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História Baby, I'm Not a Monster - Imagine BIGBANG - Baby, Don't Leave Me


Escrita por: Capucine

Notas do Autor


GENTE, EU ESTOU VIVA, AMÉM
Sobrevivi pra presenciar a treta da tal Lee Yei, foi loko
Lee Yei de Taubaté

OK, VOLTANDO

Como eu disse antes, tá bem difícil de eu escrever com frequência por causa do falecimento da minha fonte de escrita, mas eu tentei trazer esse capítulo o mais rápido possível pra vocês. E aqui está, atrasado, mas está aqui! <3

Capítulo 20 - Baby, Don't Leave Me


[S/N On]

Demorei quase vinte minutos para perceber que já havia amanhecido em Seul, depois de uma longa madrugada de cerveja, salgadinhos e videogame. Não que fosse algum problema para mim, afinal sono não me fazia falta. Eu não conseguia dormir há uma semana.

— Morre, morre, morre, morre... — Murmurei, enquanto apertava freneticamente os botões do joystick. — Não deixe nenhum gene excessivo seu para trás, seu maldito viciado em sexo.

Game Over. Droga.

Joguei o joystick no chão, me esticando no colchão na sala. Ainda estava de pijama, e não estava com nenhuma disposição e nem vontade para trocá-lo. Era verdade; eu era tão fraca que foi só eu parar de jogar que a vontade de chorar voltou num instante imediato.

A semana que havia se passado depois do incidente no dormitório do BIGBANG me deixou arrasada, e a culpa estava me corroendo aos poucos. Agora, além de SeungRi, Ji Yong também não queria mais saber de mim, e provavelmente nem TOP e Daesung. O único que ainda estava disposto a conversar comigo era Young-Bae, mas nesse caso era eu quem não queria vê-lo. De alguma forma, eu sentia que tudo o que estava acontecendo era culpa nossa.

 Mas Deus ouviu minhas preces, e logo a campainha tocou, me salvando do meu devaneio sem fim. Ayano me encarou animada assim que me viu, mas quando percebeu meu estado, seu sorriso sumiu.

— O que você estava fazendo?

— Jogando.

— Há quantos séculos? — A japonesa me analisou de cima à baixo. — Bom, de qualquer forma...

Ela retirou um pequeno pacote de dentro da bolsa, e me entregou sorridente.

— Fiz uma cópia do que você perdeu na faculdade.

— Oh. — Arregalei levemente os olhos. O fato de eu ter faltado uns três dias de aula já nem estava mais na minha mente. — Obrigada.

— Certo, ahm... Agora, deixando os deveres de lado, você deveria ir para o seu quarto e reconstruir o seu rosto. — Ayano cruzou os braços.

— Aish, não... — Choraminguei, mas Ayano não se abalou.

— Nada disso. Você vai se trocar, enquanto isso, eu arrumo essa bagunça que você chama de sala. — Ordenou, e eu a encarei. Ela riu. — Anda!

[...]

Passei mais de dez minutos jogada na cama com o travesseiro no rosto, e Ayano nem deu falta da minha presença. Foi maravilhoso, até ela descobrir.

— Onee-chan!  — Ela bateu o pé no chão. Fiz uma careta.

— O que foi?

— Você devia ter vindo se arrumar, não se afundar na cama! — Ayano bufou. Não respondi, apenas me virei de costas para ela. — Ya... Onee-chan, ou você se levanta daí, ou me conta o que aconteceu.

A encarei, com os olhos já marejados, e me sentei na cama. Ali, não tive medo de lhe contar - pedindo segredo absoluto - o que houve no dormitório do BIGBANG, em todos os detalhes, com os soluços já subindo a garganta.

— E foi isso... Agora não só o Ji Yong me odeia, como o SeungRi também, e provavelmente Daesung e TOP.

— E você também, onee-chan! — Ayano me repreendeu. — Você foi cutucar a cobra dentro do seu ninho!

— Que cobra, Ayano? — Franzi o cenho. — Você foi quem me aconselhou a dar uma chance para quem me fazia feliz...

