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História Back for you - You came back to me part 2


Escrita por: ThenglishRose

Notas do Autor


Olá estrelinhas ⭐Queria me desculpar pela demora para postar o capítulo, ainda mas com aquele final. Mas é que eu estou estudando muito para fazer a prova do meu curso então, fiquei sem tempo. Espero que tenham compreendido. Se vocês se sentiram mau por não ter capítulo imagina eu por deixar os leitores fieis na mão... minha consciência ficou pesada viu! Esse Está bem grande então espero estar recompensando <3 Boa leitura.

Capítulo 27 - You came back to me part 2


Fanfic / Fanfiction Back for you - You came back to me part 2


   
 
   Audrey x on

 


  Paralisada e assustada com a presença, eu só o encarava. O que ele estava fazendo aqui? O que ele veio trazer para mim? Mais dor? Sem ter para onde correr, fui obrigada a vivenciar aqueles segundos horríveis, a voltar a ver aquele fantasma que me assombrava.

 


   _ O que você está fazendo aqui? _ eu estava nervosa, e totalmente impaciente. Qual a razão de ser gentil com ele, depois de tudo o que ele fez? Com a minha pergunta nada suave, ele se assustou e respondeu:
   _ Ah... eh... meus pais estão aqui? _ ele estava tão nervoso quanto eu. Ele gaguejou.
  _ Acho que nos fundos, no quintal _ fui direta e obviamente grossa. Ele tinha um semblante triste e de surpresa, mas de certa forma aceitando o meu comportamento.
   _ Eu soube da sua mãe. Ela está bem?
   _ Está. Ela está ótima.
  _ Que bom... _ Edward desviou o olhar de mim, procurando sentenças e palavras que para mim seriam totalmente insignificantes.
  _ Bom... ah, eu tenho que ir _ eu não aguentava mais aquilo. Aqueles pequenos segundos fizeram o meu estômago embrulhar e a minha cabeça girar. Eu não queria e nem podia ficar mais um minuto olhando e falando com ele. Tudo estava voltando para mim, em uma grande e enorme onda, um tsunami. Eu tinha que tentar fugir dele. Sem pensar duas vezes fui fechando a porta, mas ele colocou a mão nela e me impediu, como em uma cena de filme.
  _ Audrey... _ ele me olhou profundamente com aqueles olhos azuis como o mar, como se me pedisse misericórdia. _ Podemos conversar... Por favor _ eu não esperava por aquilo. Ele realmente queria falar sobre nós? Sobre tudo? Sobre o quanto ele me machucou? Provavelmente vindo com desculpas esfarrapadas e mentiras? Eu não precisava daquilo. O que fosse que ele tivesse para falar para mim não importava, se fosse verdade ou não, pois tudo o que ele fala eu acredito que nada é sincero e real.
  _ Não Edward! _ o encarei friamente, sem nenhuma expressão. Já para ele foi como um tiro. O seu rosto estava caído, triste e com o semblante de que algo estava doendo. Ele piscava e concordava com a cabeça como se estivesse tudo bem. Mas eu sabia que não estava. Com a conversa terminada eu fechei a porta.

 


   Atrás da porta, a aparência de durona e rígida tinha ficado do lado de fora. Faltava ar nos meus pulmões, minha garganta se fechou, meus lábios tremiam e os meus olhos pareciam que a qualquer momento iriam transbordar.

 


  Tudo foi muito rápido e muito intenso. Eu estava em desespero. A história se remoía em minha mente como se tivesse acontecido ontem. Eu passando dias inesquecíveis com ele, indo aos shows e pubs, eu me abrindo com ele sobre minha vida e tudo nela, nós dormindo na mesma cama, trocando palavras e sentimentos, eu lendo a mensagem descobrindo tudo, tendo uma enorme briga e indo embora com todas essas memórias em ruínas. Infelizmente algumas lágrimas escorreram dos meus olhos.

 


   Eu não podia ficar ali mais. Tinha que tirar o que um dia me fez fraca dali.
 


