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História Baby, Don't Cry - The Truth


Escrita por: kintsugire

Capítulo 11 - The Truth


Fanfic / Fanfiction Baby, Don't Cry - The Truth

Duas semanas depois…

Pov’s Xiumin

— Vovó, pela milésima vez, eu não preciso de mais dinheiro.

— Mas, Minseok, faz meses que você não recebe a mesada…

— Eu sei, mas sobrou muito, tô me virando muito bem.

— Se precisar de algo pode me ligar, querido.

— Pode deixar… Obrigado.

— Você está bem mesmo?

— Tô, é só uma dor de cabeça…

— Então vou te deixar em paz…

— Tchau, vó — logo que falei isso a mesma desligou o telefone.

Exatas duas semanas sem sinal de Luhan, eu me sinto muito sozinho, é como se uma parte minha estivesse faltando.

As ligações para ele, Kris e Tao iam direto para a caixa postal, as mensagens não tinham resposta, e eu tava quase enlouquecendo.

O que ainda me tirava um pouco o desespero era o ChimChim, o meu meio filho do mal, que agora tava um tanto quietinho. Sinceramente temos algumas coisas em comum, os dois são gatos [Autora: Nada convencido né], e os dois estão horrivelmente abalados pela ausência do Lu.

Já faz uns três dias que eu boto ração pra esse gato e ele não come, eu acho que vou me matar.

— Bichinho, você tem que comer… — sentei do lado do pote, que ele apenas encarava. — Vamos, só um pouquinho… — peguei um pouco da ração na minha mão e aproximei da boca do bicho.

Ele não come de jeito nenhum, eu já tô ficando preocupado.

Eu: Pessoas que tem moral com o ChimChim me ajudem!

Kai: Oq foi?

Eu: Ele n come, n bebe..

      E por incrível q pareça

      Ta quieto

Kai: Eu acho q é pq o Lu n ta

       Tenta alguma coisa q faça parecer q ele tá aí

       Tipo um video ou um audio

       Se n funcionar leva teu filho no veterinário

Eu: Ok vlw

Logo lembrei de uns áudios antigos do Luhan, muitas vezes ele conversava comigo enquanto mimava o ChimChim.

Quando finalmente achei um dos áudios reparei que o gato já tava enrolado no meu cobertor no sofá.

Então coloquei o celular atrás do pote e liguei o áudio, assim que ele ouviu a voz do Luhan levantou a cabecinha, logo pulando do sofá e vindo em direção à voz.

Por uma grande coincidência aquele áudio era justamente dele pondo comida pro ChimChim e o chamando, o que acabou meio que o motivando a comer, e me deixou um tanto aliviado.

Arquivei esse e outros áudios, pois sabia que iria precisar, e me enrolei no cobertor no sofá.

Eu: Consegui

Kai: Eu falei kk

Eu: Vlw mesmo eu já tava ficando doido por causa desse gato

Kai: Mas fora o teu filho, como vc ta?

Eu: É to vivo

      Com o cu trancado a duas semanas

      Mas to vivo

Kai: Entendo

       Mas relaxa

       Ele deve tar bem

Eu: Espero

Kai: Agora tenho que ir

       Hr d almoço acabou

       Flw

Fiquei lá no sofá deitado olhando pro teto, e logo começando a fazer carinho no gato que agora tava no meu colo, até que acabei dormindo.

 

Umas quatro horas depois…

Acordei com meu celular tocando, era Tao, depois de duas semanas, espero que sejam boas notícias.

— Alô?

— Xiumin do céu, melhor você sentar!

— Eu já tô deitado, fala.

— O Luhan… — meu cu fechou.

— Pelo amor de deus, o que aconteceu com a minha criança?!

— Ele foi baleado… Tá bem mal…

— Quando foi isso? — meus olhos já estavam marejados.

— Ontem a noite, desculpa não ter ligado antes.

— Ele tá acordado?

— Não… Ele tá em estado grave, Xiumin…

— Não acredito — agora eu já estava realmente chorando, isso era demais pra mim.

