História Aventuras na Faculdade- Nossa eterna aventura - Eu quero entender

NOITE VÉSPERA DA VIAGEM DO RESTO DO PESSOAL PARA A ITÁLIA..- MANSÃO SAKAMAKI REFORMADA

A casa era quase silêncio. Ao redor dela, era possível apenas ouvir os animais noturnos da mata secundária ao lado, ou as poucas aves noturnas, além é claro dos morcegos com seu som típico. A casa só não era toda silêncio pois na cozinha, uma única luz estava acesa, acima da mesa de jantar. 

Uma pessoa estava lendo um livro, fazendo algumas anotações em seu caderninho, e de vez em quando bebendo um pouco do chá que havia feito. A concentração era tanta que ela nem se dera conta das horas e que encontrava-se sozinha. Seus olhos levantaram-se e se depararam com o relógio no alto da ala de separação entre a cozinha e a sala de estar. 

Levy- Já??? Meu Deus! Perdi completamente a noção do tempo.. - disse olhando para suas anotações e o livro- Só eu estou aqui? - deu uma leve risada, surpresa pela desatenção. Ela olhou em volta e viu que realmente era a única a estar ali. Ayato e Yui já haviam desligado a TV e estavam dormindo na sala. 

Juntou suas coisas. Pegou o bule, a xícara e levou-os a pia, afim de lavá-los. Enquanto fazia essa tarefa, ouviu a porta de entrada ser destrancada e passos. Levy olhou novamente para o relógio e ficou pensando quem estaria chegando as 2:30 da madrugada. Logo essa resposta foi dada pelo encontro de um par de olhos verdes com os dela. 

Laito- Ora Levy, não sabia que curtia a vida noturna.. - sorriu e caminhou até ela 

Levy- Pena que não posso repetir essa frase pra você Laito. Sabemos que você sempre amou a vida noturna- riu um pouco enquanto voltava-se para a louça

Laito riu um pouco também e aproveitou para sentar em cima do balcão de granito ao lado da pia. Enquanto olhava para seus pés, seu pensamento voava longe, o que chamou a atenção da azulada. 

Levy- Que mal eu pergunte, mas onde estava?

Laito que não é nem um pouco bobo, olhou para a azulada

Laito- Se eu dissesse que estava em uma boate, você acreditaria? 

Levy- Nâo - sorriu pegando um pano de prato para enxugar a louça 

Laito- É muito difícil mentir para uma pessoa como você Levy-chan.. - voltou a olhar para os pés

Silêncio.. 

Levy apenas estava aguardando o ruivo sentir-se a vontade e tomar coragem para dizer onde estava para ter essa expressão estranha no rosto. 

Laito- Estava dando uma de espião.. 

Levy- Espião.. E o que valeria a pena você espionar? 

Laito- Não sei.. Talvez a sensação de estar perdendo alguém.. - a voz dele tornou-se fraca e baixa ao terminar a frase- importante... 

Levy- Laito... O que é que você está fazendo? - disse indignada- Vai ficar aí parado? Perdendo a mulher da sua vida? 

Laito- Perdendo?? - ele olhou para Levy com muita irritação- Eu estou garantindo que ela viva! - disse rangendo os dentes

Levy arregalou os olhos, mas antes que pudesse falar qualquer coisa, Laito levantou-se e saiu da cozinha a passos firmes e bravos. 

Levy- Garantindo que ela.. viva? Laito, o que é que você está fazendo... - disse baixinho e com a mão no peito

 

ANTES.. MAIS CEDO

Ivie está terminando de se arrumar, seus olhos encontram um rapaz parado olhando para o chão, prostrado na porta segurando uma blusa dela. 

Ivie- Kanato-kun.. 

Kanato- An? O que? ah! Quer ajudar aí? 

Ivie- Kanato... - olhou-o com pesar pelo espelho

Kanato baixou levemente o rosto e olhou para o lado, o que fez a morena virar-se e ir de encontro ao amigo. 

Ivie- Desde que eu falei que ia sair com o Rogue, você ficou estranho.. - disse olhando para o chão também 

Kanato- Ivie- olhou firme para a amiga - Sabe que eu amo muito você. Mas hoje, eu flagrei você e o Laito se olhando.. E percebi que ambos ainda tem sentimentos um pelo outro. Então por que? - ele começou a gaguejar- Por que vocês estão fazendo isso um com o outro? 