   Ed X On

 


   Ao me deparar com Audrey eu fiquei sem falas. Não fazia a menor ideia de que ela estaria ali. E o piior é que eu não podia voltar atrás. Não podia me preparar para reencontrar a pessoa que eu tanto queria sem ao menos ter a coragem de poder dizer tudo para ela. Era um desafio.


  
   Sem a menor dúvida eu fiquei nervoso, triste e culpado, cada vez que ela falou comigo. Era como se ela me espetasse com uma espada, mas eu merecia aquilo.

 


  Ao tomar iniciativa para resolver o nosso problema, tentar me explicar ela recusou. Eu sabia que era a resposta mais provável mas não sabia que iria me ferir tanto e me deixar no chão, como um nocaute.

 


   Indo embora eu estava tonto e angustiado. Tudo estava pior outra vez.

 


  Como eu queria poder conversar com ela. É o que eu sempre quis fazer desde que ela saiu daquele quarto de hotel. Eu tentei de tudo. Liguei milhões de vezes, mandei infinitas mensagens, mas ela não me retornou. Infelizmente daquela vez eu não pude colocar ela na frente do meu trabalho, eu tinha muitas coisas para fazer.

 


   Ela sumiu da minha vista, sumiu do meu mapa. Eu não consegui mais ter contato. Ela me bloqueou de tudo de sua vida, inclusive do seu coração.

 


  
   Pedir ajuda para os mais próximos seria fútil. Eu fiz a bagunça, eu devia limpá-las, mas o meu medo e minhas inseguranças não me deixaram, elas se elevaram da minha coragem.

 


   Eu não voltei para a casa. Não fui falar com os meus país e saber mais sobre a Brit. Eu estava andando pela cidade que estava linda com o sol brilhante que iluminava tudo, deixando ela mais alegre e cheia de vida, algo que era oposto de mim.

 


   Caminhando pelas velhas ruas de pedra, perto de um banco, que ficava ao lado de uma árvore eu vi ela novamente. Pisquei varias vezes, imaginando ser uma miragem mas não era. Lá estava ela, do mesmo jeito que vi há vi algum tempo atrás, mas apesar de eu perceber que ela estava mais linda com o novo corte de cabelo, que não tinha notado até então e com as bochechas rosadas, ela não estava mais feliz.

 


   Eu olhava ela de longe e queria alcançá-la, queria tocá-la, como o Gatsby no filme tentando alcançar a luz verde. Eu tinha essa necessidade.

 


   Eu tinha que ir até ela novamente. Tentar dizer o que sinto em todos esses meses. Era a chance que Deus poderia estar me dando de tentar resolver as coisas. Se resolvesse ou não... eu pelo menos havia tentado, e provavelmente não me culparia tanto por ter sido um covarde.

 


   Andei calmamente até ela. Ela estava olhando para o céu, distraída de tudo, ou tentando se distrair do possível reencontro que teve comigo. Mas ela teria que deixar isso para mais tarde.

 