— De qualquer forma não sai da Coréia de jeito nenhum, a gente vai tentar algum tipo de transferência praí ou algo do tipo…

— Tá bem…

— Eu vou dar um jeito tá? Se eu conseguir, daqui alguns dias você vai poder ver ele.

— Obrigado, qualquer coisa me liga.

— Pode deixar. Se cuida, Xiumin — ele desligou.

Eu não conseguia parar de chorar, isso tá me matando da maneira mais dolorosa.

Eu quero estar do lado do Luhan, quero cuidar dessa criança irresponsável, quero ver aquele sorriso de novo, quero acordar de manhã com ele do meu lado. Mas eu não posso, estamos separados por nossas próprias decisões de merda.

Eu espero que ele fique bem, não iria aguentar perdê-lo.

— Ô ChimChim… Seu pai só faz merda né — ele agora já não tava mais no meu colo, estava do meu lado no sofá meio enrolado num moletom.

Eu: Gnt

      Alguém tá sabendo do Lu?

Baek: Oq foi?

Eu: Foi baleado…

      Tá em estado grave..

Sehun: Pqp…

Lay: O Luhan? ;-;

Eu: É.. Ele ta mt mal..

Chen: To indo praí, aguenta

Eu: Mas vc n ta trabalhando?

Chen: Ah esqueci de avisar

          To d férias

          Tava pensando em ir pra Daejon pra ver minha família

          Mas vc n pode ficar sozinho

Xiumin: N precisa d td isso, Chen..

Chen: Precisa sim

Xiumin: Eu n to no clima pra discutir

             Então vou só fingir q concordo

             Obrigado

 

O tempo parece parado, eu espero notícias boas que nunca vem, e meu coração se aperta cada vez mais.

Amar às vezes machuca, atrapalha seu sono, tira a fome e faz outros estragos.

Você não pede pra amar e nem pra ser amado, esse sentimento simplesmente surge e vira seu mundo de cabeça pra baixo.

Eu não queria amar tanto o Lu, isso acaba me machucando.

Queria um namoro normal, sabe? Mas isso se tornou cada vez mais difícil.

Eu: Tao, me deixa ver o Luhan

      Sério

TAO: Xiumin, isso é pro seu bem

        Eu to tomando conta dele

        Só preciso q vc fique bem

        E BEM LONGE DA CHINA

Eu: Como vc espera q eu fique bem com o Luhan desse jeito???

      Ainda mais longe dele

TAO: Ta bem -.- eu vou falar com o Kris

         Mas não garanto nada

Eu: HUANG ZITAO EU TE AMO

TAO: Dê td esse seu amor pro seu namorado

         Pq eu n te quero

Eu: Vc prefere o Sehun né

TAO: Claro q não, animal!

Eu: Chen chegou

      Cuida da minha criança!

TAO: Tá bem kk eu cuido da “criança” mais velha q eu

 

Larguei o celular no sofá e fui atender a porta, então vi que não era Chen, mas sim a Maddu.

— Oi…

— Meu deus, menina! O que você veio fazer aqui?

— Eu vi o grupo, vim ver como você tá…

— É, eu tô vivo… Vem, entra — abri espaço pra ela passar.

— O que tem o ChimChim?

— Tá me fazendo companhia na depressão…

— Ele tá comendo direitinho?

— Não… Ele ficou um bom tempo sem comer, só comeu um pouco hj pq eu usei um áudio do Lu.

— Tadinho... — ela pegou o gato no colo. — E você?

— Eu o quê? Você tá perguntando se eu tô comendo?

— Tô… Fiquei sabendo que quando você tá muito triste desse jeito acaba não se cuidando…

— Quem te cont..? Ah Baek…

— Sim, foi o Baek. E você ainda não me respondeu!

— Tá, eu não comi!

— Você tá louco? Fica aí que eu vou fazer algo pra você comer!

— Maddu, não precisa, eu tenho comida pronta…

— Então come!

— Tá bem, eu vou lá esquentar… Quer comer também?

