História Aventuras amorosas de Zitao - O feitiço virou contra os feiticeiros! UFC dos peso pluma...

Me virei no colchão e abri meus olhos com certa dificuldade por causa do sol que entrava pela janela. Cocei-os e me sentei na cama, me localizando mentalmente e assim lembrei onde estava e arregalei os olhos. Eu deveria estar atrasado!

Procurei com os olhos algum relógio e achei um, me aliviando por ser cedo.

Me levantei e peguei minha cueca e a vesti, seguindo calmamente ate a porta e assim ouvi a voz de Sehun e ele parecia estar no celular, franzi o cenho e fiquei em silencio para poder ouvir o que ele falava.

—Eu sei cara, mas... Aish, eu não sei como falar isso pra ele. –esse ele seria eu? –Não! E-Ele não vai sumir, eu sei onde ele trabalha, sei que ele vai numa lanchonete e que é amigo do meu vizinho. Eu só preciso conquistar ele. –ele quer me conquistar?! Eu sou tão amado assim por ele? Nossa... –E você nem sabe, ele é muito bom de cama, puta que pariu, eu poderia transar com ele por dias seguidos que nunca cansaria! – tarado, só digo isso. –Ele ta dormindo agora, e é muito fofo, meu Deus! Ele murmurava umas coisas e fazia uma voz dengosa tão bonitinha. –ele é fascinado por mim. Nunca vi. E como assim eu falo dormindo?! –Claro que encochei, a gente tava pelado! –arregalei os olhos e levei a mão ate minha boca. –Eu não iria foder ele enquanto dormia, seria desrespeitoso e tenso, mas bem que ele se esfregou no meu pau. –o que?!?! Eu me esfreguei nele?!?! –Ah, sei não... Ele tem trabalho agora, não acho que ele vá querer fazer de novo. Eu sei que ele iria querer e... Aish, não me chama de convencido. Ei! Seu... Vou desligar, não vou perder meu tempo com você!

Voltei correndo para cama e tirei minha cueca, voltando a me deitar e fechar os olhos fingindo estar dormindo. Ouvi a porta ser aberta e os passos calmos dele até a cama e então ela afundou e ele tocou levemente minhas costas nuas.

—Tao, acorda. –falou suave e eu apenas me remexi. —Acorda, huh. Você tem que comer alguma coisa para ir trabalhar. –senti os lábios em meu ombro e ronronei baixo. –Vamos Tao, acorde. –sussurrou contra meu ouvido e eu me mexi levemente enquanto abria meus olhos.

—Hun... Sehun. –que belo ator eu sou, kekeke. –Oi.

—Oi, Tao. –falou sorrindo e beijou meus lábios, segurando minha nuca e juntando nossas línguas. O puxei-o e arranhei seu braço enquanto gemia.

Porque sim, eu vou deixá-lo excitado e depois irei embora. Kekeke.

Separei nossas bocas e olhei para ele de um jeito totalmente tarado e beijei seu ombro e segui para seu pescoço o lambendo.

—Tao... Hn... Ah, você me quer? –assenti seguidas vezes e o fiz deitar-se por cima de mim. –Você é tão lindo. –sussurrou e eu olhei em seus olhos. Porque diabos ele disse isso enquanto ta em cima de mim?! Eu ein!

—Não fala nada. –disse baixo e desviei o olhar, enquanto mexia meu quadril pressionando ao dele. –Só... Me beija. –boa Tao, boa!

Ele segurou meu rosto e fez o que eu havia pedido. Envolvi seu pescoço com meus braços e enterrei meus dedos contra seu cabelo e ele grunhiu contra minha boca e então parou o beijo e levantou o corpo. Vi que ele já estava duro e se continuarmos eu não vou conseguir largar ele e ir embora.

Droga, e ainda vou me atrasar!

—S-Sehun, eu tenho que ir... Vou acabar me atrasando. –falei tentando empurrá-lo, só que ele me prendeu e sorriu negando com a cabeça. –É sério...

