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História Babydoll - A Ninfomaníaca de L.A. - The Way To The End


Escrita por: Day_McKagan

Notas do Autor


Eae Vadeas! Demorei um pouco, mas cheguei!

Antes de tudo, um recadinho. Espero que leiam :v

Gente, é o seguinte: a Fanfic "Babydoll - A Ninfomaníaca de L.A." está se encaminhando para o final. "COMO ASSIM?". Isso mesmo. Vou explicar o porque. Estou tendo dificuldades em escrevê-la. Tenho ideias, mas colocá-las no computador está sendo trabalhoso. Então, vou escrever o final. Chegará no máximo ao capítulo 30, e olhe lá. Tentarei me esforçar para que o final não fique tosco. Espero que compreendam. :)

Enfim, vamos ao capítulo! õ/

Boa Leitura! ;)

Capítulo 27 - The Way To The End


Fanfic / Fanfiction Babydoll - A Ninfomaníaca de L.A. - The Way To The End

Duff POV ON

“Essa não é a Scarlet! Essa é a Dory.”

Tal frase martelava dentro da minha cabeça como um aríete. Meu queixo foi ao chão. Meus olhos estavam tão arregalados que poderia facilmente levar uma picada de abelha e mesmo assim não iria piscar. Assim como eu, os demais motherfuckers não faziam ideia do que dizer, e suas expressões eram bem semelhantes a minha.

– Que porra está acontecendo aqui?! – perguntou Slash. – E que droga vocês dois estão usando agora, Stee?!

– Parem com isso, caramba! – Stee pareceu ofendido. – Não estamos drogados! Estamos falando a verdade! Essa garota não é mais a Scarlet. O nome dela é Dorothy Miller. A Dory!

Aquela garota se encolheu nos braços de Steven assim que todos nós a encaramos. O medo e a vergonha estampados em seu rosto e seus olhos prestes a chorar. Ok, ela me parece muito diferente da Scarlet em personalidade. Mas se isso for verdade, como caralhos explicar isso?

– Pode explicar isso direito, porra? – perguntou Axl, impaciente que só ele.

– É que a Dory... – Stee começou, mas não conseguiu continuar. Ficou hesitante se poderia ou não falar.

– Eu sofro de um trauma. – a tal Dory falou. Até mesmo seu tom de voz era diferente do de Scarlet. – Dentro de mim reside uma personalidade que me domina durante a noite. Uma pessoa completamente diferente de mim. Essa é a Scarlet, que vocês tanto conhecem. Mas quando o dia amanhece eu volto a ter o controle do meu corpo. Basicamente, Scarlet é uma intrusa dentro de mim.

Estranho... Não, bizarro! Uma coisa dessas é mesmo possível?

– Por essa eu não esperava... – falou Izzy, enquanto acendia um cigarro.

Mais uns instantes de silêncio. Minha boca ainda estava aberta, em choque.

– Eu preciso ir para casa. – falou ela.

– Não, Dory! – falou Stee. – Não está vendo o temporal lá fora? Se você for, vai tomar um banho horroroso, ou algo pior. Não esqueça de que você veio até aqui com a moto dela. Então espere a chuva passar. – ele enfim olhou para mim. – Girafão, arranja uma camisa pra ela se vestir.

– Eu devo ter um short feminino perdido no meio das minhas roupas. Vou buscar. – falou Izzy, enquanto se retirava.

– Duff! Anda logo, merda! – esbravejou o loiro.

Finalmente voltei a mim. Fechei minha boca e estreitei os olhos, cruzando os braços com indiferença.

– E por que eu faria isso?

– Como é? – Stee perguntou surpreso.

– Você me ouviu. – comecei, com certa raiva na voz. – Que se dane essa garotinha. Estou pouco me fodendo. Pra mim, ela poderia muito bem ir embora nessa tempestade mesmo.

Não esperei ouvir os resmungos e deixei eles no meu quarto. Rumei até a cozinha, peguei minha garrafa de vodka e comecei a beber no gargalo mesmo. Quando saciei minha sede, pousei a garrafa com força sobre a pia, enquanto apoiava minhas mãos no móvel e encarava a chuva através da janela.

– Puta que pariu, Scar... Por que você fez isso comigo?

***

Slash POV ON

Ok. Isso foi bem estranho. Não o fato de aquela garota ser e não ser a Scarlet (não, isso também é bem bizarro), mas o mais surpreendente foi o que Duff fez, as coisas que ele falou. Troquei olhares com Axl, que pareceu tão surpreso quanto eu. Afinal, porra! Duff acabou de transar com aquela garota e depois age desse jeito? Não vou dizer que estou contente, mas caralho, não precisava agir daquela forma.

Segundos depois, Izzy surgiu com o tal short (que era bem mais curto e surrado do que eu havia pensado), e também trouxe uma camisa branca. Provavelmente deve ter escutado o surto do Duff, por isso já veio preparado. Ele se aproximou da tal Dory e estendeu as roupas para ela, que as aceitou de bom grado.

