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História Baby, I'm Not a Monster - Imagine BIGBANG - Wash the Dishes!


Escrita por: Capucine

Notas do Autor


OIE GENTEM

Tenho uma bela notícia. Mesmo atolada em fanfics que precisam ser atualizadas e com minhas aulas chegando, sim, BINAM TERÁ UMA SEGUNDA TEMPORADA

AEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

Esse capítulo foi postado nela agora mesmo, e eu só vim aqui postar pra avisar mesmo. Espero vocês lá, ok? NÃO FAÇAM MINHAS IDEIAS MORRER, AMO VOCÊS S2

Capítulo 37 - Wash the Dishes!


[SeungRi On]

O tal do Rafael realmente apareceu com S/N quando nos reencontramos na casa de Young-Bae.

Eu conversei "polidamente" com ele, mesmo apenas com Ji Yong, Young-Bae, Daesung, S/N e Hyorin ali comigo. Se ele não fosse se casar com a mulher que eu amava, diria que ele é um rapaz gentil.

— Cadê a Yan-chan? — S/N fez um bico, e pegou seu telefone, digitando o número da amiga e levando-o ao ouvido. Daesung abaixou o olhar e moveu a mandíbula. — Alô? Amiga! Aonde você está?

Ela aguardou pacientemente por uma resposta, e fez uma careta. Ji Yong, Young-Bae e eu nos entreolhamos.

— Por que não? — Perguntou, surpresa.

Ayano então não queria vir até anos nós. Era compreensível. O casamento da noona com Daesung estava numa terrível crise, mas não seria eu quem iria contar aquela história.

— Mas... — S/N começou, e então retirou o celular da orelha. Ela olhou, desolada, para nós. — Ayano não quer vir. Por quê será?

— Talvez ela só precise de um tempo. — Hyorin chegou da cozinha com uma bandeja de doces, salgados e algumas bebidas, e Young-Bae a ajudou a colocar tudo em cima da mesa. — Fico feliz que você e o seu noivo tenham aceitado jantar conosco, S/N. Eu sei que fui um pouco infantil no passado, mas... Estou disposta a mudar isso.

S/N ergueu uma sobrancelha, desconfiada, e eu ri baixo. Era óbvio que, mesmo depois de seis anos, S/N não esqueceria tão facilmente o que Hyorin havia feito. Mas ela já era uma adulta, então, já sabia agir como tal.

— Então, aonde está TOP? — Perguntou Hyorin enquanto se sentava ao lado do marido, sorridente.

— TOP-hyung nunca foi de sair conosco para jantar. — Ji Yong sorriu gentilmente, dando de ombros.

— Mas S/N e ele também eram amigos. — Young-Bae riu, tombando levemente a cabeça para o lado.

— Não é problema nenhum, eu sei como TOP é. Está tudo bem, mas eu ainda vou querer vê-lo ao vivo com seu uniforme de policial. — S/N declarou, e então fez um bico pensativo.

— Você precisa urgentemente me ensinar coreano, S/N. — O tal Rafael murmurou em inglês para... Sua noiva, e S/N riu alto junto com os outros. Forcei um sorriso.

— Awn, o Rafinha quer ser incluído na conversa. — S/N apertou a bochecha de Rafael e deu um selinho no rapaz, com um sorrisinho.

— Young-Bae e eu fizemos os salgadinhos, espero que vocês gostem. — Hyorin declarou alegremente, também em inglês, segurando a mão do marido. Young-Bae pareceu um pouco desconfortável, mas beijou a bochecha da esposa. — Ah! Nenhum de vocês é intolerante a lactose, não é? Tem bolinhas de queijo aí também.

— Intolerante? Hum... Não. Você não é intolerante, não é? — S/N perguntou em inglês para o noivo, e então os dois comentaram algo em português que eu não consegui entender. Suspirei.

— SeungRi, você está tão quietinho. — Hyorin fez um beicinho. — Você e Ji Yong. Vocês estão odiando estar aqui, por acaso?

— Claro que não, noona. — Dei um sorrisinho, e Ji Yong assentiu.

— Eu quero comer, mas vocês não param de falar. — Assentiu o mais velho, rindo baixo.

— E você, Daesung? — S/N perguntou para Daesung, que estava ao seu lado. Daesung não respondeu. — Daesung?

— Dae! — Young-Bae estalou os dedos, e Daesung finalmente acordou, olhando para nós.

— Foi mal, eu estou com a mente longe esses dias. — Daesung coçou a nuca, e deu sua típica risada. Mas dessa vez, era perceptível que não era tão animada.