Ivie ficou assustada e recuou alguns passos

Ivie- Não sei. Ele está estranho, me evitando diversas vezes, mas em outras, parece querer estar ao meu lado. Me trata terrivelmente mal a maior parte do tempo- lágrimas escorreram ao lembrar das mágoas que residiam em seu coração em relação ao ruivo- Fez coisas para que eu o odiasse. Eu não entendo mais o seu irmão. - ela começou a olhar para si mesma - O Rogue... Ele.. Me ajudou, está me ajudando.. Sendo a pessoa que eu queria que o Laito fosse.. Gentil, bondoso, me da espaço, charmoso- ela corou ao proferir essas palavras

Kanato olhou-a indignado e pegando em seus braços com força a fez olhar em seus olhos. 

Kanato- Não faça isso! O Rogue e o Laito são pessoas diferentes! Vai acabar se magoando e magoando ambos, você não pode sair com o Rogue--

- KANATO! - Chamou a atenção do rapaz, uma voz firme e em tom reprovador 

Ivie e Kanato olharam para a porta e encontraram Luca com um lenço bege na mão. 

Luca- Que direito você tem de interferir no que ela sente?? A Ivie merece ser feliz e ser tratada bem. O que ela decide em relação a eles é com ela. Somos os amigos, e nosso papel é apoiá-la nas situações difíceis e tentar guiá-la pelo caminho que a fará feliz. Mas JAMAIS devemos interferir nas escolhas dela. É a vida dela e continuará sendo mesmo sem nós.

Kanato soltou os braços de Ivie que permanecia com os olhos baixos, mas lágrimas evidentes escorrendo por eles. Ele olhou para Luca e depois saiu do quarto. A morena virou-se e foi sentar-se na cama, de costas para o moreno que permanecia na porta. 

Luca- Ivie.. 

Ivie- Eu sou mesmo muito idiota né.. - disse com a voz evidentemente embargada - só faço burrada em questão de relacionamento. 

Luca- Não faz não. O Laito também errou muito. Ele está com um comportamento bizarro e não fala com ninguém sobre isso. - Luca largou o lenço e foi até Ivie, ajoelhando na frente dela - E sabe o que você vai fazer agora? 

Ivie- Eu vou tirar toda essa maquiagem borrada, essa roupa e falar que to passando mal.. - disse baixinho 

Luca- Ta doida? Você vai sair com o gostoso do Rogue sim! Porque sim! - disse divertido 

Ivie sorriu e olhou para cima afim de limpar as lágrimas 

Luca- Você vai sair com ele e vão se divertir ok? E nada de pensar no que o baka do Kanato vai pensar. Apenas se divirta e faça o que te der vontade. O Rogue é um cara e tanto, ele vai entender e ir no seu ritmo, mesmo se no final vocês só ficarem amigos.. Experimenta, faz o que quiser e seja feliz esta noite. Você merece!- deu um beijo na testa dela - Vem, vamos deixar esse rosto irresistível.. hahahah

Ivie acompanhou as risadas.

 

 

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NO RESTAURANTE.. 

Ivie mandou mensagem para Rogue, dizendo que ia atrasar e que ele poderia pegar uma mesa para eles que ela ia com o Luca depois. Rogue achou um pouco estranho, mas seguiu as instruções. 

Ele chegou no restaurante, elegante e um pouco nervoso. Escolheu uma mesa e pediu o cardápio. 

Rogue- O que eu estou fazendo?? - disse nervoso para si mesmo - eu nem ao menos sei do que ela gosta de comer... 

Ele começou a suar frio 

Rogue- que merda, nunca tinha me sentido assim.. 

Foi aí que seus olhos se depararam com uma figura de vestido curto, com saia repleta de pregas, um casaco médio também preto e um sorriso no rosto. Todo o nervosismo passou e ele só conseguiu se concentrar no sorriso dela.  

Rogue- Ivie... Nossa.. - ele levantou e a cumprimentou com um beijo no rosto 

Ivie- Oi Rogue... Não exagerei na roupa então?  

