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História Baby, I'm Not a Monster - Imagine BIGBANG - An Unexpected Reunion


Escrita por: Capucine

Notas do Autor


PEPINOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO <3333

Gente, eu não consigo acompanhar o ritmo dos comentários de vocês, sério! Acho que vou responder todos eles só no final da fic. Nam, mentira, vou me esforçar para responder todos. Pelo menos tentar. ;u;

GENTE, BIGBANG NO WEEKLY IDOL. EU STOLL LOUCAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Capítulo 16 - An Unexpected Reunion


[Young-Bae On]

Eu já tinha 28 anos, o que significava que eu já havia me tornado testemunha de, literalmente, milhares de relacionamentos fracassados.

— É melhor assim. — Informou um solene Ji Yong a mim e a TOP, tentando conter um sorrisinho. Eu sabia que ele queria me ajudar, mas também sabia que ele não aprovava minha aproximação de S/N.

— Fiquei surpreso por ter durado tanto. — TOP riu baixo. Ele merecia um destino e terrível e cruel.

— Acho que isso já deixa bem claro que não posso me prender a ninguém. — Suspirei, ignorando a risada mútua dos meus amigos ao ouvirem aquilo. Eles sabiam muito bem que eu era uma pessoa que me apegava muito facilmente a qualquer coisa. — Preciso de tempo para me focar na carreira. É. Quem sabe eu viro coroinha?

— Nada é impossível. Se você virar padre, vai se casar com a igreja. — TOP adicionou caridosamente. — Agora, ahm...

TOP então contraiu os lábios em sinal de reflexão antes de selecionar o adjetivo mais educado.

— Isso deve ter sido horrível pra você.

— Por isso você é meu hyung preferido. — Apontei para ele. — Você se importa comigo.

— Ei, eu me importo com você há dezessete anos! — Ji Yong fez um bico.

— Também gosto de você, Ji Yong. — Dei de ombros. — Mas o seu "é melhor assim" não me deixou nem um pouco aliviado.

— Mas é a verdade, Young-Bae. — Ji Yong sorriu gentilmente. — Você vai perceber mais cedo ou mais tarde. É o melhor para vocês dois. Inclusive, para o SeungRi também.

— Por falar em SeungRi, aonde ele está? — TOP olhou em volta como se procurasse alguma coisa.

— Ele não está se sentindo bem ultimamente. — Ji Yong deu de ombros, parecendo subitamente cabisbaixo. — Talvez por não estar se alimentando direito, não sei... Daesung ficou encarregado de cuidar dele.

— Daesung não sabe nem cuidar dele mesmo. — Resmunguei. — Como pôde confiar nele a cuidar do SeungRi?

— Daesung é bem mais carismático do que você pensa. — Ji Yong sorriu. — Ele vai fazer SeungRi ficar bom rapidinho.

 

[SeungRi On]

Assim que abri os olhos, vi uma luz forte e senti um ar quente sobre minha pele como uma faca raspando pão queimado. Meu cérebro latejava, e imediatamente fui tomado por um terrível enjôo.

Daesung me ofereceu uma vasilha. Ele era uma mistura de cabelos aos meus olhos turvos.

— Que horas são? — Resmunguei.

— 16:47. — Daesung sorriu.

Soltei um grunhido baixo e me virei na cama, com um enjôo ainda maior. Se eu fosse uma mulher, juraria que estava grávido.

— Cadê o Ji Yong-hyung? — Perguntei, com a voz abafada.

— Na sala, conversando com os hyungs. — Daesung disse. — Me pediram pra continuar aqui cuidando de você, mesmo que isso signifique levar umas patadas de vez em quando.

Quase dei um sorrisinho quando Ji Yong, TOP e Young-Bae entraram no quarto, me encarando com um olhar que eu odiava; pena. Suspirei.

Mas não daria tempo de lutar contra. Antes, tinha que vomitar 37 vezes. Após a trigésima, Ji Yong ficou preocupado.

— Acho que você pode estar com febre. — Disse.

