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História Baby, I'm Not a Monster - Imagine BIGBANG - Baby, I'm Not a Monster


Escrita por: Capucine

Notas do Autor


Aish, pessoal.

É hoje. Hoje é o fim.

Eu nem sei o que dizer nas notas iniciais por que já estou com saudades dessa história que me fez ficar louca. Então, vou deixar vocês com os capítulos. Nos reencontraremos nas notas finais.

Capítulo 35 - Baby, I'm Not a Monster


Fanfic / Fanfiction Baby, I'm Not a Monster - Imagine BIGBANG - Baby, I'm Not a Monster

[SeungRi On]

Todos nós estávamos apreensivos à espera de GD, na YG Entertainment. Nós nos recusávamos a ir embora sem ele, mas o Papa YG havia sido tão assustador que estávamos considerando seriamente ir para o dorms, encher a banheira e sentar ali para chorar e ranger os joelhos.

— Eu não aguento mais. — Daesung se levantou. — Eu vou lá ver o que tá acontecendo!

Ele começou a andar em direção à sala, mas voltou sem nem mesmo entrar no corredor, assustado.

— Alguém vem comigo. — Choramingou.

Young-Bae e eu nos entreolhamos, e acabamos concordando. Era mais por curiosidade, afinal todos nós queríamos saber o que eles estavam conversando. Juntos, nós fomos até a porta da sala do Papa YG e ficamos ouvindo a conversa, mesmo sem poder ver o que estava acontecendo. A porta era de vidro fosco, então dava pra ter pelo menos uma noção de onde eles estavam.

— O que estamos tentando mostrar ao público com as nossas músicas? — Perguntou Papa YG. Ji Yong não respondeu. — Algo como isso já aconteceu antes, você sabe disso. Acredito que entende completamente o grau de seriedade.

Ji Yong assentiu. Papa YG continuou.

— Suas desculpas já não adiantam mais. Então, por que fazer parte do grupo? Por que precisamos de um líder incompetente? Por que precisamos de um grupo?

Ji Yong rangeu os dentes. Eu estava me sentindo terrível por ter que fazê-lo passar por isso.

— Não consegue me responder? — Papa YG ergueu uma sobrancelha.

— S-Sim, mas... — Ji Yong gaguejou.

— Então me diga. — Papa YG continuou. — Por que não produzir apenas suas músicas a partir de agora? Você vive falando sobre ser um ídolo e rapper. Por que continuar com o grupo, então? Se você consegue apenas cuidar de você mesmo, então por que não continuar sozinho?

Ji Yong continuou de cabeça baixa, ouvindo tudo atentamente.

— Ya, G-Dragon. — Papa YG chamou sua atenção. — Olhe para mim. — Ji Yong obedeceu. — Você estará bem sem o seu solo?

— Sim. — Ji Yong respondeu sem hesitar.

— Você não quer seguir carreira solo?

— Não. — Novamente, sem hesitar.

Papa YG ergueu uma sobrancelha. Ele se aproximou de GD e se sentou a sua frente.

— Deixe-me perguntar mais uma vez. — Ele cruzou os braços. — Solo ou BIGBANG?

— BIGBANG. — Disse Ji Yong.

Papa YG o encarou por um momento, até que deu um sorriso ladeado.

— Você está subindo no meu conceito, G-Dragon. — Disse. — Por isso, vou confiar em você novamente.

Os olhos de Ji Yong ficaram marejados. Eu e meus hyungs nos entreolhamos.

— É sério?

— Ji Yong, eu te acolhi com Young-Bae na minha empresa quando vocês tinham apenas 11 anos de idade. — Disse Papa YG. — E depois Choi Seunghyun, e depois Daesung e Lee Seunghyun. Eu e minha esposa, Eun-Ju, tivemos apenas dois filhos, Yoo-Jin e, inclusive um com o mesmo nome de SeungRi e T.O.P, Seunghyun. Mas eu nunca deixei de considerar vocês meus meninos. Eu realmente fiquei muito decepcionado quando soube desse escândalo envolvendo Lee Seunghyun, e pensei que não pudesse mais confiar em vocês para tomarem decisões sozinhos. Mas agora, você me provou que eu posso.

Young-Bae se remexeu, inquieto, e acabou se desequilibrando e batendo a testa na porta da sala. Ele fez uma careta de dor, e Papa YG ergueu o olhar.

