História Baby vs Daddy - War of hormone - Finding again

Narrador on

A manhã estava ensolarada, assim como o coração de Jin, que estava prestes a explodir de tanta emoção. Ele não tinha a noção de que quando aceitasse o pedido de casamento de Nam teria que passar por esse momento um tanto que agitado.

O pequeno V ajeitou novamente a gravata de Jin, tentando assim encontrar um alinhamento. Tae estava tão nervoso que aparentava ser o noivo, e não o padrinho.

Tudo estava perfeito, o casamento iria ocorrer pelas três da tarde, mas Jin acordará as oito da manhã, ele mal havia conseguido dormir, afinal, estava ansioso demais.

11:00

Enquanto isso, Namjoon — o noivo — estava em casa, atirado em sua cama, com um sorriso que não cabia mais em seu rosto, ele mal conseguia acreditar que logo estaria casado com Seokjin.

— O que pensa que está fazendo?. — Suga adentrou ao quarto terminando com aquele momento tranquilo na qual Namjoon se encontrava.

— Estou aproveitando meus últimos momento como solteiro. — Explicou o mais novo.

— Por que não faz uma despedida de solteiro?. — perguntou o branquinho com um sorriso sacana.

— Ah claro, aproveitamos e contratamos uns gogó Boys. — brincou Namjoon com ironia.

— Mas... — Yoongi ia contestar mas foi interrompido.

— Que tal nos alfas, irmos em uma caçada para mim acumular energia?. — Namjoon sugestionou.

— Que tal você ir vê-la?. — Yoongi rebateu.

Já fazia algum tempo que Nam não pensava em seu passado, e de certa forma a sugestão de Min o feriu um pouco, pois assim ele lembro que havia esquecido a mais velha.

— Faz tanto tempo... — Namjoon ia prosseguir mas apenas suspirou.

— Sim, talvez você deva ir se desculpa, antes que você se sinta culpado. — Yoongi se sentou na cabeceira da cama olhando para seus pés.

— Desde quando você ficou tão sentimental?. — O mais novo perguntou confuso.

— Eu namoro com o Hobie e o Tae lembra! — Suga explicou.

Namjoon apenas deu um sorriso nasal e permaneceu em silêncio.

Um clima tenso se estabeleceu.

11:30

Desde que Jin descobriu sobre a relação de Jimin e Jungkook, a relação entre o mais velho e o pequeno ômega mudou, eles não possuíam mais um proximamento de pai e filho, agora eram apenas amigo, algo que maltratada muito o coração do pequeno Jimin.

— Jimin, você precisa ver, Jin está lindo. — Jungkook disse ao chegar na sala da casa de V onde Jin se arrumava no quarto.

— Eu consigo imaginar. — o pequeno disse com um quê de tristeza.

— Amor não fica assim, logo tudo vai se acertar. — O mais alto disse alisando o rosto do pequeno.

— Você está dizendo isso a quatro meses — Jimin disse cabisbaixo.

— Jimin, podemos conversar?. — Jin perguntou descendo as escadas.

Jimin olhou para tras podendo assim ver Jin, que usava um terno cinza com um lenço rosa em seu bolso esquerdo, ele realmente estava perfeito.

— Você está lindo hyung. — Jimin disse deslumbrado.

Jin sorriu de leve e fez sinal para todos saíssem e deixassem eles sozinhos.

Enquanto isso...

— Jung vamos sair para caçar?.- Sugeriu Nam novamente, ele não havia gostado muito da ideia de Yoongi.

— Hos lembra da S/N?. — ele acentiu — Você não acha que o Monster deveria visita-lá, antes de criar uma nova vida?. — Suga perguntou olhando Hoseok atentamente.

— Você está certo Yooni. — Hobie disse sorrindo.

— Até você compactua nessa história! — Nam questionou.

Depois de muito atormentar o pobre Namjoon, o mesmo resolveu atender ao pedido de seus amigos, e com um pouco de receio pegou a chave de seu carro, indo em direçao a garagem e embarcando.

— Eu quero uma casa grande — S/N disse. — Com muitos cachorros e... Eu vou cuidar de várias crianças, então talvez seja bom que elas já morem comigo.

— Você quer adotar, S/N?

— É, talvez.

Ela havia dito o “talvez” com um sorrisinho de canto e um olhar sonhador que mostrava que esse talvez fosse quase uma certeza.

— Me adota também.

S/N riu. — Namjoon, eu vou adotá-las com você; não posso tê-lo como meu filho.

Foi o mais novo quem riu desta vez. Tinha treze anos enquanto sua Noona tinha catorze, a diferença tão pequena sendo o suficiente para que ele fizesse birra, negando-se a chamá-la de “Noona”.

— E quantos filhos nós teremos, então?

— Como eu disse, muitos. Uns cinco, no mínimo. Dez se pudermos ser bons pais.

— Ah, S/N, você será uma ótima Mãe.

— E você será um ótimo pai.