– Obrigada, ahh...

– Izzy. – começou o albino. – Meu nome é Izzy.

– Obrigada, Izzy.

Cara, ela nem sabe quem somos nós?

– Ah, Dory, esses são Slash e Axl. – falou Stee, apontando para nós. – E aquele loiro idiota é o Duff. Eles são os meus amigos de banda, de quem te falei.

– Eu suspeitei. – ela deu um sorriso triste. – Bem, eu... poderia me trocar?

– Ah, claro, claro! – falei, meio nervoso. – Vamos deixar você sozinha. Vamos, putões.

Saímos do quarto de Duff e fechamos a porta, para que ela pudesse se trocar. Trocamos olhares entre nós, ficando em um silêncio perturbador durante alguns minutos.

– O que foi aquilo? – perguntou Axl. – Quer dizer, a Diva louca sou eu, afinal de contas.

– E principalmente: o que vamos fazer com essa garota? – perguntei, já sem muita paciência.

– Ei, calma, calma! – começou Stee, tentando apaziguar tudo. – Ela não é má. Muito pelo contrário. É a garota mais doce e gentil de que conheci. Vocês vão ver.

– Talvez esse seja o problema. – falou Izzy, enquanto acendia mais um cigarro. – Acha que ela aguentaria ficar duas horas perto da gente?

– Eu fico com ela, se vocês não estiverem a fim. Isso é o de menos. – o loiro concluiu.

– Ok, e o Duff? O que foi aquilo? – perguntei.

– Está chocado. – comentou Izzy.

– Hã? – nós três ficamos sem entender.

– Escutem. – Izzy começou, enquanto soltava uma baforada de Marlboro no ar. – Aquele puto loiro está obcecado pela Scarlet. E descobriu que ela na verdade não existe. É apenas uma personalidade com vida própria, dentro de uma garota que não tem nada haver com nenhum de nós.

– É pra ficar chocado mesmo.

A voz da garota surgiu de trás de Izzy, assim que saiu pela porta, já vestindo a camisa do albino (que ficava grande demais nela) e o short que ficou escondido pela camisa. Pisquei. Querendo ou não, ela não deixa de ser muito gostosa. E vê-la vestindo tais roupas, caramba, quem não gostaria de pegar uma garota como ela? Pigarreei.

– Escuta, ah... Dory, não é? – comecei, tentando quebrar o gelo. – Mais alguém sabe sobre essa sua... sabe, vida dupla?

– Eu não sabia, mas parece que o Stee já tinha conhecimento sobre isso. – começou Dory, enquanto o olhava. O loiro até ficou sem jeito. – Pelo visto, ele contou.

– Ele? – perguntou Axl. – Ele quem?

– Sid Vicious.

– Oi?! – o ruivo continuou. – Sid Vicious também sabe dessa porra toda?

– Sim. É uma longa história.

Nos sentamos na sala. Dory contou tudo desde o começo. Sua infância conturbada. A mãe morreu muito jovem e o padrasto era um bêbado que lucrava fazendo festas em sua casa. Em uma dessas festas, Sid se isolou em um quarto, se drogou e acabou tendo uma overdose, sendo que Dory o salvara, acionando a ambulância. Até o dia do nascimento de Scarlet dentro de sua cabeça, como resultado do padrasto que a estuprava todas as noites. Quando descobriu isso, Sid ajudou na fuga de Dory e denunciou o padrasto maluco, que acabou preso.

– E foi isso. – falou ela, concluindo sua história.

– Uau... – foi tudo o que consegui falar.

– Deve ser duro, sabe, não ter controle do seu corpo. – falou Izzy, enquanto fumava o terceiro cigarro em dez minutos.

Dory apenas abaixou os olhos, mirando-os em nosso tapete velho e surrado.

– Você sabe que transou com cada um de nós, não é?

– AXL!!! – gritamos os três.

Ele deu de ombros.

– Ora, ela precisa saber que todo mundo aqui já viu ela nua.

– Cala a boca, ruivão! – gritou Steven.

– Não, Stee. – Dory falou, até que calmamente. Ergueu as pernas sobre o sofá e abraçou os joelhos. Pude ver o vermelho em seu rosto. – Eu já imaginava que a... que ela, tivesse feito isso, afinal, são todos muito bonitos.

Pisquei. Acho que fiquei até constrangido com o elogio.

– Eu sinto muito, Dory... Sinto muito, muito, muito... – falou Stee, enquanto tentava tocar seu ombro, mas recuou a mão. – Eu tentei, tentei mesmo resistir, mas... Ela é forte. E não consegui.

– Não precisam se preocupar com isso. – começou ela, dando um pequeno sorriso. – Eu não tenho nenhuma lembrança das noitadas dela, então, para mim, é como se não tivesse feito nada.

– Affe, ela ainda está aqui?!

Olhamos para a porta da cozinha, vendo Duff surgir, nada satisfeito.