—Uma rapidinha. –sussurrou e ondulou o quadril contra o meu, roçando bem entre o meio da minha bunda, que estava bem dolorida. –Não vai demorar nem 20 minutinhos.

Mas é uma rapidinha bem rapidinha...

E eu não podia recusar.

E então transamos.

•

Eu saí da casa de Sehun me escondendo ao máximo de Baekhyun, se ele me visse ali iria fazer o maior escândalo e eu não queria aquilo, não mesmo. E quando cheguei em casa estranhei não encontrar o espírito do Luhan perambulando pelos cômodos, eu tinha o mandado para cá ontem... Tcs, ele foi é pra outros cantos...

Tomei um banho rápido e finalmente consegui achar um espelho pequeno e vi o estrago que Sehun havia feito em mim. E aquilo tava bem tenso. Tava todo avermelhado e ainda doía... Aish! Que dó da minha bundinha.

Coloquei uma pomadinha e depois me vesti rapidamente, logo saindo correndo e indo para a pet. Por incrível que pareça não cheguei atrasado e nem Yixing estava lá. Abri tudo e resolvi passar uma vassoura porque aquilo tudo tava cheio de pelo de cachorro, gato e algumas penas de alguns papagaios que apareceram ontem. Tava parecendo uma fazenda de tanta coisa de bicho.

Limpei tudo e nada de meu chefe chegar e isso começou a me preocupar porque ele nunca se atrasava tanto. Já estava quase pegando meu celular para ligar para ele quando a porta se abriu e um Yixing com os olhos inchados e expressão triste entrou ali, me olhando como se parecesse ter raiva de mim. Mas o que?! Ele ta doido?!

—Eu nunca esperei que você fosse tão baixo assim. –ele falou e eu o olhei confuso. Ele bebeu? Se drogou? –C-Como pôde?

—O que eu fiz? –perguntei e ele riu amargo e da bolsa que ele carregava tirou algumas folhas e me entregou.

—Aqui estão os papeis, você está dispensado. –falou e eu arregalei os olhos. Ele me demitiu? Sério? Ontem mesmo ele estava implorando para que eu ficasse. –Pegue suas coisas e vá embora logo.

—Mas o que foi que eu fiz? –perguntei novamente e ele me olhou com mais repulsa e do nada seus olhos se encheram de lagrimas. –Xing, me diga!

—O que foi que você fez? –perguntou parecendo ser de forma retórica e deu alguns passos em minha direção e naquele minuto eu me assustei. –Como você é cínico! Mas ok, eu digo o que você fez. Você, Zitao, destruiu a minha vida e o meu relacionamento. Por causa sua, ontem eu fui largado pelo Joonmyeon! Eu achava que você era meu amigo e... Meu Deus, você me enganou muito bem.

Arregalei meus olhos e abri minha boca inúmeras vezes para falar, mas não saia nada. Eu estava pasmo. Como assim eu? Eu não fiz merda nenhuma!

—Eu? Mas eu não fiz nada! –disse e vi quando Yixing fechou as mãos em punho louco para me socar. Ele deveria estar muito puto da vida.

—Claro que você fez! Trouxe aquele seu amigo vagabundo e os dois mexeram no meu notebook, pegaram uma foto minha com o meu namorado e a usaram para chantageá-lo! Você e o seu amiguinho são duas cobras! Falsos! Dois vadios! Eu estou me segurando para não arrebentar a sua fuça, seu cachorro! –mas o que? Me xingar de cachorro? Que baixo ele foi.

—M-Mas não foi idéia minha, foi o Baek e... –senti meu rosto arder devido ao tapa que ele deu em mim. –Mas que porra, vai meter essa mão no seu cu! –disse e o empurrei, quase o derrubando. –Eu não tenho culpa se você é ou era a porra de um amante sem vergonha! Você que é sujo e que deveria ser xingado. Cadela arrombada! –falei mesmo. E falaria de novo. Onde já se viu ele bater no meu rosto!

