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História Aventura na ilha - Que garoto doido


Escrita por: _Kaukau_03 , Brupretz e _naynay_21

Notas do Autor


Oieee! Espero que gostem, aproveitem!

Capítulo 12 - Que garoto doido


Fanfic / Fanfiction Aventura na ilha - Que garoto doido

Maggie Darknight

-Você não acha que eles estão demorando? – perguntei para a Ashley olhando ao redor, desconfiada.

Será que eles estavam bem? Será que os dois bestas haviam se perdido? Seria o cúmulo, meu Deus! Mas... e se outro animal apareceu para nos tirar o pouco sossego que tínhamos? E se tivesse pegado eles? Eles... mortos?

Justo nesse instante ouviu-se um barulho dentre as arvores verdes e escuras.

Me levantei rápido, pegando a faca e corri para o barulho com Ashley atrás. Comecei a me preparar para atacar, ouvindo os barulhos ficarem cada vez mais altos.

- A-Austin... – ouvi Carter gemer.

O pânico cresceu dentro de mim. Olhei rapidamente para Ashley, que levava outra faca, e assenti para ela. Dei mais alguns passos e.... me deparei com uma visão tirada do meu purgatório particular para me atormentar até o dia da minha morte.

Havia duas figuras humanoides e escuras à minha frente; passaram-se alguns segundos até eu perceber que uma delas era o Austin e a outra o Carter. Nus. Os dois estavam nus no meio de uma floresta sozinhos. Meu. Deus. Não podia acreditar no que meus olhos estavam vendo. Fiquei ali congelada, a faca esquecida em minha mão e os olhos neles.

- MAS QUE MERDA ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – ouvi o som agredir meus ouvidos.

Seus rostos se viraram para cima, assustados, ao perceberem que estávamos ali. Por um minuto inteiro houve um silencio muito, muito incomodo e ninguém se mexeu. Percebi que havia sido eu a que havia falado primeiro e senti uma pontada de vergonha surgir, logo sendo reprimida pela raiva.

- Exatamente – concordou Ashley, colocando a sua mão no meu ombro. Inconscientemente fiquei feliz ao pensar que ela estava do meu lado, até que.... – Vocês não podem fugir assim e não nos convidar. É descortês, meninos.

Minha cabeça se virou tão rapidamente que por alguns segundos vi o mundo girar.

Não podia acreditar. Menos ainda, aliás. Voltei a olhar para os garotos e eles já estavam se vestindo apressadamente. No rosto sempre distante e reservado de Carter havia um sorrisinho safado, já o de Austin, estava preocupado e suas faces estavam coradas. Ele levantou a cabeça, nossos olhares se encontraram e eu olhei para aqueles lindos olhos azuis cheios de confusão e arrependimento. Arrependimento de quê? Havia uma mensagem escondida naqueles lindos olhos, mas eu não conseguia desvendá-la. O que ele queria dizer?

De repente, com o turbilhão de emoções recentemente descobertas dentro de mim, virei as costas para tudo e corri. Não corri muito, só alguns metros, depois parei e fiquei ali olhando para as estrelas. Aqueles pequenos pontinhos brilhantes no vasto céu escuro, tão separadas que não tinham que se preocupar com os problemas uma das outras, nem se iriam se machucar entre si. Será que elas sofriam com a solidão ou ficavam felizes ao perceber essa distância ao olharem para baixo, para aqueles sensíveis seres humanos?

Senti vontade de chorar e lutei contra isso, me concentrando naquilo que realmente importava: sair dali, daquela maldita ilha. Que mierda! Porque eu queria chorar? Eu nunca chorava. No havia razão para isso, e Austin definitivamente no era nem uma possibilidade.

O som de passos interrompeu a minha linha de raciocínio e me fez ficar alerta. Como eu havia deixado a guarda baixa? Que idiota. Enrijeci e me preparei para uma luta.

- Maggie! Maggie?

Austin. A pouco metros. Respirei fundo.

Raiva começou a crescer dentro de mim como um tsunami invadindo uma cidade. Comecei a caminhar com passos firmes para ver se raiva passava enquanto ouvia o Austin chegar mais perto.

- Ei, Maggie! Espera! – ele gritou a uns três metros de mim. Continuei caminhando.

Porque ele estava me seguindo? Ele não tinha coisa melhor para fazer? Dar uns pegas na Ashley? Aposto que ela toparia na hora e tenho certeza de que o Carter não negaria uma segunda rodada. Então porque ele estava indo atrás de mim?

- Maggie, para um pouco. – ofegou ele. Parei olhei para ele, as mãos nos joelhos e um sorriso torto no rosto. Engraçado, ele sorria, mas seus olhos estavam escuros, perturbados e confusos.

Senti uma pontada de pena e nesse mesmo momento me virei e continuei andando.

- Ahh, Maggie. Pelo amor de Deus, dá um tempo! – gritou ele indo atrás de mim.

- Ninguém mandou você vir atrás de mim, não é? – murmurei entredentes alto o suficiente.

- É – falou ele finalmente caminhando ao meu lado. – Mas, o que você viu....

- O que eu vi não interessa. É tua vida e tu faz o que tu quiser com ela. – falei seca sem olhar para ele.