— O que é isso? — Perguntou. — Vocês aí!

Nos entreolhamos e engolimos a seco, adentrando a sala devagar. Ji Yong arregalou os olhos quando nos viu ali, mas também sorriu aliviado.

— Vocês... — Papa YG começou, mas não continuou. Ele suspirou. — Pensei que tivessem ido embora.

— Você não está bravo conosco? — Daesung perguntou.

— Estou. — Respondeu Papa YG. — Porém, irei lhes conceder mais uma chance. Ouçam, eu já fui censurado com as minhas músicas várias vezes quando era do trio SeoTaiji & Boys, mas mesmo assim nós continuamos e agora somos conhecidos como os pioneiros do Kpop.

Young-Bae ergueu a mão para falar. Papa YG condescendeu.

— Podemos ver um MV seu? — Perguntou, ingênuo como sempre. Ji Yong não se aguentou e começou a rir, cobrindo o rosto com uma das mãos. — Ei! O que foi?!

Daesung também começou a rir, e em seguida até mesmo Papa YG e eu. Acho que nós éramos realmente a YG Family; assim como uma família, logo nós nos esquecíamos do por que havíamos brigado.

Mas mesmo momentos como estes não podiam ofuscar a gravidade da situação.

[…]

A busca para que a verdade enfim fosse descoberta estava difícil, mas nós não planejávamos desistir. Soo Yoon havia entrado com um processo contra mim por abuso e maus tratos, mas Ji Yong já estava providenciando um advogado. Assim como havia prometido, ele realmente estava se esforçando para virar o jogo. Eu só me sentia mal por ter que fazê-lo limpar a minha bagunça.

Subi as escadas devagar, indo para o meu quarto. Era difícil não pensar em S/N quando estava sozinho, mas ainda sim eu insistia em ficar apenas com os meus pensamentos. Eu sabia que, em 26 anos de vida, nunca havia feito uma burrada tão grande quanto trair S/N. Aquele foi o pior e maior erro da minha vida.

Passou-se uma semana desde que trocámos as nossas últimas palavras. Sorri, envolto na minha ingenuidade. A saudade continuava a me rondar, como se no último segundo, eu ainda estivesse olhando nos olhos e a ouvir as mesmas doces palavras que agora são apenas memórias longínquas de S/N. Eu me recusava a acreditar que passaram semanas e semanas sem que o meu coração percebesse que o regresso de S/N era apenas uma fantasia da minha mente.

Mesmo assim, permaneciam guardadas todas as possibilidades de um futuro ao lado de S/N, de uma existência feliz. Já não sei ao certo quanto tempo passou sem que S/N me procurasse ou sentisse algum resquício da minha falta. O coração de S/N havia fechado as suas portas para mim e para a minha ingratidão. Eu sabia que havia perdido a única pessoa que poderia estar ao meu lado durante toda uma eternidade.

Alguém bateu na porta, me despertando dos meus devaneios. Pedi para entrar.

— SeungRi? — Young-Bae colocou a cabeça para dentro do quarto. — Ji Yong estava te procurando. Você tem psicólogo daqui a pouco.

— Sim, hyung. — Respondi. Young-Bae suspirou e entrou no quarto, se sentando ao meu lado.

— Você é um idiota, sabia?

— Sim. — Ri baixo.

— Não, sério. — Young-Bae retrucou. — Você é o cara mais idiota que eu já conheci.

Assenti, coçando a nuca. Young-Bae suspirou.

— Falei com S/N semana passada.

— Oh. — Pisquei. — E então?

— Ela e Hyorin brigaram de novo. — Respondeu. — Ela está muito cansada. Quer voltar para casa.

Assenti, abaixando o olhar. Então, S/N queria voltar para o Brasil? Young-Bae colocou a mão no meu ombro.

— Ouça, SeungRi. — Disse ele. — Você a magoou demais. Creio que esteja consciente disso. Mas ela te ama. É algo que nada pode mudar.

Olhei para ele. Young-Bae suspirou.

— Se você a ama também, precisa deixá-la ir.

Respirei fundo. Desapegar com certeza não seria fácil. S/N era o amor da minha vida, e eu não queria simplesmente deixá-la ir. Mas eu precisava.

— Espere um segundo. — Me levantei e peguei um bilhete de cima da minha escrivaninha. Ele estava perfeitamente dobrado. Entreguei a Young-Bae.

