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História Back Home. - Capítulo XXXIX.


Escrita por: annesky

Notas do Autor


ÚLTIMO CAPÍTULO! ♥

Obrigada a todos que me acompanharam em mais uma história. Obrigada por todos os favoritos e comentários. Eu espero que vocês gostem do final e que essa história tenha lhe feito sorrir em algum momento. ♥
Para quem quiser continuar me acompanhando, eu estou com uma fic do Luke em adamento, outra com 1D e 5sos, e outra só com 1D. Deixarei os links nas notas finais.
Para os leitores de New Romantics, minha fic do Zayn que está em Hiatus, eu pretendo reativá-la assim que TAUS for finalizada também. Não entrem em desespero, porque TAUS também está na reta final, então postando todo dia, pretendo finalizá-la logo! :)

Beijos e muito obrigada! ♥

Capítulo 40 - Capítulo XXXIX.


Fanfic / Fanfiction Back Home. - Capítulo XXXIX.

FLASH FOWARD: UM ANO E MEIO DEPOIS...

O barulho da champagne estourando atraiu a atenção de Caleb imediatamente. Ele saiu correndo de trás do balcão onde estava ocupado analisando os doces variados e correu para o pai, curioso.

Caleb tinha nove meses e já andava por todos os lugares, falando algumas palavras. Para o desespero de Ashton, ele se interessava pela guitarra em miniatura, apropriada para o tamanho dele, que o padrinho Luke mandou fazer especialmente para ele e nem ligava para baquetas da bateria.

O estrondo alto das cordas da guitarra no minuto em que Caleb jogou ela no chão, distraído, prestando atenção nas mãos do pai segurando a garrafa de champagne atraiu a minha atenção para perto dele.

- Querido, não jogue a guitarra no chão. – Eu pedi, mas sabia que ele nem iria me ouvir. Caleb tinha o hábito de carregar a guitarra, arrastando pelo chão e jogá-la pelos cantos sempre que se distraía. Mas, isso deixava Luke ainda mais animado, porque significava que Caleb não largava o instrumento que já estava todo arranhado.

- Opa! – Ashton desviou no minuto em que o champagne voou um pouco para fora da garrafa e Caleb deu uma gargalhada, com as covinhas idênticas às do pai. – Eu me molho e você se diverte, né? – Ash brincou com o filho, sorrindo.

- Vamos brindar logo que eu quero beber. – Frida falou, empolgada.

- Querida, vamos com calma. – Falou Henry, seu marido. Um francês loiro, musculoso e muito sexy. Frida agora já era uma pintora de reconhecimento e tinha sua própria galeria de arte em Paris. Ashton serviu todas as taças de champagne e Frida levantou a sua para falar:

- Um brinde à nova proprietária da Confeitaria Dreamy. – Ela disse, satisfeita e eu sorri, enquanto batíamos as taças. Todos os meninos estavam ali também para comemorarmos. Atualmente, eu tinha mantido meu primeiro restaurante em Florença, mas já tinha expandido o negócio e tinha uma filial em Los Angeles, onde eu morava com Ashton. Além disso, havia outra filial em Londres e finalmente eu tinha conseguido dinheiro para comprar a Confeitaria que trabalhava no início de tudo e onde conheci Ashton. Era uma grande reviravolta pensar que algumas das pessoas com quem trabalhei ali agora trabalhariam para mim.

- Ok, mas eu estou mais interessado em outra coisa. – Calum falou, sentado à mesa, com sua namorada ao seu lado. E quem diria que a fã que ele namorava e fazia mistério era justamente Bianca? A minha amiga Bianca? Aparentemente, Calum ajudou Ashton a me procurar e na busca desenfreada de anos atrás, Cal encontrou Bianca para conseguir informações de mim. No entanto, os dois finalmente resolveram dar uma chance um para o outro e estão juntos até hoje. – Cadê a torta de manga?

- Eu separei uma inteira para você levar para casa. – Eu disse, rindo.

- Ótimo. Do jeito que eu pedi. – Calum falou, exigente e depois riu.

