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História Baby, I'm Not a Monster - Imagine BIGBANG - Why You Don't Love Me Back?


Escrita por: Capucine

Notas do Autor


Eu disse que poderia voltar mais cedo, não disse? :3

Queria agradecer aos comentários anteriores. Todos eles serão respondidos, ok? <3

Aproveitem!

Capítulo 13 - Why You Don't Love Me Back?


[SeungRi On]

O dia, em um sentido muito literal, parecia uma lavada. Meu ferimento na mão sempre se abria constantemente por eu socar a parede sempre que sentia raiva ou impaciência, tornando praticamente impossível a cicatrização. Aquela semana havia passado excepcionalmente devagar, mas eu não me incomodei. Estava difícil demonstrar emoções, ao mesmo tempo em que, quando a vontade chegava, as lágrimas corriam pelo meu rosto em qualquer canto da casa. Já estava começando a ficar apático e falar num tom sem empolgação alguma.

Isso até reencontrar S/N pela primeira vez.

Eu sempre a via de manhã na universidade, a acompanhava dia e noite. Para mim, ela ficava ainda mais linda de manhã, pois a luz do sol refletia em seus olhos, deixando-os ainda mais castanhos e penetrantes. Acompanhei todo o processo de seu apartamento, sempre guiando-a da escola para casa e vice versa. Eu faria qualquer coisa para evitar que alguém se envolvesse com S/N, mesmo que isso significasse segui-la por todos os lados. Não era, exatamente, uma coisa ruim. Pelo menos para mim.

Eu sabia que as pessoas em geral considerariam "errado", mas não ligava nem um pouco. Eu era como uma lousa em branco, cuja personalidade apenas se mantida intacta para que S/N pudesse ser acompanhada em seu dia-a-dia. Meus princípios se tornaram completamente guiados pelo objetivo de obtê-la para mim de qualquer forma.

Vejamos, eu nunca havia sentido algo daquele tipo até conhecer S/N, e agora eu sentia inveja e raiva em relação a alguém que aparentemente estaria tentando roubá-la de mim. Young-Bae, por exemplo.

Eu me sentia realmente mais seguro vigiando-a, e agora em sua nova casa, tudo ficava ainda mais fácil. Certa vez, enquanto ela estava na universidade, fui até seu apartamento e contratei um chaveiro para fazer uma chave reserva, alegando que eu havia esquecido minhas próprias chaves dentro de casa. Daquela forma, eu poderia visitar S/N sempre que pudesse.

Vê-la dormindo depois de um dia agitado era uma das melhores recompensas do mundo, se não a melhor.

Ela nunca chegou a me ver em seu quarto, e eu esperava que continuasse daquela forma, mas eu sempre ficava com vontade de tocar em seu rosto enquanto dormia e odiava o fato de não poder. Eu queria, mas tinha medo de acordá-la. Ela sempre ficava tão serena e tranquila enquanto dormia, e eu não queria atrapalhar seu sono de maneira alguma. Ela nem imaginava que eu sempre estive ali, olhando por ela.

Eu sabia que precisava ver S/N hoje, já que Daesung não parava de fazer perguntas e Ji Yong ficava dançando com TOP. Queria sumir do meio daquilo tudo, então, antes que eles pudessem perceber, saí do quarto discretamente.

— Aonde você vai, SeungRi-ah? — Daesung apareceu de algum buraco negro. Não o respondi, apenas continuei andando. — Ahm... Certo, então. Boa viagem.

[…]

Àquela altura, eu estava tentando convencer a todos que eu já estava completamente normal e bem depois da nossa separação. Quando os meninos perguntavam para onde eu ia, sempre respondia que iria comprar mangás, jogar video-games ou andar de bicicleta para projetar a imagem de uma vida novamente normal, mas eu já não gostava de nada disso. Não eram mangás, jogos ou passeios que me deixavam são; era S/N.

Assim que cheguei em sua porta, meu coração parou. E se ela estivesse em casa? Eu poderia finalmente falar o que sentia. Eu queria dizer à ela, mas nunca arranjei coragem. E se ela recusasse? E se ela me odiasse pra sempre?

"Pelo menos você tentou!"

Pelo menos, eu tentei. Ok.

Respirei fundo e bati na porta três vezes, esperando alguma resposta. Nenhuma. Bati mais três vezes, e ainda sim ninguém respondeu. Impaciente, peguei minha chave e entrei.

A casa estava vazia, o que serviu para que eu pudesse contemplar todo o apartamento. Havia uma mesa de vidro, cortinas brancas e leves nas janelas como nuvens e, no piso de madeira, viam-se tapetes de diversas estampas fofinhas e adoráveis, marcas de uma personalidade que eu era viciado.