— O que é isso? — Perguntou.

— Você... Você pode entregar à S/N? — Abaixei o olhar. — Quando for se despedir. Ela com certeza vai querer se despedir de você.

Young-Bae pegou o bilhete, olhando fixamente para mim. Ele engoliu a seco.

— Por que você mesmo não entrega à ela?

— Quando eu estou por perto — Respondi. —, S/N fica triste.

Young-Bae continuou me encarando, um tanto quanto aterrorizado. Dei um sorrisinho.

— Veja... Sinto como se já te tivesse escrito mil textos, mais de uma centena de cartas, incontáveis mensagens, mas nenhuma como essa. — Expliquei. — É especial. É... Uma mensagem especial à S/N. Então eu confio em você para entregar à ela, ok?

Young-Bae fitou o bilhete. Ele assentiu levemente.

— Só faço isso — Respondeu. — porque você é meu irmão.

Ele sorriu, e eu sorri de volta. Era perceptível que Young-Bae já poderia voltar a me considerar família.

 

[Young-Bae On]

Eu sabia que havia prometido para SeungRi que entregaria o bilhete. Mas cara... Eu também a amava. Essa é uma difícil decisão.

S/N não podia me pedir para não me envolver mais no problema pois eu já estava envolvido desde o início.

Andei de um lado para o outro, inquieto. Tinha que decidir aquilo e rápido. Eu poderia ler a carta, mas eu não me sentiria bem depois, e talvez aí mesmo eu não a entregaria.

Peguei meu crucifixo e o coloquei no meu pescoço. Fazia muito tempo que eu não pisava numa igreja, e considerando tudo o que estava acontecendo, talvez eu devesse dar uma passada lá pra pedir alguma luz.

Nós ainda não podíamos sair de casa sem máscaras ou óculos, mas ficar trancado no dorms também era impossível. Estávamos passeando por um campo qualquer, longe do centro da capital, e havíamos parado perto de uma cerca ao lado de um trilho de trem, onde SeungRi e Ji Yong retiravam flores que nasceram rentes à madeira.

— Que cheiro de verão. — SeungRi exclamou, sorrindo.

— Você não mudou nada. — Ji Yong balançou a cabeça negativamente.

"Por favor, eu confio em você para entregar à ela", né? Ah, Lee Seunghyun. Você tem sorte de ser um pequeno panda.

— Hyungs! Olhem pra mim! — SeungRi nos chamou. O garoto estava em cima da cerca, se equilibrando em um pé só.

— O que você está fazendo? Isso é perigoso. — Suspirei, mas SeungRi continuou em um pé só, rindo como uma criança.

Num de repente, seu pé escorregou da cerca, e todo um flashback se passou na minha cabeça. Um instinto protetor se apoderou de mim na hora, e eu praticamente me joguei no chão para tentar pegar o garoto. Consegui impedi-lo de cair, mas em compensação quase quebrei o braço.

— Hyung, você está bem? — Inclinou levemente a cabeça, preocupado.

— Não foi nada... — Me ergui, ajeitando sua jaqueta. SeungRi sorriu. — Você é muito idiota, sabia? Ainda bem que tem a beleza para te salvar.

— Ya! Eu também tenho cérebro! — SeungRi fez um bico.

— Sim, sim, claro que sim. — Dei de ombros, e SeungRi me deu um empurrão. Ri baixo.

Todo o estresse e trauma que eu havia acumulado durante aqueles anos estava se materializando por causa do calor do verão.

— Todos vocês estão aqui como a materialização do meu estresse. — Disse. — Aish, ser o segundo hyung mais velho é ruim. Sinto falta do TOP-hyung.

— Hyeyeon-noona me deu notícias sobre ele. — Ji Yong deu seu primeiro sorriso em semanas. — Ele ficou em primeiro lugar na competição de tiro e já ganhou 5kg.

— Uau! Ele vai voltar o maior monstrão! — Exclamou Daesung, com sua risada alta e escandalosa. — Ele vai ter que cantar o refrão de Monster sempre que nos ver.

— Qual? — Perguntei. — I love you, baby I’m not a monster...

Neon al-janha, yejeon nae moseubeul — Daesung logo se entusiasmou. — shi-gani chinamyeon, sarajyeo beoril tende, keu ttaen al tende, baby!