Todos nós comemos bem tudo aquilo, uns mais do que outros - Young-Bae, por exemplo -, e tudo estava excepcionalmente gostoso. S/N se ofereceu para lavar a louça, mas eu não me sentia bem em deixá-la fazer aquilo sozinha. Por isso, eu a segui até a cozinha, e peguei a bandeja com as louças da sua mão.

— SeungRi! — Ela riu baixo.

— S/N, você acredita em destino?

— Acredito que você vai dar um enorme discurso sobre destino...

— Eu acredito — A interrompi, e ela riu. — que o destino não fez isso por acaso. O destino quis... Que eu lavasse sua louça.

— O destino me arrancou do outro lado do mundo pra você lavar a louça? — S/N ergueu uma sobrancelha, e eu a empurrei de leve.

— Escute... Eu errei com você, isso eu não posso mudar — Declarei —, e eu passei muito tempo com a minha mente cheia sobre isso. Mas agora, eu posso me redimir. Posso lavar minha consciência, lavando a sua louça.

S/N pareceu ainda mais confusa. Suspirei alto.

— É o mínimo que eu posso fazer.

— Ah, ok. — S/N sorriu. — Você me convenceu. Mas, porém, você vai ter que lavar toda a louça.

— Combinado. — Sorri de volta, dobrando as mangas da minha camisa. Ela se sentou num dos banquinhos da cozinha e ficou ali, me observando, com o rosto apoiando em uma das mãos.

— Sabe, SeungRi, é bom que a sua consciência esteja bem suja, porque tem muita louça aqui. — Declarou ela, e eu ri baixo. Dei de ombros.

— Eu tenho a noite toda. — Assenti. — Então... Rafael. Nome brasileiro.

— É, cara brasileiro. — S/N respondeu.

— É, claro. É óbvio. — Assenti novamente. — Quando vai ser o casamento?

— Mês que vem. — Respondeu ela. — Estou explodindo de ansiedade. E medo.

Engoli os lábios, e S/N se levantou. Ela sorriu gentilmente.

— Você deveria ir.

— Não sei, parece meio íntimo. — Brinquei, e S/N riu de nervoso. Eu sabia do que ela estava falando; ela queria que eu a deixasse ali, e voltasse para a sala.

— SeungRi, é sério. Eu sinto como se tivesse te iludido, e...

— Minha senhora — Me aproximei dela. —, eu vim aqui para lavar a sua louça, e nada mais.

[…]

— Parabéns, a sua consciência está limpa. — S/N ergueu as mãos, e eu fiz um High Five.

— Young-Bae-hyung tem que lembrar que eu lavei a sua louça pro resto da vida. — Fiz um bico.

— É... — S/N sorriu, e nós nos encaramos por um momento. Segurei suas mãos.

— Não se case.

— SeungRi... — S/N começou.

— Você ainda pode desistir disso. — Disse eu. — Não se case.

— Eu não posso fazer isso. — S/N riu de nervoso novamente. — Eu precisei te ver para ter uma última certeza sobre o Rafa, e agora eu tenho, eu... Eu vou me casar com ele.

Tentei ao máximo não parecer chateado com aquilo, mas eu sei que acabei abaixando o olhar por um momento, mesmo que por alguns segundos. S/N sorriu para tentar me animar.

— Vamos voltar para a sala com os meninos, ok? — Ela tocou no meu braço, e eu sorri. Voltamos juntos para a sala aonde meus hyungs e Hyorin estavam, mas Daesung não estava mais lá. S/N franziu o cenho. — Aonde está o oppa?

— Ah... Daesung não estava se sentindo muito bem, por isso decidiu ir embora. — Hyorin ruborizou levemente. — Ele me parece um pouco estranho, pra falar a verdade.

— Isso é o meu limite. Preciso saber o que está acontecendo, minha maldita curiosidade está me matando. — S/N se virou para mim. — Sabe aonde é a casa deles?

— Ahm... — Pisquei algumas vezes. Young-Bae se levantou.

— Eu tenho o endereço. — E foi até um pequeno bloco de notas, escrevendo ali. Ele arrancou a página e a entregou à S/N, e ela foi até o noivo.

— Vamos até o hotel, e de lá eu vou na casa de uma amiga minha. Você pode descansar um pouco, tudo bem? — Perguntou, em inglês.

— Você vai sair por aí sozinha? Está de noite. — Rafael respondeu.

— Eu já morei aqui por dois anos, amor. Está tudo bem. — S/N o tranquilizou. — Vamos? Pessoal, já estamos indo. Muito obrigada pelo lanche, podemos marcar mais vezes, quando Rafa e eu voltarmos à Coreia do Sul.