   _ Audrey! _ a chamei. Ela procurou pela minha voz e reprovou o que viu.
  _ O que você quer de mim? _ imediatamente ela se levantou assustada com o seu copo de chá rapidamente, me direcionando um olhar mortal.
   _ Eu quero conversar. Nós podemos por favor? _ eu pedi com misericórdia. Eu tinha que fazer isso. Por favor, me permita.
   _ Você quer falar do que? Das suas mentiras? Da sua traição? Seja o que for eu não ligo _ aquilo me atingiu como uma bala.
   _ Audrey por favor. Olha eu sei que eu errei, que eu cometi um erro besta e... _ ela me cortou.
   _ Erro besta? _ a sua voz se elevou. _ Você me levou em uma viagem romântica, nós saímos para jantar, andamos de mãos dadas, falamos coisas... dormimos juntos, enquanto a sua namorada estava do outro lado do mundo esperando uma ligação sua _ ela notou o tom de voz que estava, quando um pessoal que estava passando na rua olhou estranhamente para ela. _ Edward você me enganou, você enganou ela _ o seu tom estava baixo. _ Me fez abrir os meu sentimentos que tanto escondia de você para mais tarde você brincar com ele e fazer os próximos meses um dos piores da minha vida... tem certeza que foi um erro bobo? _ no final Audrey parecia que ia desabar. Seus olhos estavam começando a ficar mais vermelhos e sua respiração se elevar. Eu tinha me expressado errado, não era aquilo que eu quero dizer com "besta" mas ela havia encurtado tudo o que queria falar.
   _ Olha não foi isso o que eu quis dizer. E não, não foi um erro besta Audrey, foi um tremendo erro. Eu não queria ter feito isso com você, jamais, mas infelizmente eu fiz e sei que tudo é culpa minha, nada é sua e eu estou aqui para tentar te pedir desculpas, de tentar me redimir com você.
   _ E você acha que fazendo isso nós voltaremos a ser como éramos? _ tinha ironia na sua voz. Por mais que parece-se idiotice, eu ainda queria isso. Seria mentira se eu dissesse que ainda não a amava, que eu não queria ela, isso era tudo o que eu mais queria, mas eu sabia que havia uma grande probabilidade de não acontecer.
   _ Audrey.... eu só queria que você me perdoasse por tudo o que eu fiz. Por tudo o que eu te fiz passar. Saiba que eu ainda amo você e que eu sofri também, mas o mais importante é saber que pelo menos você um dia poderá considerar as minha palavras _ cheguei um pouco mais perto dela. _ Olha eu sei que você me odeia, e provavelmente seria a última pessoa que gostaria de ver na Terra mas eu tinha que fazer isso. Eu te liguei, mandei mensagem, fiz de tudo, e era obvio que você não queria falar comigo. E eu me esforcei muito, por mais que não achasse o suficiente. Eu sempre quis isso, eu deveria fazer isso ou eu passaria a minha vida inteira me sentindo incompetente por ter machucado você. E hoje eu tive a chance, de poder te revelar tudo. Você me acha um mentiroso e egoísta mas saiba que o que eu estou te dizendo a verdade, do fundo do meu coração _ ela me olhava atenta. Era visível que ela estava tão nervosa e chocada quanto eu. Ela tinha lágrimas em seus olhos, o que demonstrava que ela estava desabando, mas não deixaria eu ver aquilo. Seu rosto era duro mas seus olhos falavam a verdade. Era típico dela.
   _ Edward... Você não sabe como é difícil o que está me pedindo. Depois de tudo o que passou eu mudei. Eu não era mais eu mesma. Você me fez ser fria, sem vida e eu tentei ao máximo guardar tudo isso em mim mas não fui muito boa. Tudo era em preto e branco, sem sal e sem importância. Eu basicamente fiquei depressiva e foi horrível e insuportável eu estar daquele jeito por uma pessoa que eu amava tanto e confiava _ ela estava se despedaçando. Mais algumas lágrimas escorreram de seus olhos. _ Uma pessoa a qual eu vivi a minha vida inteira ter feito aquilo comigo. Em tudo o que aconteceu ente nós aquele fato foi sem duvida foi que mais me feriu em toda a nossa história _ eu não sabia o que ela tinha passado. Sabia que ela tinha passado dor mas ficar depressiva? Isso me preocupou, e se juntou os outros motivos que me fazia me sentir mais culpado.
   _ Audrey eu não sabia disso tudo _ lamentei. _ Eu... eu queria voltar no tempo...
   _ Mas não pode _ em uma forte respirada ele se recompôs. _ Eddye... _ ao ouvir aquilo fiquei surpreso. Ela me chamou pelo meu apelido. _ Eu não quero mais falar. Já chega! _ me olhou cansada, como se tivesse feito uma maratona.
   _ Audrey eu ainda... _ ela me cortou novamente.
   _ Eu não quero _ sua voz era tremida e falhada. Ela estava segurando o choro.