I need you, baby i’m not a monster! — SeungRi riu alto. Ji Yong completou:

Nal al-janh, a ireohke kajima — Ele também riu alto. —, neo majeo beorimyeon, nan jugeobeoril tende... I’m not a monster!

— Ei, mas o que é isso? — Ri baixo.

— Eu é quem te digo, Young-Bae: Sorte que você tem a beleza para te salvar. — Ji Yong fez um bico. — Você é muito chato! É tão chato quanto é bonito.

— Ei, parem de se flertar. — Daesung cruzou os braços.

— Não vou parar — Declarou Ji Yong —, mas farei uma breve pausa para podermos colocar os assuntos em dia.

— O hyung nem é bonito! Ele parece um sapo de gorro. — Daesung fez um bico. O empurrei.

— Você é quem parece um sapo de gorro! — Exclamei. Daesung me empurrou de volta, e nós dois ficamos nos empurrando como loucos. — Traição! Cruelmente difamado pelos meus melhores amigos. Menosprezado, meu nome sujo...

Daesung também acabou empurrando SeungRi, que o empurrou de volta.

— Eu não tenho nada a ver com isso não! — SeungRi riu baixo.

Aquela tarde havia servido para espairecer, mas como tudo que é bom dura pouco, aquilo também teve que acabar. As críticas sobre SeungRi estavam por todos os lugares, e Soo Yoon já era conhecida internacionalmente. Fãs de todo o mundo debatiam sobre qual seria a verdade. Houve quem se dispôs a fazer um apelo à YG Entertainment para a retirada de SeungRi do BIGBANG. Era terrível ver que o assunto estava seguindo rumos os quais não conseguíamos acompanhar.

Ainda assim, restava algo que eu associava à lenda da linha vermelha do destino: era um fio escarlate invisível que ligava certas pessoas, e, por mais que se emaranhasse, não podia ser rompido. Nós, G-Dragon, D-LITE, T.O.P e nosso perdido SeungRi estávamos juntos em um nó firme. Por um instante, nada além de nós cinco existia no mundo.

Algumas semanas se passaram, até a viagem de S/N chegar. O avião dela partiria naquela noite, e como SeungRi havia dito, ela realmente havia me pedido para acompanha-la até o aeroporto. Talvez ele realmente a conhecesse muito bem.

O fato engraçado fora que S/N se oferecera para ir até o dorms. Ela disse que gostaria de se despedir de Ji Yong e de Daesung, e que levaria Ayano consigo para ver o namorado. Eu não objetei, afinal poderia ser bom para ela.

— Você chegou. — Sorri ao vê-la chegar na porta do dorms, com Ayano seguindo-a. S/N ficava constantemente mexendo num anel de ouro branco e brilhantes que estava no dedo anelar direito, o qual eu nunca havia visto antes. A pedra ametista ainda brilhava em seu pescoço. Abri a porta para que as duas pudessem entrar, e a primeira a vê-las foi Ji Yong, que estava descendo as escadas. Ele fez uma expressão confusa.

— S/N. Não sabia que estaria aqui.

— É, eu... — S/N sorriu. — Vim me despedir.

— Oh. — Ji Yong pareceu entender. —Vai viajar?

— Vou voltar para casa. — S/N explicou.

— Entendo. — Ji Yong sorriu. — Espero que tenha uma boa viagem.

Já estava claro que Ji Yong já não nutria mais tanta mágoa por S/N, principalmente depois de ver a burrada que SeungRi havia feito. Ele avistou Ayano atrás de S/N e sorriu.

— Ah! Ayano! Você quer ver Daesung? Ele está lá em cima.

S/N já estava se virando para a porta, no exato momento em que Ayano agarrou sua mão.

— Eu vou sentir sua falta, onee-chan. — A voz da japonesa falhou por um momento. — Você sempre foi muito boa comigo. Nunca fui tão grata quanto deveria.

— Foi o suficiente, Ayano. — S/N sorriu. — E você vai crescer e se tornar ainda melhor. Obrigada por ter sido minha amiga.

As duas se abraçaram, e eu senti uma tristeza imensa tomar conta de mim. S/N enxugou as lágrimas da amiga, e se virou para mim, indicando que era hora de ir embora.

[...]