Rogue- De jeito nenhum.. Está linda.. muito linda.. - disse amavelmente 

Eles sentaram-se e olharam os cardápios. 

Ivie- E então, o que terá de gostoso nessa noite? - disse animada

Rogue- Ivie.. 

Ela desviou os olhos do cardápio

Rogue- Não precisa fingir estar animada, se não estiver ok? Se quiser, vamos em outro lugar.. - disse olhando para a taça a sua frente

Ivie notou que ela não era a unica nervosa ali naquele jantar. E isso a aliviou um pouco. Ela ficou feliz em ver que ele não fazia a menor ideia do que estava fazendo ali e achou engraçado o modo como ele tentava consertar as coisas. 

Ivie- Posso dar uma ideia então? 

Rogue- Claro. 

Ivie- Vamos em um lugar que eu queria ir ha muito tempo.. - ela pegou na mão dele e ambos saíram do local. 

A noite estava fria mas as ruas movimentadas. Isso auxiliou na leveza do clima entre os dois. Ivie estava tão a vontade que segurou no braço do moreno sem preocupações, esse gesto contribuiu para que o rapaz também se sentisse mais a vontade; ele dobrou de leve o braço, dando o apoio que ela queria. Eles continuaram andando pelas ruas, olhando as lojas, conversando, e até mesmo dançando ao som de músicos que tocavam na frente de um hotel. 

Ivie não parava de sorrir e Rogue ficava cada vez mais fascinado pela leveza que ela demonstrava naquela noite. 

Finalmente chegaram em um local no centro da cidade. 

Rogue- Um.. parque? 

Ivie- Aham.. - ela pegou no braço dele e o puxou até um bistrô simples, na frente do parque

Rogue- Por que aqui? 

Ivie- Quando eu me mudei pra cá, pra fazer faculdade, passava na frente desse bistrô todos os dias e sempre tive uma vontade enorme de vir aqui num dia que me fosse muito especial e que eu estivesse com dinheiro e feliz. O tempo passou e eu esqueci completamente dele, mas semana passada, eu passei nesse parque, e lembrei. Bom.. - ela puxou o braço dele mais uma vez, fazendo-o sentar na cadeira de ferro preto- hoje é um dia especial, eu estou com dinheiro.. - ela sentou-se na cadeira na frente dele, colocou os cotovelos na mesa e apoiou seu rosto nas suas mãos, com um sorriso para o moreno- e eu estou feliz.

Um garçom chegou quando ela terminou a frase, ofereceu um cardápio e deu as dicas do dia, ele retirou-se em seguida. 

Rogue- Por que? 

Ivie- Por que o que? - disse olhando o cardápio 

Rogue- Por que hoje é especial e por que está feliz? 

Ivie- Porque é a véspera de uma viagem especial. 

Rogue- Entendi

Ivie- E porque eu estou na companhia de uma pessoa.. especial também.. - disse escondendo o rosto com o cardápio 

Rogue não resistiu e inclinando-se um pouco, abaixou o cardápio dela com a mão e segurou no queixo dela 

Rogue- Queria deixar ainda mais especial.. - ele disse num tom morno e beijou os lábios da morena 

Ivie sentiu seu corpo ser invadido por um calor e uma vontade de tê-lo mais perto. Ela entregou-se completamente ao beijo, permitindo que ele se prolongasse pelo tempo que conseguissem. Até que faltasse ar para ambos. 

Garçom- Eu volto depois... - disse ainda pasmo

Ivie- HAHAHAHAHHAAH Desde quando ele estava ali? - perguntou escondendo o rosto com as mãos e rindo 

Rogue- Meu Deus... hahahahaha eu não sei.. - ele abaixou a cabeça rindo também e vermelho 

O resto da noite foi assim. Risadas, um clima agradável, comida deliciosa, música boa e uma vista para um parque lindo e iluminado. 

Já passava da meia noite e o bistrô estava para fechar, quando o casal pagou a conta e saiu rindo ainda da noite. 