Havia muitos porta-retratos impecavelmente distribuídos entre as paredes e os criados-mudo. Muitos pareciam expor momentos importantes na sua vida, como sua aprovação na universidade, seu primeiro aniversário na Coréia do Sul - comemorado na N Seul Tower - e etc. Mas apenas uma fotografia me chamou atenção, pendurada num cordão de polaroids, tão limpa quanto uma pintura a óleo. Não havia nenhuma proteção de vidro, mas estava livre de qualquer grão de poeira na superfície.

A fotografia era de S/N, sentada em uma cadeira que eu pude reconhecer como sendo parte de sua sala de estar, com a cabeça apoiada no encosto como se estivesse com sono demais para sustentá-la. Ela estava sorrindo, mas cobria o rosto com uma das mãos enquanto que com a outra tentava tapar a lente da câmera. Os olhos animados e castanhos pareciam uma piscina natural em um bosque, escondida sob as folhas de uma árvore e nunca exposta ao sol ou ao vento. Os cabelos estavam sobre o rosto, como se tivesse acabado de acordar. Em seu pescoço, o brilho violeta da ametista. Peguei a fotografia. Havia algo escrito com canetinha em seu verso.

"YB não me deixa em paz! ♡♡"

— YB? — Murmurei para mim mesmo. Young-Bae?

Continuei andando pelo apartamento, até chegar num corredor estreito, com um buquê de violetas fazendo o papel da decoração. Reconheci a caligrafia do cartão do buquê imediatamente.

— Hyung... — Digitei um número no celular. — Alô? Daesung-hyung? Young-Bae-hyung está?

"Não, ele saiu faz, acho que... Quase meia hora."

Parei. Agora eu sabia aonde S/N havia ido.

— Obrigado, hyung. — Murmurei, desligando antes mesmo que Daesung pudesse responder. Então, eles continuavam se encontrando? E, novamente, sem que Young-Bae contasse à alguém?

Você está perdendo, SeungRi.

A voz veio do nada. Estava no corredor. Estava lá fora. Estava na minha mente. E era a casualidade com que falava que parecia tão fria. Não era furiosa, mas amarga. Zombeteira.

Você é fraco, SeungRi.

— Não sou... — Disse, entredentes.

Perdoe-me. Acha que é um abajur?

— Isso não tem graça...

Perdoe-me mais uma vez. Acha que é um piano?

— CALA A BOCA! — Minhas mãos, de repente, se fecharam, forte como garras no vaso de flores outrora glorioso em sua posição de decoração. Agora, estava estatelado no chão.

Você não se cansa dessa sua vida miserável? De suas atitudes miseráveis?

— Uma pergunta um tanto filósofica para uma voz sem nome e sem rosto. — Cerrei os punhos.

Você está deixando S/N ir embora.

Vai deixar Young-Bae levá-la de você?

Você é fraco, SeungRi... Tão fraco...

— Eu não. Sou. FRACO! — Arremessei os porta-retratos na parede, tentando sem sucesso acertar quem estava falando ao meu ouvido, mesmo sabendo que tudo aquilo saía de dentro da minha cabeça.

Ela te usou, apenas para chegar nele.

Tão ingênuo, tão burro...

Sabia disso? Ela nunca amou você.

— Ela me amou sim! — Berrei, sentindo a garganta arder. A mesinha de centro foi revirada num ataque de fúria.

Está tudo bem! Ela te amou sim! Tudo o que vocês tiveram juntos foi real!

Não, não foi. Foi tudo uma mentira, desde o início.

— Mentirosa... — Sibilei, arrancando o papel de uma das paredes. — Vadia mentirosa...

Vadia mentirosa...

Não! Você a ama!

Você a odeia, SeungRi...

Ela te enganou...

Com um grito de ódio, arranquei o cordão de polaroids da parede, jogando as fotos no chão. Uma por uma, todas foram rasgadas, estraçalhadas. Menos a primeira que eu havia visto, a que supostamente Young-Bae havia tirado.

Por um momento, ouvi uma risada amarga de Ji Yong ressoar nas paredes na minha mente, me atormentando interminantemente. Não só ele, como Young-Bae, TOP... Até mesmo Daesung.

Young-Bae também te enganou.

Você não quer pará-lo?

Você não quer machucá-lo?

