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História Avalon: O Sol e a Lua - Série Sutherland - Capítulo Onze


Escrita por: ClaraF

Notas do Autor


Hey gente! Me perdoem a demora absurda, tive problemas grandes, mas estou de volta! Espero que gostem!

1- Vil: Má.

Capítulo 16 - Capítulo Onze


Os cascos batiam no chão, a plateia gritava e o ar era cortado pelas lanças, porém a única coisa que eu ouvia era o som ensurdecedor das batidas do meu coração.


Mael acertou em cheio o escudo de Elbio, que incrivelmente conseguiu se manter firme no cavalo e os dois voltaram às posições iniciais.


De repente meus olhos foram atraídos por uma figura pequena, parecia uma mulher coberta quase totalmente por uma capa marrom escuro, deixando apenas sua boca aparecer. Ela estava apoiada perto da arquibancada improvisada ao lado de Elbio. Me arrepiei com o frio e o mal vindo daquele ser.


A 'tuiteam a-nis, a' tuiteam mar-thà, a 'dèanamh a' mharcaiche plummet. (Caia agora, caia já, faça o cavaleiro despencar.)


Escutei as palavras gélidas saindo de sua boca e ela se curvou para frente, depositando algo no chão. Vi uma serpente rastejando ligeiramente pelo caminho da luta e se escondendo na areia bem perto do meio, porém mais próxima de Mael.


A corrida recomeçou, as lanças foram abaixadas e todos ficaram em silêncio. Eu ouvia o sangue pulsando pelos meus ouvidos e os zumbidos dos cortes que as lanças faziam no ar.


O cavalo de Mael se aproximava de onde a maligna serpente estava escondida. Senti Elbio afrouxando mais o passo de seu cavalo, como se estivesse inseguro, fazendo com que Mael desse mais um toque na barriga de seu animal para acelerar. As lanças estavam quase chegando nos escudos quando inesperadamente, a serpente se revela para o cavalo de Mael, o assustando e fazendo ele perder um passo. Mael se desequilibrou com a lança e tentou recuperar, porém já era tarde demais. A lança de Elbio o alcançou e ele foi ao chão.


A plateia gritou, uns de entusiasmo e outros de horror. Eu estava muda,com a garganta seca, observei a pequena serpente rastejar para fora da pista. Elbio se exibia enquanto Mael no chão, recuperava o ar.



Estava feito… eu serei a esposa de Elbio…



[...]


— Eu não vou me casar com ele! De jeito nenhum! — discutia com a figura esguia de minha tia.


— Avalon, está feito. Não tem como mudar a von...


— Mudar a vontade dos Antigos. — a imitei, resmungando.— Eu sei disso, mas tia, a senhora não viu o que eu vi, aquela pessoa vil¹, ela estava…


— Sim, você já me contou isso, mais de uma vez até. Porém, criança, não acharam nenhuma cobra e nenhum indício de que existiu a pessoa que descreveu para mim.


— É magia, tia!


— Tenho certeza absoluta sobre isso, meu bem. A única coisa que se pode fazer agora é sentar e esperar o destino seguir seu curso. A magia usada ali é chamada de magia negra, ou magia das trevas, que embora tivesse afetado o resultado do jogo, não afetou de jeito algum o destino de vocês.


Suspirei pesadamente e saí correndo de casa. Fui até os estábulos, peguei meu cavalo e, mesmo sem selar, o montei.





Ventos fortes rodaram ao meu redor e eu tive que fechar os olhos, senti o animal embaixo de mim começar a correr sem rumo algum, aparentemente. Trovões altos e fortes soaram por todo o céu, eu sentia minha magia florescendo por todo o meu corpo, um cheiro forte de chuva e terra molhada se apoderou do meu nariz, me tranquilizando momentaneamente.


Ouvi um relincho alto e agudo do meu cavalo e logo fui lançada para frente, aterrissando nas margens de uma lagoa escondida.



Cresça!



A voz cortante e sussurrante chegou aos meus ouvidos, e toda a calmaria momentânea sentida por mim, se esvaiu, dando lugar a um medo incontrolável e crescente.



Cresça criança!



— Como?! Como tu me pedes para crescer?!


Você pediu ajuda! Você, criança medrosa, pediu uma guia! Cresça!


Lágrimas de medo escorreram pelas minhas faces, que naquele momento, ainda estavam voltadas para o chão.


Dias de muita tormenta virão! Cresça! Você deverá ser forte para aguentar o que está se formando! O Mal está ficando cada vez mais forte! Cresça!



Comecei a gritar tampando os ouvidos, implorando silenciosamente para que aquela voz parasse.



Cresça! Nesse estado você não é digna de tanto poder! Cresça! Vamos!



— Chega… Por favor… Chega… — solucei desesperada, não tinha coragem de abrir os olhos, nem mesmo por apenas uns instantes.



CRESÇA!


— Pare… Pare, por favor! Chega!



Pare de murmurar! Cresça! Você não é digna! Não é digna! Cresça!



— EU DISSE CHEGA!



Gritei estendendo a mão para um lado qualquer e focando minha energia toda lá.



ISSO! CONTINUE! VENHA QUERIDA!


Abri apenas o olho esquerdo e me observei dentro de uma bolha enorme de água, flutuando no ar acima da lagoa.


— O quê…?



Você está crescendo, menina. Continue crescendo, você é a mais forte de sua espécie!



A bolha estourou e eu caí sentada novamente nas margens da lagoa.Minha visão foi se tornando turva e meu corpo foi desfalecendo.



— Avalon! — ouvi a voz de titia ao longe, juntamente com a voz de Elbio.


Caí no chão e olhei para a outra margem do lado, havia uma figura de branco, com lindas asas negras enormes.


Continue crescendo… Forte… Muito forte…




[...]



Me remexi acordando levemente, sentindo o que provavelmente seria uma cama embaixo do meu corpo e abri os olhos lentamente.


— Aí meus Deuses! Avalon! — mamãe gritou quando me viu abrir os olhos.


Fechei os olhos levemente e suspirei cansada.


— Chamem o velho Fingal! Digam que Avalon acordou! — tia Enid gritou, provavelmente, para as criadas.


O som das dobradiças se fizeram presente naquele momento e eu soube que alguém havia entrado ou saído do quarto em que eu repousava.


Abri os olhos novamente e encarei os rostos preocupados de mamãe e titia.



— Eu… — comecei a falar com a voz rouca. — estou bem… Fiquem tranquilas…


Encarei minha tia, que agora estava sentada num banquinho próximo a minha cama, e a ouvi em minha mente.


Eu sei o que você viu. Eu sei quem estava lá.



Isso não é assunto para agora, tia.



Logo o velho curandeiro apareceu no quarto e fez alguns exames em mim.


— Olha… eu não vejo nada grave, ela provavelmente teve uma forte emoção que ocasionou nesse desmaio. Seria bom se ela descansasse durante um dia, não há mais o que fazer.


— Muito obrigada, doutor.


Fechei meus olhos e ouvi eles andando até a porta, algumas palavras foram trocadas antes de meu corpo adormecer profundamente.



Notas Finais


Espero que tenham gostado!


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