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História Baby, I'm Not a Monster - Imagine BIGBANG - Right Place, Right Time


Escrita por: Capucine

Notas do Autor


OLAR

"Game of Fanfic - As Crônicas de Bae e Panda" está de volta!

Adorei ler os comentários de vocês meus amores! Como sempre, vocês me dando forças para continuar e dando a opinião mesmo! Adoro 💜

Só digo que: Quando eu posto dois capítulos, um atrás do outro, é porque vem coisa por aí.

Aproveitem 💜

Capítulo 31 - Right Place, Right Time


[S/N On]

— COMO É QUE É?! O SEUNGRI FEZ O QUE?!

— Ayano, acalme-se. — Desviei o olhar. Ayano passou para me perguntar o que havia acontecido naquele dia, e eu não sei como, ela conseguiu me convencer a contar. O único problema era que estávamos numa lanchonete, e haviam várias outras pessoas completamente desconhecidas ali. Eu não queria que elas soubessem que eu havia sido traída.

— ACALMAR?! EU NÃO POSSO ME ACALMAR! EU ME RECUSO A ME ACALMAR! — Ayano se levantou bruscamente de onde estava. — EU VOU QUEBRAR A CARA DAQUELE MOLEQUE E DAQUELA VADIAZINHA.

— Ayano! — Eu a segurei pelo pulso. — Você quer ser acusada de agressão física e acabar com sua chance de terminar a faculdade?! Acredite em mim, eu bem que queria fazer isso por conta própria, mas é melhor não gastar saliva com esse tipo de gente.

— Amiga, olha bem pra mim. — Ayano segurou nos meus ombros. — O SeungRi TRAIU você! T-R-A-I-U! Me diga que você pelo menos o xingou!

— Eu falei para ele tomar banho em óleo quente para retirar a essência de vadia. — Mordi o lábio inferior.

— Muito bem. Mas ele deveria tomar banho em ácido junto com aquela Soo Yoon! E VOCÊ DEVIA TER MATADO OS DOIS!

— Ayano, coloque-se no meu lugar. Se fosse o Daesung, você não iria querer abafar também?

— Claro que não! — Ayano bufou. — Se fosse o Daesung, eu iria quebrar todos os dentes dele! E da vadia que ele me traísse também. Onee-chan, eu te amo, mas eu quero muito bater em você agora por não ter acabado com o SeungRi!

— Eu... Eu não tive coragem. Pronto, falei. — Suspirei.

— S/N! — Ayano bufou, irritada.

— Me prometa que não vai contar para Daesung. E nem para os meninos. — Segurei a mão de Ayano. — Prometa! Pela nossa amizade!

— Aish... — Ayano fez uma careta. — Ok, eu prometo. Mas se ele vier com alguma gracinha, eu mesma desço a mão no rosto daquele sem-vergonha!

[…]

Foi difícil colocar na minha cabeça que eu não encontraria SeungRi me esperando no quarto quando a aula acabasse, e eu me odiei por isso. Não queria ver SeungRi nem pintado, no entanto, havia prometido que iria com ele na consulta ao psicólogo. Aquilo estava me deixando tensa, e meu estado de saúde pior ainda.

Tinha um intervalo livre naquele dia, então fui direto para o dormitório descansar. Assim que abri a porta, a lufada inebriante de um aroma delicioso veio ao meu encontro;

Meu quarto estava repleto de flores. Por todos os lugares.

Todas eram Violetas, e estavam na escrivaninha, nas estantes, em vasos no chão, nas janelas, em ramalhetes e ramos de flores e muito mais. Um pequeno cartão estava preso em um buquê enorme e extremamente perfumado, e eu o peguei. Meu coração quase não aguentou ao reconhecer a letra.

"Sei que prometi te deixar em paz, mas a vontade falou mais alto.

Ayano disse que você saiu abalada do café naquele dia. Não sei o que foi, mas não gosto de te ver triste. E não vou.