Um era o primeiro amor do outro, tão pueril quanto poderia ser, blindado da malícia externa que já tentava se infiltrar na mente de ambos – uma tarefa deveras difícil, principalmente se tratando de S/N. Por conta de sua doença, ela não tinha muito contato com o mundo lá fora.

S/N estava estabilizado – ao menos era o que o Kim mais novo achava –, respondendo bem ao tratamento, e os meses quase se tornaram um ano quando tudo aconteceu de forma rápida demais.

— Eu quero que você seja feliz — S/N disse ao outro na última vez em que se falaram, quase como se soubesse. — Mesmo que seja sem nossa casa e nossas crianças, mesmo que seja sem mim, eu quero que você seja feliz.

Kim Namjoon tinha catorze anos quando S/N morreu.

jangnanchiji ma, geogi ineun geo ara

( Não brinque, eu sei que você está ai)

natanal geo gata, manyang gidarida

(Eu sinto que você vai aparecer, então eu espero sem rumo)

neol chajagaya dwae chajagaya dwae

( Eu preciso ir te achar, ir te achar)

jigeum ulmyeon mot bolji moreunikka

(Se eu chorar agora, eu posso não ser capaz de te ver)

— Oi, S/N.

O rapaz respirou fundo, sentando-se no gramado bem cuidado em frente ao túmulo já desgastado pelo tempo.

— Yoongi hyung me disse que talvez lhe visitar fosse me fazer bem — começou, sentindo-se um pouco bobo por estar, teoricamente, falando sozinho. Não era muito chegado a qualquer tipo de espiritualidade. — Minha mãe ainda tinha o número da sua... Seus pais continuam na mesma casa. Ela me deu o endereço de onde você foi...

Balançou os ombros, interrompendo-se e voltando a respirar de forma controlada para tomar coragem. Enquanto se lembrava de S/N, a Noona que jamais fora chamado de Noona , apenas as lembranças boas haviam lhe visitado. Agora, entretanto, em frente à lapide dela, tudo parecia real demais.

Pessoal demais.

— Eu queria me desculpar por ter me esquecido de você — continuou, deixando as poucas flores brancas que havia comprado na grama logo à sua frente. — Não foi de propósito, mas de qualquer forma... Acho que essa foi a maneira que eu tive de lidar com tudo. Me entende?

Apenas o uivo do vento se fez presente, chacoalhando as copas das árvores e seus cabelos ainda úmidos pelo banho que havia tomado não fazia muito tempo.

— Foi um pouco bizarro me lembrar de tudo ao mesmo tempo e eu não sei o que foi o gatilho pra isso. Agora, eu posso me lembrar de quase tudo, acho, e por isso sinto mais saudade de você. Aconteceu tão de repente e...

Calou-se novamente para engolir em seco. Sua fala havia se tornado mais rápida e desesperada à medida que as palavras saíam de sua boca. Olhando em volta, apenas teve a confirmação de que não havia ninguém ali para observá-lo naquele momento. Meio dia já chegava e logo o cemitério seria fechado.

— Eu vim aqui principalmente porque eu me lembro das suas últimas palavras pra mim — respirou fundo pela terceira vez e não se esforçou para conter as lágrimas que caíam por seu rosto rapidamente, como uma fonte que havia sido represada durante muito tempo. — E eu queria dizer que... Que...

Namjoon não imaginou que seria tão difícil.

— Eu queria dizer que não tenho uma casa grande e nem dez filhos. Não tenho nem mesmo você — um sorriso triste se moldou em seu rosto e ele interrompeu as lágrimas que já haviam molhado seu rosto. — Mas eu estou feliz, S/N. Conheci uma pessoa e... E ele cuidam de mim, assim como eu cuido dele também. Eu o amo muito e também sou muito amado. Era isso que você queria, não era?

O silêncio se instaurou por alguns minutos – Namjoon não se deu ao trabalho de contar quantos – e quando o céu obteve um forte tom de laranja.

— Nós vamos nos casar hoje, espero que você não fique chateada,afinal,você mesmo queria me ver feliz, não é?.

Novamente o silêncio se tornou presente,dando apenas para escutar o barulho do portão que rangia por conta do vento.

— Ele se chama Seokjin. Ele almeja uma família, assim como você queria,e quer ter muitos filhos,assim como você desejava. Vamos realizar seu sonho.

Ele se levantou, secando o rosto com as costas das mãos, o sorriso firme em seu rosto. S/N, a lápide dizia. Um nome injusto para se estar ali, mas Namjoon não iria mais negar.

— Eu não vou mais me esquecer de você.

E deixando o cemitério, a dor e a saudade latente para trás, Namjoon voltou para casa.

naccseolji anheun gil, i giri naccseolda

(Essa estrada que parece familiar, parece desconhecido)

aneun gil majneunji naege tto mutjiyo

(Me perguntando mais uma vez se essa é uma estrada que eu conheço)

hoksina geu saram nal chajgo iji anheulkka

(Poderia aquela pessoa estar procurando por mim)

naneun jigeum neol chajgo isseoyo

(Eu estou te procurando agora)