 


   Eu não tinha resposta para a fala dela. Era o fim. Para ela já não importava mais o que eu dissesse ou não, sua opinião era a mesma. Com uma imensa dor no peito e uma agonia em minha garganta fui pego apenas a olhando para mim pela última vez e ir embora pela rua que estava vazia.

 


   Eu tremia. Estava nervoso, triste, angustiado, me sentindo culpado e a pior pessoa no universo. Ela nunca me perdoaria pelo o que eu fiz. Nunca mais olharia para mim da mesma forma, me fazer me sentir vivo como sempre fez... ela nunca seria capaz de um dia me amar de novo.

 


  
  Caminhando de volta para casa eu estava acabado. Estava tonto, como se estivesse de ressaca, apreensivo e com algumas lágrimas no rosto. Sentia meu mundo se desintegrar e explodir, nada mais fazia sentido, nada mais tinha emoções, cores e sabores. Minha vida ficou em completa escuridão em minutos... Audrey era a única luz que eu tinha.

 


   Ao chegar, não dei muita atenção para os meus pais que estavam na cozinha decidindo o que teria para o jantar. Fui para o quarto direto e me joguei na cama. Acorde, acorde. Deus, me diga que tudo aquilo foi um sonho.

 


   Em alguns instantes ouvi um barulho na porta. Alguém estava batendo nela e em segundos ela se abriu.

 


   _ Ed?, Ed? _ ouvia a voz da minha mãe.
   _ Oi _  disse sonolento e me levantei devagar e entorpecido.
   _ O Stu está aqui para te buscar. Ele disse que você não atendia o celular.
   _ Ah é eu não... olhei para a janela e vi que já estava escuro. Eu havia dormido sem perceber. Minha mãe me olhava atenta esperando o resto da minha frase. _ ... Nada. Diga que eu vou colocar algumas coisas na mala e já vou.
   _ Tudo bem _ ela sorriu e fechou a porta.

 


  Com a minha mente ativa novamente eu me via com os meus pensamentos nela, Audrey. Minhas esperanças estavam mortas, aniquiladas, dizimadas. Eu e ela nunca seriamos os mesmos.

 


  Olhando no relógio vi o horário e percebi que estava meio atrasado para a viagem. Então da única maneira de tentar estar bem e parecer bem, organizei a minha mala, olhei pela última vez para o quarto e fechei a porta.

 


   _ Desculpa por me atrasar Stu. Adormeci de repente.
   _ Tudo bem, ainda conseguiremos chegar a tempo.
   _ Vocês não irão jantar? _ perguntou minha mãe.
   _ Infelizmente não vai dar tempo Imogen _ respondeu Stu calmamente. Pude ver que ela ficou triste. Mais uma mulher na minha vida desapontada comigo eu não suportaria.
   _ Nós podemos Stu? Não vai demorar muito _ olhei para ele na esperança dele concordar. Eu tinha que fazer alguma coisa boa para me animar, nem que fosse apenas um jantar.
   _ Tem que ser rápido _ ele se sentou na cadeira, o que fez minha mãe abrir um grande sorriso.

 


  O jantar foi realmente rápido, provavelmente em torno de dez minutos, o que pelo visto não saciou a minha mãe mas matou um pouco da vontade que ela tinha de me ter na mesa de jantar que me sentava pouquíssimas vezes no ano.

 


   Com tudo pronto me despedi dela e do meu pai, que nos acompanhou até na entrada da casa, acenando enquanto me viam partir.

 


   Na saída da cidade meu coração se contraiu mais. Estava escrito ali que tudo tinha acabado, eu estaria longe dela novamente, tudo foi fixado da pior maneira possível, e que mais nada podia ser feito para concertar o que foi quebrado.

 


   Em todo o trajeto da viagem, do carro ao avião eu não conversei muito. Respondia o essencial e voltava para o meu estado mental melancólico.