Era verdade. Meu relacionamento havia sido destruído diante dos meus olhos. Destroçado. Implorei mentalmente que não me tirassem S/N, mas meus hyungs inconscientemente me deixaram de mãos atadas enquanto eu assistia a S/N indo embora. Toquei meus próprios braços como se a dor psicológica ainda me condenasse - e condenava.

Agora, eu já não me importava sobre o que deveria fazer quando à Young-Bae. Ele havia sido a causa de tudo. Ele roubou S/N de mim. Ele, apenas ele.

S/N iria voltar para mim. Ela não teria outra escolha.

Você não tem arrependimentos por tê-la deixado ir tão facilmente?

Com as próprias unhas, risquei a palavra ARREPENDIMENTO no papel de parede.

Você não protegeria Young-Bae, protegeria? Teria pena dele, por ter roubado sua garota?

Sangue escorreu das minhas unhas. Outra palavra: PENA.

Está realmente obedecendo às vozes dessa sua mentezinha doentia, SeungRi? Seu fraco.

Uma última palavra: PARE. A dor estava infernal.

Você nem ao menos a ama de verdade. Por quê faz isso?

— Eu a amo sim... — Sussurrei, sentindo a garganta fechar. Lágrimas rolaram livremente quando pressionei os olhos. — Eu a amo mais do que tudo...

Você não ama ninguém. Você apenas brinca com as pessoas, como se fossem peças desse seu jogo.

— Pare com isso... — Tapei meus ouvidos. — Para...

Olhei ao redor; o que eu havia feito? Por que eu havia feito aquilo? Aquilo não era amor, não podia ser...

Você sempre se achou tão... Tão foda.

Sabia que, muitas vezes, a falta de confiança em si mesmo se manifesta como autoconfiança excessiva?

Me arrastei até uma das fotos de S/N, a que ela parecia maravilhosamente animada e viva, deixando lágrimas que escorriam pelo meu rosto umedecê-la sem querer. Àquela altura, eu já estava ajoelhado no chão, quando a porta se abriu num clique silencioso e a luz fora ligada.

E, ao ver S/N, todos os sentimentos de culpa sumiram, dando lugar apenas ao meu amor por ela. Dei um sorriso ladeado.

— Bem-vinda de volta, meu amor.

S/N parecia assustada. E surpresa.

— SeungRi... — Ela disse. — O q-que você... Como você...

— Senti sua falta. — Me ergui, cambaleante. — Quase não lhe vi hoje.

S/N pareceu ainda mais confusa. A cada passo a frente que eu dava, ela se afastava, como se ainda estivesse tentando compreender o que estava acontecendo.

— SeungRi, como você entrou aqui? — Perguntou com a voz trêmula.

— Você ainda não entendeu? — Ri. — Nada vai poder nos separar, meu amor. Nem uma porta sequer. Entendeu a charada?

Tudo saía sem pensar. Era eu, eu sabia disso, estava ali assistindo e ouvindo tudo que estava falando, mas eu não estava me controlando.

Beije-a...

Ela não vai gostar.

Ela vai aceitar, querendo ou não.

Beije-a...

SeungRi, beije-a...

Enlacei S/N pela cintura antes que ela pudesse objetar, mas mesmo assim não foi fácil de domá-la. Tive que pressioná-la na parede e segurá-la forte pelo pulso, colando meu corpo no seu, sentindo a excitação de tê-la tão perto de mim novamente. S/N lutava, lutava para se soltar como podia, mas eu continuava sendo maior e mais forte que a estrangeira; poderia segurá-la com facilidade.

Quando avancei para tentar beijá-la, S/N se desesperou. Lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto bronzeado e ela tentou desviar. Segurei-a pelo maxilar, a forçando a olhar para mim novamente. Pude ver o medo em seu brilho castanho embaçado pelas lágrimas.

— SeungRi... SeungRi, por favor... — Sua voz saía mais do que trêmula; saía temerosa. Desesperada. — Para... SeungRi, não... Por favor...

Depositei um beijo delicado em pescoço, descendo para o busto, quando S/N se agitou de verdade.

— SEUNGRI, ME DEIXA EM PAZ! — E, com aquele grito, eu finalmente acordei. O que eu estava fazendo?

Olhei ao redor; o apartamento estava em ruínas, e eu havia feito aquilo. S/N chorava e abraçava seu próprio corpo como uma forma de proteção - as marcas roxas em seu pulso possuíam o formato dos meus dedos. Seu rosto estava avermelhado por eu tê-lo segurado com força, e S/N chorava tão desesperadamente que fez meu coração se despedaçar.

— S/N, eu não... — Comecei, mas fui interrompido por um baque no lado esquerdo do meu rosto, seguido de uma ardência interminável. Um tapa.

