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História B de Beijos de Triplos A são coloridos - Triplos A e B


Escrita por: namyuru

Notas do Autor


Um dos meus OT3 favoritos é ShuuHidaChia e quando vi o projeto 'B de quê?' a mão de escrever tremeu e aqui estou postando, não minha primeira fic no site, mas nesta conta. E enquanto fui escrevendo não tive a intenção de explanar o que seria a bissexualidade, só escrever como convenientemente três adolescentes bissexuais ultrapassaram a barreira da amizade e se apaixonaram.

Capítulo 1 - Triplos A e B


1. Vermelho

Apaixonar-se por uma garota hétero não estava nos planos de Chiaki Ito, isso Shuta Sueyoshi poderia afirmar com toda e plena certeza do mundo.

Só que na vida imprevistos acontecem e foi um tanto que impossível para ele não reparar que Chiaki chorava um dilúvio e espalhava soluços ao ver Misako Uno aos beijos com Takahiro Nishijima atrás dos bancos do ginásio durante uma aula de educação física sem a fiscalização de um professor por quinze longos minutos.

Como um bom melhor amigo que era, Shuta suspirou fundo e fez seu papel como manda o cartório. Abraços e vários “vai ficar tudo bem” foram distribuídos enquanto seus dedos deslizavam pelas madeixas castanhas com suavidade. Sueyoshi ignorava a vontade de rir com escárnio da própria miséria ao consolar Ito – por qual era apaixonado a anos – sofrendo sua primeira desilusão amorosa enquanto ele mesmo sofria com a dele todos os dias.

E quando alguém perguntava o que havia acontecido para a menina mais espivetada da turma se debulhar em lágrimas, Shuta sorria meio constrangido e respondia: “o panda vermelho de pelúcia dela desbotou para o rosa”.

 

2. Amarelo

Mitsuhiro Hidaka brilhava. Não no sentido literal da palavra, obviamente, mas seus sorrisos e piadas eram contagiantes. Era automático abrir os lábios e mostrar os dentes amarelados quando o rapaz de cabelos desarrumados e com pontas viradas para todos os cantos entrava na sala.

Conviver com Hidaka era uma tortura para Suyeoshi. O rapaz um dia mais novo era irritantemente bonito, amistoso, simpático e invasivo. Cheio de um skinship desnecessário, levou poucos meses – diria até que semanas – para que o coraçãozinho batesse um pouco mais rápido assim que as mãos geladas de Hidaka segurassem as dele com força, puxando-o para um canto onde contaria sobre os sonhos delirantes de ser um cantor famoso.

Era nauseante a voz esganiçada e alguns tons mais altos do que o normal para os garotos, o olhar felino e um tanto quanto alucinado, os braços e pernas que não paravam quietos por um segundo que fosse. Assim, a loucura e espontaneidade que Hidaka exalava parecia sugar Sueyoshi mais e mais numa viagem psicodélica que levava a um mundo alternativo onde coroas de girassóis eram tão ou mais valiosas quanto as de ouro.

No entanto, Chiaki também foi sugada.

Shuta desconfiou que os tons de vermelho e amarelo se tornariam um laranja distinto do rosa que ele mesmo era.

 

3. Rosa

Era difícil afirmar em que momento Chiaki e Shuta e Mitsuhiro, três indivíduos independentes, transformaram-se em ChiakiShutaMitsuhiro, um ser apenas.

Onde o vermelho se misturava com o amarelo e o amarelo com o rosa, mas o vermelho e o rosa também já eram um a tanto tempo que não conseguiam mais se distinguir um do outro.

Shuta Sueyoshi se questionava o porquê de estar tão apaixonado e absorto por duas pessoas de cores tão fortes.

Questionava também do porquê de ficar louco quando Hidaka aparecia por trás do nada com um abraço surpresa e Chiaki vinha pela frente fechando seus braços sobre o pescoço de ambos os garotos. Ou de quando as bocas se misturavam e nenhum deles sabia dizer quem foi que mordeu a língua e bateu os dentes, seguindo com risadas e olhares de contemplação.

Porque, preste atenção, Chiaki Ito poderia ter sim gostado de Misako Uno em determinada época, mas o fato não anulava a sensação de conforto e borboletas no estomago toda vez que Shuta a direcionava um sorriso e dizia que tudo ficaria melhor depois de uma maratona de One Piece.  Da mesma forma que Mitsuhiro Hidaka ter se atraído automaticamente pelas bochechas rechonchudas de Chiaki e seu jeitinho meigo não sobrepunha sua vontade de beijar os lábios carnudos e avermelhados de Shuta após proferir tantos palavrões e seu mau humor se esvair.

– Nós te amamos. – Em uníssono as vozes se mesclaram.

– Eu também amo vocês.

A resposta era porque amarelo e vermelho, de alguma maneira inocentemente estranha, resultavam, não em laranja, mas em rosa.


Notas Finais




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