 


   Na janela do avião eu pensava isso. Acabou. Eu a perdi para sempre... E pensar que algum tempo atrás eu estava aqui, em um habitual lugar para alguém como eu, e Audrey abaixo das nuvens olhando para o céu e pensando em mim. Pensando em o quanto ela me queria de volta, o quanto ela me amava e sentia a minha falta... em quanto ela confiava em deixar o seu coração de vidro comigo... que um dia eu o destruí no chão.

 


  
   Audrey x on


   
  
   Eu caminhava rápido, estava ofegante e totalmente perdida, tanto de mente quanto de corpo.

 


  Aquela conversa foi demais para mim. Eu nunca me preparei para tê-la, nunca achei que algo assim poderia acontecer. Para mim tudo havia acabado.

 


   Mas se tudo estava acabado por que ele veio trazer isso de volta? O que ele ganharia em troca? Minhas lágrimas? a minha arrogância e dor? por que Edward você fez isso?

 


   Eu chorava. A cada passo que dava sentia que uma parte minha iria se despedaçar do meu corpo, eu estava um caco, eu não podia voltar para casa.

 


   Na minha caminhada eu tentava me recompor. Eu não conseguia lidar com a minha dor e o olhar que as pessoas faziam ao passar por mim. Aguentei mais algumas ruas e curvas até chegar ao meu destino.

 


   Cheguei na pequena casa que era rodeada de flores de várias cores e tipos. Havia um cheiro de chá no ar e isso me deixou um pouco mais confortável e segura. Abri o pequeno portão que tinha e caminhei até a porta rapidamente.

 


   Bati na porta pela primeira vez, mas ninguém deu algum sinal de vida. Bati outras inúmeras vezes. Ela precisava estar aqui, eu precisava dela. Eu não aguentava mais segurar tudo aquilo. Finalmente ouvi a sua voz.

 


   _ Já vai _ ela gritou. Ouvi o barulho do ferrolho e a porta se abriu. _ Audrey! _ ela me olhou surpresa e assustada. _Não sabia que estava aqui. Eu soube da sua mãe, ela está bem? _ eu não conseguia falar, apenas concordei que sim com a cabeça.  Tinha um nó na minha garganta que estava me impedindo até de respirar. _ Dry você está bem? _ ela me perguntou e colocou a mão no meu ombro e ao negar com a cabeça milhares de litros de água começaram a escorrer do meu rosto e ela me abraçou.

 


   Durante minutos na dificuldade de falar e tentar não chorar, que era quase impossível, expliquei para a Chris o que tinha ocorrido nessa tarde. Ao terminar ela estava pensativa e confusa como eu.

 