— Já expliquei diversas vezes que estou péssimo, sim. — Respondi, com frieza. — Morrendo, provavelmente; não que vocês, ingratos, se incomodem.

— Pare de ser dramático. — TOP deu um sorrisinho. — Primeiramente, isso é culpa sua. Essa febre com certeza é psicológica e esse enjôo é por você não estar comendo nos horários certos, além de ser só numa porção menor que um grão de arroz.

— Estou fraco demais para me cuidar sozinho. — Continuei, me virando para a pessoa que gostava de mim e não sentia um prazer maldoso no meu sofrimento. Fiz o melhor possível para parecer patético, mesmo que não precisasse de muito esforço para isso. Eu já era patético de natureza. — Ji Yong-hyung, será que...

— Da última vez que quis ficar com você, você me mandou ir embora porque me achava irritante!

Quando Ji Yong parecia severo, era o fim. Seria mais fácil eu engolir meu orgulho e me jogar à mercê rosada de Young-Bae. E eu estava prestes a tentar a sorte quando Ji Yong anunciou caridosamente:

— Acho que seria bom você comer algo sólido e descansar.

— Também tem remédio pra enjoo que você pode tomar. — Young-Bae sorriu.

— Eu prefiro a morte do que dormir aqui com todos vocês. — Respirei fundo. — TOP-hyung tem a mania de tirar fotos minhas enquanto durmo.

— Você é bonitinho! — TOP se defendeu.

— Eu não gosto, hyung! Sabe que eu tenho trauma de fotos dormindo! — Resmunguei. Era verdade, desde minha última ficante japonesa. Aquela famosa, que fez questão de compartilhar nas redes sociais uma foto de minha pessoa dormindo depois, hã... De uma bela noite.

— Eu não vou tirar foto nenhuma, prometo. — TOP disse. — Eu vou até entregar meu celular para o Young-Bae.

E ele realmente o fez, sorrindo quando Young-Bae colocou seu celular no próprio bolso. Mesmo assim, não me senti tranquilo.

— Não me sinto aliviado. — Bufei. — Vocês não sabem aliviar nada.

— Seja um pouco mais agradecido. — Daesung cruzou os braços, emburrado. — É melhor te levar num hospital, isso sim.

— Nada disso. Eu me recuso! — Disse. Estava determinado, nada me tiraria daquela cama!

Exceto TOP, Ji Yong, Daesung e Young-Bae.

Não demorou muito até os dois conseguirem me arrastar até o hospital, marcando uma consulta rápida com meu médico particular, Jung Da-Won. Era um sujeito elegante, de cabelos grisalhos fartos e bem penteados,sempre rodeado de papéis e blocos de receitas.

— Seu hyung provavelmente tem razão. — Ele disse, anotando algo em uma prancheta. — É muito semelhante à uma febre psicológica. Você anda muito estressado ultimamente, não?

Na que o mesmo instante, me lembrei de Young-Bae. Assenti.

— Digamos que sim.

— Entendo. — Da-Won anotou mais alguma coisa. — Bem... Conte-me o que está acontecendo, Seunghyun.

— Acontece que não tenho passado bem estes dias — Minha voz saiu arranhada. — Qualquer coisa que me estresse me deixa fraco. Fico tonto, enjoado.

— Histórico de diabetes na família?

— Não que eu saiba. — Dei de ombros.

— Essas tonturas são frequentes?

— Se são frequentes? — Ri alto. — Senhor, eu as sinto todo o tempo.

— Entendo. — Ele anotou mais alguma coisa. — Elas vêm acompanhadas de algo a mais?

Aquela era a parte que eu queria evitar; no fundo, tinha medo que me achassem... Maluco. Mas eu já estava no meio do caminho, não podia recuar.

— É... É como se alguém estivesse preso dentro da minha própria consciência.

— Preso? — Da-Won ergueu uma sobrancelha.

— É. De fato, eu... — Abaixei o olhar. — As vezes eu sinto como se eu estivesse enjaulado dentro do meu próprio corpo.

— Já sentiu crises convulsivas ou como se estivesse se deslocando da realidade?