Ivie- Ele não atendeu a gente da mesma maneira depois né.. hahahahahaha

Rogue- O melhor foi ver você olhando fixamente para ele. Ele pareceu se sentir culpado HAHAHAHAH

Eles gargalhavam enquanto andavam na rua lado a lado. Suas mãos se bateram em um determinado momento e ambos olharam para elas. O moreno parou, pegou na mão da garota e a trouxe para perto. 

Rogue- Aqui não seremos interrompidos por nada.. - disse olhando para os olhos dela curiosos pelo que o rapaz faria em seguida 

Ele colocou uma mão na cintura dela e com a outra continuou segurando sua mão, agora mais próximo do peito dele. Ivie colou ainda mais seus corpos e levantou o rosto, em busca dos lábios viciantes do moreno. O beijo começou calmo e morno e evoluiu para algo mais quente e intenso. O toque dele em sua pele, sua mão firme, o perfume dele, faziam a morena querer cada vez mais ele perto. Enquanto ele, sentia os lábios delicados, a pele macia dela, as curvas do corpo, tudo parte de uma tentação que ele não conseguia resistir. 

Quando se separaram, seus olhos permaneceram fechados e seus rostos próximos, sentindo a presença um do outro. Ele envolveu-a num abraço, que nem ele se dera conta. Gesto que acabou por surpreender a ambos. Um abraço calmo, carinhoso e protetor. Ivie sentia que ia começar a chorar sem qualquer motivo, se permanecessem assim por muito tempo. Ela não entendeu essa avalanche de sensações invadindo seu peito e querendo transbordar através dos seus olhos. Ela não entendeu. 

Eles se afastaram e em silêncio pegaram na mão um do outro e voltaram pelo caminho de antes, até o restaurante, onde Rogue havia estacionado o carro. O caminho foi silêncio, um braço envolvendo um corpo tremendo de frio, um beijo ou outro no topo da cabeça... Foi assim até o carro; durante o caminho de volta Ivie adormeceu virada para o moreno, que vez ou outra apreciava a face serena dela e sorria lembrando dos momentos engraçados da noite. 

Ao chegarem na mansão, já passava das 3 horas da manhã. Levy não estava mais na cozinha. A casa era total silêncio. Rogue pegou a morena no colo, passou a sala, na qual Ayato e Yui dormiam profundamente, até que sentiu a morena acordar em seus braços, já quando estava subindo as escadas. Ela aconchegou-se melhor no peito dele e pediu:

Ivie- Fica comigo.. 

Rogue sentiu seu rosto fica quente. Ele parou no meio da escada e olhou melhor para ela. De repente uma cena veio a sua mente. 

"Ela está frágil pelo término recente com o Laito, os machucados ainda estão recentes, tome cuidado Rogue, pense bem. Saiba identificar o que está sentindo por ela realmente, e principalmente.. o que ela sente por você" 

Essa frase fora proferida pelo Silver, no aeroporto da Romênia antes de voltarem para as comemorações de ano novo. (AVENTURAS NA FACULDADE- NOSSA ETERNA AVENTURA- CAPÍTULO 49)

Rogue- Ivie... 

Ele levou-a até o quarto dela, depositou-a na cama e antes que pudesse ir embora, sua mão foi segurada. Ele não olhou para trás, ficou imóvel, sentindo a pele dela segurando a sua gelada. Entre eles o silêncio era ensurdecedor. Ele estava se acostumando com a mão dela segurando a sua, quando finalmente ela o solta. Nos primeiros segundos ele sentiu-se desolado, mas decidiu que seria melhor assim, então deu dois passos até a porta. Até ser parado novamente, mas dessa vez por algo maior que a mão dela. 

Os braços dela envolveram a cintura dele, e o corpo dela encostou no dele. 

Ivie- Eu não sei... Me desculpa.. eu não sei.. - ela disse pausadamente e baixinho 

Apenas a luz do luar iluminava o quarto. 

Rogue- Tudo bem... - ele disse calmo 

Ivie senti seu coração apertar ao ouvir isso dele, ela apertou-o mais. 

Ivie- Não quero te magoar... não quero me magoar.. não quero.. - ela parou a frase e sentiu que seu coração ia se despedaçar 

Rogue virou-se para ela e a abraçou forte. 

Agora ela entendia.. 

