1. Spirit Fanfics >
  2. Aventura na ilha >
  3. Maggie Darnight

História Aventura na ilha - Maggie Darnight


Escrita por: _Kaukau_03 , Brupretz e _naynay_21

Notas do Autor


Terão o próximo capitulo em breve. boa leitura.

Capítulo 2 - Maggie Darnight


Fanfic / Fanfiction Aventura na ilha - Maggie Darnight

   Giro a chave na fechadura e abro a porta. A bato atrás de mim e me jogo na cama cansada. Cansada do trabalho. Cansada da solidão. Cansada de fugir. Abro o diário e faço o único que meio me relaxa.

 “ 25 de outubro de 2104

     Não acredito que ainda sou procurada. Já se passaram dois meses; será que eles não têm nada para fazer que não seja correr atrás de uma ‘ deliquentizinha’ de 16 anos? A cada dia sinto mais saudade dos meus pais – e esses malas me procurando só me lembram mais da minha situação -, mas sei que eles verão que são inocentes e os soltarão. Tenho certeza. E enquanto isso continuo fugindo. É a sexta cidade em dois meses: Brookline. As vezes lembro-me de como era antes de a confusão começar. Lembro-me de como meus pais me levavam a acampara todo fim de semana e me ensinavam a caçar e a sobreviver no caso de eu me perder. Lembro-me da escola, onde eu tinha poucos, mas bons amigos e passava o tempo todo com o nariz nos livros. Sempre sonhando em novos mundos e aventuras para viver.

     Tenho notado que o pais está piorando. Os levantamentos violentos contra os presidentes têm aumentado bastante no mundo. As pessoas estão revoltadas e inconformadas o que as leva as ruas com a raiva a descarregam em violência. Tenho sido cuidadosa, levo sempre um canivete e uma faca afiada guardada na mochila, mas tenho o pressentimento de que uma guerra está prestes a acontecer. Só espero sobreviver com os ensinamentos dos meus pais e dos livros até encontrá-los. Eu... ’’

    Ouvi uma batida a porta do meu apartamento e pulei de susto na cama. Olhei no relógio e vi que eram as dez da noite. Estranhei, mas mesmo assim me levantei.

- Quem é? – Perguntei alçando a voz. Não ouve resposta. Outra série de batidas insistentes. – Quem é?

    Nada. Me aproximei lentamente sem fazer barulho. Levava um facão em mão e estava preparada para atacar. Ao chagar perto o suficiente esperei novamente. Nada novamente. Pousei a mão na maçaneta e repentinamente a porta voou para cima de mim. Um grito de dor cortou minha garganta e ouvi passos pesados entrando no meu apartamento. Empurrei a porta com todas as minhas forças e o pedaço de madeira caiu a meu lado. Tomei ar ruidosamente e olhei para meu oponente à minha frente. Era um homem alto e musculoso vestido com roupas pretas de malha e uma pequena bolsa colocada de lado. Tinha cara de durão e barba recém crescendo. Empunhava um ferro em uma mão e na sua cintura estava pousada uma arma de fogo.

    Apertei a mão suada no cabo do facão e me preparei para atacar. Soltei uma risadinha que parecia mais um suspiro e me joguei para frente direcionando a lamina à seu peito musculoso. Ele se esquivou facilmente e tentou segurar meu pulso. Tentou. Puxei minha mão de volta, deixando um profundo e largo corte em sua palma da mão até o antebraço. Ele soltou algo entre um grito e um grunhido de dor e raiva e me olhou com fúria. Para ser mandado para capturar uma adolescente rebelde, esse cara não tem muita paciência. Sorri vitoriosa e joguei-me novamente na mesma direção de antes, porém fiz um giro rápido e baixei a lamina até o tornozelo dele. Ele grunhiu de novo e quando vi meu pequeno tapete estava começando a ficar manchado com o fluido vermelho.

- Ah, claro. Você quebra minha porta, invade minha casa para me levar embora contra minha vontade e ainda por cima mancha o meu apartamento com seu imundo sangue. Obrigado, valentão idiota. – reclamei me esquivando do ferro que ele empunhava na mão.