A viagem toda até o aeroporto, S/N passou olhando pela janela, sem falar nada. Ela não quis se virar nem ao menos olhar para mim, e não seria eu quem iria forçá-la. Chegamos um tanto adiantados no aeroporto, então tivemos que ficar na sala de espera, num silêncio constrangedoramente longo.

Eu continuava no grande dilema sobre entregar a carta de SeungRi ou não. Não havia lido-a, não sabia o que estava escrito, e estava apreensivo. Aquela carta poderia acabar com S/N, ou fazê-la sorrir, eu realmente não sabia dizer. Só sabia que estava com medo.

Num momento de distração de S/N, acabei colocando a carta em sua bolsa de mão, que ela levaria no aeroporto. Agora estava feito. Não tinha volta.

A primeira chamada do vôo de S/N ressoou, e S/N olhou para mim, sorridente. Nos levantamos.

— É hora de ir. — Disse.

— Sim. — Respirei fundo. S/N segurou minhas mãos.

— Quando eu era pequena — Começou. — e morava numa pequena cidade no Brasil... Eu jamais poderia imaginar que um dia conheceria vocês. Eu era uma kpopper típica, daquelas que ficavam dizendo "Vou para a Coréia me casar com o bias!". Jamais imaginei que me apaixonaria... Que teria todo esse "relacionamento".

Senti minha garganta arranhar. S/N sorriu.

— Obrigada. — Sussurrou. — Por me fazer viver isso.

— Você se dedicou muito aqui. — Sorri. — Eu é quem devo te agradecer.

— Eu desejo a vocês todo o sucesso do mundo. — Declarou. — Sucesso, sorte, felicidade e amor. Não deixem que uma polêmica ou outra acabem com o que vocês são. Sejam vocês mesmos, sejam o BIGBANG que eu me apaixonei há dez anos atrás. Sonhem alto e se arrisquem.

A última chamada para o vôo ressoou por todo o aeroporto, e S/N pediu para que eu a acompanhasse. Levei-a até a plataforma de embarque, e ela se virou para se despedir.

Abaixei levemente o olhar, e S/N se aproximou como se fosse contar um segredo. Ela fez uma expressão travessa.

— Se eu contar sobre o aconteceu lá no Brasil, ninguém vai acreditar. — E riu, de uma forma descontraída e alegre que me fez sorrir também. — Adeus, Taeyang.

Eu não tive coragem para dizer adeus. O que fora engraçado, pois eu tive coragem de dizer outra coisa:

— Sabe, quando nos beijamos no carro — Dei um sorriso ladeado. —, eu não sabia que seria a última vez, então...

S/N se aproximou, com um sorrisinho. Selamos nossos lábios por um curto período de tempo, mas o suficiente para que eu pudesse pensar como tudo aquilo poderia ter sido diferente. Eu poderia pedir para ir junto, ou então simplesmente pedir para que ficasse. Iríamos para casa. Nossa casa. E só Deus saberia o que iria acontecer depois. Não estava dizendo que aquele era nosso destino, mas não deixava de me perguntar: E se...?

— Adeus, Yeeun. — Sorri, observando-a entrar no avião.

 

[S/N On]

Deixei Young-Bae no aeroporto e embarquei naquele avião glorioso feito com a mais inovadora criatividade coreana. Meu interesse pelo avião e a idéia de uma nova aventura fizeram o arrependimento de deixar a Coréia do Sul diminuir, mas, mesmo assim, fiquei parada sentada na janela enquanto o avião partia pelos céus. Olhei pela última vez para a cidade que estava deixando para trás.

Mesmo anos depois, eu ainda recebia notícias dos meninos pela Internet. Depois de vários processos e investigações, foi descoberto que Soo Yoon era apenas uma Sasaeng louca com sede de dinheiro e que as agressões eram apenas uma invenção da sua mente doente. Ela foi presa e SeungRi livre das acusações.

Ji Yong e Kiko Mizuhara completaram cinco anos de namoro, mas depois foi anunciado um término pela própria modelo, que dizia que Ji Yong nunca teve coragem de assumir o namoro para todos.

Fotos de T.O.P no exército foram divulgadas, e ele parecia bem adaptado e feliz ao cumprir seu dever para com a Coréia.

Daesung fez um show solo no Japão, e dessa vez pôde levar consigo Ayano para assisti-lo na primeira fila. Ele fez várias entrevistas e participou de programas, todos sem deixar de ser o Daesung animado que todos amam.

