Estava quente, muito quente. Tão quente que Kisame já havia tirado sua camisa de mangas compridas e a posto pendurada na baixa grade que separava a pequena varanda em frente ao seu quarto da fonte termal à sua frente. Ele estava sentado no chão, encostado na frágil porta de madeira do quarto, concentrado no longo pergaminho em suas mãos.
Porque diabos tinha vindo a uma escaldante fonte termal num dia quente daqueles?
Ah claro, por causa dele, ele o havia enchido tanto a paciência que, sem pensar, havia aceitado vir.
Tinha séria vontade de esganar Suigetsu por ser tão irritante, sempre xingando e dando uma de rebelde todas as vezes que o mais velho dava uma negativa sobre alguma coisa que ele queria fazer.
Percebeu um vulto passando do seu lado e sabendo quem era, ignorou.
Suigetsu, depois de uns poucos segundos em pé ao lado do outro se abaixou, deitando a cabeça um pouco abaixo do umbigo de Kisame, e ficou observando o mais velho.
Os olhos de Suigetsu foram do rosto azulado concentrado, para a boca que mordia de leve o lábio inferior com os dentes pontudos, viajou para o pescoço, os ombros largos, os braços fortes e parou na parte mais próxima de seus olhos, o abdômen musculoso.
Uma leve brisa passou, fazendo alguns dos fios azuis, finos e tão claros que eram quase brancos do cabelo do jovem roçarem seu olhos.
Segundos depois ele se ergueu de supetão e, jogando o pergaminho no chão, espalmou uma das mãos na barriga do mais velho.
— O que pensa que está fazendo moleque? – perguntou Kisame irritado, segurando o pulso dele com força.
Suigetsu puxou o braço pra longe das mãos do outro e o levou para rodear a nuca do outro, puxando de leve os cabelos curtos. Rapidamente aproximou o rosto do pescoço e abriu um sorriso maníaco.
— Meu cabelo combina com você, Kisame – falou baixinho e antes que Kisame pudesse afastar o menor, ele pôs os lábios na base de seu pescoço e sugou a pele com força.
Kisame, que nem tinha percebido que sua mão havia parado ali, apertou a coxa de Suigetsu, reprimindo o pequeno gemido que não seria tão difícil de disfarçar se não tivesse sido pego de surpresa.
Suigetsu se afastou de seu pescoço e levou a boca ao outro lado rapidamente e um conjunto de lisos fios levemente azulados, como Kisame, passou flutuando na frente dos seus olhos, e quando o outro voltou a sugar seu pescoço, ele se permitiu sorrir de leve.
É, combinavam com ele.
Fim
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