— Se você tivesse me contado que o amigo em especial que você queria dar uma chance era o próprio SOLAR, eu concordaria com GD sem pensar duas vezes! — Ayano fez um bico. — Agora o estrago está feito. Acabou.

— Eu me sinto péssima... — Abaixei o olhar.

— Eu também me sentiria. — Ayano disparou, mas logo voltou a falar com sua habitual voz gentil: — Escute, isso não é totalmente culpa sua, onee-chan. Você não sabia o quão debilitado o V.I estava, não tinha como adivinhar que o clima estava daquela forma.

Parei. Agora que Ayano havia falado, eu consegui pensar melhor.

— Você tem razão. — Pisquei algumas vezes. — Eu não sabia sobre o SeungRi, porque sempre que eu perguntava sobre ele para o Young-Bae, ele mudava de assunto. Ficava inquieto, não respondia...

— Ele teria lhe contado sobre isso, onee-chan, tenho certeza. — Ayano deu de ombros. — SOL não me parece do tipo que omite as coisas para benefício próprio.

— É... — Respirei fundo. — Não parece. Não parece mesmo.

Ayano ficou em silêncio, e desviou o olhar por um momento.

— Você vai mesmo...?

— Vou. — Assenti. — Não. Não sei. Não quero pensar nisso agora.

— Eu te entendo. — Ayano deu um sorriso gentil. — Tudo bem.

Me levantei, me espreguiçando, e estalei o pescoço. Ayano me encarou, preocupada.

— Onee-chan...

— Preciso de ar. — Suspirei. A cena de Ji Yong hiperventilando voltou na minha cabeça por um momento, e eu pressionei os olhos. O jeito como ele me olhava, o ódio, a decepção naqueles olhos castanho-escuro... Aquilo nunca pararia de me assombrar.

Passei pela sala, como se pudesse despistar Ayano, quando a campainha tocou. Cruzei a sala em dois passos nervosos, que se findaram quando a porta foi aberta.

— Hey... — Era Young-Bae.

[…]

[Young-Bae On]

O clima ainda estava tenso desde o dia em que S/N visitara o dormitório, principalmente entre mim e Ji Yong. Eu e ele não nos falávamos, nem ao menos nos olhávamos. Estava difícil, considerando o fato de que éramos amigos há dezessete anos.

Naquela tarde, eu estava assistindo algum programa da KBS, junto a Daesung. Ele estava no sofá, e eu em cima de um amontoado de almofadas que estavam no chão. Ji Yong passou por nós e, como sempre, ele não me olhou, mas lançou um olhar mortal para Daesung. Ele só fez isso uma vez, depois passou reto.

— Dae. — Suspirei, e estiquei a mão para que Daesung me desse um pouco de pipoca que ele comia num pote rosa pastel. Ele não se manifestou. — Dae?

Me virei para ele; Daesung encarava a televisão, e parecia desconfortável à medida que eu o chamava. Sempre desviava o olhar, ou então prendia a respiração.

— Daesung! — O chamei uma última vez, até que ele se levantou, deixou a vasilha de pipoca no sofá e saiu, me deixando ainda mais confuso do que já estava. — Dae-ssi...?

Continuou daquele mesmo jeito na última semana. Agora, além de Ji Yong e Daesung, TOP também agia estranho comigo. A única diferença era que TOP parecia ainda mais desconfortável, enquanto GD era um completo profissional em me ignorar. TOP também havia começado a dormir no dormitório junto conosco.

— Bom dia! — Declarei enquanto descia as escadas, encontrando com os três na sala, rindo de algo que passava na televisão. Como sempre, sem resposta. — TOP-hyung...?

TOP desviou o olhar e respirou fundo. Até ele?

— Ahm... Ei. Vocês. — Tentei mais uma vez, sem nem saber o porquê. Eu sabia que eles não responderiam.

Desviei o olhar e pigarreei, indo para a cozinha. A máquina de café estava cheia, o que era bom, pois se eu tentasse fazer café provavelmente iria explodir a cozinha de tão distante que minha mente estava.