   _ Nossa Audrey eu não sei o que dizer. Eu... Eu não achei que ele conversaria com você depois de tanto tempo.
   _ Nem eu _ disse observando a xícara de chá em minhas mãos.
   _ E você acreditou em algo que ele disse?
  _ Não! _ ela me olhou como se me intimasse. _ Quer dizer... eu queria, mas isso não entra em mim Chris... tudo o que ele diz eu vejo como mentira _ minha voz falhou novamente.
   _ E como ele estava?
  _ Nervoso. Ele tremia e me olhava profundamente _ ai... eu não sei o que fazer _ coloquei a xícara na mesa de centro e me afundei no sofá, com as mãos no meu rosto.
   _ Isso foi realmente muito intenso... mas eu não acho que ele fez tudo isso por mau.
   _ Como é? _ olhei para ela fixamente.
  _ Qual é Audrey você acha mesmo que ele veio falar para você tudo o que sentia apenas para te machucar de novo? Ele pode ter feito muita besteira e ser um completo idiota, mas não acho que ele se expôs tanto por isso.
   _ Você pode ter razão, mas de qualquer forma ele me machucou.
  _ Acho que foi um dano colateral. Ele queria conversar com você, queria poder se reconciliar, e no caso vocês teriam que falar do problema que afetou os dois.
  _ É impressão minha ou você está so lado dele Chris? _ do jeito que ela estava falando parecia que ele estava certo. Que bela amiga em.
  _ Não estou do lado de ninguém Audrey, eu quero entender os dois lados da história. Escute. Aparentemente ele não sabia que você estava aqui, o que foi uma tremenda surpresa e ele pode ter visto a única chance de se redimir com você.
   _ Ele teve muito tempo para fazer isso.
   _ Eu sei mas talvez ele estivesse com medo. Se coloque no lugar dele.
   _ Eu não faria o que ele fez comigo.
   _ Ai, você não está facilitando _ revirou os olhos. _ Tudo bem, então vamos falar de você. Como você me disse você contou um pouco sobre o que passou. Que sofreu, que chorou e que ele arruinou a sua vida. Até ai tudo bem, mas você foi totalmente sincera com ele?
   _ Fui... como assim?
   _ Você disse tudo mesmo, tudo o que passou e tudo o que queria?
  _ Ah eu... _ ela me olhava atenta, como se tentasse ver o que a minha alma e minha mente dizia, de certa  forma ela estava me pressionando.
   _ É claro que não foi, você não aguentou a pressão _ ela me cortou. _ entendeu onde eu quero chegar?
   _ Você quer que a gente converse novamente? _ não parecia que apenas uma dose foi o suficiente?
  _ Talvez... mas o que quero Audrey é que você seja sincera comigo, sincera consigo mesma. Poxa, em todas as vezes que a gente conversou sobre eu sabia que você não estava me contando tudo e mentindo para si mesma, mas desde jeito não acho que você vai chegar a alguma conclusão para toda essa história.
   _ E o que você quer que eu diga? que ele me destruiu mas que eu ainda penso nele? que mesmo depois de tudo, da dor, das noites sem dormir, da pessoa estranha a qual eu me tornei eu ainda sentia algo por ele? _ meus olhos estavam cheios d'água novamente e minha voz se enroscou no nó da minha garganta. _ Chris estava assustada mas deu um pequeno sorriso. Eu havia cedido parte do que guardei todos esses meses em mim.
   _ Se é assim que se sente.
   _ Eu odeio pensar assim Chris. Ele me fez tão mau, me fez tão amarga e sem rumo e eu ainda pensava nele. Isso é meio doentio. Eu deveria odiar ele, o querer em chamas e desintegrado mas... eu não conseguia... eu não consigo. _ eu estava murchando. Tudo estava saindo de mim, e por pior que estava sendo dizer aquilo em voz alta, eu me senti mais leve.
   _ Vocês viveram juntos Dry, vocês possuem memórias e lembranças de quase toda a sua vida... era de se esperar que você se sentisse assim. Eu acho que você ainda o ama, apesar de tudo.

 


   Ao olhar para Chris ela tinha um pequeno sorriso. Eu nesse ponto, depois das palavras dela poderia começar uma discussão sobre a atrocidade que ela falou mas, eu concordo... Talvez  eu devesse revelar toda a verdade para mim mesma, e parar de ter uma resposta fixa e fria. Talvez mesmo depois de tudo isso eu o amo ainda... e pode ser errado ou não, mas eu não posso mais mentir sobre isso. Eu tenho que tirar essas camadas de mim.

 


