História Back Again - Badass

E pela primeira vez depois de anos sem ver aquele rosto tão familiar, eu estava assustada e sem saber o que dizer, aparentemente ela está tendo a mesma reação que eu, era o que eu pensava até me surpreender com seu abraço quente e com amor. Pensava que depois de fugir e abandonar minha vida debaixo do teto dos meus pais, eles não iriam querer ver minha cara nunca mais.
-Minha filha, que saudades- fala depois que me solta do longo abraço. Ela estava com lágrimas nos olhos.
-Oi .... Mãe- depois de muito tempo, era estranho falar essa palavra. Mãe.
-Minha querida, não sabe o quanto estou sentindo sua falta- diz e vejo algumas lágrimas caírem de seus olhos - Onde esteve todo esse tempo ?
-Longa história- digo simples.
-Estou com tempo, se quiser podemos ir ao starbucks aqui perto- diz animada, ela parece tão diferente.
Depois de andarmos um pouco e em silêncio, chegamos ao starbucks, ela pediu um cappuccino e eu estava sem fome.
-O que aconteceu querida? Você nunca mais deu sinal de vida, eu fiquei muito preocupada com você- disse bebericando seu capuccino.
-Eu fugi pra ficar com o Justin- dito isso ela revira os olhos. Ela nunca gostou de Justin, muito menos meu pai. -Depois de um tempo eu percebi que não estava mais dando certo nosso relacionamento e eu fugi pra Londres, fiquei cinco anos e depois voltei, já estou aqui faz umas três semanas mas e o papai ? Como ele está ?
-Ele faleceu filha, isso já faz dois anos- diz e eu me lembro, meu pai estava com alguma doença e eu não sabia o que era pois ele não queria me preocupar -Ele estava com câncer, mas os tratamentos não estavam adiantando, então um dia ele estava na cama e escrevendo uma carta que lá dizia para eu fazer de tudo para te encontrar, e quando fizesse isso ele não queria que eu ficasse com essa mágoa- meu pai não era o mais presente, ele saiu de uma vida nada honesta e começou a trabalhar em uma empresa dia e noite para nos dar o que temos hoje. Muito dinheiro.
-Eu sinto muito, não queria ter deixado vocês mas eu era tão ingênua e estava cega.
-Tudo bem, o importante é que nos encontramos e ... O que é isso no seu braço? - pergunta vendo meu braço enfaixado.
-Levei um tiro e fui sequestrada- disse simples, minha mãe sabia com o que Justin se envolvia, por isso não gosta dele.
-E você diz assim ? Calma como se não fosse nada? Tá maluca ?- diz quase gritando e chamando a atenção de algumas pessoas.
-Pelo menos estou viva.
-Ainda está com Justin não é?- pergunta fazendo uma careta.
-Estamos juntos, mas ainda não estamos namorando de novo.
-Você sabe o que eu acho desse garoto, se envolver com ele é pedir pra morrer- diz terminado de tomar seu capuccino.
-Mãe, eu sei me cuidar e esses últimos tempos eu mudei, não sou mais aquela garota ingênua de antes- disse e ela me olha surpresa até.
-E como foi sequestrada e porque?- diz preocupada.
-Tyler, é um inimigo de Justin há muito tempo, ele quer atingir Justin de alguma forma já que ele matou a mulher e o filho de Tyler.
-Ainda acho que você deveria ter namorado alguém menos problemático, mas você não me ouve- diz.
-Não posso simplesmente mandar no meu coração e dizer quem eu devo ou não me apaixonar, você sabe muito bem já que se casou com o meu pai- digo sem pensar e a vejo ficar pensativa -Desculpa, não queria ter dito isso sem pensar.
-Sem problemas, é a verdade- diz mas vejo que tem problema sim - Preciso ir tenho que visitar uma amiga no hospital, minha filha por favor se cuide, não quero perder mais alguém que amo- diz e me dá um beijo na testa e sai do local. 
Depois de andar mais pelas ruas, eu chego em casa e vejo que não havia ninguém, subo para o quarto de Justin e o vejo dormindo feito anjo. Vou para o meu quarto tirando a roupa pesada que usava e colocando uma mais leve para usar em casa mesmo. Vou até o quarto de Justin novamente e o vejo sentado na casa bocejando e passando a mão no rosto, uma cena tão fofa.
-Chegou faz muito tempo ?- pergunta com a a voz rouca. Sexy.
-Não muito, encontrei minha mãe na rua.