Crises convulsivas? — As palavras me acertaram como um tiro. — Nunca tive, mas... Esse deslocamento da realidade, é justamente o que quero dizer.

Ouve uma pausa. Da-Won se levantou.

— Deixe-me te dar uma examinada. — Apontou para a cama de rodinhas.

Retirei os sapatos e me deitei. O médico mediu meus batimentos cardíacos, verificou minha pressão com o aparelho aneroide, conferiu minha temperatura - que estava razoavelmente alta - e checou minha pupila. Apalpou até meu pescoço e examinou minha garganta. Nos voltamos para a mesa.

— Bem, você me parece normal. — Ele pressionou a tampa da esferográfica, anotando mais alguma coisa em sua caderneta.

— Acha que pode ser psicológico?

— Não tenho dúvidas, isso é bastante comum para vítimas de estresse. — Ele se inclinou para trás. Tirou da gaveta um caderninho. — Mas por via das dúvidas, gostaria de lhe fazer algumas perguntas na condição de terapeuta, o que acha?

Dei de ombros. Não tinha nada a perder, afinal. Da-Won não tinha um segundo doutorado em psicologia por qualquer coisa.

— Como anda sua vida pessoal?

A pergunta foi como uma facada no peito. Eu não sabia ao certo se queria falar sobre o que estava acontecendo comigo para um homem que eu via uma vez no mês. Se eu já não me abria com meus hyungs...

— Está tudo bem se não quiser falar. — Da-Won continuou, com um sorrisinho gentil. — Mas veja isso como uma oportunidade de retirar finalmente aquilo que está lhe incomodando.

Respirei fundo. Resolvi arriscar.

— É... Essa garota. — Desabafei, finalmente. Da-Won aumentou seu sorriso. — É por causa dela.

— Entendo. — Da-Won anotou novamente. — Você não tem uma pessoa mais próxima que costume conversar?

— A pessoa mais próxima que sou é minha irmã, mas não a vejo faz um tempo. — Disse, pensativo. — Tem também meus hyungs do BIGBANG, mas... Não me sinto confortável para falar com eles livremente.

— Conte-me mais sobre essas sensações que você tem.

— O que tem a ver? — Suspirei.

— Tem tudo a ver. Você ficaria impressionado em saber como complicações psiquiátricas podem induzir a delírios ou causar sintomas físicos. É o que chamamos de conversão histérica.

Conversão histérica. Tentei guardar o nome. Me encostei na cadeira; Pelo jeito, era pior do que pensava.

— Estou ficando louco, hyung?

Ele deu uma gargalhada para aliviar a tensão.

— Se quer saber, acho muito pouco provável. — Ele então aproximou de mim e ssussurrou como quem contava o maior segredo de todos: — Entenda, somos todos um pouquinho esquizofrênicos. Agora, diga-me uma coisa, Seunghyun. Prometo que vai ficar só entre nós. Você tem tomado alguma coisa? Alguma substância, ou quem sabe...

— De jeito nenhum – O cortei rapidamente. — Não mesmo.

Da-Won contraiu os lábios. Ficou em silêncio, os olhos vidrados no lustre.

— Acho que você deveria fazer uma bateria de exames. — Começou a prescrever uma receita. — Penso que o quanto antes.

O tom de urgência me desconcertou.

— O que acha que tenho?

— Vamos esperar que seja uma crise de histeria. O tratamento é feito com terapia e remédios, nada muito forte.

O médico assinou a ficha de solicitação. Na lacuna superior, escreveu uma palavra que eu já conhecia: “eletroencefalograma”.

— Obrigado... — Disse, meio sem chão. — Alguma precaução que eu deva tomar?

— Meu conselho é que tire alguns dias para descansar, sem participar de muitas coisas relacionadas ao trabalho. — Ele me ofereceu um cartão de visita. – Se precisar de alguma coisa, não deixe de me telefonar. – E enfatizou: – Estou no celular a qualquer hora.

[…]

Algumas semanas depois...

— Bom, eu estou indo. — Peguei minha jaqueta de um pequeno cabide na parede. TOP e Daesung se levantaram rapidamente.