— Vocês são sempre bem-vindos. — Hyorin sorriu, animada. — Voltem sempre, ok?

 

[S/N On]

Tirando o estranho fato de Hyorin estar um doce de pessoa e Daesung e Ayano estarem super estranhos, a noite teria sido boa. Mas, como eu sou eu e nada dá certo comigo, tinha que ter algo errado.

Peguei um táxi até o endereço que Young-Bae me deu e logo cheguei até um prédio em Gangnam, aonde havia o apartamento do casal. Peguei meu celular e liguei para Ayano mais uma vez, sorrindo ao ver que ela tinha atendido.

— Estou no interfone. — Apertei na pequena máquina na entrada do edifício. — Posso entrar?

"Claro que pode!" Ayano declarou animada e desligou, permitindo minha entrada. Young-Bae me disse que ela morava no apartamento 13B, então foi até lá que fui.

O elevador demorou um pouco, mas eu não me importei com aquilo. Tinha a noite toda. Ao chegar no andar certo, procurei pelo apartamento de Ayano e, assim que o encontrei, bati na porta que foi aberta de imediato. Ao me ver ali, Ayano sorriu.

— Onee-chan! — Disse, e me puxou para entrar. — Venha, venha! Sente-se!

Mirai estava dormindo num pequeno berço no canto da sala, calmo e tranquilo, e nem se mexeu com o estardalhaço da mãe. Não havia nem sinal de Daesung em nenhum lugar.

Ayano usava um vestido azul claro, listrado, de seda que ia até um pouco acima dos joelhos. Ele a deixava um tanto cheia, mas não se diz esse tipo de coisa nem para sua mãe.

— Então, aonde está seu noivo? — A japonesa perguntou, se sentando devagar em seu sofá, de frente para mim. Ela ajeitou a saia de seu vestido.

— Ah, bem... — Dei de ombros. — No hotel. Queria conversar sozinha, sabe, como nos velhos tempos.

— Sei o que quer dizer. — Ayano assentiu, sorridente.

— E Daesung? Aonde ele está? — Ri baixo. — Vocês se separaram, por acaso?

Eu estava brincando quanto aquilo, mas Ayano ficou um pouco mais séria. Seu sorriso diminuiu, e ela abaixou o olhar.

— Ah, meu Deus. Vocês se separaram mesmo. — Fiquei boquiaberta.

— Já faz um tempinho. — Ayano deu um sorrisinho, e deu de ombros. Ela colocou a mão na barriga por um segundo, mas logo a cerrou em um punho ao lado do seu próprio corpo novamente. Ela se levantou. — Você quer chá?

— Ayano, por que vocês se separaram? — Perguntei, desnorteada. A mais velha pegou um bule de chá da cozinha e colocou em duas xícaras, uma para mim e outra para ela, e voltou a se sentar, assoprando a bebida com a elegância de uma condessa. — Vocês eram tão... Tão apaixonados!

— Daesung e eu não demos certo.

— Vocês tiveram um filho!

— Não demos certo. — Repetiu Ayano, rindo baixo. — Já faz uns quatro meses, cinco, eu acho. Estamos casados ainda, mas apenas porque o divórcio está demorando a sair.

— Mas... Mas por quê? — Perguntei. — Não. Eu não aceito. Vocês eram meu casal-modelo, não... Não podem ter acabado assim.

— Você quer mesmo saber? — Ayano tomou um gole de seu chá.

— Sou sua amiga. Seja o que for, eu posso tentar ajudar. — Segurei a mão da menina. — Por favor.

Ayano respirou fundo, e deixou a xícara de lado em cima da mesinha de centro. Me preparei para ouvi-la.

Ayano achava que tinha escolhido um mal dia para viajar ao Japão, para visitar a família. Justo quando chegou em Kyoto, ela se sentiu violentamente doente, com direito à tontura, vômito e cansaço. A mãe de Ayano, Ryoba, pediu para que a filha fosse ao medico antes de qualquer coisa, mas era óbvio que ela teria medo de ir sozinha.

— Sabe, você poderia chamar o Hiro. — Amai, a irmã de Ayano, sugeriu para a mais velha. Segundo Ayano, Hiro Minatozaki era um velho amigo, bem próximo da família e dela mesma até hoje, que ficara super feliz com a notícia do casamento de Ayano, do nascimento do pequeno Mirai, que estava com Daesung naquele momento, e etc. Seria uma boa ideia ir com Hiro, até mesmo por que assim colocaria os assuntos em dia.

— Pelo amor de Deus, Yan, eu tenho medo do que "colocar o assunto em dia" significa. — Fechei os olhos por um momento. Ayano continuou contando.