- E, então, já decidiram onde vai o ser o aniversário de um ano do Caleb? – Luke perguntou, interessado. Ashton sentou ao meu lado na mesa e puxou o filho para o seu colo. Aquela sempre era uma cena que aquecia meu coração mais que o próprio sorriso de Ash. Caleb era muito apegado ao pai e os dois viviam juntos pelos cantos elaborando planos de como destruir a casa ou me deixar maluca. Mas, era recompensador. Caleb tinha os cachos do pai crescendo sem freios de sua cabeça e ele nunca me deixava pentear seu cabelo, o que fazia com que ele vivesse com as ondas ouriçadas e douradas por aí. Os olhos verdes também eram de Ashton, assim como o nariz e as covinhas. A quem eu queria enganar? Por mais que eu desejasse que Caleb tivesse algo de mim, ele era totalmente o pai esculpido.

- Vamos fazer o aniversário aqui mesmo. – Ashton respondeu, distraído com o filho que insistia em tentar pegar os talheres da mesa. – Caleb, não. – Ele disse, firme, tirando uma faca da mão dele. Mas, nosso menino era difícil de segurar e um “não” não iria segurá-lo, definitivamente.

- Oh, vai ficar lindo! – Felícia falou, empolgada. O cabelo dela era vermelho agora e ela finalmente tinha tido sua chance com Michael. Quando voltei para Los Angeles, fiz questão de encontrá-la, quando ainda estava grávida. E de tanto nos encontrarmos, nós vivíamos esbarrando nos meninos e eu convenci Michael a finalmente chamá-la para sair. Foi o movimento certo, eles também estavam juntos e eram inseparáveis.

- Caleb. – Ashton tentou segurar o filho que esperneava para descer.

- Deixe ele. – Eu falei, distraída, porque sabia que segurar Caleb no lugar era pior. Ele não ficaria de jeito nenhum. Ashton soltou o filho no chão que saiu correndo, empolgado, e arrastando a guitarra novamente.

- Então, prontos para a próxima turnê? – Frida perguntou, interessada.

- Temos que estar. – Luke falou, sorrindo.

- E o que vocês vão fazer? – Frida perguntou para nós e eu respirei fundo.

- Na verdade, eu preciso ficar para cuidar da Confeitaria. Mas, nós nos organizamos para encontrá-los na estrada uma vez por mês.

- Mas, estamos mais curiosos para ver como Caleb vai reagir. –Ashton falou, preocupado.

- É verdade. Caleb é muito agarrado ao Ash, não sei se ele vai se adaptar facilmente. – Eu falei, pensativa. – Nós tentamos conversar com ele, mas você sabe como ele é. Ele não consegue parar quieto para nos escutar e fica repetindo “mas, o papai vai voltar no fim do dia, não vai?”. Ele não entende ainda que serão meses.

- De qualquer jeito, se ficar muito complicado, Emma está preparada para ir me encontrar. – Ashton falou, sério.

- Aí não teremos escolha. Deixarei a Confeitaria funcionando e vou encontrar Ash na estrada. A prioridade é o Caleb.

- Vai ser difícil no inicio. – Bianca falou, com cuidado. – Mas, Caleb vai começar a entender as coisas melhor conforme crescer.

- Com certeza.

- Aaaaaaaaaaah! – Nós ouvimos o grito de Caleb e levantamos num pulo. Certas coisas nunca iriam ser superadas. Meu coração acelerou, enquanto todos corríamos para a cozinha. Ashton era mais rápido e sempre foi assim, em estado de alerta, desde o ocorrido com Adam. Ele vivia acordando no meio da noite para verificar a casa e estava de pé com qualquer barulho estranho.

- Caleb? – Eu chamei, sem achá-lo.

- Aqui. – Ele falou, magoado e eu o encontrei dentro do saco de trigo de dez quilos na dispensa. Ele estava sentado, encolhido e fazendo biquinho, coberto do pó branco. – Caleb! Como você se meteu aí? – Meu coração voltava a compassar normalmente e Ashton respirou aliviado.

- Deus do céu. – Frida não conseguiu segurar o riso quando eu peguei Caleb coberto de trigo até no cabelo volumoso.

- O que você estava fazendo ali? – Ashton perguntou, tentando não rir.