   _ Você pode estar certa mas o que eu deveria fazer? ir atrás dele? dizer que eu odeio por tudo o que aconteceu mas que ainda o amo por todas as nossas histórias?
    _ Você quer fazer isso?
    _ Eu não...
   Eu não tinha pensado nisso. Revelar tudo para Edward? Ter a mesma conversa intensa que tivemos? Me desgastar mais ainda? Não. Eu não faria isso. Eu não tinha coragem e nem certeza para dizer o restante.
   _ Dry  _ ela se aconchegou no sofá e ficou mais próxima de mim. _ Você não precisa decidir nada agora, não precisa fazer nada. Apenas tenha consciência de que Ed sente muito. Certeza que ele não fez isso por brincadeira, ele é medroso, não teria coragem só para essa função _ ela riu leve da sua última frase, que me fez até sorrir um pouco._ Ele errou e admitiu isso. Você, bem... falou o que queria mas não tudo, e nem deixou ele terminar também porque sei que se fez de durona, mas terminando... seja sincera com você mesma, não tenha vergonha de admitir o que sente. Se um dia vocês se reconciliarem eu estarei feliz por vocês, de verdade, mas se você achar que não o consegue perdoar entenderei o seu lado Dry... ninguém merece passar pelo o que você passou _ nisso eu a abracei e sorri com mais lágrimas no rosto. _ Eu estarei sempre com você Audrey, seja qual for a sua decisão. _ ela me apertou em seus braços e eu me senti a pessoa mais segura do mundo. Eu estava com a pessoa que mais me mantinha segura no mundo. _ Você merece ser feliz, então não se precipite. Tome a sua decisão em seu tempo. _ agora ela me olhava com um grande sorriso no rosto e uma esperança nos olhos. Aquela garota era tudo para mim.
   _ Eu te amo _ abracei ela intensamente novamente.
   _ Eu também te amo.
   _ Obrigada.
   _ Obrigada você por se confessar para mim, até que enfim, ufa _ rimos da situação que a poucos minutos era um problema e agora apenas um fato.

 


   Eu não voltei para casa naquela noite. Não iria retornar com o rosto completamente inchado e vermelho da grande tarde que tive. Liguei para minha mãe e ela me compreendeu.

 


   Com a conversa dramática acabada Chris quis fazer de tudo para sumir com o clima péssimo que eu me encontrava.

 


  Como as mesmas garotas de dez anos atrás nós estendemos os colchões na sala, pedimos uma pizza e ficamos vendo filmes. Nós amávamos fazer isso aos fins de semana. Passávamos a noite inteira conversando e rindo. Chris sempre foi uma irmã para mim, sempre me ajudou e esteve comigo para qualquer coisa que eu precisa-se e mesmo agora, nós duas mulheres já, nada mudou.

 


   Aos meus choros pelas ruas mais cedo eu necessitava de um lugar para ficar. Um lugar onde alguém me entenderia e me faria melhor, e sem dúvida a melhor pessoa para isso era ela. Eu a amarrei para sempre.

 


   De manhã ao acordar Chris não estava do meu lado. Ouvi barulhos vindo da cozinha e diagnostiquei que ela estava lá.
   Caminhei até o banheiro para fazer minhas higienes. Meu rosto não estava mais vermelho mas ainda um pouco inchado. Eu já deveria me preparar para alguma desculpa ao chegar em casa.

 


   _ Bom dia _ bati no batente da porta.
   _ Bom dia dorminhoca, cereal?
   _ Sim.

 


   A mesa estava com o café da manhã integrado de cereal, torradas, café, leite, chá e mingau de aveia.

 


   _ Para que tudo isso?
   _ Eu não sabia o que você ia querer então  _ sorriu.
   _ É verdade agora eu sou visita _ dei um ar de riso.
   _ Você poderia vir mais vezes.
   _ E você ir mais vezes _ ela revirou os olhos e rimos juntas.

 


   No final do café da manhã que era quase almoço eu me sentia um pouco melhor. Eu ainda pensava no ocorrido mas não estava sendo tão sufocante como todo o momento de ontem. Chris havia me ajudado com a noite mágica que tivemos e isso me fez menos angustiada.

 


   _ Você vai voltar hoje?
   _ Vou. Tenho trabalho amanhã.
   _ Eu queria que ficasse mais _ fez um biquinho.
   _ Eu também, me abraça. _ nos abraçamos fortemente compartilhando o nosso carinho uma pela outra.
   _ Obrigada de novo.
   _ Não precisa Dry _ ela sorriu.
   _ Precisa sim _ ri da minha insistência.
   _ Fique bem tá. Não quero que passe por isso de novo.
   _ Tudo bem.
   _ Qualquer coisa me liga.
   _ Eu vou. Bom...
   _ Tchau.
   _ Tchau.