    Andei de costas até encostar na parede. Ele jogou o ferro em minha direção novamente e eu me abaixei. O ferro bateu na parede com uma força incrível que a rachou.

- E você poderia me explicar por que, diabos, você está quebrando meu lindo apartamento? – bati com força em sua mão com um pedaço de madeira da porta quebrada. Peguei o ferro caído no chão e com ele bati em seu tornozelo machucado. Ele gritou e me chingou de novo. – Porra, eu tenho nome sabia? Não sou qualquer vadia, tá? Callate.

     Peguei uma corda na gaveta e amarrei suas mãos e seus pés para trás. Bati em seu estomago com o ferro e bufei.

- Isso é para aprender a respeitar a minha mãe e a mim. Babaca. – peguei minha mochila e coloquei meus pertences nela. Sai pegando meu casaco jeans e desci as escadas.

    A luz do sol bateu em minha cara, mas ainda assim sentia um pouco de frio. Coloquei minha boina por cima dos meus cabelos cacheados e puxei as mangas do casaco até cobrir quase toda a mão. Naquele dia eu vestia jeans pretos e uma camisa de manga comprida de lã bege que dizia “The books are amazing” e meus converse pretos. Andei pelas ruas cuidando as pessoas ao meu redor. Do outro lado havia um parque sem crianças se divertindo, em primavera devia ter sido lindo, mas agora sua beleza parecia mais.... Magica e rustica. Até um pouco mais romântica. As arvores ainda não estavam completamente sem folhas e as que ainda estavam dependuradas nos galhos secos eram entre vermelhas e marrons; variando a laranja, amarelo e bege. Lembrei-me dos parques que eu ia com meus pais e dos raros lagos congelados em patinávamos as vezes. O cheiro de fumaça e pão recém saído do forno me atingiram enquanto eu passava por uma padaria. 

    Por alguma razão tive um mal pressentimento e me virei para trás procurando perigo. E justo agora, um carro parou ao meu lado na rua. Era uma caminhonete preta e reluzente. A porta se abriu e mãos me puxaram para dentro do veículo. Tentei gritar, mas algo tampava a minha boca.

   Esperneei, esmurrei, empurrei, babei e me debati ao máximo. Nada iria me parar. Lutaria até o fim, eu...

- Margaret? – e só com isso parei. Não era uma voz qualquer. Eu reconheceria o dono dessa autoritária e ao mesmo tempo carinhosa voz. Abri os olhos e olhei ao redor.

- Pai? – Não podia acreditar que era mesmo ele. Me joguei em seus braços e minha mãe veio pela minha lateral me abraçando. – Não posso acreditar que são vocês.

   Minha voz travava e lagrimas escorriam lenta e calidamente pelo meu rosto.

- Ah, Maggie, tambien sentimos saudades. – Choramingou a minha mãe. Sorri. A mania de falar palavras em espanhol quando nos emocionávamos era algo maravilhoso. Como uma marca da minha família. Trocávamos algumas palavras pro espanhol e, mesmo que estivesse incorreto ou feio, era algo fofo e que eu amava. E no abraço dos meus pais tudo parecia melhor, mais colorido.

    Nem percebi quando o carro parou e a porta se abriu, até que mãos fortes me separaram dos bondosos braços dos meus pais.

- Não! Parem! Me deixem em paz! – gritei com todas as minhas forças enquanto as lagrimas caiam descontroladamente pelo meu rosto embaçando minha visão, mas mesmo assim o aperto da mão do homem me segurando não se afrouxou.

- Minha filha, me escute. Você ficará bem. Prometo. – gritou a minha mãe de dentro do carro. Eles me jogaram dentro de outro veículo espaçoso e fecharam as portas.

   Esmurrei a parte de dentro feita de couro das portas, gritando.

- Não! Não! Por favor, não! – implorei em uma tentativa inútil. Senti uma picada leve em meu braço e repentinamente senti um imenso sono. – Não...

   A vida tinha me ensinado a guardar minhas emoções para mim. Que tudo podia piorar de uma hora para outra. Mas, mesmo assim eu continuava sem aprender.

   Obriguei as pálpebras pesadas se elevarem e consegui guardar só algumas letras. Uma sigla. PCRUS.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...