-E como foi ?- pergunta dando um tapinha na cama para eu sentar ali no seu lado.
-Soube que meu pai faleceu há um tempo, pensando bem eu não deveria ter fugido de casa, eu fiz muita merda e se eu não tivesse só pensado em mim talvez eu estivesse vivendo com ele os últimos dias, ele poderia não ser um pai muito presente mas ele fazia de tudo para me dar o melhor e ele me deu bem mais que o melhor- digo e ele me abraça tão forte -Mas eu to bem, eu juro.
-Me ligaram da boate e estão precisando de você por lá, se não puder ir eu arranjo alguém pra ir no seu lugar.
-Não precisa, só vou almoçar e me arrumar, você vem comigo né? - pergunto com esperança de que ele viesse.
-Sim, mas só vou te deixar lá, eu vou ter que ir no galpão já que tenho que resolver sobre umas cargas que estão chegando do Canadá- diz e se levanta, percebo que ele está apenas com uma cueca branca da Calvin Klein.
...
E como sempre depois do banho eu fiz a troca do meu curativo no braço. Fui até o closet e eu não fazia ideia do que iria usar, eu tenho que parecer superior que qualquer uma, aquelas putas não perdem uma para ser mais que eu e achar que mandam em alguma coisa, hoje eu vou mostrar que nenhuma delas chegam ao meus pés.
Pego uma blusa preta com um decote em V bem grande que aparece meu sutiã preto, visto uma calça azul com um rasgado no joelho e um rasgado um pouco abaixo da minha bunda, nos pés pego uma botinha de salto. Seco o meu cabelo e deixo ele natural, faço uma maquiagem básica só pra disfarçar minha cara de sono. Pego meu óculos escuro, minha bolsa preta de couro colocando minha carteira com um pouco de dinheiro e meu celular.
Saio do quarto e desci a escada indo para a cozinha almoçar, chego lá vendo Justin sentado na mesa comendo a lasanha que Lucy havia feito, ao me ver ele abre a boca.
-Uau, poderia dizer que você tá linda mas seria pouco- diz e eu vou até ele lhe dando um beijo.
-Obrigada mas para as prostitutas que você contrata, eu tenho que ser o que elas não são, acho que só assim eu recebo mais respeito- digo pegando um pedaço da lasanha.
-É difícil mas você tá se dando bem até, melhor do as outras que já contratei- diz terminando a lasanha e deixando o prato na pia, volta a se sentar na mesa agora ao meu lado -Hoje à noite tem uma festa na casa de um dos meus aliados, depois vai ter um racha que eu vou participar.
-Quer que eu vá com você?- pergunto e ele assente - Quem mais vai ?
-Os meninos e a Klhoe, ela disse que depois de você resolver as coisas da boate ela quer ir com você no shopping- diz se levando e sai da cozinha.
Termino de comer a lasanha, aparentemente eu estava com bastante fome já que comi dois grandes pedaços de lasanha, coloco meu prato na pia e vou até a sala. Justin estava sentado no sofá vendo um jogo na tv.
-Até que enfim, achei que nunca mais ia parar de comer- diz rindo e eu mostro meu dedo do meio.
Saímos da casa e cada um entrou em seu carro, depois de uns minutos estávamos à três quadras para chegar na boate, paro no sinal vermelho e Justin liga no meu celular.

-O que acha de um racha? - diz e eu olho para o lado, vendo ele com um sorriso irônico no rosto.
-Com certeza vamos ganhar multa, mas foda-se, somos ricos mesmo- digo e desligo na sua cara e vejo ele rir.

Olho o sinal e está verde. Troco de marcha, pisando fundo no acelerador, ele fica na minha frente durante metade do caminho. Logo estamos perto da rua onde é a boate, eu dobro para a direita vendo logo à frente a boate e piso fundo no acelerador ultrapassando Justin e parando em frente à boate. Saio do carro com o sorriso no rosto e vou até a janela do seu carro que está aberta.
-Se tivéssemos apostado eu teria ganhado- digo e ele revira os olhos. Ele odeia perder.
-Tanto faz, eu já vou pro galpão- diz
-Depois daqui eu vou com a Klhoe no shopping, pode me emprestar seu cartão? Eu esqueci o meu e to so com um pouco de dinheiro- digo fazendo uma cara de pidona. O que sempre da certo para ele.
-Tá, pode usar o quanto quiser, quero você linda nessa festa- diz e me dá um selinho.