E nem tente me impedir de tentar te animar, sua punk!

Essas flores não são apenas minhas, mas de todo o BIGBANG, portanto, trate de aceitá-las!

Eu já disse que acho que violeta é a sua cor? Combina com você. Como a ametista que te dei.

- Bae."

Sorri comigo mesma. Young-Bae sempre sabia como animar meu dia e me dar forças para continuar.


[SeungRi On]

Nas semanas seguintes, eu passei muito mais tempo preocupado com o fato de ir para o psicólogo do que com a questão de Soo Yoon. Provavelmente, o consultório estaria cheio, e isso me deixaria irritado. Bastava aparecer, sorrir, conversar um pouco e então poderia me retirar.

Tomei banho e me vesti após o almoço. Às 13:00, saí discretamente do dorms, dirigindo até a Clínica Psiquiátrica de Gangnam, aonde havia marcado com S/N. Ela não havia atendido minhas ligações ou respondido minha mensagens no KakaoTalk, e eu me sentia extremamente mal e culpado. Era uma sensação terrível. Mas eu planejava cumprir minha palavra de não me encontrar com Soo Yoon.

Com apenas alguns minutos de atraso, S/N apareceu na porta da clínica, e eu perdi a fala por um instante. Ela parecia muito mais imponente, porém esgotada. Os cabelos castanhos estavam presos em um rabo de cavalo alto, e um sobretudo marrom a cobria até os joelhos. O brilho do colar de ametista em seu pescoço voltou a dar o ar de sua graça.

Dei um sorrisinho, mas S/N não retribuiu. Ela mal me olhou nos olhos.

Nos sentamos na sala de espera, e S/N começou a mexer no celular. Pigarreei, e me aproximei dela.

— Obrigado por vir comigo. — Sussurrei ao seu ouvido, e S/N bufou. Tentei segurar sua mão, mas ela se afastou.

— Não encoste em mim. — Disse, entredentes. Desviei o olhar. — Não pense que eu esqueci o que você fez.

— Então por quê está aqui comigo? — Perguntei.

— Não sei. — Deu de ombros. — Estava bêbada quando disse que vinha. Acho que ainda estou.

Ri baixo. Mas S/N, que não estava para brincadeira, não achou graça nenhuma.

— Lee Seunghyun. — Uma enfermeira sorridente foi até o centro da sala e chamou por mim. Meu corpo travou.

— SeungRi, é você. — S/N virou-se para mim. Respirei fundo. — SeungRi.

Assenti. Me levantei, mas não consegui andar. S/N me empurrou levemente pelos ombros até a enfermeira, e dali a enfermeira mesmo me levou até o consultório do psicólogo. Me virei uma última vez para olhar para S/N, conseguir forças para entrar ali, e imaginei-a dando um dos seus sorrisos maravilhosos para mim.

E aquilo me ajudou a continuar.

A moça abriu a porta, e o psicólogo deu um sorriso acolhedor. Meu coração gelou por um momento.

— Entre, Seunghyun. Pode entrar. — O psicólogo disse, e eu engoli a seco. Adentrei sua sala a passos lentos, e a enfermeira fechou a porta atrás de mim, nos deixando a sós.

Havia uma poltrona, uma pequena mesa e um sofá. O homem estava segurando um pequeno bloco de notas, e indicou que eu me sentasse no sofá com estampa de anjos dourados enquanto se ajeitava na poltrona. Tenho certeza que ele duvidou se eu havia dormido bem, pelo jeito que me olhou. Meu rosto estava marcado por noites em claro.

— Teve uma noite e tanto? — Perguntou o psicólogo, gentilmente.

— Tomei algumas taças de vinho para acompanhar meu almoço. Pato com laranja. — Respondi, com um sorriso sem graça que desapareceu tão logo quanto surgiu. — Nunca mais comerei pato. Não acredito que gostava de pato. O pato me traiu. — Fiquei em silêncio, depois admiti: — Talvez tenha tomado mais do que algumas taças.