 


   Já do lado de fora do pequeno portão olhei para trás e ela ainda estava na porta sorrindo para mim. Mandei um beijo e um tchau novamente e ela fez o mesmo. Tchau minha irmã.

 


   Em casa ao entrar senti o cheiro da comida da minha mãe. Não tinha cheiro melhor que esse.

 


   _ Oi gente _ disse para ela e meu pai que estavam na cozinha.
   _ Oi filha _ disseram em uníssono.
   _ O cheiro está ótimo.
   _ É uma receita que seu pai viu na tv. Espero que o gosto seja bom como o cheiro _ disse minha mãe.
   _ Eu também. Vou tomar um banho e já desço.
   _ Tudo bem.

 


   Subi para o quarto peguei minhas roupas e fui para o banho. A água quente que escorria em mim me fez voltar novamente no ocorrido de ontem. Eu não estava chorando mais mas ainda sim revivia tudo na minha mente em loppin. O que aconteceu ente eu e Edward e entre eu e Chris.

 


   O almoço foi agradável. Estávamos em família novamente eu, meus pais, meu irmão e a Meg. Como nos velhos tempos.

 


   Durante o pequeno começo de tarde minha mãe e eu nos sentamos no jardim para conversarmos. Nós falamos de muita coisa, como as coisas estão por aqui, a família, as novidades, minhas aulas e Simon. Ela quis saber sobre ele e eu fui obrigada a contar sobre o nosso caso. Em relação ao Edward eu não contei nada. Não era coisa para minha mãe se preocupar. Ela já tinha tanta coisa em mente, não precisava ter mais o meu.

 


   No entardecer minha mala já estava no carro e eu me despedindo dos meus pais. Era a hora de voltar para casa.

 


   _ Me liga quando chegar _ disse minha mãe.
   _ Pode deixar. E você se cuida também. Não quero te ver em um hospital novamente.
   _ Eu vou _ sorriu.
   _ Tchau pai _ o abracei.
   _ Tchau filha. Se cuida. Boa viagem.
   _ Obrigada pai.

 


   Abri a porta do carro entrei e liguei ele. No retrovisor via eles acenando e me desejando boa viagem. Eu queria poder ficar ao lado deles.
   Com o carro na estrada a saída da cidade refleti o quanto um final de semana podia mudar a sua vida. Vim para cá com o pensamento em minha mãe e saio com o pensamento em Edward.

 


   Eu não sabia se isso iria desaparecer conforme  ia me distanciando de tudo, pois não tive tempo para reavaliar tudo mas aparentemente não, isso não vai sair assim. Pelo visto acho que terei uma longa e nova fase de paranoia sobre Edward. Mas eu mudo de opinião com frequência, sou aquela que engana a si mesma, então não sei como me livrar disso... não sei se aguentarei isso novamente... não sei que vou ficar bem...
  
 


Notas Finais


Aposto que querem me matar de novo com esse final, mas esperem que eu tenho uma noticia para dar que farão vocês quererem me esfolar viva. Bom galera vocês sabem que a historia é contada em dois tempos, no passado 2010 e presente 2015. Mas o tempo de 2010 ainda possui conteúdo para ser dito então os próximos capítulos serão sobre o passado, ou seja a continuação desse irá demorar um pouco para sair, pois quero que os tempos se juntem, assim ficando em apenas um tempo. Podem me xingar eu deixo haha, mas será melhor para vocês entenderem completamente a historias deles! Mas saibam que também irei sofrer, pois a continuação já está ESCRITA, só esperando a hora!!! Confesso que chorei escrevendo kkkk WTF! Enfim espero que continuem comigo <3 <3 <3 Notas, sugestões e comentários serão bem vindos como sempre <3 #leh:) OBRIGADINHA POR TUDO <3


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