– Essa não é a casa dela. Tem que ir para casa logo. Seu papai e sua mamãe devem estar esperando!

Dory abaixou os olhos, com tristeza.

– Ei, vê lá como fala! – gritou Stee. – Ela não merece isso!

– Ah, faça-me um favor! – Duff revirou os olhos. – Não sou obrigado a tratá-la bem, só por isso!

– Ta legal, vamos conversar.

Axl falou, enquanto se levantava do sofá e arrastada Duff para o andar de cima.

Axl POV ON

– Me solta, caralho! – Duff gritou, assim que chegamos no segundo andar.

– É só você se acalmar. – comecei. Eu nem estava me reconhecendo. – Todos estão tão chocados quanto você. Eu mesmo me custo a acreditar que aquela gostosa da Scarlet esteja dentro daquela garotinha cheia das meiguices, mas você está sendo um cavalo xucro, tratando-a desse jeito.

– E o que mais você queria?! – esbravejou. – Estou obcecado por uma mulher que nem sequer possui um corpo próprio!

Soltei um suspiro longo. Ok, ele realmente se sente da maneira como Izzy deduziu. Na verdade, nem precisava ser um gênio para perceber. Apenas cocei minha cabeça, enquanto recuava um passo.

– Olha man, é foda, eu sei que é, mas controle-se. Você está parecendo um psicopata. Relaxa um pouco.

Duff suspirou fundo.

– Eu preciso de um banho. E muita vodka.

Disse isso e entrou em seu quarto. Respirei fundo. Tudo bem. A noite de hoje está prometendo. Scarlet que se prepare.

***

Steven POV ON

Péssimo nem de perto define como eu estou me sentindo. Nunca passou pela minha cabeça que algo assim aconteceria, e acredite, ver a Dory com aquela expressão em seu rosto, foi ainda mais doloroso. Do nada a campainha tocou e Izzy foi atender. Assim que abriu a porta, um cara adentrou a sala, enlouquecido, vindo em nossa direção.

– Dory! Pelo amor de Ozzy! O que diabos está fazendo aqui?

Ela ergueu os olhos e recebeu o abraço dele. Pareceu mais aliviada.

– Desculpe, Sid. Aconteceu. Não sei como, mas... A Scarlet apagou ontem a noite, e eu acordei na cama de um tal de...

– Duff. – respondi.

– E você está bem? – perguntou ele, preocupado.

– Na medida do possível.

– Vem, vamos embora. Eu estou com meu carro. Quando a chuva passar, o Stee leva a sua moto para a sua casa, pode ser?

– Claro, claro! – nem hesitei na resposta.

Ficamos ali, parados, enquanto Sid conduzia a loira para fora da Hell House. Olhei para o albino, depois para Slash, e em seguida para Axl, que descia as escadas.

– Era o Sid? – perguntou o ruivo.

– Pode crer. – falou Slash. – Que dia, meus amiguinhos...

***

Duff POV ON

Desci do carro enlouquecido. Ouvi os motherfuckers gritando meu nome, mas não recuei. Eu havia bebido muita vodka durante o dia e já estava bem, mas bem alterado. Apressei o passo assim que a vi, escorada naquela Kawasaki potente. Acho que foi a primeira vez que não a vi sorrindo. Ela apenas me olhou, enquanto tragava o resto do seu cigarro e o jogava fora.

– Quer conversar, não é?

– Eu quero que me diga o porque. Por que, porra?! Por que você não existe de verdade?! Por que tem que ser apenas uma consciência dentro daquela menina?!

Sim, eu estava descontrolado. E se eu não fosse forte, juro que poderia até chorar um pouco.

– Eu sinto muito, garoto. Infelizmente, nem tudo é como a gente quer. – ela suspirou. – Na verdade, eu não queria que vocês soubessem desse meu ponto fraco. Ninguém poderia saber. Mas você...  – ela enfim me olhou nos olhos. – Você me surpreendeu naquela transa. Era algo que eu não esperava. Foi a melhor de todas. Eu simplesmente não consegui ir embora. Fiquei sem força alguma, e apaguei.

“Foi a melhor transa de todas.”

Meu queixo foi ao chão e meus olhos se arregalaram. Eu... Eu ouvi isso mesmo? Nem ao menos conseguia dizer algo. Senti a mão direita de Scarlet tocar meu rosto e acariciá-lo.

– Sinto muito, Duff. Sinto muito mesmo. – ela deu um sorriso tosco. – É estranho, isso nunca me importou, mas você... Você é diferente. Eu gosto de você, mesmo que não possa. E você também não pode.

Só agora eu reparei em suas roupas. Não eram nem parecidas com as que costumava usar. Era apenas uma saia de couro preta, botas de cano longo e salto fino, feito do mesmo material, e um corset simples, preto com detalhes em azul. A maquiagem marcante, os cabelos sedosos como sempre, mas havia algo diferente. Algo muito, mas muito incomum.

– Eu vou embora, Duff.

Meu coração falhou.



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