Ayano marcou uma consulta com o médico e ligou para Hiro, pedindo para que ele a acompanhasse. Hiro concordou, e ainda disse que a levaria em seu carro, e então eles poderiam conversar. Tudo ocorreu como nos conformes; Ayano fez um exame de sangue e, no final, Hiro a levou para comer alguma coisa e repor as energias.

— Tudo parecia bem. — Disse Ayano. — Os resultados dos exames saíram em cerca de uma semana, e novamente, eu pedi para Hiro ir comigo.

— E então?

Ayano parou, e piscou algumas vezes antes de continuar. Ela deu de ombros.

— Eu estava grávida.

— Do Hiro?!

— Não! Do Daesung! — Ayano pareceu ligeiramente ofendida.

— Tá bom, desculpa!

Ayano continuou contando que, assim que descobriu que seria mãe de novo, chamou sua família para jantar, inclusive Hiro, que estava presente quando ela descobriu a grande notícia. Estava tão animada para contar à Daesung que não conseguia conter a ansiedade, e depois de dois dias, voltou para a Coréia do Sul. Daesung estava esperando-a sentado na sala da moradia do casal, e não esboçou reação alguma quando ela chegou. Ayano se sentou ao seu lado, animada.

— Oppa, eu...

— Ayano. — Daesung a interrompeu. — O que significa isso?

Daesung estendeu o celular à sua até então esposa, que estava aberto numa guia da Internet. Estava no Ilbe, o site de fofocas coreano que sempre era envolvido com todo tipo de controvérsia e polêmica. Ali tinham fotos de Ayano e Hiro, como Ayano entrando no carro do rapaz, os dois saindo para comer juntos e o jantar com sua família e o amigo. O título do post era "Esposa de Daesung do BIGBANG estaria com um novo alvo?".

— Dae...

— O que significa isso?! — Daesung perguntou novamente, com a voz trêmula porém grave. — Ayano... Meus pais acabaram de me ligar. Meus amigos me ligaram. Meus pais VIRAM isso, Ayano! Todos viram isso!

— Não aconteceu nada! — Ayano tentou se defender. — Eu... Hiro apenas me levou para o hospital, eu estava me sentindo doente... Hiro é um amigo próximo da minha família e meu também!

— E por que só agora vim saber da existência desse Hiro, hein?! — Daesung se levantou. — Me responde!

— Daesung, eu já falei que não aconteceu nada! — Ayano também se levantou.

— VOCÊ ESTÁ MENTINDO PRA MIM! — Daesung gritou, e o pequeno Mirai acordou no quarto. O bebê começou a chorar. — VOCÊ APROVEITOU QUE... QUE ESTAVA LONGE DE MIM PRA SE ENCONTRAR COM ESSE HIRO!

— Não, não, não. — Balancei a cabeça negativamente. — Esse não parece o Daesung. Ele estava bêbado? Ele tinha que estar bêbado. Esse não é o Dae.

— Não aconteceu nada, eu já disse!

— DIGA A VERDADE!

— EU ESTOU DIZENDO A VERDADE! VOCÊ TEM QUE ACREDITAR EM MIM!

— EU NÃO POSSO IGNORAR QUANDO MIL SITES DE FOFOCA SUL-COREANOS TRAVAM UMA GUERRA COM POSTS FALANDO SOBRE A MINHA ESPOSA SE ENCONTRANDO COM OUTRO CARA! — Daesung passou as mãos pelo cabelo. — VOCÊ MENTIU PRA MIM! VOCÊ NÃO FOI ENCONTRAR A SUA FAMÍLIA, VOCÊ...

Ayano interrompeu Daesung com um tapa irritado e forte em seu rosto, sentindo seus olhos marejarem. Daesung parou de falar, mas não conseguia deixar de olhar com ódio para a japonesa.

— Você é burro?! — Ela perguntou, com a voz falha. — Não. Aconteceu. Nada, seu idiota!

— Eu simplesmente não consigo acreditar em você. — Daesung também estava com sua voz trêmula. O pequeno Mirai chorava alto.

— Então não acredite. — Ayano deu de ombros, e piscou rapidamente para afastar as lágrimas. — Cadê meu filho?

— Você não vai levar ele daqui...

— Cadê o meu filho?! — Ayano perguntou novamente, subindo as escadas. Ela pegou o pequeno Mirai no colo, mas Daesung o tirou dela, segurando o bebê. Mirai chorava, chorava e não fazia ideia do que estava acontecendo.