- Eu caí. – Caleb falou, fazendo biquinho. – Eu só queria ver o que tinha dentro, mamãe. – Ele falou, olhando para mim, me fazendo rir.

- Ok, vamos te limpar. É por isso que você tem que ficar por perto, querido. – Eu tentei, explicar, mas Caleb estava envergonhado. Eu o sentei na mesa e ele começou a balançar o cabelo, fazendo voar todo o trigo. – Caleb! – Eu o repreendi e ele parou, fazendo biquinho de novo.

- Achei digno. Bate aqui, cara. – Calum falou, rindo e dando a mão para Caleb bater.

- Nós nunca vamos criar nosso filho direito com vocês. – Ashton o provocou e ele riu.

- Caleb é um de nós agora. – Calum declarou, e meu filho sorriu para ele, empolgado.

---*---

Como era de se esperar, Caleb não aguentou a distância. Ele tinha recém completado um ano quando Ashton saiu em turnê. Nosso filho chorava o tempo todo por absolutamente tudo. E genioso como era, começava a quebrar brinquedos e aprontar o dobro por birra. Eu simplesmente não estava dando conta. Eu o levava junto para a Confeitaria e ele corria por todos os lados, atrapalhando as funcionárias. E logo depois, simplesmente sentava no chão e chorava lembrando do pai. Como explicar para um menino de apenas um ano de idade que seu pai ficaria meses fora para trabalhar? Caleb não conseguia entender, por que seus amiguinhos iam acompanhados do pai no parque, enquanto o pai dele se quer voltava para casa no final do dia. Aquilo era de cortar o coração e eu cedi.

Partimos logo cedo, quase um mês depois de Ashton ter saído para a turnê. Eu andava pelo aeroporto enquanto Caleb saltitava com a pequena mochila ao meu lado.

- Nós vamos ver o papai?

- Vamos ver o papai. – Eu disse, olhando em volta, preocupada. Não ia demorar para que algum paparazzi nos notasse.

- Hoje eu vou poder brincar com o papai?

- Amanhã, porque hoje vamos viajar. A gente chega de madrugada. – Eu tentei explicar.

- Por que não hoje?

- Porque, papai está longe.

- Bom dia, Emma! – Um paparazzi chegou perto e tirou foto de nós dois. Eu respirei fundo e peguei Caleb no colo. – Como está o garotão?

- Bem, obrigada. Por favor, você pode se afastar? Você já tirou a sua foto. – Eu pedi, sem paciência. Caleb olhava em volta conforme mais alguns paparazzis chegavam perto. Isso sempre o assustava e ele se encolheu nos meu braços, tampando os olhos, pelos flashes.

- Afastem-se, por favor. – O nosso segurança interveio.

- Emma, só uma foto, por favor! – O paparazzi pediu.

- Fique feliz que você conseguiu uma foto. Se Ashton estivesse aqui, você estaria encrencado. – Eu falei, irritada, abraçando meu filho.

- É o meu trabalho, Emma. E todos querem saber do seu filho!

- Ele é muito pequeno e está assustado. Parem. – Eu pedi, séria, andando mais rápido. O problema é que nunca podíamos fazer escândalo, porque isso refletiria na carreira de Ashton. A esposa louca que atacou o paparazzi. Não pegaria bem. O segurança estava fazendo um bom trabalho em mantê-los longe de nós, mas os flashes continuavam. Era um terror. Quando Ashton ainda estava com a gente, ele chegou a se meter numa briga com um paparazzi que estava fotografando Caleb no parque. Mas, como éramos só nós dois agora, tudo o que eu podia fazer era andar mais rápido para a área restrita do aeroporto.

- Por aqui, senhora Irwin. – O segurança pediu, abrindo a porta de uma salinha onde todos esperavam pelo voo. Eu respirei aliviada que os paparazzis tinham ficado do lado de fora.

- Está tudo bem de novo. – Eu sussurrei para Caleb que abriu os olhos lentamente. Eu sorri para ele e ele me retribuiu o mesmo sorriso de covinhas do pai com os olhos verdes brilhando.