—Tu cala essa boca suja. –falou e acertou um soco em meu rosto e pulou em cima de mim. –Eu vou te matar! –gritou e começou a acertar mais socos no meu rostinho.

Que puto desgraçado, ele vai machucar o meu rosto assim.

—DESGRAÇADO! –gritou tão alto que meus ouvidos doeram e meu couro cabeludo doeu por causa do puxão que ele deu em meus cabelos. –Você é uma naja, eu te odeio!

—Me larga... Seu louco... –falei e consegui empurrar seu rosto e acho que enfiei um dedo no olho dele, porque ele logo soltou meu cabelo e gritou fino e levou as mãos até ao rosto. –Agora você vai ver! –o empurrei e ele caiu no chão e eu fiquei por cima e acertei um monte de tapa na cara dele e puxei aquele cabelo que estava bem macio e eu tinha que ter perguntado que shampoo ele usa antes disso tudo... Tcs. –Você que é vagabundo! Da a bunda pra quem já tem namorado! Devia ter vergonha de ser esse tipo de pessoa. –vou esfregar mesmo essas coisas na cara dele, baita vadia! –Bem feito que ficou sem alguém para meter um pau nesse seu buraco negro. –e continuei a bater e ele a gritar enquanto tentava se defender.

E eu percebi quando algumas pessoas ficaram próximas da janela nos olhando assustado e se elas querem ver um UFC elas vão ver. Porque agora é a luta dos pesos plumas —porque pena não é bonito—.

—Mas o que ta acontecendo aqui? –ah não. Esse gigante idiota não veio interromper a minha lutinha. –Tao! Largue o Yixing! –Yifan disse e senti ele me puxar e me tirar de cima do meu chefe, ou ex. Sei lá, nem me importo. —Mas porque vocês estão tentando se matar?

—Esse ridículo que começou. –falei e Yixing me olhou com mais raiva e quase pulou em cima de mim, mas Yifan se colocou no meio de nós. —Esse biscate, vagabundo!

—Cala a sua boca suja, boqueteiro do inferno! –mas que cretino! Tentei ir pra cima dele e fui impedido por Yifan que me olhou como se falasse “mas você é boqueteiro”. Mas que audácia, lhe acertei um tapa e ele reclamou. –Sai da minha pet, seu falso idiota.

—Eu vou mesmo, nunca fiz questão de ficar aqui cuidando desses pulguentos nojentos! Seja feliz dando banho neles e aproveite aquela mangueirona pra limpar a sua bunda que deve ser sempre lambuzado de gozo, seu vagabundo de quinta! –fui chulo sim, e seria de novo. Eu estou completamente de cara com esse idiota. –E solta o meu braço, traíra desgraçado! –empurrei Yifan e fui pegar minha bolsa que era a única coisa que eu tinha ali e quando voltei para lá, os dois ainda estavam ali e me olharam, mas Yixing me olhava com raiva e só para deixá-lo mais irritado cuspi no chão e levantei o nariz enquanto saia.

—VADIA! –o ouvi gritar e nem me importei. Mentira, me importei sim, tanto que me virei e mostrei o dedo do meio e só assim fui em direção ao meu carro que estava no outro lado da rua.

Entrei no mesmo e imediatamente me olhei no espelho e quase gritei. O vagabundo do Yixing marcou meu rostinho, aquele veado arrombado. Aish! Senti meus olhos arderem de raiva e soquei o volante seguidas vezes. Que ódio! E tudo por causa do idiota do Baekhyun. Mas ele vai ver, eu vou lá naquela lojinha chique onde ele trabalha e vou incomodá-lo pra valer. Porque ele iria me sustentar se eu não arranjasse um emprego logo.

•

Estacionei em frente aquela bendita loja de grife e tentei me arrumar ao máximo para não chegar parecendo um favelado. Mas o meu rosto ainda estava machucado e eu não tinha maquiagem no carro e nem na bolsa. Que merda.