— Você nunca mais... Nunca mais vai tocar em mim novamente, você me ouviu?! — S/N gritou, me fitando com raiva no olhar. — Nunca!

— Eu não queria... — Disse, e os soluços já me subiam a garganta. — Não queria fazer isso... Eu só queria te ver...

— Sai da minha casa, SeungRi. — O olhar frio de S/N fez com que as lágrimas pudessem descer livremente sobre meu rosto. — Me deixa. Em paz. Sai AGORA da minha casa!

Abaixei a cabeça, cerrando os punhos. Não queria que houvesse sido daquela forma... Não deveria ter sido assim...

— SEUNGRI, SAI! — Ela tentou me empurrar para fora do apartamento, mas eu consegui me desvencilhar antes que conseguisse. A passos rápidos, desviei o olhar e saí de seu apartamento, tendo a porta fechada numa pancada atrás de mim assim que pisei no saguão.

Atravessei cada corredor, desci cada escada como um caminho cheio de espinhos que me perfuravam a cada movimento mínimo, em direção ao portão do prédio. Olhei mais uma vez para cima, para o apartamento, ponderando em como tudo poderia ter sido diferente. Como eu poderia ter finalmente dito o que sentia...

Uma cortina esvoaçou na janela observada, e eu pude perceber a sugestão de um rosto. Fiquei imaginando quem estaria me vendo sair.

Pensei mais uma vez em S/N e em como havia magoado nossa separação, em como havia lutado feito um homem que se arrasta sobre facas para não aceitar e, finalmente, como fui forçado a aceitar com mais dor ainda.

Abri os portões, os espinhos pareciam realmente arranhar minhas mãos, e me lembrei novamente do primeiro momento em que vi S/N, e da sensação de ter sido encarado por uma pessoa animada, amorosa e pura. Ela era muito diferente das outras, que sempre deixaram bem claro que aceitariam qualquer coisa para passar uma noite comigo. Seria irônico, pensei, terrivelmente e cruelmente irônico, que o homem que já passou noites e noites com três garotas diferentes estivesse agora se condenando por uma. Havia prometido a mim mesmo que não iria desistir tão facilmente, mas, naquele momento, percebi que tudo que eu queria era fugir.

 

[S/N On]

Não demorei muito para vasculhar os escombros, e nem tinha forças para o fazer. Minha cintura doía por SeungRi ter me apertado com força contra seu corpo, mas o que me doía mais ainda era o fato dele ter destruído tudo aquilo.

Não era ele. Definitivamente, não tinha como ser ele.

Me ajoelhei no chão, agora completamente sujo, e peguei meu celular dentro da bolsa com as mãos trêmulas. Digitei um número e aproximei o celular do ouvido, tentando controlar os soluços.

"Alô?" A voz de Daesung soou confusa.

— Daesung-oppa... — Murmurei. Ouvi uma risada do outro lado da linha.

"S/N! Há quanto tempo! Como você está? Tudo bem?"

— Oppa... Você deveria... — Solucei. — Venha buscar o SeungRi...

"O que? O SeungRi? Mas como...?"

— Oppa, por favor... — Afastei o celular do ouvido por um momento.

"S/N, aconteceu alguma coisa?"

— Apenas me prometa que vem buscá-lo... — Olhei pela janela; SeungRi estava encarando o prédio, desolado. — Ele não está bem... Por favor...

"Bom... Sim, sim, eu prometo que vou buscá-lo..."

— Young-Bae.. Ele está aí?

"Ah... Ele acabou de chegar." Ouvi-o chamar Young-Bae ao fundo, e então murmurar algo que eu não consegui identificar. "S/N? O que aconteceu?" Agora era Young-Bae quem estava no telefone.

— Oppa... — Não consegui continuar; comecei a chorar forte. Young-Bae ficou mais alarmado ainda.

"S/N! Está tudo bem?! Ei, ei, calma. Eu estou aqui, calma. O que aconteceu?!"

 — Estou assustada, oppa... — Disse por fim.

"Eu estou indo aí. Não saia daí, eu estou indo!"

E realmente, não demorou muito até que Young-Bae apareceu desesperado na minha porta, boquiaberto a tamanha destruição. Ele me abraçou forte e eu pude me sentir protegida, enterrando o rosto no pescoço dele.

— O que houve? Você se machucou? Alguém te machucou? — Young-Bae procurou por hematomas no meu corpo, beijando minha testa ao perceber as marcas nos meus pulsos. — O que aconteceu? Quem fez isso?