A avalanche de sentimentos.. Agora ela entendeu. 

Entre lágrimas e corações apertados, eles ficaram abraçados por longos minutos. 

Ivie- Não quero que você vá embora.. - sussurrou 

Rogue- Eu não irei... - encostou a testa dele com a dela 

O moreno pegou-a no colo e deitou-a na cama, ficando por cima dela. Dos olhos dela, outrora brilhantes e calmos, agora era possível ver o medo, o sofrimento... Ele não queria ver nada disso; enxugou as lágrimas dela e sorriu. Surpreendentemente, recebeu um outro sorriso de volta e um toque suave em seu rosto, trazendo-o para mais próximo. Seus lábios se encontraram e um beijo repleto de carinho e aconchego se iniciou. 

Ele sentiu o coração dela se acalmar e suas mãos deixarem de tremer. Ela se acalmou. 

Rogue- Eu quero te ver feliz.. - beijou-a de novo- feliz- e de novo - e dançando de novo.. - ele riu um pouco 

Ela o acompanhou 

 

 

EM UM OUTRO QUARTO.. PRÓXIMO DALI.. 

Wendy acabara de acordar de um sono pesado. Seu corpo doía. Remexeu-se na cama buscando uma posição melhor para dormir, mas não conseguia. Seu corpo estava pesado e sua cabeça latejava. 

No colchão ao lado da cama onde Wendy repousava, Romeo ouviu os leves gemidos vindo da menina acima dele. O moreno despertou, preocupado e levantou-se olhando para a menina que suava frio e estava encolhida na cama. Ele tocou no pescoço dela, percebendo a temperatura mais elevada da pele da menina. 

Romeo- Wendy... - sussurrou 

O rapaz olhou para o relógio do criado mudo e viu que marcavam 5:00 da manhã já. Ele caminhou até o banheiro, procurando por uma toalha de rosto limpa e ao encontrá-la, molhou-a. Voltou para a cama da Wendy, retirou o lençol dela e a acordou com um beijo na testa. 

Wendy- Romeo.. 

Romeo- Você não está muito bem.. Apenas descanse.. Vou cuidar de você ta..

Wendy- Obrigada... - ela sorriu de leve 

Ele esticou as pernas dela e com o pano, passou sobre a pele dela que arrepiou na hora. 

Wendy- Frio.. Muito frio... - reclamou

Romeo- Você está suada, estou refrescando seu corpo e retirando um pouco desse suor danoso. 

Wendy agora estava acordada e meio zonza. 

Wendy- Preciso de um remédio pra dor de cabeça..

Romeo- Eu já vou pegar pra você.. - ele terminou de limpar o suor do pescoço dela e agora repousou uma toalha limpa e úmida em sua testa. Ele pegou um novo lençol e cobriu a menina novamente.  

Antes que saísse para pegar um remédio, seu braço foi puxado e ele se desequilibrou, caindo na cama. 

Seus olhos encontraram com os da Wendy. Ela estava corada, mas acordada. 

Wendy- Fica aqui? 

Romeo- M-mas e o remédio?- disse sem graça 

Wendy- Eu estou melhorando.. Fica aqui.. 

Romeo - Hm- assentiu 

Ele deitou-se ao lado dela, virado para a menina que respirava levemente ofegante. Ela caiu no sono, mas ele não saiu dali. O sol ia nascendo, mas Romeo nem se deu conta. Ficou apenas observando cada detalhe do rosto dela, os fios de cabelo no travesseiro, esparramados, a expressão serena, suas mãos ao lado da cabeça, com a palma para cima... 

Romeo- Você é bondosa, linda, gentil, encantadora... Não sei porque olho pra você e vejo uma fada... Gostaria de te entender melhor... Wendy.. 

Wendy- Romeo... - ela balbuciou 

Ele se assustou. Logo viu que ela não estava acordada.. Mas aparentemente sonhava com ele. 

Um sorriso se fez no rosto dela após pronunciar o nome do rapaz.

O coração do menino palpitou e ele ficou vermelho.

Romeo- Acho que na verdade, eu quero entender o que você provoca em mim...

 

Já era manhã. 

A manhã da viagem. 

 

Continua...