---*---

- Olha só quem apareceu! – Ashton falou, animado, saindo do ônibus da turnê e Caleb correu com as perninhas pequenas até ele. – Vem cá, rapaz. – Ele sorriu, pegando o filho no colo.

- A gente vai brincar? – Ele perguntou, imediatamente.

- Filho, você precisa comer antes. – Eu falei, rindo, e dei um selinho em Ashton.

- Aaaaah, depois. – Ele fez manha e se agarrou ao pai. Eu respirei fundo e Ashton sorriu pra mim, dando uma piscadinha.

- Que bom que vocês vieram.

- Ele não aguentou mesmo ficar sem você. – Eu falei, sem jeito e ele sorriu.

- Só ele não aguentou? – Ashton perguntou, me provocando.

- Talvez, eu também não tenha curtido muito a distância. – Eu disse, rindo e ele me puxou para perto, me abraçando junto com Caleb que não o soltaria mais pelos próximos dias.

---*---

- O que você está fazendo? – Ashton perguntou, preocupado, enquanto nos aproximávamos de Michael. Nós estávamos no fundo da construção onde ficava o camarim dos meninos para o show que aconteceria mais tarde. Eu respirei fundo, tentando não me irritar, enquanto Caleb fazia xixi ali mesmo, na parede.

- Ele está dando um mijão. – Michael falou, distraído.

- Nós te deixamos dez minutos com ele e você deixa ele fazer xixi na rua? – Ashton perguntou, atônito.

- Eu estou dando um mijão, papai. – Caleb falou, orgulhoso, e eu segurei a risada.

- Sim, filho, termina e guarda logo. – Ashton falou, sem paciência.

- Qual é o problema? Ele está aproveitando coisas que a gente não pode fazer mais. Mas, ele pode, porque é criança! – Michael discursou.

- Ótimo, e quando ele for para a escolinha, como nós vamos fazer ele perder esse costume de mostrar o que não deve na frente das coleguinhas para fazer xixi? – Ashton perguntou, achando graça.

- Oh. – Michael percebeu o erro finalmente. – É por isso que você sempre foi o pai da banda. Caramba, cara, quando eu tiver o meu filho, você vai estar na discagem rápida pra eu perguntar pra você se ensinar algo novo é uma boa ideia.

- Vamos, Caleb. – Eu o peguei no colo, rindo. – Querido, não faça mais isso, está bem?

- Por quê? – Caleb perguntou, confuso.

- Onde a gente faz xixi, Caleb?

- No troninho. – Meu filho me respondeu, impaciente.

- Certo. – Eu assenti, torcendo para que ele não repetisse aquilo.

- Foi mal, Emma! – Michael gritou, enquanto eu levava Caleb para dentro.

Mas, como era de se esperar, nosso filho não desaprendeu facilmente o que o tio Michael ensinou.

- O que você está fazendo? – Luke perguntou, desconfiado, quando viu Caleb parado no cantinho do camarim antes do show.

- Vou dar um mijão. – Ele falou, tranquilamente.

- CALEB! – Ashton e eu gritamos em coro.

- NÃO, NÃO, NÃO! – Luke estava mais perto e correu, levantando ele no ar. – SEGURA O XIXI, RAPAZ. PRO BANHEIRO, PRO BANHEIRO! – Luke correu com o menino no alto diante de nós para o banheiro, nos fazendo rir. Pelo menos, tínhamos dado um padrinho atencioso para Caleb que nos ajudava no trabalho sempre.

---*---

- Michael! Você viu o Caleb? – Ashton perguntou, após o show, do lado de fora. Eu estava rodando o lugar sem conseguirmos encontrar o menino.

- Estava andando no carrinho por aí com o Calum. – Michael avisou, mas nem era necessário. Calum passou diante de nós num card com Caleb. O problema é que quem dirigia era o nosso próprio filho com as pequenas mãozinhas no volante, enquanto estava sentado no colo do baixista que controlava os pedais.

- CAL, ELE NÃO SABE DIRIGIR! ELE TEM SÓ UM ANO! – Ashton gritou, desesperado, enquanto Calum aumentava a velocidade.