Houve um silencio chocado e então ele olhou para frente parecendo procurar as palavras certas.

- Se é assim porque tu se importa? – perguntou ele cauteloso, parando justo onde estava para esperar a minha reação.

- Eu não me importo. – grunhi ainda mais seca.

 Continuei andando, os passos mais duros e largos.

Ele suspirou frustrado. Senti uma mão de ferro segurar meu antebraço e me puxar para trás, para ele. seu rosto ficou a centímetros do meu, suas costas curvados.

- Eu quero te ajudar, você sabe disso, mas pra isso preciso que você fale comigo. Para que eu possa te entender, o que vai ser muito difícil, temos que admitir, porque você é muito confusa. Muito mais confusa do que as meninas normais. E...  – ele tagarelou olhando para além de mim.

- YÁ CALLATE, MIERDA! CALLA TU MUGROSA BOCA DE MIERDA, PINCHE PUTO! CALLATE! – gritei me soltando do aperto dele.

Ele deu um passo para trás, um pouco assustado com tudo o que eu havia falado. Nossos olhares confusos se encontraram. Apesar de tudo, havia pena em seus olhos. Porque? Me virei e continuei caminhando.

- Maggie, eu... – ele lutava com as palavras enquanto via que eu para lentamente como um carro estacionando. – Eu sin...

- Não diga. – grunhi eu com lagrimas nos olhos. – Não se atreva a dizer isso.

Ouvi ele chegar mais perto. Vi pelo canto do olho ele levantar a mão, hesitante, mas depois baixa-la de novo.

- Porque você se importa? – perguntou ele com voz gentil. Eu não me virei. Era mais fácil sem olhar para ele. Era mais fácil falar, pensar, agir...

- Eu. Não. Sei – falei pausado.

- Você sabe. Fala pra mim.

Meu Deus que garoto chato. Sério, eu não sabia quem era mais teimoso ali.

Num impulso, girei com a mão levantada e a faca nela apontada para seu peito. Mas ele já esperava por algo parecido: sua mão se ergueu e segurou meu pulso com força fazendo eu soltar a faca com um gemido de dor. Preocupação passou faiscou em seu olhar.

- Nananinanão. Da última vez você deixou um belo corte de presente. Aprendi a lição.

Bufei e meu punho se fechou indo em direção ao estômago dele. Mas, este também não atingiu seu alvo. Sua outra mão o segurou antes. Ele, então, me girou de jeito que eu estava de costas para ele e meus braços cruzados por cima de mim mesma, como se eu estivesse me abraçando. Me debati, mas foi inútil, não havia como escapar do seu aperto de ferro.

- Porque você tem que ser tão teimosa? – sussurrou ele em meu ouvido. Senti a respiração dele em meu pescoço e eu juro que senti um volume a mais abaixo da cintura.

Que garoto doido. Serio ele deveria de estar num manicômio e não numa ilha deserta onde ele podia fazer o que ele quisesse.

E, como se ouvindo meus pensamentos, ele me soltou, me empurrando. Fechei os olhos e esperei pelo impacto da terra contra meu corpo, mas ele havia me pegado antes e me jogado contra uma arvore. Meus braços foram puxados por cima da minha cabeça e apertados contra a arvore – assim como o resto do meu corpo estava espremido com o dele contra a arvore.

Austin se aproximou e cheirou meu pescoço. Depois foi subindo até pressionar os seus delicados lábios contra os meus. Prendi a respiração. Eu nuca havia beijado. Nenhum ser humano, nem vivo nem morto, nem menino nem menina, ninguém. Eu não podia me afastar, mas Austin também não se afastou. Pouco a pouco fui amolecendo e relaxando sob seu corpo. Sua língua forçou passagem pela minha boca e meus lábios ressecados não ousaram negar. Assim, ela explorou todos os cantos da minha boca, enquanto seus lábios não desgrudavam dos meus.

Mas, ele não estava satisfeito. Suas mãos buscaram o fecho do meu casaco e o abriram. Logo arrancando-o de mim.

- Austin – protestei tentando me afastar. – Austin, para.

MEU DEUS QUE GAROTO COM FOGO NO RABO! Não havia bastado pegar o Carter, eu tinha que ser a próxima da fila, naquele mesmo instante. Porra. Empurrei meu corpo contra ele, mas suas mãos ainda lutavam com aminha camiseta.

- Para – falei mais alto e com mais autoridade. Mas ele não parou. Apelei para o plano B. Meu joelho se levantou e, rápido e com força, atingiu e seu alvo entre as pernas dele. Ouvi ele bufar e se encolher. Sorri satisfeita e empurrei ele.

- MAS QUE MERDA, MAGGIE! – berrou ele.

Eu estava pronta para gritar com ele, a resposta na ponta da língua, mas quando abri a boca para lhe responder um barulho ensurdecedor agrediu meus ouvidos. Uma luz intensa iluminou tudo por um momento, olhei ao redor para ver o que era, quando vi a lava vermelha vivo descendo rapidamente pela montanha.

- Puta merda. – murmurei embasbacada com a beleza daquilo que era tão letal.

Senti Austin me puxar, mas não precisava. Nós dois saímos correndo em direção à praia e aos outros.  

- O vulcão explodiu! – gritou Austin incrédulo. 



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