— Posso me sentar? — Perguntei para TOP, que desviou o olhar. Suspirei. Ali eu não poderia me sentar. Não tive escolha, senão voltar para o quarto.

Por mais que eu não quisesse admitir, eu já estava começando a me sentir solitário. Já fazia uma semana que meus irmãos me ignoravam e agora eu não tinha mais nada a fazer senão me afastar deles também. Nos ensaios, eu me sentava no banco do outro lado da sala de dança; na hora do jantar, eu jantava na cozinha enquanto eles comiam no sofá, ou no quarto com SeungRi. Estava difícil, muito difícil.

— Aish, por que isso nunca some?! — Exclamei para o espelho, examinando minha boca. O soco de SeungRi havia sido poderoso; mesmo depois de uma semana, minha boca ainda não estava completamente curada. Cutuquei a gengiva com meu indicador, quando alguém entrou no quarto.

— Se você parasse de cutucar a ferida, talvez ela sarasse mais rápido. — TOP entrou com um pacote de algodão escondido atrás das costas e um sorriso no rosto.

— Hyung... — Suspirei, aliviado, e sem perceber, abracei TOP. Ele retribuiu calorosamente. — Por que os outros estão agindo estran-...

Interrompi minha pergunta, porque no fundo já sabia a resposta.

— Ji Yong pediu pra fazerem isso?

— Não. — Respondeu TOP. — Daesung e eu... Nós chegamos à conclusão de que seria melhor não nos falarmos por uns tempos, pra que a nossa amizade fosse preservada. Sabíamos que, se continuássemos fingindo que nada estava acontecendo enquanto Ji Yong e SeungRi definhavam iria acabar acarretando um futuro disband, e eu não quero isso.

Mordi o lábio inferior. TOP pareceu perceber meu desconforto.

— Mas quando Daesung disse que não iríamos ficar próximos de você por um tempo, pensei que ele estivesse falando sobre te explicar a situação e não falarmos mais com tanta frequência com você, não que iríamos agir como se você não estivesse ali. Seria desumano.

— É, eu já estava começando a surtar. — Desviei o olhar.

— A verdade, Young-Bae, é que o Ji Yong e o Daesung estão realmente chateados com você.

— Isso não faz sentido. — Balancei a cabeça negativamente. — Ji Yong e eu nos conhecemos há dezessete anos, ele não pode...

— Na verdade ele pode e eu não tiro a razão dele. — TOP continuou, com a voz gentil. — Mas eu também não acho que a culpa seja inteira e completamente sua. Eu estou te falando isso porque tenho a sensação de que a minha sanidade também está por um fio com tudo isso acontecendo de uma vez.

Suspirei, cansado.

— E o que eu deveria fazer quanto ao Ji Yong? Ele ainda me culpa pelo SeungRi.

— Parar de cutucar a ferida, para que ela se cure mais rápido. — Ele respondeu, como quem tem as respostas para todas as perguntas do mundo. Ergui uma sobrancelha, incrédulo.

— E a ferida de SeungRi é S/N. — Engoli os lábios. — Você quer que eu pare de falar com a mulher que eu amo.

— Não! E-Eu... Não é isso! — TOP pareceu desesperado por eu não entender seu ponto de vista. — Omo... Eu só quero que você segure as rédeas, pelo menos quando estiver aqui no dormitório. Da porta do dormitório para fora, é a sua vida, você e você mesmo. Mas aqui dentro... Nós somos uma família, o que significa que se algo acontecer com você, irá nos afetar de alguma forma. Você entende o que quero dizer, não entende?

Respirei fundo. Fazia sentido, de certa forma.

— Entendo, hyung.

— Eu sabia que entenderia. — TOP sorriu. — Você ainda é o mesmo Young-Bae de sempre, não aquela pessoa cruel e egoísta que o Ji Yong e o Daesung acham que é.

Assenti, dando o melhor sorriso que podia dar.

— Não conte pra eles que vim aqui.

— Não conto. — Respondi. — Se você não contar quando eu for visitar a S/N.

— Tudo bem. — TOP deu de ombros. — É como eu disse: Lá fora, é a sua vida.