— Suponho que isso não o tenha feito desistir de vir aqui. — O psicólogo sorriu. — Digo, seu nervosismo. Por isso tomou as taças, não?

— De fato, não me impediu. — Respondi. — Fiz uma promessa.

— Entendo. — O psicólogo anotou. — Prometeu para algum parente?

— Não. — Então acrescentei, um pouco tímido: — Para minha namorada.

Abaixei o olhar. Não sabia se S/N ainda gostaria de ser chamada assim por mim.

— Ah, bem. Uma dama em particular. — O psicólogo soltou um risinho baixo, e cruzou as pernas profissionalmente. — Ninguém nunca o machucou, não é mesmo?

Parei.

— Por que acha isso?

— Oh, não. Só estou dizendo que você parece o tipo de pessoa que nunca teve o coração partido. — O homem empertigou-se. — Você é jovem. Sua garota deve lhe dar momentos maravilhosos. E você deve confiar bastante nela, para fazer uma promessa desse tipo e cumpri-la.

— Amor, casamento... Tudo isso é muito superestimado. — Disse, com sinceridade. — Minha namorada, ela... Diferente de mim, partiu seu coração recentemente.

O psicólogo recostou-se na poltrona.

— E quem partiu o coração da moça, se me permite perguntar? — Falou, entretido.

— Os corações das mulheres são como louças sobre uma cornija. São tantos, e é fácil parti-lo sem perceber. — Respirei fundo. O psicólogo prestava bastante atenção no que eu dizia, e diferente do que eu pensava, ele tentava fazer eu me abrir.

O único problema era que eu não queria.

— Você já pensou em se entregar de corpo e alma para algo que ama, Seunghyun? — O psicólogo perguntou. — Ou alguém?

Cerrei os punhos.

— Não. — Respondi. Me levantei, apoiando uma das mãos no sofá, e passei a outra pelo cabelo. O homem não se abalou.

— Mas e suas noções sobre o amor? — Perguntou o psicólogo.

— Eu era muito tolo. — Respondi, quase violentamente. — Pensava no amor como um jogo. Não é um jogo! É mais sério do que a morte!

— O que o faz dizer isso com tanta convicção?

Não respondi, apenas desviei o olhar.

— Seunghyun — Disse o homem. —, diga-me o que aconteceu. Cumpra a promessa que fez a mulher que ama. Me conte o que aconteceu, para que começasse a pensar assim.

— Eu não... — Comecei, e senti meus olhos marejarem. O psicólogo se levantou e tocou em meu ombro com o máximo de delicadeza possível, e eu abaixei a cabeça, tentando engolir o choro. — Eu...

— Me diga. — Disse suavemente. — Livre-se desse fardo. Me diga.

— Eu... — Respirei fundo. — Há muito tempo, quando... Quando discuti com a minha namorada, fui numa consulta médica por me sentir doente. Mais do que doente. Era... Uma sensação terrível.

Eu estava contando aquilo do fundo do meu coração. O psicólogo me guiou até o sofá e se sentou na poltrona, me encarando atentamente.

— Meu médico disse... Disse algo sobre uma "Conversão Histérica". Eu não sei o que é isso, não sei o que significa, mas... — Respirei fundo novamente. — Ele recomendou uma bateria de exames. Eu não fiz. E depois de um tempo... Elas apareceram.

— Quem apareceu? — Perguntou.

— As vozes... — Senti um soluço subir pela garganta. — Na minha cabeça.

O semblante do psicólogo mudou, e ele começou a anotar algo em seu bloco de notas. Sequei meus olhos antes que alguma lágrima começasse a cair.

— Elas... E-Eu não queria... Elas não me deixavam escolha. — Suspirei. — Eu... Eu fiz coisas que eu não me orgulho.

— O que você fez? — Perguntou.