Bufei e abri a porta do carro e desci, pegando minha bolsa e colocando-a por cima do ombro e coloquei o alarme no meu automóvel e caminhei divamente até entrar e graças a Deus que meu ânus já sarou e eu posso caminhar sem estar me controlando para não gritar. Aquela pomada que usei deveria ser mágica!

Logo que entrei, vi aquela bicha porpurinada que é o meu amigo e assim fui até ele, sério e com nariz em pé. Cheguei perto dele e assim ele me percebeu e arregalou os olhos, de certo pelo estado do meu rosto. Vermelho meio arroxeado e um pouco inchado, nada muito chamativo.

—Amigo! Você anotou a placa do caminhão? –ele perguntou e eu acertei um tapa em seu braço. –Ai, não faça isso. As atendentes invejosas estão olhando. –falou baixo e eu olhei em volta, constatando que era verdade mesmo. Bando de recalcada. —Mas o que veio fazer aqui? Veio ver a nova coleção outono-inverno?

—Precisamos conversar. –falei e ele ficou mais branco do que já era. –E tem que ser agora.

—Agora, agora? –ele perguntou e eu assenti. –Hm... Ok, vem. –falou e começou a caminhar e eu o segui.

Chegamos no que parecia ser uma sala de descanso e ele fechou a porta, me olhando de um jeito inocente que me deu vontade de bater na cara dele. Que cara idiota ele é, puta que pariu.

—Você fez com que eu perdesse meu emprego, obrigado. –falei sarcástico e ele me olhou com uns olhões enormes. –Baek, eu deveria enfiar um cone no seu cu pra você deixar de ser idiota.

—M-Mas por quê? E porque é minha culpa? —perguntou e eu quis ri dele. Baek é burro ou se faz? Porque não é possível!

—A sua idéia de chantagear o macho do Yixing deu errado. Eles terminaram e o desgraçado do meu ex chefe agora chegou na pet, me xingou, xingou você e me bateu. Mas eu também bati nele se você quer saber, aquele arrombado! –falei tudo rápido e Baek ficou com os olhos mais arregalados do que antes. –Agora eu to desempregado, tudo por sua causa.

—Ai, que horror. Me desculpa amigo, a minha intenção era só tirar dinheiro do Joonmyeon, não fazer com que você perdesse o emprego. –falou e me abraçou forte. –Me desculpa, me desculpa mesmo.

—Ta Baek, ta desculpado. Mas eu preciso de um sustento agora, porque a minha vida não é uma Disneylândia. –o soltei e bufei. –E olha que eu iria me demitir ontem, se eu tivesse saído não teria apanhado. –que idiota eu fui...

—E aqui não tem vaga ainda, aish... E-Eu vou ver com um conhecido meu, mas... Não sei ele vai conseguir. –de repente ele ficou tímido e eu o olhei de forma maliciosa. –E-Ei, não me olha assim!

—Esse seu conhecido por acaso transa com você? –perguntei na cara dura e ele riu baixinho. –Sabia.

—Fazer o que, ele tem o pinto tão grande que fica saliente na calça. Quando eu vi ele numa boate não consegui me segurar, oras.

—E deu pra ele no banheiro? –arrisquei e ele gargalhou alto. –Sabia de novo.

—Ele foi um animal e eu amei! –que horror. –E depois fomos para minha casa e continuamos a noite toda.

—Eu não precisava saber disso. –falei e ele riu ainda mais. –Não sei ainda como sou seu amigo.

—Porque você é pior que eu, querido. –sorriu e apertou minha bochecha. –Agora precisamos sair daqui antes que aquelas quengas achem que você ta me comendo. –falou e caminhou até a saída e eu o segui.

Passamos por todas as quengas que trabalham ali e Baek me acompanhou até a porta. Nos despedimos e saí, indo direto para o meu carro e entrei, suspirando e pensando o que vou fazer da minha vida. Desempregado e enrolado com um fantasma e com o namorado dele. Que vida desgraçada a minha.

Essas coisas só acontecem comigo.