- EU ENSINEI ELE, OLHA SÓ! – Calum gritou, empolgado, mas cinco segundos depois, eles bateram o carrinho na parede. – Opa. – Calum falou, encarando o concreto na sua frente e Caleb se assustou, começando a chorar audivelmente. – Calma, xará, tá tudo bem. Cal, olha aqui. – Calum tentava acalmar inutilmente Caleb até que eu o peguei novamente no colo.

- Calum, o que você tem na cabeça? – Eu perguntei, chateada, tentando acalmar Caleb.

---*---

- Apesar de tudo, acho que foi uma boa ideia trazer Caleb para a turnê, não é? – Ashton falou sentando ao meu lado no sofá do camarim. Eles teriam um show dentro de uma hora.

- Ele está feliz por ter o pai todo dia. – Eu concluí, me aninhando nos seus braços.

- Eu estou feliz de poder criar ele e estar por perto. – Ashton falou baixinho e eu sabia o quanto aquilo significava para ele, por mais que não tocássemos no assunto. Ele tinha crescido sem pai e ajudou a criar seus irmãos, então devia ser muito mais importante para ele criar seu filho sempre por perto.

- Sempre temos alguma dor de cabeça, mas... Até os meninos finalmente estão aprendendo a conviver com Caleb, né? – Eu falei, sorrindo, mas logo o sorriso se fechou. Caleb passou diante de nós usando um boné com um membro ereto em cima de pelúcia. Eu reconhecia aquele acessório de outras turnês, quando Ashton ainda era solteiro.

- Mamãe, olha o que eu encontrei pra você. – Ele disse, empolgado, me entregando um sutiã.

- De quem você pegou isso, querido? – Eu perguntei, surpresa. Definitivamente, estava começando a me preocupar com a convivência de Caleb nos shows.

- O padrinho me deixou mexer na caixa de presentes de fãs. – Ele disse, empolgado e eu respirei fundo, exausta.

- Opa, gente, beleza? – Luke apareceu com um sorriso sem graça na sala e puxou o boné de Caleb para esconder.

- Preciso falar alguma coisa? – Ashton perguntou, sério, devolvendo o sutiã para Luke.

- Ele poderia achar algum bichinho de pelúcia legal por lá. – Luke tentou se explicar. – Mas, ele se interessou pelas coisas certas. – Ele abriu um sorriso empolgado olhando para o sutiã, mas logo fechou a cara para o boné. – Ou não.

- Ok, péssima escolha trazer Caleb na turnê. – Eu decidi, me levantando do sofá.

- Olha, mamãe, eu também tenho um desses. – Caleb apontou para o membro no boné e eu o encarei, chocada. Ashton segurou a risada até ficar vermelho e então começou a rir.

- Cal, você escolheu esse boné porque tem um desses ou porque QUER um desses? – Luke perguntou, preocupado. Eu dei um tapa na cabeça dele no automático, irritada.

- LUKE! PARE DE SER BABACA!

- Porque, eu tenho um desses, ué. Pra que vou querer mais um se já tenho um? – Caleb perguntou, inocente.

- Ah! É heterossexual! – Luke concluiu, se encolhendo, enquanto eu voltei a bater nele. – Quê? Quê? Nada contra, ué! Se ele fosse gay, a gente apresentava ele para o Harry, pronto!

- Luke, cale a boca. – Eu falei, tentando não rir.

- Vem aqui, filho. – Ashton puxou o menino para o colo. – Vamos arranjar um brinquedo APROPRIADO para você.

---*---

Eu estava assistindo o show do backstage. Era um daqueles momentos que eu poderia gravar cada detalhe, desde os sons até o cheiro e o clima na minha pele. Ashton e os meninos agitavam a arena inteira com seus instrumentos. A noite estava estrelada e a plateia cantava animada a plenos pulmões.

Eu estava me sentindo tão bem que me descuidei de Caleb. Quando fui perceber, ele já estava no meio do palco, correndo.

- Caleb! – Eu tentei chamar, baixinho, mas era impossível. Ele dava gargalhadas e corria livremente até Ashton perceber e interromper a música.

- Desculpem, desculpem interromper. – Ashton pediu. – Alguém pode pegar meu filho que está correndo loucamente pelo palco? – Ele perguntou, fazendo a plateia inteira rir.

