a Deusa e à direita uma vela branca representando o Deus. No centro havia um pequeno pentagrama feito de metal e em sua volta estavam as quatro velas em seus pontos cardeais exatos para os elementais, uma vermelha representando o fogo, uma azul representando a água, uma branca representando o ar e outra preta representando a terra. Nas laterais do pequeno altar estavam um incensório com um incenso de lavanda, um pratinho com sal ao lado de uma vasilha com a água da lagoa, um pequeno Athame¹ prateado e um cálice com vinho.


Minha tia estava do lado de fora do círculo com um pequeno tambor em mãos. Estávamos esperando o crepúsculo aparecer para dar início ao ritual, nada era falado e até os animais naquela parte da floresta estavam silenciosos, apenas assistindo àquele momento. A luz que vinha da lua iluminava o local, refletindo na lagoa criando um aspecto mais fantasmagórico e mágico.


Eu estava de olhos fechados quando ouvi a primeira batida do tambor.


Está na hora, criança.


A voz de minha tia veio com uma avalanche de nervosismo para mim. Abri os olhos e vi os primeiros raios de sol colorindo o breu do céu. Me levantei lentamente e acendi as velas do altar.


Peguei o Athame com as duas mãos e tracei um círculo em sentido horário começando pelo Norte. Depositando toda a minha energia e concentração as palavras saíram tranquilamente de minha boca.


— Em nome da Deusa e do Deus, eu traço este círculo de proteção! Dele nenhum mal sairá. Dentro dele, nenhum mal poderá entrar. — respirei fundo e continuei com a voz ainda mais firme que antes — Pelos guardiões dos quatro quadrantes da Terra, eu convido todos os elementais da terra, do ar, do fogo e da água para que entrem nesse círculo e me auxiliem nessa iniciação.


Minha pele se arrepiou assim que terminei de pronunciar tais palavras. Voltei ao Norte e beijei a lâmina do meu Athame, colocando-o em cima do altar novamente. Em seguida, peguei o sal e joguei três punhados na água dizendo:


— Abençoado seja o sal que purifica esta água! — peguei o pequeno pote e dei três voltas ao redor do círculo assim como fiz com o Athame, deixei algumas gotas caírem no chão de propósito.


Voltei ao norte estendendo o pote ao ar proferi as palavras que minha tia me ensinou.


— Da mesma forma que o sal purificou a água, que minha vida seja purificada pelo amor da Grande Mãe!


Peguei o incenso o acendendo na vela da Deusa, dando três voltas ao redor do círculo novamente.


— Abençoada seja esta criatura do ar, que leva até os Deuses a minha oferenda de alegria! — voltei para frente do altar firmando minha voz e me concentrando mais e mais. — Eu, Avalon de Foaroise Mór, compareço diante dos Deuses de minha livre e espontânea vontade, abrindo meu coração para as verdades e ensinamentos da magia. Juro perante os Deuses jamais usar meus conhecimentos para prejudicar qualquer criatura viva ou para finalidades egoístas. — parei para respirar um pouco e voltei a falar logo em seguida. — Juro nunca fazer em meus rituais nada que cause dor, sofrimento, humilhação ou medo a nenhuma criatura viva. Juro defender meus irmãos e irmãs na arte, bem como divulgar a magia para todos os que quiserem aprender, sem jamais tentar converter ninguém às minhas crenças ou menosprezar as crenças alheias.


Senti um calor no peito e me arrepiei toda, o som do tambor parecia ficar cada vez mais alto em minha cabeça, porém mesmo assim continuei.


— Juro amar o planeta Terra, procurar sempre harmonia com toda a natureza, e, acima de tudo, colocar sempre a vida acima de interesses materiais. Juro nunca prejudicar meus irmãos e irmãs na arte ou revelar seus nomes mágicos, embora eu tenha o direito e a obrigação de me defender contra energias ou pessoas negativas que queiram me prejudicar ou fazer mal aos que eu amo. A partir de agora, não existe nenhuma parte de mim que não seja dos Deuses, portanto, meu corpo é sagrado. Nenhuma parte dele é impura ou vergonhosa. Meu corpo merece todo o respeito, como fonte divina de vida e prazer. A partir de agora, a verdadeira autoridade sobre mim virá somente dos Deuses. Não aceitarei nenhum tipo de opressão, nem ficarei ao lado dos que oprimem meus semelhantes em busca de poder. — engoli minha saliva a fim de molhar um pouco a garganta para prosseguir com o ritual. — A partir de hoje, lutarei para que a justiça do Deus e o amor da Deusa sejam estabelecidos na Terra. Assim seja!


Peguei o cálice de vinho e derramei um pouco de vinho no chão.


— Da mesma forma  que este vinho se derramou, que o poder seja tirado de mim se eu não cumprir com o meu juramento. — Molhei o dedo no vinho, desenhando um pentagrama no meio de minhas sobrancelhas. — Que os meus pensamentos sejam guiados pela luz dos Deuses! — desenho um pentagrama em casa pálpebra, tomando cuidado para que o vinho não escorresse em meus olhos. — Que os meus olhos vejam o poder dos Deuses em toda a natureza! — molhei novamente o dedo, desenhando um pentagrama em minha boca. — Que todas as minhas palavras sejam para propagar o amor dos Deuses! — desenho um pentagrama em meu peito. — Que a Grande Mãe esteja em meu coração, para que eu tenha compaixão por todos os seres humanos e por todas as criaturas. — enfiei o dedo no cálice novamente e desenhei um pentagrama na altura do meu ventre — Que meu sexo seja abençoado pelos Deuses, para que haja fertilidade em minha vida. — desci até os pés, desenhando em cada um também. — Que meus pés me levem pelos caminhos da felicidade, e que os Deuses guiem todos os meus passos.


Segurei o cálice com ambas as mãos e bebi do vinho, deixando apenas um restinho no fundo.


— Este é o útero da Grande Mãe. Dele eu vim e para ele eu retornarei com alegria! Que assim seja, para o bem de todos! — falei com todo o ar que tinha em meus pulmões e joguei o resto do vinho no chão. — De agora em diante, perante aos Deuses, eu sou Avalon de mòr Màthair².


Estendi minhas mãos abertas para os céus e fechei os olhos imaginando raios brancos de uma luz brilhante descendo dos céus e penetrando as palmas das minhas mãos. Um calor passou pelo meu corpo através de minhas mãos, deixando uma sensação de formigamento por onde passava e eu me senti segura. Vozes sussurradas começaram a aparecer em minha cabeça e de primeiro instante, pensei que fosse minha tia.


Avalon… Você viverá grandes atos, será muito amada e louvada, assim como nós. Viva criança, viva! Siga seu coração e traçe seu destino! Viva…



As vozes foram se aquietando e os ecos diminuindo, porém a sensação de amor e paz cresciam cada vez, eu sentia que ia explodir tamanha a sensação. Me sentei no meio do círculo quieta e de olhos fechados, apenas escutando os sons da floresta e sentindo a presença dos Deuses ali. Esperei até que a última chama de vela se apagasse para levantar e sair do círculo. Enfim o ritual havia acabado.




Notas Finais


1 - Athame é uma pequena faca parecida com um punhal.

2 - Mór Màthair: Grande Mãe.

Espero que tenham gostado! Volto no próximo sábado se a minha internet não cair kkk. Até a próxima!


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