— Aonde?! Quer que eu vá com você?! Tem certeza?!

Os fitei, um tanto assustado.

— Gente, eu só vou tomar café.

— Mas você vai sozinho? — TOP perguntou, fazendo um biquinho. — Você ainda nem foi fazer aquele exame que o Da-Won-hyung pediu, e...

— Hyung, não me trate como se eu fosse um bebê. — O cortei. — Já estou saindo. Qualquer coisa, é só me ligar.

— Mas... — Daesung começou, mas não pude ouvir o restante da frase; fechei a porta antes que ele terminasse.

 

Eu gostava daquele estabelecimento, ele sempre servia tanto brunch quanto café da manhã ou jantar. Era maravilhoso, e o meu preferido. O único problema era que ele era próximo da universidade de S/N, o que me deixava tentado a aparecer de surpresa à ela.

Red Velvet, por favor. — Pedi para a garçonete, que lançou uma piscadela para mim ao anotar meu pedido de bolo de morango favorito. Era também o nome de um girlgroup, o qual eu tinha ótima lembranças com uma de suas integrantes, Seulgi. Adorava o fato dela ter o Stage Name parecido com o meu.

Estava disposto a aguardar meu pedido sozinho, eu estava me sentindo extremamente calmo naquele dia. Foi quando uma figura alta e esbelta entrou no restaurante a passos rápidos, indo até o balcão. Ela escolheu uma mesa próxima a minha, e nem a máscara que usava conseguiu me impedir de identificá-la: Hyorin.

Não demorou muito até ela me reconhecer também. Enquanto eu dava um sorrisinho sem graça, ela parecia animada ao me ver.

— Seunghyun-ah! — Ela se levantou rapidamente e se sentou ao meu lado. — O que você está fazendo aqui sozinho? E sem máscara? Não sabe que sasaengs podem te reconhecer?

— Digamos que eu não sou o membro do BIGBANG que tem mais fãs. — Dei de ombros. — Não me importo muito com isso, de qualquer forma.

— Mas foram sasaengs que causaram o seu acidente de carro.

— Meu pior acidente foi com fogos de artifício. — Estremeci só de lembrar. — Odeio todos.

— Entendo. — Hyorin riu baixo. Um silêncio constrangedor se seguiu.

— Como você está? — Perguntei, olhando para minhas próprias mãos.

— Ah? Bem... Eu estou bem, eu acho. — Ela deu um sorrisinho triste. — Na medida do possível.

Eu sabia que Hyorin havia ficado chateada com o término com Young-Bae, afinal eles estavam há quase três anos juntos. E eu sabia bem como era a dor de um namoro acabado do nada.

— E você, como está? — Ela voltou a sorrir normalmente, como se quisesse esquecer qualquer mágoa do passado.

— Eu? — Ri baixo, meio desolado. — Eu nem sei. Acho que sabe como me sinto, noona. Sabe? Meio... Meio vazio.

Olhei para fora pela vitrine; um mundo nunca parado, sempre em movimento, e eu ali afogando minhas mágoas em um pedaço de bolo de morango.

— Acha que um dia pessoas como eu serão tão repugnadas pela sociedade a ponto de serem ignoradas completamente, sem chance alguma de encontrar um amor verdadeiro? — Perguntei, mordendo o lábio inferior. Hyorin ficou me encarando. — Não me responda. Esse é o tipo de pergunta que requer apenas uma garfada de Red Velvet como resposta.

Enquanto eu estava no meio de uma discussão filosófica de como a vida havia sido cruel conosco, e como todas as outras coisas que estavam acontecendo de uma vez, Hyorin se retraiu ao ver um casal entrar no restaurante. Casal este que não pude identificar, já que Hyorin me puxou para um beijo tão intenso e desesperado que eu até mesmo me assustei. 


Notas Finais


Essa cena do SeungRi no médico foi inspirada em uma cena do livro Filhos do Éden. Livro maravilhoso, super recomendo. <3

Saranghae! Ah! E eu já tenho um capítulo quase pronto, pode sair mais cedo do que o esperado. ;)


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