Young-Bae viajou para a Itália antes de trabalhar em seu solo e ir para o exército e ficou louco por pizza, ficando um tanto quanto decepcionado quando descobriu que, na Itália, não existia Rice Gelatto.

Mas naquele momento, eu ainda não sabia de nada disso. Simplesmente fiquei parada na janela do avião, e vi Seul e suas luzes desaparecerem aos poucos.

[…]

Meus pais ficaram praticamente loucos quando souberam que eu havia voltado para casa, e quando souberam, fizeram questão de avisar para toda a família e amigos que agora, tinham uma filha formada em uma universidade sul-coreana.

Meu quarto ainda estava do mesmo jeitinho que eu havia deixado, o que me deu uma sensação nostálgica, principalmente ao olhar todos aqueles pôsteres do BIGBANG espalhados pelas paredes. Meu lightstick V.I.P ainda estava em cima da cama, e meu único álbum, o Alive, ainda estava em cima da escrivaninha.

Resolvi tomar um banho rápido, mas antes, precisava de música. Procurei pelo meu celular na minha bolsa, até que encontrei uma pequena carta entre alguma maquiagem e um bombom. Não havia como não reconhecer aquela caligrafia.

"Querida S/N, se está lendo isso significa que finalmente tive coragem para te enviar. Bom para mim.

Você não me conhece muito bem, mas quando conhecer vai ver que eu tenho tendência a falar e falar de como escrever é difícil para mim. Mas isso, isso é a coisa mais difícil que tive que escrever.

Não há um jeito fácil de dizer isso, então vou apenas dizer: Conheci alguém.

Foi acidental, eu não estava à procura. Eu não estava à caça.

Foi uma tempestade perfeita. Ela disse uma coisa, eu disse outra. Em seguida, eu soube que queria passar o resto da minha vida naquela conversa.

Agora tenho essa sensação no peito: Poderia ser ela.

Ela é totalmente louca, de um jeito que me faz sorrir, altamente neurótica. Necessita de bastante manutenção.

Ela é você, S/N. Essa é a boa notícia.

A má é que eu não sei como ficar com você agora. E isso me assusta muito, por que agora que não posso mais ficar com você agora, tenho a sensação de que vamos acabar nos perdendo por aí. É um mundo grande, malvado. Cheio de imprevistos e reviravoltas. E as pessoas têm um jeito de piscar e perder o momento. O momento que podia ter mudado tudo.

Eu não sei te dizer por que você devia arriscar um salto no escuro para gostar de mim, mas merda, você cheira bem. Como um lar.

Se cuide.

Infielmente, seu Lee Seunghyun."


Notas Finais


Vamos recapitular o que aconteceu em BINAM:

♥ Teve Young-Bae egoísta.
♥ Teve SeungRi louco.
♥ Teve Ji Yong surtando.
♥ Teve abs do T.O.P
♥ Teve briga entre dois melhores amigos de infância.
♥ Teve traição.
♥ Teve mentira.
♥ Teve amor.
♥ Teve friendzone.
♥ Teve Daesung arranjando uma namoradinha.

Eu realmente não achava que a fanfic iria passar tão rápido, e quando menos percebi, já estávamos com 35 capítulos. Também confesso que não botava fé de que a fanfic iria crescer, e quanto vi, já estávamos com 296 favoritos. Tudo aconteceu tão depressa que eu mal tive tempo de pensar em um adeus decente, até que lembrei que não seria um adeus. Nós vamos nos reencontrar, em outras histórias, em outros momentos. Tudo o que eu posso dizer é obrigada: Obrigada por estarem comigo durante esses 35 capítulos. Obrigada por me mandarem sugestões, ajudarem a moldar essa história maravilhosa. Obrigada por me mandarem amor, por gastarem o tempo de vocês comentando e dando suas opiniões, me ajudando a crescer. Obrigada, apenas obrigada!

Como eu vi que várias de vocês não conseguiam decidir entre um imagine Daesung ou Jackson, fiz uma enquete no Kpop amino. O vencedor foi o querídissimo Jackson, mas isso não significa que eu não vá fazer outro imagine Daesung logo! Acreditem, Dae irá ter a sua vez. <3

Imagine Jackson - Cláusula 7: https://spiritfanfics.com/historia/clausula-7--imagine-jackson-8338615

Novamente, obrigada a todas vocês. Nos vemos na próxima história!

Saranghae!


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