— Por isso que você é meu hyung favorito. — Sorri. TOP pareceu satisfeito. — Por que está com esse algodão?

— Ah! Achei que fosse precisar pra limpar sua boca. — Ele coçou a nuca, e me entregou o algodão. — Toma, pode ficar. Eu preciso ir, senão Dae pode acabar vindo atrás de mim. Tente aguentar firme.

Assenti, mordendo o lábio inferior, e TOP saiu do quarto, olhando para os dois lados para verificar se algum dos meninos estava por perto. Esperei um pouco antes de sair também, passando reto pela sala aonde eles estavam até a porta. Precisava conversar de verdade com alguém.

[…]

S/N pareceu surpresa ao me ver. Ela não sorriu.

— Young-Bae... — Ela sussurrou, antes de tentar fechar a porta. Impedi-a com os braços, e entrei antes que pudesse fechá-la.

— Por favor, eu já fui mais que ignorado essa semana.

— Onee-chan, o que... — Uma garota saiu do quarto de S/N, e parou instantaneamente. — Ah, meu Deus. Meu. Deus.

A garota soltou um gritinho, e saiu correndo para dentro do quarto novamente. Esbocei um sorrisinho.

— Quem é?

— Uma fã. — S/N deu de ombros.

— Mas você também é uma fã.

— Mas eu nunca agi assim.

Meu sorriso se abriu, e uma sensação nostálgica entrou no meu corpo.

— É. Eu me lembro.

— Você não deveria ter vindo. — S/N desviou o olhar. — Não posso mais falar com você depois daquele dia.

— Por quê? Não tivemos culpa, foi apenas...

— É claro que tivemos, você não percebe?! — Ela me interrompeu. — Você não pode mais me procurar, simplesmente não pode!

— O que? — Franzi o cenho. — Primeiro meus amigos me ignoram, agora você e...

— Esse é outro motivo para que você pare de me ver! — Os olhos de S/N ficaram marejados. — As vidas de vocês estão desmoronando, e é por minha causa!

Fiz uma pausa. Ela realmente estava falando sério?

— Por que você não me disse que o SeungRi estava daquela forma? — S/N tentou, sem sucesso, enxugar as lágrimas violentamente com as costas das mãos, e me encarou fixamente. — Por quê...?

— Eu... — As palavras me faltaram. Cocei a nuca. — E-Eu não... Se vocês se reaproximassem, ele poderia te fazer algum mal, e eu não...

— Então você omitiu o fato do homem que eu amo estar precisando de ajuda... Só para não perder o seu lugar no ranking?! — S/N cuspia veneno em cada sílaba que pronunciava, e eu sabia que aquele veneno estava direcionado diretamente para mim. 

— Eu não...

— Young-Bae... Young-Bae, por favor, não me procure mais. — S/N sussurrou. — Eu te imploro, por favor... 

— Eu não posso simplesmente parar de te ver. — Respondi. Eu já estava ficando estressado, decepcionado, minha cabeça estava a ponto de explodir. 

— POR QUE VOCÊ NÃO PODE?!

— PORQUE EU TE AMO! — Gritei, e senti meus olhos arderem. Minha voz já estava ficando embargada.

— MAS VOCÊ NÃO PODE ME AMAR! NÃO PODE! — S/N devolveu no mesmo tom, com as lágrimas já molhando completamente seu rosto.

— Eu não entendo o porquê de você estar com raiva de mim. — Solucei. — A culpa não é minha se o SeungRi está tão mal, eu não...

— Você não entende mesmo... — S/N balançou a cabeça negativamente, e havia desprezo em seu olhar. — Você é o mal que atormenta o SeungRi... Tudo, tudo foi você... Tudo.

Aquela foi a deixa para que as lágrimas finalmente rolassem pelo meu rosto, me fazendo chorar como uma criança.

— S/N...

— Você precisa me deixar em paz. — S/N sussurrou. — Ou eu vou... Vou precisar me afastar.

— Eu não vou deixar você ir embora assim, não posso...

— Você vai precisar. — Ela respondeu, baixinho, e respirou fundo antes de continuar. — Eu vou voltar para o Brasil. 



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