Saio de perto do carro e ele acelera cantando pneu e indo embora. Olho para frente e vejo a boate com seu letreiro luminoso "badass", só Justin pra escolher esse tipo de nome mesmo.
Vou até meu carro pegando minha bolsa e meu celular, que vejo uma mensagem de Justin com a senha do cartão. Fecho o carro e vou entrando na boate e logo vejo as vadias sentadas no palco conversando. Elas me olharam de cima a baixo, isso pra mim é um afronte.
-O que vocês estão esperando pra começar a ensaiar?- pergunto me aproximando.
-Estamos cansadas- diz uma delas.
-Eu não ligo, pagamos vocês pra fazer o que mando, e não adianta bater de frente comigo porque eu não sou de ficar passando mão na cabeça de ninguém, vão e comecem a trabalhar- digo alto e em bom tom para que todas ouçam  e vou para o meu escritório, olhando cada uma pela a grande janela.
...
Já eram um pouco mais de 17hrs quando eu terminei de ver umas papeladas sobre a boate, e demiti alguns seguranças que para mim não fazia nada além de comer as putas da boate.
Ligo para Klhoe avisando que já acabei de resolver as coisas, ela disse que iria pegar um táxi e logo estaria aqui para irmos ao shopping juntas. Vou até a saída e vejo Klhoe descer do táxi e vindo até mim.
-Ai mana vamos logo que eu to com a mão coçando querendo comprar um sapato lindo que eu vi no shopping- fala abrindo a porta do carona do meu carro e entrando. Folgada.
Entro no carro cantando pneus em direção ao shopping que não ficava muito longe. Chegamos no e já entramos na loja onde Klhoe estava louca para comprar um sapato vermelho. Compramos ele e fomos em direção a loja ao lado e ficamos a procura do vestido ideal.
-Acho que o Nate está me traindo- diz do nada olhado uns vestido, olho ela sem entender -Ele anda diferente comigo, com segredos, ele não gosta que eu pegue no celular dele e isso é estranho.
-Acho que vocês precisam conversar, eu e Justin não conversamos então deu o que deu- digo pegando um vestido preto básico, mas logo coloco no lugar, não é o que procuro -Não quero que passe pela mesma coisa que eu, então o mais fácil a se fazer é conversar.
Klhoe pegou um cropped preto é uma saia rodada também preta, que ela vai usar junto com o seu sapato de salto vermelho. Ela pegou a roupa e me arrastou para o provador, ela entra na cabine e eu fico no lado de fora, depois de alguns minutos ela sai de lá com a roupa que pegou.
-Se eu fosse lésbica te pegava- digo olhando ela de cima a baixo.
-Amei também, vou levar- entra na cabine e logo sai de lá vestida com sua roupa.
Andamos um pouco e Klhoe me puxa para uma loja ao ver um vestido que dizendo ela é a minha cara, ela pediu ele para a atendente e a mulher foi buscar. Quando trouxe eu vi que ele era cheio de decotes, não reclamei pois até que eu gosto, tenho corpo e não é pra esconder.
-Mana vai lá e veste, depois volta aqui pra eu dizer se ficou boa- diz me jogando para o provador e fechando a grande cortina vermelha.
Me olho no espelho fazendo uma careta, tiro toda minha roupa ficando apenas de sutiã e calcinha, pego o cropped tomara que caia que tem um decote no meio dos meus seios com um fio, o mesmo também tem na saia curta, que havia abertura nos dois lados da minha cintura com o fio. Vesti e me olhei no espelho e simplesmente me senti sensual naquela roupa. Saio do provador vendo Klhoe sentada no pequeno sofá que havia ali, chamo sua atenção e ela olha pra mim logo abrindo a boca e da uns gritinhos.
-AMIGA VOCÊ TÁ MUITO GOSTOSAAA- grita e eu tapo sua boca com minhas mãos fazendo sinal para ela não gritar.
-Acho que vou levar- digo me olhando no espelho.
-Você acha ? Eu tenho certeza, vai se trocar e eu vou para o caixa ficar na fila- diz e sai.
Pegamos um sapato preto de salto, na mesma loja. Como o meu curativo do tiro fica a mostra, pegamos também um casaco preto que combinou com a roupa e que cobre meu curativo. E depois de comprar tudo fomos à praça de alimentação e comemos algumas besteiras. Depois de comer, andamos até encontrar o salão de beleza que lá fizemos o cabelo, as unhas do pé e da mão.
Já eram 20:30, fomos para casa, a festa iria começar às 22:00 então teríamos tempo para se arrumar.