- Vem cá! – Michael pegou Caleb no colo e mostrou a plateia. – Eu apresento para vocês, o primeiro da nova geração 5sos. – Ele fez piada. – Caleb Fletcher Irwin, pessoal.

A plateia fez festa pelo pequeno loirinho que riu sem se assustar com tantas pessoas.

- Sentimos informar, mas ele será guitarrista. – Luke falou, empolgado no microfone, enquanto a plateia ria.

- Ele ainda terá muitos anos para mudar de ideia. – Ashton tentou se defender, sorrindo.

- Se depender de mim, não vai mudar de ideia nunca. – Luke riu, fazendo um positivo para Caleb. – Cadê a guitarra dele? – Ele perguntou, me enxergando do lado do palco. A plateia não conseguia me ver, pelo menos.

- Aqui. – Eu segurava, porque Caleb ainda andava com ela para todos os lados. Luke correu e pegou a guitarra pequena, colocando no meu filho que foi posto no chão.

- Vamos continuar. – Ele pediu. – Eu quero ver vocês com as mãos lá em cima enquanto meu afilhado nos acompanha nessa última música.

E foi exatamente isso que Caleb fez. Ele não sabia tocar e sua guitarra estava desligada, mas ele encenava direitinho, seguindo Luke pelo palco e o imitando em todas as poses. Logo depois, ele parava ao lado de Calum, tocando e rindo. Eu estava rindo também. Em nenhum momento Caleb se assustou e isso era algo que me surpreendia todo dia.

Após tantas coisas que aconteceram entre Ashton e eu, após tanta insegurança que trilhou o inicio da nossa relação e todos os problemas que nos causaram medo e nos deixavam um pouco aflitos até hoje, Caleb era destemido. Era uma ironia que a criança que nasceu após sentirmos tanto medo e lidarmos com tanta ansiedade era mais corajosa que todos nós.

Caleb era forte e tinha muita energia. Ele não tinha medo de se arriscar ou de tentar coisas novas e era com ele que aprendíamos diariamente.

Ele representava, de todas as maneiras, o amor que Ashton e eu tínhamos um pelo outro. Superou barreiras e momentos de terror, mas permanecia intacto. Não havia mais insegurança, porque nós éramos uma família. Apesar de todos os problemas, nós estávamos satisfeitos com o caminho que tínhamos trilhado. Porque, era graças a todos esses momentos que eu podia estar ali assistindo meu filho seguir todos os meninos pelo palco, empolgado.

- Obrigado a todos. – Luke agradeceu quando a música acabou e Ashton pulou da bateria para pegar Caleb no colo, lhe dando um beijo no rosto. Eles agradeceram a presença de todos e finalizaram o show.

Eu vi quando Ashton levou Caleb mais para a beira do palco e incentivou o filho a jogar as baquetas para que os fãs pegassem. Várias fotos eram tiradas, mas ao lado do pai, o pequeno não temia nada. Eu agradeci mentalmente pela ideia de ter colocado uma bandana em Caleb naquele dia, porque ele estava lindo no palco assim como o pai.

Eu poderia falar sobre todos os sentimentos que aquela cena me passaram, mas podia também resumir em apenas um: Amor. Não importa quanto horror você enfrente na sua vida ou o quanto tudo pareça sem saída, sempre há um caminho pronto para você. Só é importante que você tenha coragem de seguir por esse caminho e não fugir. E mesmo que você se amedronte e resolva pegar uma estrada diferente, lembre-se que cedo ou tarde, você reencontrará o caminho que lhe foi destinado, como aconteceu comigo.

Então, se tem algum conselho que eu poderia dar? Não tenha medo. Siga em frente. Não fuja. Coisas maravilhosas estão por vir. É só você seguir em frente. 

"I need your love to guide me back home
When im with you im never alone
I need to feel you feel you tonight
I need to tell you that its alright

We'll never be as young as we are now
Its time to leave this old black & white town
Let's seize the day, lets run away
Don't let the colours fade to grey".

Never Be - 5 Seconds Of Summer


Notas Finais




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