— S-... SeungRi... — Sussurrei, me agarrando à jaqueta dele. Young-Bae me aconchegou mais ainda por um momento, apertando seu abraço.

— SeungRi? — Sua voz saiu séria. — Como ele entrou aqui?

— Eu não sei... Eu não sei... — Comecei a chorar novamente, e Young-Bae começou a me balançar devagar.

— Ei, ei... Calma, não precisa chorar... — Sussurrou.

— Como eu não preciso? Olha pra mim! Olha pro meu apartamento! — Chorei mais alto. — SeungRi destruiu tudo, tudo!

Young-Bae não disse nada; não objetou e nem brigou comigo. Ele apenas continuou me abraçando e me deixou chorar livremente, afagando meu cabelo com uma delicadeza sem igual.

— Eu perdi até mesmo as flores que você me deu... — Murmurei baixinho. Young-Bae riu.

— Eu posso te dar flores todos os dias sem me incomodar. — Ele acariciou meu rosto, me fazendo ruborizar. Segurei sua mão por cima do meu rosto.

— Fica aqui comigo hoje?

Young-Bae ruborizou violentamente.

— O q-que?

— SeungRi disse "Quase não lhe vi hoje". — Desviei o olhar. — Eu... Eu suspeitava tê-lo visto de longe na universidade, mas eu... Eu achava que era uma alucinação.

— Por que você não me disse que tinha o visto? — Young-Bae se aproximou.

— Eu não sabia que era realmente ele! Ele sempre ficava parado, me encarando, sem esboçar reação alguma. — Minha voz falhou por um momento. — Estou com medo de dormir sozinha, se é que vou conseguir dormir. Se ele conseguiu entrar aqui uma vez...

— Pode muito bem entrar de novo. — Young-Bae completou, pensativo. — Se isso faz você se sentir mais segura...

Dei um sorrisinho fraco.

— Obrigada. — Disse. Young-Bae acariciou meu rosto novamente. — Vem. Vou te levar para o meu quarto.

Mais uma vez, Young-Bae ruborizou, mas se deixou ser levado por mim até meu quarto. Eu não queria deixá-lo dormir no sofá - até porque a sala estava uma bagunça -, então montei uma divisória no meio da cama com travesseiros. Assim, teríamos partes iguais para cada.

Eu nem ao menos troquei de roupa, apenas retirei meus sapatos e desfiz meu penteado. Young-Bae, que já havia retirado os sapatos na entrada, apenas retirou o boné e se deitou na sua parte da cama, parecendo um tanto desconfortável.

— Ahm... Boa noite, S/N. — Ele deu um sorrisinho. Retribui, mesmo sabendo que demoraria para que eu conseguisse dormir.

— Boa noite, oppa.

[…]

Eram três horas da manhã quando acordei, sentindo alguma coisa em cima do meu pé. Quando meus olhos se ajustaram ao ambiente, percebi que o que estava em cima de mim era, na verdade, um cobertor. A divisória improvisada que eu havia feito havia sumido, e Young-Bae também.

Me levantei, sentindo um leve desespero, e me enrolei no cobertor. O chão frio não me parecia convidativo, mas eu queria me levantar. Vencendo a preguiça e o sono, saí na minha procura por Young-Bae. Quem sabe ele estava no banheiro?

Encontrei-o na sala, dormindo no sofá. Imediatamente, comecei a me sentir mal.

Ele parecia um bebê dormindo, tão sereno e tranquilo. Seu boné cobria parte de seu rosto e ele se encolhia como que para se proteger do frio, já que nenhum cobertor fazia esse papel. Ele nem ao menos pegou um de dezenas de travesseiros do meu quarto para si.

Retirei o cobertor que estava usando e o cobri delicadamente, me certificando de que ele pelo menos não sentiria frio. Também fui pegar um dos travesseiros do meu quarto, colocando-o sob a cabeça de Young-Bae com cuidado para não acordá-lo. Ele parecia ter o sono pesado, o que era fofo.

Foi então que finalmente me deitei ao seu lado, colocando sua mão na minha cintura. Me lembrei da última vez em que dormi assim com SeungRi, o que me fez me sentir mal por um breve momento.

Mas então olhei para Young-Bae; tão calmo, tão tranquilo em seu sono, que esqueci tudo. Acariciei sua bochecha, e ele deu um sorrisinho. Gostaria de imaginar com o que ele estava sonhando.

— Boa noite, oppa. — Fechei os olhos, me deixando ter a chance de dormir tranquilamente pelo menos por uma única vez. 


Notas Finais


Gente... SeungRi precisa de ajuda. ;-;


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