— Não. Não, não, não, não. Não! — Exclamei. — Esse não é o Daesung! Como ele reagiu depois quando soube que você estava na verdade grávida?

Ayano pegou sua xícara de chá, mas não tomou nada, ficou apenas observando o pequeno objeto de porcelana.

— Eu não disse nada à ele. — Respondeu ela, baixinho. Arregalei os olhos.

— Ayano! Mas... Mas o Daesung precisa saber disso! Você não fez nada!

— Onee... Daesung me decepcionou demais. Ele prometeu sempre confiar em mim, mas no primeiro rumor ele... Ele surtou. — A voz de Ayano estava trêmula. — Eu nunca me senti tão humilhada, e decepcionada.

Ayano então colocou a mão no ventre, acariciando-o devagar. Ela abaixou o olhar.

— Daesung não é mais o meu D-LITE. — E concluiu, com uma lágrima atravessando a bochecha. — Quero criar meu bebê sozinha. Se Daesung não pode confiar em mim, então não preciso dele.

— Você tem mesmo certeza disso? É isso que você quer?

— É... Eu não quero, mas... — Ayano parou. — Não posso ficar com alguém que não confia em mim. Mas querer? Eu... Eu nunca quis isso.

— Ah, amiga... Me desculpe por te fazer contar isso tudo, de verdade. — Toquei no ombro dela, me sentindo péssima. Ayano enxugou as lágrimas e sorriu.

— Tudo bem. Como eu disse, já faz uns cinco meses, então...

Então era por isso que o vestido parecia cheio. Ayano estava grávida! Agora tudo fazia sentido.

— Mas... Se já faz cinco meses, sua barriga deveria estar despontando na roupa.

— E está, por isso estou usando roupas de gestantes. — Ayano explicou. — Elas ficam folgadas por causa da barriga de grávida, por isso nem dá pra notar. Quer dizer, dá, mas não tanto.

— Você não vai poder esconder isso pra sempre, Yan-chan. — Disse. — Logo a sua barriga vai crescer mais, e então vai ficar difícil de esconder...

— Até lá, Daesung e eu já vamos ter nos divorciado, então não é um problema. — Ayano deu de ombros, e acariciou o próprio ventre novamente. — Oh, acabou o chá.

Ela sorriu gentilmente e se levantou, mas cambaleou um pouco para o lado. Me levantei imediatamente e a segurei.

— Ayano!

— Tudo bem, é só uma tontura. — Explicou ela. — Meu médico disse que estou andando muito estressada por causa dessa história do divórcio, então é normal sentir esse tipo de coisa.

— Tente se acalmar, então. Pelo Mirai, e pelo seu bebê que vai nascer. — Aconselhei. — Vem, vem se deitar um pouco.

— Eu estou enjoada. — Ayano pressionou os olhos.

— Enjoada? Quer vomitar? — Perguntei, e Ayano assentiu. Comecei a guiá-la para o banheiro, mas Ayano acabou vomitando enquanto passávamos pelo seu quarto, no chão mesmo, se apoiando em mim.

— Ok, isso é terrível... — Ayano bufou, ofegante, e colocou a mão na boca. Ela então sorriu. — Acho que é merecido.

— Yan, não diga isso...

— Eu te desejo toda a sorte do mundo, onee-chan. — Ayano continuou. — Espero que o seu casamento dê certo, diferente do meu. Sem dúvidas, não quero que você termine sozinha, grávida, e vomitando no seu próprio quarto.

[…]

Eu voltei para casa me sentindo extremamente mal por deixar Ayano sozinha, mas eu também não podia deixar Rafael sozinho em um país que ele não conhecia e nem sabia falar a língua nativa.

Quando cheguei, o fiz prometer que não contaria nada a ninguém, e então falei tudo sobre a briga da japonesa com Daesung e tudo mais.

— É mesmo? Pelo que você me contou, eles pareciam um bom casal. — Rafa deu de ombros. — Engraçado, como você conseguiu se envolver com Idols e essas histórias loucas.

— Eu preciso falar com o Daesung. — Declarei, ignorando Rafael, e ele fez um bico.

— Ei! — Disse ele. — É melhor você não se meter, isso é uma coisa íntima deles.

— Eu não posso deixar minha melhor amiga sofrer por causa daquele cara de mamão! — Cruzei os braços.

— Você nunca ouviu falar de "briga de marido e mulher, ninguém mete a colher"? — Rafael ergueu uma sobrancelha.

— Não me importa, eu meto o jogo de talheres inteiro, se não me impedirem! — Assenti, e Rafael suspirou. Estava decidida; aqueles dois não podiam simplesmente terminar assim.


Notas Finais




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