— Eu quase envenenei meu hyung... — Daquela vez, não consegui me controlar. As lágrimas vieram com uma força sem igual, e eu comecei a chorar forte, como uma criança despertada por um tapa. — Eu... E-Eu quase tirei minha própria vida... Eu...

— Seunghyun...

— Eu invadi o apartamento da minha namorada... Eu até mesmo cheguei a me deitar com outra mulher por... Por raiva. Por essas malditas vozes não calarem a boca. Elas não calavam a maldita boca! — Apoiei minha cabeça nas mãos, chegando a puxar meu cabelo. — Eu voltei a me deitar com outra mulher apenas para satisfazer um maldito desejo!

— Uma pessoa pode abrir mão de muita coisa por amor, mas não se é possível abrir mão de si mesmo. — Disse o psicólogo suavemente.

— É mesmo? — Rosnei. — Nasci para ser um mulherengo e nasci para ficar com ela. Diga-me como conciliar os dois, pois eu não consigo!

O psicólogo não respondeu, e meu choro correu mais livremente. Solucei alto e massageei minhas têmporas, abaixando a cabeça.

— Perdão. — Solucei. — Por que lutar contra uma escolha que já foi feita, não é mesmo?

— Seunghyun, ouça. — O psicólogo suspirou. — Não disse que você nasceu para ser um mulherengo. Você nasceu para receber amor, como qualquer ser humano. Na minha condição de terapeuta, eu lhe aconselho a continuar com as consultas e fazer os exames que seu médico lhe recomendou, mas na condição de amigo... Eu sinceramente lhe desejo boa sorte. Sorte e amor.

Fiz uma pequena reverência.

— Desejo-lhe um bom dia. Acho que não nos veremos mais.

Então me afastei para as alas mais internas do consultório, até sair para o corredor. A alguns metros dali, hesitei e parei; a luz de uma das janelas estreitas me fez pensar em sair correndo dali, mas não fiz.

Me lembrei da promessa que havia feito a S/N. Do inferno que havia sido para conviver com aquelas vozes na minha cabeça. De Ji Yong passando mal por causa de um dos meus surtos. De Young-Bae e Ji Yong brigando por minha causa. De quase ter causado o fim do BIGBANG.

Dei meia-volta, e voltei para o consultório. Tive a consulta que meus hyungs e S/N me imploraram tanto para ter. E a partir daquele dia, eu não tive mais medo.

S/N estava me esperando do lado de fora da clínica. Ela não sorriu ao me ver, mas quando a puxei para um abraço, ela não me afastou. E aquilo me fez sentir bem.

[…]

Na manhã de domingo, uma semana depois da minha consulta no psicólogo, acordei com o repicar costumeiro do meu celular tocando, ressoando por todo o quarto. Tateei a cama atrás do aparelho, até que me lembrei de tê-lo deixado em cima da escrivaninha.

Com um resmungo de indignação, me levantei, arrastando meus pés até a escrivaninha no outro lado do quarto. A luz da tela imediatamente invadiu meus olhos, e eu não consegui distinguir o nome do contato que me ligava. Atendi, levando o celular ao ouvido.

— Alô?

"SeungRi? É você?"

— Você ligou para o meu celular, quem esperava que fosse? — Cocei os olhos. — Quem é?

"Soo Yoon. Eu preciso falar com você."

— Soo Yoon? — Franzi o cenho. — Eu... Eu realmente acho melhor não nos vermos mais.

"Oppa, eu estou falando sério. Eu preciso falar com você pessoalmente."

— Não, eu não... — Respirei fundo, passando a mão pelo cabelo.

"Oppa! Eu preciso que você venha me encontrar. É um assunto muito sério, e é urgente."

Desviei o olhar. Eu havia prometido para S/N que não a veria mais. Respirei fundo.

— Aonde você está?


Notas Finais


O que vocês acham que a Soo Yoon quer conversar com o Panda, hein? HMMMMM 😉


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