— Não, obrigada, eu já almocei…

Então eu fui pra cozinha, esquentei minha comida e voltei pra sala com meu prato.

— Pelo menos o ChimChim tá mais animado com você — falei ao ver Maddu brincando com o gato.

— Parou de achar que ele é o demônio?

— Não, mas digamos que peguei uma certa afinidade com o satanás encarnado nessa bola de pelo…

— Ele é tão amorzinho…

— Agora é — ouvi a campainha tocar. — Agora é o Chen — me levantei para atender a porta. — V-vó?

— Minseok querido, como você está? — minha avó me abraçou.

— E-estou bem, e a senhora? — eu realmente não esperava minha avó em casa.

— Melhor impossível — ela foi entrando em casa. — Quem é essa, querido? É sua namorada?

— Não, a Maddu é namorada de um amigo meu — falei e ela ficou nos encarando com uma cara nada boa.

— É que eu vim do Brasil, e como o Sehun está trabalhando vim passar a tarde aqui — Maddu se explicou tentando ser o mais simpática possível.

— Ah claro… Brasil… — minha avó fez uma cara de nojo e eu apenas falei um “Miane” para Maddu praticamente sem som. — Um gato? Onde você arranjou esse bicho nojento?

— Não é meu, tô tomando conta dele pro Luhan.

— Luhan? Aquele seu amigo… chinês — ela voltou com aquela cara de nojo novamente. — Aquele garoto é estranho, não é boa companhia pra gente como você.

Maddu me olhou de um jeito como quem diz “vai logo” e eu apenas respirei fundo, precisava tomar coragem de contar aquilo para minha avó.

— Vó, ele… — ela me olhou esperando que eu continuasse a frase. — Ele é meu namorado.

— Kim Minseok, eu ouvi isso direito?! — ela se levantou do sofá.

— Ouviu. Eu amo o Luhan, e vou continuar com ele não importa o que a senhora diga.

— Você por acaso acha que isso é certo? Dois homens se pegando como um casal? — ela me puxou pela orelha. — Deus vai castigar os dois por essa sem-vergonhice! Eu só não lhe bato porque…

— Porquê o quê? Vem me bater pra ver se muda alguma coisa.

— Porque eu não sou mais sua avó. Se vira agora, Minseok! Quero só ver quando essa fase passar — ela simplesmente saiu da casa.

Então eu me joguei no sofá respirando fundo, isso foi realmente difícil.

— Você conseguiu…

— É, eu consegui…

Então a porta da sala se abriu, revelando Chen e sua cara de assustado.

— O que tem sua vó hein? Ela quase me atropelou quando eu tava atravessando a rua!

— Xiumin contou pra ela do Luhan…

— Como você ainda tá vivo?!

— Não sei… — respondi pegando meu copo de suco. — Mas agora até perdi a fome…

— Você nem tava com fome, fala a verdade.

— É, o Luhan tirou ela… — falei e meu celular tocou. — Pera, é mensagem do Tao.

TAO: Eu falei com o Kris

         Ele falou q td bem vc vir desde q n fique com a gnt

         Vc aguenta ficar lá sozinho com ele?

Eu: Pelo Luhan qualquer coisa

TAO: Ajeita as coisas aí

         E quando for vir avisa

Eu: Entendido

      Obrigado

TAO: É o mínimo q a gnt pode fzr dps d jogar ele nessa merda td

         A gnt devia ter deixado isso só com a gnt

Eu: Nn, td bem..

      Vcs nunca iam imaginar q isso ia acontecer

TAO: Xiumin

         Se ele morrer eu vou me culpar tanto..

Eu: Luhan é forte… rlx

— E aí? — Chen perguntou.

— Tenho uma viagem pra China.

— Sério? — Maddu perguntou.

— Seríssimo, vou tentar ir pra lá o mais rápido possível.

— Eu vou ficar sozinha — ela fingiu que estava chorando.

— Eu tô de férias — Chen falou.

— Okay, eu não tô mais sozinha.



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